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Aprovõda pelo
Instituto de Matemá tica Pura e Aplicada
do Conselho Nacional de Pesquisas
AO LIVRO TÉCNICO S. A.
e EDITORA UNIVERSIP ~ ~
^ 'ASÍLIA
"
PREFÁCIO VII
Introdução 1
Cortes de Dedekínd 3
Números Reais 10
O Conjunto dos Números Reais Ampliado 15
Números Complexos 16
Espaços Euclidianos 20
Exercícios 21
Espaços Métricos 31
Conjuntos Compactos 38
Conjuntos Perfeitos 43
Conjuntos Conexos 44
Exercícios 46
.\ a»j v
Sucessões Convergentes 49
Subsucessões 53
Sucessões de Cauchy . 54
Limite Superior e Limite Inferior 57
Algumas Sucessões Especiais 59
Séries 60
(NDICE
XII
O Número e 65
S éries de Potências 70
Somas Parciais 71
Convergência Absoluta 73
Reordenações 76
Exercícios 80
Funções Contínuas 85
Continuidade e Compacidade 89
Continuidade e Conexidade 93
Descontinuidades 94
Funções Monótonas 95
Limites Infinitos e Limites no Infinito 98
Exercícios 99
Exercícios 144
-
Teorema de Stone Weierstrass 165
Exercícios 173
Diferenciação 211
Teorema da Função Inversa 216
Teorema da Função Implícita 219
Teorema do Pôsto 221
Integraçã o 229
Exercícios 247
Integraçã o 268
Exercícios 287
Bibliografia 291
-
Êste livro destina se a estudantes de Aná lise Matem á tica, em final de curso, ou
-
aos que iniciam a pós graduaçã o em Matem á tica.
- -
leitura; se isto acontecer, encontrar se á uma fundamentação lógica para o resto do
trabalho, considerando o Teorema de Dedekind como postulado e ponto de partida.
Os Caps. 1 a 7 devem ser lidos na ordem em que est ão apresentados. Os três cap í tulos
finais, entretanto, são quase independentes entre si.
WALTER RUDIN
LISTA DOS S ÍMBOLOS MAIS USADOS
2 sinal de soma
—
+ CD a? , co infinito
Rk espaço euclidiano a k dimensões
0 vetor nulo
x * y produto escalar
|*| norma do vetor x
C , D sinais de inclusão
{a } sucessão
^
U, reunião
O, interseção
(a, b) intervalo aberto
[a, 6] intervalo fechado
Ec complemento de E
—
lim limite
> converge para
lim sup. limite superior
lim inf. limite inferior
j( z + ) limite à direita
—
j( x ) limite à esquerda
f derivada
f' ( x ) diferencial
U ( P , f ) , U ( P , }, a ) , L( P , f ) , L( P /, a ) , S( P , /), S( P j , a ) somas
} }
de Riemann
5R, 5R (a) classes de fun ções Riemann (Stieltjes)-integráveis
/x( P) amplitude máxima da subdivisão P
V ( j ; a, b ) y V ( f ) variação total
Ê(AT) espaço de fun ções contínuas
X LISTA DOS S ÍMBOLOS MA1S USADOS
|| || norma
Dn , Kn n ú cleos
{ e j t .. en } base can ónica
L( X ), L (X, Y ) espa ços de aplicações lineares
[.4 ] matriz
D j j derivada parcial
(£', Ê" classes de funções diferenciáveis
QK k -simplexo
18k h-forma decomponível
A símbolo de multiplicação exterior
d operador diferencial
CúT transformada de o>
d operador bordo
S anel de conjuntos elementares
m medida de Lebesgue
/x medida
9 9?í famílias de conjuntos mensurá veis
/ +, parte positiva (negativa) de j
KE função característica
2, 2(ju), 22, 22(M) classes de funções Lebesgue-integrá veis
Números Reais e Complexos
Capí tulo 1
INTRODUÇÃO
e a lei distributiva
( p + ç )r = pr + qr
1
Para íim desenvolvimento mais completo déste assunto, ver Knopp “ The-
ory and Application of Infinite Series” , § 1 .
CORTES DE DEDEKIND 3
h<
=
±2J +£l
í
Seja q = p 4 A. Por
*
> p, e
conseguinte, q
g 2 = p 2 + (2p + A) A < p 2 f (2p + l)ft < p2 + (2 - p2) = 2,
Í = P~
p2 2
2p
— - 2+L
£T
p
2* = ps — (p 2 — 2) + > ps — (ps - 2) = 2,
de modo que q está em B.
.
1.2. Observação A discussão acima teve por objetivo mostrar
que 9 conjunto dos números racionais possui certas lacunas, a des
peito do fato de entre dois racionais quaisquer existir um outro [pois
^
p < (p + g) /2 < g, se p < g], Vamos, agora , descrever um processo,
devido a Dedekind, que preenche estas lacunas e nos dá os nú meros
reais. Pouparemos espaço doirando de desenvolver integralmente al -
guns detalhas. Para um estudo completo, partindo dos inteiros,
reportamo-nos ao livro de Landau “ Foundations of Analysis” , que
trata exclusivamente dos números .
. .
1.3 Notação Se A é um conjunto qualquer (cujos elementos
podem ser n ú meros ou quaisquer outros objetos) escrevemos x £ A
para indicar que x é um elemento de A. Se x não é um elemento
de A, escrevemos x (£ A .
0 conjunto que não contém nenhum elemento é chamado con -
junto vazio. Se um conjunto contém pelo menos um elemento, êle
não é vazio .
CORTES DE DEDEKIND
.
1.4 Definição
nais á um corte sç
.
•
-
c 0 \\!
V -
Diz se que um conjunto a de n ú meros racio-
-^
-^V
\ = * ~r:
'
s'
^
-
(II) de p G a e q < p ( q racional), resulta í G a; v,
^
4 N Ú MEROS REAIS E COMPLEXOS CAP. 1
< ( -P +
r
* 2
<r
e, portanto, (p + r)/2 £ a.
Sendo rO; absurdo, vemos que r a. Como de p < r resulta
p £ a, r é o n ú mero superior mínimo de a.
1.7. Definição* O corte definido no Teor. 1.6 é chamado corte
racional. Quando queremos indicar que um corte a é o corte ra-
cional relacionado a r pelo modo acima, escrevemos a = r*.
1.8* Definiçã o. Sejam ay /3 cortes. Escrevemos a /3 se de
p £ a resulta p £ /3 e de q £ |8 resulta q £ a, isto é, se os dois
—
conjuntos são idênticos. Em caso contrá rio, escrevemos a /3.
Nota: A definição acima pode, à primeira vista, parecer supé rflua.
Mas igualdade nem sempre é identidade. Por exemplo, se p = a/ò
—
e q = c/d são racionais (sendo a, ò, c, d inteiros) p q significa ad = bct
mas não necessàriamente a = c e ò = d.
Introduzimos, agora, uma relação de ordem no conjunto dos
cortes.
1.9. Definição. Sejam a, /3 cortes. Escrevemos a < /3 (ou
/3 > a) se existe um racional p tal que p £ /3 e p $ a.
a
a
< /3 significa a —
> /3 significa /3 < a.
(3 ou a < /3.
CORTES DE DEDEKIND 5
P & P, p $ a.
Como j3 < a, existe um racional q tal que
q E a, q $ P,
Pelo Teor. 1.5, de p £ /3 e q (£ /3 resulta p < q, enquanto de g £ a
ep a resulta q < p. Isto é uma contradição, pois p < q e q < p
^
é impossível para racionais.
Até aqui provamos que, no máximo, uma das três relações é válida.
Suponhamos, agora, 3. Então os dois conjuntos não são idên -
ticos, isto é, ou existe um racional perna mas não em /3 e, neste caso,
/3 < a ou existe um racional q em /3, mas não em a , e, neste caso,
a < /3.
1.11. Teorema. Sejam a, /3, J cortes , Se a < /3 e /3 < y,
então a < y.
Demonstração: Como a < /3, existe um racional p tal que
pGft
Como /3 < 7, existe um racional q tal que
= .
p (J a
g £ /3.
Ora, s e p £ /3 e g (£ /3 então p < q; donde, concluímos, por ser p a ,
que q a. Temos, pois, ^
ç G T, í í a,
o que significa que a < 7.
Os dois teoremas acima mostram que a rela ção < introduzida
na Def. 1.9 tem, realmente, as propriedades em geral associadas ao
conceito de desigualdade.
Passamos, agora, à definição de uma aritmética no conjunto dos
cortes.
1.12. Teorema. Sejam a, /3 cortes. Seja y o conjunto de todos
os racionais r tais que r p + q, com
— ? G (3. Então y é
um corte .
Demonstração: Vamos mostrar que y satisfaz as três condições
da Def . 1.4.
(I) É claro que y não é vazio. Consideremos s 6}E a, t j8,
sendo s e t racionais. Portanto s + t > p + q para todo p a: e
}
mí nimo de a e q — p = r .
Demonstração : Consideremos um racional $ G or. Para n 0, —
1 , 2, . . . seja sn — s + nr. Então existe um único inteiro m tal que
sm G <x e $m+1 (£ a. Se 1 não f ôr o número superior mínimo de
a, consideremos p — sm, q = wi.
Se Sfirt- i f ôr o número superior mínimo de a, consideremos
7
V = q— $m+ i
2•
1.16. Teorema . Seja a um corte . Existe um único corte /3 tal
que a + /3 - 0*.
Demonstração: Mostremos, primeiro, a unicidade. Se a + /3i =
= + /S2 = 0*, conclui-se do Teor. 1.14 que
a
02 = 0* + /3* = (a + 00 + 02 = (a + 0*) + 0i = O* + 0! = 0i.
Para demonstrar a existência do corte, seja /3 o conjunto de todos
os racionais p tais que — p é um número superior de a, mas não o
número superior mínimo . Temos que verificar se êste conjunto /3
satisfaz as três condições da Def . 1.4.
(I) Evidente .
—
(II) S e p G 0 e g < p (g racional), então p £ a e g > p,
de modo que — g é um número superior de a, mas não o mínimo.
— —
Portanto g G 0-
(III) Se p G 0, — p é um número superior de a , mas não o mí -
—
nimo, de modo que existe um racional g tal que g < p e g (£ a.
Seja
— —
r = P+ ?
2 '
—
Logo q < — r < — p , de modo que — r é um número superior de <x ,
mas não o mínimo. Portanto, encontramos um racional r > p tal
que r G j8.
Tendo provado que /3 é um corte, temos agora que verificar se
a + /3 = 0*.
8 N Ú MEROS REAIS E COMPLEXOS CAP. 1
.
1.18 Teorema .
. Designamos por
— ao corte /3 do Teor. 1.16.
.
1.19. Teorema Sejam a, /3 cortes. Existe um único corte 7
tal que a + 7 = /3.
Demonstração: O fato de existir no máximo um 7 nas condições
enunciadas decorre de 71 5^ 72 importar em a + 71 o: + 72
(Teor. 1.18).
^
—
Seja 7 = /3 + ( a). Pelo Teor. 1.14, temos
— —
a + 7 = a + [/3 + ( a)] = a + [( ar) + /3] = [ar + ( a)] + /3
= 0* /3 = /3.
—
.
1.20 Definição . ^ —
Designamos por j8 a 0 corte 7 do Teor. 1.19.
Isto é, escrevemos /3
.
—. —
a, em vez de /3 + ( a).
-
w { se a > 0* ,
se a < 0*.
É claro que |a| > 0* para todo a e |a| = 0* sômente se a = 0*.
Podemos, agora, completar afjdefinição de Multiplicação.
^
1.25. Definição. Sejam a, /3 cortes. Definimos
í -<w m
«/? = < — o « i Mj
se a < 0*, /3
se a > 0*, /3
> 0*,
< 0*,
1 Ia ! 101 se a < 0* /3 < 0*.
-
Note se que o produto |a| |/31 já foi definido (Def. 1.23), pois
i i o *,
« > m
o\
1.26. Teorema. Quaisquer que sejam os cortes a, /3, y temos:
(а) a/3 = /3a; ^
(б) (ajSfr = a( /3 y );
( c) a((i + 7) = a/3 + ory ;
( d) aO* = 0*;
(c)
(/)
—
al* = a;
—
a/3 0* sòmenle se a 0* ou /3 = 0*;
h= p +g — r,
h h
2 •
NÚMEROS REAIS
n ú meros racionais { ver Ex. 1.1) estão agora preenchidas. Além disso,
se tentássemos repetir o processo pelo qual obtivemos os reais a par-
tir dos racionais ( ver Def . 1.4) e definíssemos cortes no conjunto dos
n ú meros reais, cada corte teria n ú mero superior mínimo com o qual
poderia ser identificado e nada de n ôvo seria, assim , obtido.
Por êste motivo, o Teor. 1.32 é, às vêzes , chamado teorema do
completa mento dos n ú meros reais.
Demonstração do Teor. 1.32: Suponhamos que existam dois n ú me-
ros 71 e 72, para os quais a conclusão é válida e que 7i < 72. Con-
-
sideremos 73 tal que 71 < 73 < 72 (isto é possí vel, pelo Teor. 1.29).
De 73 < 72 resulta 73 £ A , enquanto de 71 < 73 resulta 73 G B 0 }
h<
(1
x
+
— y )n
yn
— yn
Designando por (£) o coeficiente de zm no desenvolvimento *
do binómio (1 + z ) n, temos
(y + hr = yn + (í) yn-'h + (5) A2 + • . + (S)An
^—
yn + A[(?)*r1 + (2) yn 2 + • • • + (n)]
•
= yn + A[(i + y )n yn ]
< yn + ( x — yn) = x.
—
Logo y + h G Ey contradizendo o fato de y ser uma cota superior
de E.
Suponhamos yn > x. Consideremos k tal que 0 < k < 1, k < yr
e, ainda,
k < (l
yn
+
— y )n -
x
yn
Então, para t > y
<" > (?/
—
- fc)n =
k , temos
yn - (?)trlk + ©y"-8 * 1) nQkn
*
yn
= - k T) { ( yn~ 1 - yn
® 'k ~
_
y n - fc[(?) yn 1 + (") j/ n 2 + . . . + Q]
'
l)"0 n 1í
^ '
—
= yn fc[(l + y ) n — yn] > yn ( yn — x ) = x . —
—.
Assim, y k é uma cota superior de E , contradizendo o fato de ser y
o sup. de E
-
Segue se que yn = x.
.
1.38 Representação Decimal Conclu ímos esta seção anali . -
sando a relação existente entre n úmeros reais e expressões decimais.
Seja x > 0 real. Seja no o maior inteiro tal que n0 < x. Esco-
lhidos n 0, Ui . . ., nfc-!, seja nk o maior inteiro tal que
n i nk
Tio + "T7T
10 + . .. + 10 fc
< 2.
“
*
. .
1.39 Definição O conjunto dos nú meros reais ampliado é ,
co < x < + oo e
—
X + co = + co , x oo = cof
— —
x
00
x
00
= 0.
+
(ò) Se x > 0, então *
(c)
X • (+
Se x < 0, então
oo ) = + oo , x ( *
— °° ) «
— 00 .
x • (+ oo ) = — oo , X .(
Quando se quer fazer uma distin ção bem explícita entre n ú meros
— oo ) = + oo .
. .
1.41 Definição Um nú mero complexo é um par de nú meros
reais a, 6 (nesta ordem). Designamos êste número complexo por
(a, 6).
Nesta seção, as letras x, y, z designarão n úmeros complexos,
as letras a, 6, c, ..., números reais, e escreveremos (provisoriamente)
u = (1, 0); n - (0 0
, ).
. .
1.42 Definição Seja x = (a, b ) e y = (c, d). Dizemos que x = y
.
se, e sòmente se, a = c e b = d A x e y associamos dois n úmeros
complexos, que designamos por x + y e xy, definidos a seguir:
x + y *= ( a + c, b + d),
. .
—
xy = ( ac bd ad + bc). }
= (a, 6) + (c + e, d + f ) « x + (y + z);
(c) xy
—
= ( ac , +
bd ad bc)
— = — — ++ = ,
( ca,
db da cb ) ( c d) (a, b ) = yx;
(d) ( xy )z (ac 6d, ad 6c) (c, /)
,
— — — +— ,= — + +
= (acc bde ad/ 6c/ ac/ ’ bdf ode bce )
= (a 6) ( ce d/, cf de ) x(yz);
+ >
(e) (x y = (a c, 6 d) (cj)
+ +
+ — — , + + +
= (ae ce bf df aj cf be de)
— + + — +
= (ac 6/, af 6c) (ce dj cf de )
+ .
= xz yz
}
.
1.44 Teorema . Para cada complexo x, temos x + n = x, xn = n’,
Xtt = x.
Demonstração: Consequência imediata da Def . 1.42.
NÚ MEROS COMPLEXOS 17
—
\ xy|2 = |(ac òd, ad + 6c)|2 = a2c2 + ò 2d2 + a2d2 + 62c2
- (a 2 + 62) (c2 + d 2)
-
\ x\ * \ y \\
Portanto,
NI = V M N I * = \ x\ \v\ -
Deixamos a demonstração da última igualdade para o leitor (Exerc. 4).
1.50. Teorema. Se xy = n, então x = n ou y = n.
Dewionsíração: Se xy = n, temos, pelo Teor. 1.49
1*1 M = NI = M = 0.
18 N Ú MEROS REAIS E COMPLEXOS CAP. 1
Se x n e xy = xz , então y = 2,
7*
Demonstração: Temos
z—
x( y —, z ) = xy — xz = n.
Pelo Teor. 1.50, y
1.52
—
. Teorema. Para
isto n é, y = z.
cada complexo ij^ n, existe um único
complexo y ( que designamos por u/ x ) tal que xy = u .
Demonstração: A unicidade resulta do Teor. 1.51. Seja x = (a, b ).
Para
= (\ a2 + fr 2 ’ \
fl ~b
y
a 2 + ò2 / ’
temos
( 2 ’
= (a, 6) \
a -b \ ( , )
1 0 = u.
/ =
xy
a + 62 a2 + ò 2
. .
1.53 Teorema Se x n, para cada complexo y existe um
único complexo z { que designamos por y/ x) tal que xz = y.
Demonstração: Se z = (u/ x ) • y, temos
u
xz = x • ~
x ' y ~u * y= y .
Até aqui mostramos que os n úmeros complexos, com as definições
de adição e multiplicação dadas (Def. 1.42), satisfazem tôdas as leis
usuais da aritmética.
.
1.54 Teorema Quaisquer que sejam os números reais a eb, temos
.
(a) (a, 0) + (ò, 0) = (a + 6, 0);
Q>) (a, 0) (6, 0) = (aò, 0);
(c )
(a, 0)
(&, 0) (f )» se b 0;
( d) |(a, 0)| = |a ( .
Em (d), o símbolo |a| tem o significado da Def . 1.24.
As demonstrações são simples.
O Teor. 1.54 mostra que os n ú meros complexos da foi ma (a, 0)
t ê m as mesmas propriedades aritméticas que os nú meros reais a.
N Ú MEROS COMPLEXOS 19
I * + y| < M + |y|.
Demonstração: Se s + 2/ = 0, nada se precisa provar. Supo -
nhamos x + y 0 e seja
x = I *x + yy I
+
Multiplicando por x + y conclui-se, do Teor. 1.49(6), que [ X| = 1.
Ademais \x + Xy é real. Se\x = ( a, b ) e Xy = ( c, d), a Def . 1.48
mostra que
.
1.59 Definição. Se a, b são reais e z = a + 6i, o n ú mero
—
complexo z- = a bi é chamado conjugado de 2.
.
1.60 Teorema. Sc x, 2/ são complexos, eníão
(а) x_+ 2/ = x + p;
(б) xy = x • y ;
(c) xx = |x| 2 (£0*70 xx c rcaZ c n ão negativo ) ]
( d ) x + x é real ;
(c) para x realf x = x.
As demonstrações destas afirmações são simples.
20 N Ú MEROS REAIS E COMPLEXOS CAP. 1
.
1.61 Nota ção . Se x 3f •• •, xn são n ú meros complexos, escrevemos
Xl +% + 2 “ *
+ Xn = £
-l
Xj.
J
ESPAÇOS EUCLIDIANOS
. .
1.63 Definições Para cada inteiro positivo k , seja Rk o con -
junto de tôdas as fc-uplas ordenadas
x+y = (xi + t/ i, .. ., + yk ) ,
ax = (axi, .. axk )
de modo que x + y £ Rk e ax £ Rk . Está assim definida a adição
de vetores, bem como a multiplicação de um vetor por um número
rftn.1 ( vim ARAAIATV Estas duas ooeracóes satisfazem as leis comuta-
EXERC ÍCIOS 21
x - y = 2Z x Vi
»=i
%
e a norma de x por
IxJ = (x • x) ^ =
.
1.64* Teorema Se x, y, z £ Rk e a é realf então
( a) |x| > 0;
( b ) |x| = Q se, e somente sef x = 0;
(c) |ocx| = |a| |x|;
-
( ã) |x y| < |x| |y|;
(e) |x + y| < |x| + |y|;
(J ) |x
— —
z| < |x y| + |y z|.
—
Demonstração: (a), (6) e (c) são evidentes e ( d) é uma conse-
quência imediata da desigualdade de Schwarz. Por ( d) , temos
|x + y|2= (x + .y) - (x + y) = xx + 2x y + y y *
EXERCÍCIOS
.
1 Se r é racional (r 0) e x é irracional, prove que r -
x e rz sâo irra
.'
cionais
22 NÚ MEROS REAIS E COMPLEXOS .
CAP 1
cional.
2L Prove que entre dois nú meros reais quaisquer existe um nú mero irra -
3. Prove que não existe nú mero racional cujo quadrado seja 12.
4. Se i > 0, y >0 e n é um inteiro positivo, prove que
/ .\/ y = y/ xy
y x
{ ver Teor. 1.37).
5 . Se i >0 e r é racional (r =* n/m), defina
= V *n-
Prove que xT
.
—, (- y x ) n.
Se x > 1 prove que x* < x ? se p < q, sendo p, q racionais .
6
.
7 Defina xv para x > 1, y real, aplicando o Exerc. 6 e o método do
Teor. 1.37 e prove que
(a) x* < x2 se 1 < x , y < z ;
(b) xv < zv se 1 < x < z, y > 0;
(c) x*+* =* x^x*.
8 . Que modificações se deve fazer nos Exercs 6 e 7 ae 0 . < 1?
.
9 Suponha b > 1, x > 0. Prove que existe um ú nico nú mero real y tal
que x = ò v, Êste nú mero y é chamado logaritmo de z na base 6 .
10 . Em que pontos de nosso desenvolvimento da teoria dos números reais
ocorreriam dificuldades se a condição III f ôsse omitida na Def. 1.4 ?
11. Se zi, . . zn são complexos, prove que
12.
1*1 + *a + . • • + *nl
Se x, y são complexos, prove que
— l *il + I *J| + * •• + |*nl «
(б) Se 2r
(c) Se 2r
= d, existe um
—
I * *1 = U - yl = r-
ú nico z nestas condições.
< d, não existe z nestas condições.
Que modificações se deve fazer nas afirmações acima se k é igual a 2 ou a 1 ?
.
17 Prove que
I * + y|* + |x - yi * = | | -J-
2 x 2 2|yi 2
se xG Ã fe e y G Rk* Interprete geomè tricamente, como uma afirmação sobre
paralelogramos.
18. Se k > 2 e i £ fl*, prove que existe y £
Isto também é verdade se & = 1?
tal que y
^ 0, mas x - y = 0.
19. Suponha a £ Rk , b £ Rk . Determine « £ Rk e r > 0 tais que
—
se, e sòmente se, |x c| = r.
—
U a| = 2|x b| —
(SoZufdfo: 3c = 4b — a, 3r = 21 b — a|.)
Elementos da Teoria dos Conjuntos
Capí tulo 2
.
é falsa
Argumentos semelhantes se aplicam sempre que queremos ve
rificar se determinadas condições são satisfeitas pelo conjunto vazio.
-
CONJUNTOS FINITOS, ENUMER ÁVEIS E N Ã O ENUMER ÁVEIS 25
. .
2.4 Definição Sejam A e B dois conjuntos e j uma aplica -
ção de A em B . Se E C A j( E ) é, por definição, o conjunto de to
} -
dos os elementos ){ x ) , com Chamamos j( E) a imagem de E
por j . Com esta nota ção, j( Á) é o conjunto de valôres de É cla -
ro que ]{ A ) C B. Se }( A ) - B , dizemos que j aplica A sóbre B.
(Observe-se que, de acordo com esta conven ção, sóbre é mais especí -
fico do que em.) ^
^
Se E C B / f l ( E ) ' designa o conjunto . de todos os x £ A tais que
~
A: 0, 1, - 1, 2, - 2, 3, - 3, . ..
J: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, . . .
n 1
(n ímpar).
2
. .
2.8 Observação Um conjunto finito não pode ser equivalente
*
.
2.9 Definição. Entendemos por sucessão uma fun ção / defi -
nida no conjunto J de todos os inteiros positivos. Se j( n) = xn,
para n £ /, é usual representar a sucessão j pelo símbolo {x„}, ou
às vêzes, por xu x2, x 3, . .. Os valôres de /, isto é, os elementos xni
são chamados iêrmos da sucessão. Se A é um conjunto e se xn £ A
para todo n 6 «/, diz-se que {xn } é uma sucessão çm A , ou uma su -
cessão de elementos de A.
-
Note se que os têrmos Xi, xZ . .. de uma sucessão não são )
necessàriamente distintos.
Como todo conjunto enumerável é o conjunto de valôres de uma
_
fun ção biuQÍyoça deiini ia eni J , podemos considerar cada conjunto
^ ^
—
que 7i i tal que Xnk £ E .
*
j( k ) = xnk ( k = 1, 2, 3, . ..) define uma correspondência biuní
voca entre E e J .
-
Em têrmos menos podemos dizer que o teorema mostra
que os conjuntos enumeráveis representam o “ menor” infinito: Ne-
nhum conjunto infinito não enumerável pode ser subconjunto de
um conjunto enumerável.
.
2.11 Definição. Sejam A e Í2 conjuntos e suponhamos que a
cada elemento a de A esteja associado um subconiuntp. de fi que
representaremos por Ea.
O conjunto cujos elementos são os conjuntos Ea será designado
.
por { Ea } Em vez de nos referirmos a conjunto de conjuntos, di -
remos, às vêzes, coleção de conjuntos ou família de conjuntos.
A reunião dos conjuntos Ea é, por defini ção, o conjunto S tal
que x £ £ se, e sòmente se, x £ .Eaj para algum a £ A . Adota -
mos a notação
(D S
-u
aç Á
Ea .
(2) S =mU 1 En
-
OU
(3) S — E U Ez U . .. U E
\ n
< »
(5) p =an
ç A
Em
OU
= » n1 Em = E , n E , n ... n E n,
(6) p
f
—
ou
«0
(7) p =m n 1 JU
(8) A U B = B (J A ] A O B = B O A.
(9) ( A U B ) \J C = A \J ( B [ J C ) ; c A n B) nc
= A n ( B n c).
Assim, justifica-se a omissão de parênteses em (3) e (6).
A lei distributiva também é v álida:
(10) A n ( B u o = ( A n B ) u ( A n o.
Para demonstrá-la, chamemos o primeiro e o segundo membros de
(10), respectivamente, E e F .
Suponhamos x £ E. Logo x (E A e x £ B U (7, isto é, x £ B
ou x £ C (ou a ambos). Portanto zG á HB o u x G A f l C, de
modo que i G F. Assim, E C. F .
A seguir, suponhamos ig í . Logo zG 4 f| ou x G i OC.
1
(13) A U 0 = A, A no = o.
Se A C B , então
(14) A \J B
— B , A n B = A.
2.14. Teorema. Seja { En} , n - 1, 2, 3, . . . uma sucessão de
conjuntos enumeráveis e
(15) 8 = U En
n
— 1
«
Então S é enumerável.
30 ELEMENTOS DA TEORIA DOS CONJUNTOS CÀ P. 2
X 34
(16) X 44
T = U Ba *
aç A
ESPAÇOS M ÉTRICOS
. .
2.17 Definição Diz-se que um conjunto X , cujos elementos
chamaremos pontos, é um espaço métrico se a cada dois pontos p e q
32 ELEMENTOS DA TEORIA DOS CONJUNTOS CAP. 1
. .
2.18 Exemplos Os exemplos mais importantes de espaços
métricos, do nosso ponto de vista, são os espaços euclidianos Rk ,
especialmente R1 (a reta real) e R 2 (o plano complexo). A distân
cia em Rk é definida por
(19) , = |x
d( x y)
— y| (x, y G Rk)
Pelo Teor, 1.64, as condições da Def . 2.17 são satisfeitas por (19) .
Ê importante observar que todo subconjunto Y de um espaço
métrico X é também um espaço métrico e com a mesma fun ção dis-
tância. Pois é claro que se as condições (a), (i>), (c) da Def. 2.17
são válidas para p, ç, r £ X, elas também serão válidas se restrin -
girmos p, g, r a Y .
Assim, todo subconjunto de um espaço euclidiano é um espaço
métrico. Outros exemplos são os espaços ®(JÇ) e S2( ju), conside -
rados nos Caps. 7 e 10, respectivamente .
.
2.19 Definição. C tos intervalo aberto (a, 6) o conjunto
de todos os n úmçroé reais z tais que a < z < b.
Chamamos intervalo jechado [a, 6] o conjunto de todos os núme -
ros reais z tais que a < z < b.
Ocasionalmente encontraremos também “ intervalos semi aber - -
tos” [a, 6) e (a, b ] ; o primeiro é constituído de todos os z tais que
a < z < 6, o segundo, de todos os z tais que a < z < 6.
..
Se ai < bi para i = 1, . , fc, o conjunto de todos os pontos
}
sempre que x £ £, y £ £ e O
Xx + (1 — X)y G E
< A < l.
ESPAÇOS MÉTRICOS 33
e0
Por exemplo, as bolas são convexas: se |y
< X < 1, temos
— x| < r, |z — x| < r
|Xy + (1 — X <— X ] =— I A\ + —
)z x (y x) + (1 —— X | <— Xr +j
) (z x)
y x (1 — X) |z x (1
— X) r = r.
p é um ponto isolado de E.
(d) E é fechado se todo ponto de acumulação de E pertence
a E.
(e) Um ponto p é ponto interior de E se existe uma vizinhança
N de p tal que N C E.
(/) E é aberto se todo ponto de E é ponto interior de E.
(g ) O complemento de E (designado por Ec ) é o conjunto de
todos os pontos p £ l tais que p (£ E.
( h) E é perfeito se E é fechado e se todo ponto de E é ponto
'
de acumulação de E.
(i) E é limitado se existe um n ú mero real M e um ponto g £ l
tal que d( p , q ) < M para todo p £ £.
( f ) E é denso em X se todo ponto de X é ponto de acumula -
ção de E ou é ponto de E (ou ambos).
Observemos que em í f 1 as vizinhanças são intervalos abertos,
enquanto em R as vizinhan ças são interiores de círculos.
2
. .
2.21 Teorema T ôda vizinhança é um conjunto aberto.
Demonstração: Consideremos uma vizinhança E ~ Nr{ p) e seja
q um ponto qualquer de E. Existe, então, um nú mero real positivo
h tal que
r ~ min d ( p , qm )
l m n
Segue-se que A = B .
2.25. Teorema. Um conjunto é aberto se , e sòmente se , seu com-
plemento ê fechado .
Demonstração: Suponhamos inicialmente E° fechado. Seja
x (~ E . Então x Ec e x não é ponto de acumulação de Ec. Por-
tanto existe uma vizinhançà N de x tal que Ee C\ N ê vazia, isto é,
N C E . Logo x é ponto interior de E e E é aberto.
Suponhamos, a seguir, E aberto. Seja x um ponto de acumu-
lação de E° . Logo tôda vizinhança de x contém um ponto de Ec,
de modo que x não é ponto interior de E. Como E é aberto, isto
significa que x £ íc. Conclui-se, pois, que Ec é fechado.
Corolário. Um conjunto F é fechado se , e sòmente se , seu comple-
mento é aberto .
2.26. Teorema , (a) Qualquer que seja a coleção {C?a} de con-
juntos abertos , ( J Ga é aberta.
a
(6) Qualquer que seja a coleção { Fa } de conjuntos fechados , O Fa
a
é fechada .
36 ELEMENTOS DA TEORIA DOS CONJUNTOS CAP. 2
( p f ) = n- (Fd . 1
.
2.27 Exemplo. Nos itens (c) e (d) do teorema precedente, é
essencial a hipótese de serem finitas as cole ções. Realmente, seja
Gn o intervalo aberto (- M) (n = 1, 2, 3, . . .). Gn é um
.
co
subconjunto aberto de R1 Consideremos G = n P= 1G„.
«
Então G con-
siste em um único ponto (a saber, x = 0) e, portanto, não é um sub-
conjunto aberto de R1 .
Assim, a interseção de uma coleção infinita de conjuntos abertos
n ão é necessà riamente aberta. Anàlogamente, a reunião de uma
cole ção infinita de conjuntos fechados não é necessàriamente fechada.
ESPAÇOS M ÉTRICOS 37
.
2.28. Teorema Seja E um conjunto jechado de números reais
limitado superiormente . Seja y o sup. de E. Então y ÇzE.
Compare com os casos vistos no Ex. 1.35.
Demonstração: Suponhamos y £ E . Para cada h > 0, existe um
—
ponto x £ E tal que y h < x < y , pois, em caso contrário, y h
seria uma cota superior de E. Assim, toda vizinhan ça de y con
—-
tém um ponto x de E e x y , visto que y £ E . Segue-se que y
^
é um ponto de acumulação de E que não é ponto de E, de modo que
E n ão é fechado, o que contraria a hipótese.
.
2.29. Observaçã o Suponhamos E C Y C X , em que X é um
espaço mé trico. Dizer que E é um subconjunto aberto de X signi-
fica que a cada ponto p £ E est á associado um nú mero positivo r
tal que se d( jp , q ) < r e q £ X , então ç £ E. Mas já observamos
(Seç. 2.18) que Y é também um espaço mé trico, de modo que nossas
.
definições podem ser igualmente consideradas em Y Mais expUci -
tamente, diremos que E é aberto relativamente a Y se a cada p £ E
estiver associado um r > 0 tal que ç £ 2? sempre que d( p, q ) < r e
q £ F. O Ex. 2.23 (g ) mostrou que um conjunto pode ser aberto rela-
tivamente a Y sem ser um subconjunto aberto de X . Entretanto,
existe uma relação simples entre êstes conceitos, que a seguir enun -
ciamos.
.
2.30. Teorema Suponhamos Y C X . Um subconjunto E de
Y é aberto relativamente a Y se, e somente se , E = Y Pl G para algum
subconjunto G aberto de X .
Demonstração: Suponhamos E aberto relativamente a Y . Para
cada p £ E , existe um nú mero positivo rp tal que se d( p, q ) < rv
e q £ Y , então q £ E. Seja Vp o conjunto de todos os q £ X tais
que d ( p , q ) < rp e
G = U Vp.
P E
CONJUNTOS COMPACTOS
tais que
K C Gai U • U * *
(23) K C Vai U . . . U
o que demonstra que K é compacto relativamente a Y .
Reclprocamente, suponhamos K compacto relativamente a Y ;
seja {(?<*} uma cole ção de subconjuntos abertos de X , cobertura de
K, e 7« = 7 O Ga. Logo a conclusão (23) será válida para al-
gum conjunto de índices ai, . .., arn e, como Va dGa, de (23) re -
sulta (22).
O teorema está demonstrado.
2.34. Teorema. Subconjuntos compactos de espaços mé tricos são
fechados.
Demonstração: Seja K um subconjunto compacto de um espa-
ço métrico X . Vamos demonstrar que o complemento de K é um
subconjunto aberto de X.
Suponhamos Se g G Í, sejam Vq e Wq vizi-
nhanças de p e q , respectivamente, de raios menores do que\ d( pj q ).
[ ver Def . 2.20(a)J. Como K é compacto, existe um conjunto finito
de pontos q{ . . qn em K tais que
}
. .
2.36 Teorema Se {Ka} ê uma coleção de subconjuntos com-
pactos de um espaço métrico X tal que tôda subcoleção jiniía de { Ka }
tem interseção não vazia, então H Ka não é vazia.
Demonstração : Fixemos um elemento Ki de { Ka} e seja Ga =
= Ka. Suponhamos que nenhum ponto de K\ pertença a todo Ka.
Os conjuntos Ga formam, pois, uma cobertura aberta de Kx ; e, como
K { é compacto, existe um conjunto finito de índices ax , tais
que Ki C Gax U U Gan. Mas isto significa que o conjunto
--
Ki o Kai o « • n Kan
é vazio, o que contraria a hipótese.
Corolário. Se {2Cn} é uma sucessão de conjuntos campados não
vazios, tais que Kn D Kn+1 ( n
.
— 1, 2, 3,
a>
. ), então D Kn não ê vazia.
í
2.37 Teorema . Se E é um subconjunto injinito de um con
junto campado K, então E tem um ponto de acumulação em K .
-
Demonstração: Se nenhum ponto de K f ôsse ponto de acumu -
lação de E , cada q £ K teria uma vizinhança Vq que conteria no
máximo um ponto de E (a saber, q, se q £ E). É claro que nenhuma
subcoleção finita de {FJ pode ser cobertura de E ; o mesmo se aplica
ao conjunto K , pois E C. K . Esta conclusão contraria a hipótese
de compacidade de K .
.
2.38 Teorema. Se {Jn} ê uma sucessão de intervalos em Rl ,
9
a>
tais que In D In (n = 1, 2, 3, . . .), então Oí /« não é vazia.
Demonstração: Se In = [a*, bn ] , seja E o conjunto de todos os
On. Então E não é vazio e é limitado superiormente (por ò i). Seja
x o sup. de E. Se m e n são inteiros positivos, temos
a„ bm,
de modo que x < bm
^ i 7j
^
+ frm
^ +n
< j < k ; n = 1, 2, 3, ..
UnJ
^x ^
3 (1
CONJUNTOS COMPACTOS 41
5= { £ <bj - <h)V -
1
Logo |x y| < ô , se x G I , y G I.
Admitamos, para obter uma contradi ção, a existência de uma
cobertura aberta {(?<*} de 7 que não contenha nenhuma subcobertura
finita de L Seja çy = (ay + òy)/2. Os intervalos [% q ] e [çy, bj ]
determinam 2fc fc-paralelepípedos Qt. cuja reunião é 7. Pelo menos
*
(b) E é compacto.
(c) Todo subconjunto injinito de E tem um ponto de acumula-
ção em E .
Demonstração: Se (a) se verifica, então E C / para algum ft-pa-
ralelepípedo /, e (ò) resulta dos Teors. 2.40 e 2.35. O Teor. 2.37
mostra que de (ò) decorre (c). Resta mostrar que de . (c) decorre ( a ) .
Se E não é limitado, E cont ém pontos xn tais que
Xnl > n (n — 1, 2, 3, .. . ).
—
existem pontos xn E tais que |xn xo| < l /n. Seja S o conjunto
dêstes pontos xn. S é infinito (senão |x„ xo| seria constante para—
uma infinidade de valôres de n), xo é ponto de acumulação de S ,
e S não possui outro ponto de acumulação em Rk . Realmente , se
y £ Rk , j 5* xo, temos, exceto para um conjunto finito de valôres
de n,
|*n
— y| |Xo y|
> | X0 _ y | _ i >
|
i
Xo|
.
| X0
_ y|
.
2.43. Teorema Seja P um conjunto perfeito , não vazio, em
Rk . Então P é injinito, não enumerável.
Demonstração: Como P tem pontos de acumulação, P é infi -
nito. Suponhamos P enumerável e designemos os pontos de P por
xi, xsj Xa .. . . A seguir, vamos definir uma sucessão de vizinhan ç as
{ Vn } .
Vi uma vizinhança qualquer de xi. Se Vi é constituída
Seja
—
de todos os y £ Kfc tais que J y xi [ < r, a correspondente vizinhan
ça fechada V\ é, por definição, o conjunto de todos os j Rk tais que
-
—
|y xi [ < r. (Como no Teor. 2.21, demonstra-se fàcilmente que o
complemento de V\ é aberto; logo as vizinhanças fechadas são con -
juntos fechados.)
Suponhamos Vn definida de modo que Vn D P não seja vazia.
Como todo ponto de P é ponto de acumulação de P, existe uma vi -
zinhan ça Vn+i tal que (i ) Vn+i C Vn, ( ii ) x„ (£ 7n+1, (iit ) Vn+i D P não
,
é vazia. Por ( iit ) Vn+i satisfaz a hipótese de indução e pode-se
prosseguir.
Seja Kn = Vn O P. Por ser um conjunto fechado e limitado,
Vn é compacto. Como xn (£ Kn+% , nenhum ponto de P pertence a
CD O
lo, H [fii]-
Retiremos a terça parte central de cada um dêstes e seja P2 a reu
nião dos intervalos fechados
-
.
íO,H íf fnufnf a
44 ELEMENTOS DA TEORIA DOS CONJUNTOS CAP. 2
n
P =
n
— 1
En
( 3fc + 1 3fc + 2 \
(24)
\ 3 ’ 3" / ’ 1f ^ V)
9 CL
3m< /
"
. . -
2.45 Definição Diz se que um conjunto E em um espaço
métrico X é conexo se não existem em X dois subconjuntos A , B aber -
tos e disjuntos tais que: A H E e B D E não são vazias e E C A U B.
CONJUNTOS CONEXOS 45
,
d(p q ) < d ( p, x ) + d(q, x) < £ (5P -f St ) ,
em contradição com (25).
Assim, Vp n Wq é sempre vazia e
A « U Vp ,
veG
B
-
qeH
U Wqi
monstração.
Corolário. Um conjunto E em Rl é conexo se, e somente se, R
é um dos seguintes conjuntos (em que a e b são números reais , a < b) ::
(
— 00 , 6), ( — oo , 6], (a, co ), [ a, ),
®
“O . .
(a, 6), [a, 6), (a, 6], [a, b ] .
EXERCÍCIOS
SUCESSÕES CONVERGENTES
-
3*1. Definição. Diz se que uma sucessão {p„} em um espaço
métrico X converge se existe um ponto nppi seguinte pro-
,
priedade; Para cada e > 0 existe um inteiro N tal
”
que se n > JV,
então d( pni p ) < (Aqui d representa a distâ ncia em X .)
Neste caso dizemos também que {pn} converge para p, ou que
-
p é o limite de {p„} [ver Teor. 3.2(6)], e escrevemos p„ > p ou
n
—
lim pn
®
= p.
Se a sucessão {pn} não converge, diz-se que ela diverge.
É conveniente salientar que nossa definição de “ sucessão con-
vergente” depende n ão apenas de {p„} mas também de X ; por exem -
plo, a sucessão {l /n} converge em Rl (para 0), mas n ão converge
no conjunto de todos os n úmeros reais positivos [com d( x, y )
~ \x — j/|). Em casos de possível ambiguidade, podemos ser mais
—
precisos e especificar “ convergente em X ” em vez de “ convergente ” .
Recordamos que a totalidade dos pontos p„(n = 1, 2, 3, ...) é
o conjunto de volfres de {p„}. O conjunto de valôres de uma su ões -
50 SUCESSÕ ES E SÉRIES NUMÉRICAS CAP. 3
são pode ser finito ou infinito. Diz-se que a sucessão {pn} é limi -
tada se o seu conjunto de valores é limitado.
Como exemplos, consideremos as seguintes sucessões de n ú me -
ros complexos (isto é, X R 2):—
(a) Se s„ = 1l?i , ent ão
—
(c) Se sn = 1 + [( 1)n/n], a sucessão {sn} converge para 1, é
limitada e seu conjunto de val ôres é infinito.
( d) Se sn = in a sucessão { sn} é divergente, limitada, e seu
}
co X
3.2 Teorema. Seja {pn} uma sucessão em um espaço métri
.
-
(a) {pn} converge para p £ X sef e somente se , cada vizinhança
de p contém todos os {pn}, com exceção, apenas, de yzn^ mmers)- jinilo
d&J êzrQos .
^
(6) Se p Ç I, p' Ç I e {pn} converge para p e p', então
p' = p.
(c) Se {pn} converge, então {pn} é limitada.
(d) Se E C X e se p é um ponto de acumulação de E, existe uma
sucessão {pn} em E tal que p = lim pn.
n
— ®
n
(c) Suponhamos que pn > p
> Ny d ( pny p) < 1. Seja
— . Existe um inteiro N tal que se
(c) lim
n > <B
sntn = st ;
(d)
— n
lim
CO
— =— ,
Sn S
desde que sn
^ 0 (p, = 1, 2, 3, . . .) e s 0.
Demonstra ção: (o) Dado e > 0, existem inteiros N\, N 2 tais que
\ t n - t \ < f , se n > N 2 »
——
|s„ s \ < V I , se n > Ni ,
\ t„ l \ < ^ / , Be n > Ni.
Tomemos N = máx. ( N 1 N 2); se n > N , }
de modo que
I («» s) (f„ 01 <; «, — —
—
lim (s„
tl *»
— s) (í„ — 0 = 0.
Aplicando (a) e (6) a (1), concluímos que
n
lim (s„ín
—* <o
—a í) « 0.
segue-se que
(d) Escolhendo m de modo que |s„
— — s\ <
1
z |s| se n > m,
que, se n > N ,
Portanto, se n > N ,
— \ k «I <
í J_ _ I —
s[
1*n1 r k - s l < •
«
a ln
« »|
3,4, Teorema, (a) Suponhamos xn G iífc ( n = 1, 2, 3, ...)
(^1 ) ••“ i «)*
,
(6) Suponhamos que {xn}, {yn} sejam sucessões em Rk que {J3n }
seja uma sucessão de números reais e que xn > x, y„ > y, /3n > /3.
Então
— — —
lim (x « + y„)
n
— »
= x + y, lim a> .
x* • yn = x • y, lim /3„x„ = 0x.
SUBSUCESSÕES 53
Demonstração: Se x«
Wi.n
——> x,
Ctj |
as desigualdades
< |x„ — x|,
que decorrem f àcilmente da definição de norma em Rk mostram que ,
(2) se verifica.
Reclprocamente, se (2) se verifica, . então a cada e > 0 corres -
ponde um inteiro N tal que, para n > N ,
&$•« — <* \ <
i J
(1 < j < k ).
Portanto, se n > N ,
— - —.
k
( x„ x| = {i£i !<*;.« ctj \* } H < ,
—
de modo que xn > x, o que prova (a)
O item (6) resulta de (a) e do Teor. 3.3 .
SUBSUCESSÕES
SUCESSÕES DE CAUCHY
-
3.8. Definição. Diz se que uma sucessão {pn} em um espaço
métrico X é uma sucessão de Cauchy quando a cada e > 0 corres -
ponde um inteiro N tal que d ( pn, p»») < e, se n > N e m > N .
Em nosso estudo das sucessões de Cauchy, bem como em ou -
tras situa ções que se apresentarão mais adiante, será ú til o conceito
geométrico seguinte.
3.9. Definição. Seja E um subconjunto de um espaço mé -
trico X e S o conjunto de todos os n úmeros reais da forma d( p , q ),
com p G E e q G Em O sup. de E é chamado diâmetro de E.
Se {p„} é uma sucessão em X e se EN é constituído dos pontos
PN PNUI PN+ 2, . . é claro, pelas duas defini ções anteriores, que {p„}
,
é uma sucessão de Cauchy se, e sòmenle se ,
.
N
—
lim diâm. EN = 0
tanto
d ( p , ql d( p p' ) + d( p' , qf ) + d(p', q )
}
n
—
Demonstração: (a) Se lim pn = p, dado c > 0, existe um
co
(71 = 1, 2, 3, . . . ).
LIMITE SUPERIOR E LIMITE INFERIOR 57
— . 00
— . sn
lim sup
n — s* , lim inf.
»
— «8
sn ~ s*.
58 SUCESSÕES E SÉRIES NUMÉRICAS CAP. 3
.
3.17 Teorema * Seja {sn} uma sucessão de números reais.
Consideremos E e s* com os seus signijicados da DeJ . 3.16. Então s*
tem as duas propriedades seguintes:
( a) s* e E.
(fe) Se x > s* existe um inteiro N tal que $n < x, quando n > N .
j
mos x tal que p < x < q. Como p satisfaz (6), temos sn < x para
n > N . Mas então, q não pode satisfazer (a).
.
3.18 Exemplos, (a) Seja {sn} uma sucessão que contém to-
dos os n úmeros racionais. Todo n úmero real é, pois, limite de uma
subsucessão de {sn} e
(6) Seja
n
—sn = .—
lim sup s„ =
( •
+ «o ,
l)n [1 + (l/n)
—lim inf. sn =
n >
]. Temos
00 .
—
lim sup. $n
n <B
— 1,
— n >
« —
lim inf . sn = 1.
= 5.
—
lim sup. sn = lim inf . sn
n >«
—
n >w
ALGUMAS SUCESSÕ ES ESPECIAIS 59
. tn.
lim sup. sn
n
— »
< lim sup
»
n
— <
na
—
(d) Se p
(«)
> 0 e a é real, então nlim> co
Se |*| < 1, lim xn = 0.
n «
— — (i + vY =
0.
de modo que
0 < *» < ^ —n 1
—
Portanto xn > 0. Se p = 1, (ó) é evidente; e se 0 < p < 1, faz se
a demonstração considerando o inverso de p.
-
mento do binómio resulta
—
(c) Seja xn = y/ n 1. Portanto xn > 0, e do desenvolvi -
n = (1 + xn)n >
n (n 1) —
2
Portanto
0 < Xn < ip
1 n -1
(n 2).
60 SUCESS Õ ES E S ÉRIES NUMÉ RICAS CAP. 3
Portanto
na2 kk\
< (i
0 7T < na k (n > 2k ).
+ v) pk
Como a
(e)
— k < 0, na~k 0, por (a).
Fazer a —0 em ( d).
SÉRIES
Sn
^-
fc 1
Afc*
(4)
n“ 1
—
£ O» = S.
n 1
ALGUMAS SUCESSÕ ES ESPECIAIS 61
O n ú mero s é chamado soma da série; mas deve ficar bem claro que
s è o limite de uma sucessão de somas e que n ão é obtido simplesmente
por adição.
Se { sn } diverge, diz-se que a série diverge.
Algumas vezes, por conveniência de notação, consideraremos
sé ries da forma
<5) n
— 0
(6) Iè
=
fc
ak | < e
n
È-
n 1
-n
diverge; ver o Teor. 3.28 para a demonstração desta afirma ção.
•
tivos.
Demonstração: Dado > 0, existe N > No tal que se m > n >
> N , então
—
«n
fc
2n Cfc < e,
pelo critério de Cauchy. Portanto
-
[note se que (6) também decorre do Teor. 3.24].
O teste de comparação é muito ú til; para aplicá-lo conveniente-
mente, precisamos familiarizar-nos com algumas sé ries de têrmos
não negativos cuja convergência ou divergência , seja conhecida.
i-o *• = T —1
» 1 X
—
1 x"+ l
Fazendo
«n = 2 xk =
Jfc
-0 1 z
, segue-se o resultado. Para x = 1, obtemos
<»
—
1 + 1 + 1 + .• » •
—
(O
a série £ °n converge se
n 1
} e somente se, a série
co
O c, '
Z
Para n < 2 fc,
J '
.. . 4 2^02* = § 4
^
de modo que
2 0 i 4 02 4 2d 4 4“
* * “
?
(9) *
2sn > 4.
Por (8) e (9), as sucessões são ambas limitadas ou ambas ilimi -
tadas, o que demonstra 0 teorema.
.
3.28 Teorema . X) T
1
nv converge se p > 1 e diverge se p < 1.
Demonstração: Se p < 0, a divergência resulta do Teor. 3.23.
Se p > 0, o Teor. 3.27 se aplica e somos levados a considerar a série
m
_
= fc£0 2( 1 p)fc.
-
fc 0 2*7
-
Sendo 2 l~p < 1 se, e sòmente se, 1 p < 0, a conclusão resulta de
comparação com a série geométrica (faça x = 2 l p no Teor. 3.26).
— “
(10) E —n(logn
-
n
- 2) p
E 2«= . i
Y klog i i y JL
(11)
k
-. l 2fc(log 2 kY
e o Teor 3.29 decorre do Teor. 3.28.
= fc .i ( 2) p =
(log 2)p /cp ’
1
(12) E
n «3 n log n log log n
diverge, enquanto
1
(13) E3 n log n(log
n - log n) *
converge.
Observemos que os têrmos da série (12) diferem muito pouco
dos de (13). No entanto, uma diverge e a outra converge. Se con -
tinuarmos com o processo pelo qual obtivemos, a partir do Teor. 3.28,
o Teor. 3.29 e, em seguida, (12) e (13), resultarão pares de séries,
uma convergente, outra divergente, cujos tê rmos diferem ainda me-
nos do que os de (12) e (13). Podemos, assim, ser levados à conjec-
,
tura de que existe uma espécie de situação limite, uma “ fronteira J
com tôdas as séries convergentes de um lado e tôdas as séries diver-
gentes de outro
—
pelo menos para as séries cujos coeficientes cons-
tituem sucessões monótonas. Esta noção de “ fronteira” é, certa-
mente, bem vaga. Desejamos salientar que, qualquer que seja a
definição que a tome precisa, a conjectura é falsa. Os Exercs. 11(6)
e 12(6) podem servir de ilustrações.
SÉ RIES DE T Ê RMOS N ÁO NEGATIVOS 65
O N ÚMERO e
n
.
3*30 Definição, e
> 1 e 0! = 1.
= n 0 —
ê- »! , em que n\ = 1 • 2 • 3 . • n se
Como
$71
- 1+1+
TJT + 1
1 2 3
ri
- - * • •• +
1
1 • 2 ••• n
<
_
< i +i+Y+
^ ^ - + --- + -
a série converge e a definição tem sentido. Com efeito, a série con
verge muito ràpidamente e nos permite calcular c com grande pre-
cisão.
1 < 3,
-
É interessante observar que e pode também ser definido por
meio de um outro limite; a demonstração fornece uma boa ilustração
do cálculo de limites:
Demonstração: Sejam
-—
n
= fcE0 kl
^ ’ $«
i
tn = (> +!) •
tn = 1 + 1 + —21! + — +
H n!r
1
1
— —
n
n
\
1
/
. tn < e,
(14)
> m, temos
— ®
+ •••
+ à O - xí -í 1
m
~ —^
irr
1
QO SUCESSÕES E SÉRIES NUMÉ RICAS CAP 3 .
lim inf.
n
— oo
tn, > 1 + 1 + “
2!
T + •• •
+ —
1
m\r
de modo que
lim inf. £».
Fazendo m oo
sm
, obtemos, finalmente,
n
— «
e — sn = (n +1 1)! 1
(n + 2)! 1
1
(n + 3)l + •••
<
1
( n + 1)! { 1+
1
n+1
1
(» + l ) 2
••«
} 1
n\n
de modo que
1
(16) 0 <e — sn < nln
Assim, Sjo, por exemplo, é uma aproximação de e, com êrro inferior a
IO” 7. A desigualdade (16) tem também interêsse teórico, pois nos
permite provar a irracionalidade de e de um modo muito simples:
.
3.32 Teorema, e ê irracional .
Demonstração: Suponhamos que e seja racional. Então e = p/q,
em que p e q são inteiros positivos. Por (16),
(17) 0 < ç! ( e — st ) C .
^
Por hipótese q\e é inteiro. Como
q\sq
— sq ) é inteiro.
^
Sendo q > 1, de (17) resulta que existe um inteiro entre 0 e 1 .
chegamos, assim, a uma contradição.
TESTES DA RAIZ E DA RAZÃO
V | an| <
/3
para n > N [pelo Teor. 3.17 (6)]. Isto é, se n > Ny
l <*n| < j3\
Como 0 < /3 < 1 , 2/3n converge. A convergência de 2an resulta do
teste de comparação.
Se a > 1, então , novamente pelo Teor. 3.17, existe uma sucessão
{nfc} tal que
y/ lanj > or. —
Portanto |a„| > 1 para uma infinidade de valôres de n, de modo
que a condição On — 0, necessária para a convergência de 2a,,, não
se verifica. (Teor. 3.23.)
Para provar (c), consideremos as séries
£7 £ 7
Para cada uma destas séries, a = 1, mas a primeira diverge e a se-
gunda converge.
3.34. Teorema (Teste da Razão). A série 2a„
,
para n > N e (a) resulta do teste de comparação, visto que 2/3*
conveige .
Se \ On+i \ > |on| para n > n0l é f ácil ver que a condição «« > 0
não se verifica, o que demonstra (6) . —
Para demonstrar (c), consideremos novamente as séries
.
3.35 Exemplos, (a) Consideremos a série
±2 + 23 + ± ± ± 1
22 + 32 + 23 + 3*
"" í
1
04 —
C\ A 1
« « •)
para a qual
n
—
lim inf.
«>
un+i
an — «
lim
60
0
lim inf.\/ an
n
— oo — n
lim
00
1
\/3
— . - / an = lim—
1
lim sup \ “
fí > a> n w V2 ’
lim . un = lim
sup +1
= 4- .
O teste da
—
n * «o
raiz indica ê
On
;
conveig
n > CD
-
mite concluir.
TESTES DA RAIZ E DA RAZAO 69
J_ _L _L '
T + 1 + Í + T + 32 + 16 + 128 + ~
64 +
•••
em que
ttft + i 1
lim inf .
n
lim sup.
— * OD an
Gn + l
=
8
mas
n > «*
— dn
2
lim Van = ~
.
3,36 Observações* O teste da razão é frequentemente mais
f ácil de aplicar do que o teste da raiz, pois em geral é mais f ácil cal -
cular quocientes do que raízes enésimas. Entretanto o teste da
raiz tem maior alcance. Mais precisamente: sempre que o teste da
razão concluir por convergência, também o fará o teste da raiz; sem
pre que o teste da razão f ôr inconcludente, também o será o da raiz
-.
Esta é uma consequência do Teor. 3.37 e é ilustrada pelos exemplos
citados.
Nenhum dos dois testes é sutil em relação a divergência. Ambos
deduzem divergência do fato de a* não tender a zero quando n > a>
.
3.37 Teorema* Para qualquer sucessão {c*} de números posi
— -
.
tivos,
Cn+l
lim inf . yjcn,
Ti
—
lim inf .
> 00 cn < n — ®
-
remos /3 > a. Existe um inteiro N tal que
— -< &
Cn
para n > N . Em particular, para qualquer p > 0,
Ctf +fc+1 < @cN+k (k = 0, 1, • • • > V — .
1)
70 SUCESSÕ ES E SÉRIES NUMÉRICAS .
CÀP 3
SÉRIES DE POTÊNCIAS
.
3.38 Definição . Dada uma sucessão { cn } de nú meros com -
plexos, a série
—
at
(19)
« 0
SOMAS PARCIAIS
.
3.41 Teorema . Dadas duas sucessões {an} e { bn) , seja
An = k t- 0
ak ,
se n > 0, e A-x = 0. Se 0 < p < q, temos
(20)
g
n“ p
anbn ~
0
n
—- 1
p
A n( fin
^ n+l) “ 1 AçÒg
“ .4 p— í
^.
p
Demonstração:
n =» p »
- — ^-
SP C^n n l) &n
de (20).
A Fórm. (20), “ f órmula de adição por partes” , é útil na inves -
tigação de séries da forma 2anbn, especialmente quando { bn } é mo -
n ótona. Daremos, a seguir, algumas aplicações.
.72 SUCESSÕES E S É RIES NUM É RICAS CAP. 3
.
3.42 Teorema . Suponhamos que
'( a ) as somas parciais
tada;
An de 2an constituam uma sucessão limi -
(6) 6o > bi > bi > ... ;
(c) lim 6n = . 0
—
n > <»
|
- ®7»6n | *
—^
(б) Cjjrt i 0, C 2m 0
(c) lim Cn = 0.
( m = 1, 2 , 3,
^ . . .);
n— -
Ent o Xcn
ã
oa
converge .
As sé ries que satisfazem a condição (6) são chamadas “ séries
alternadas” ; êste teorema era conhecido por Leibnitz .
Demonstração: Aplicar o Teor. 3.42, com On = ( l)n+1, 6n = |cn|.
. .
3.44 Teorema Suponhamos que o raio de convergência de
—
2Cn seja 1, que co ci > c ^ > .. . e que lim cn = 0. Então 2CnZn
^
converge em todos os pontos de |z| =
n
— «»
\ An\ = I mZ0 d
-
* - — —
zm 1
1
+l
Z
<
|1
2
— *|
86 |z [ = 1, Z 5* ^ 1.
ADI ÇÃO E MULTIPLICAÇÃO DE SÉRIES 73
—
I k£n afc| < £» |a*|,
juntamente com o critério de Cauchy.
3.46. Observações. Para uma série de
k
" n
é convergente, mas não é absolutamente convergente (Teor. 3.43).
O teste de comparação, como o da raiz e o da razão, é, na rea-
lidade, um teste de convergência absoluta e, portanto, não pode dar
informação sôbre sé ries que não são absolutamente convergentes.
0 método de adição por partes pode, às vêzes, ser útil nesses casos .
Em particular, as séries de potências são absolutamente convergen -
tes no interior do círculo de convergência.
Veremos que é possível tratar as séries absolutamente conver -
gentes como se elas f ôssem simples somas de um número finito de
-
têrmos. Podemos multiplicá las t êrmo a têrmo e mudar a ordem
de seus têrmos sem afetar a soma da série. Para séries convergen -
tes, mas não absolutamente convéigentes, isto não é verdade e é pre
ciso muito cuidado quando se trabalha com elas .
-
ADIÇÃO E MULTIPLICAÇÃO DE SÉRIES
=*
. .
3.47 Teorema Se 2an = A, e 2bn = B , então S(a„+ 6«)
A + B e 2can = cAf qualquer que seja o número jixo c . —
Demonstração: Sejam
An = fc ±- ak ,
0
Bn = ±- bk.
h Q
74 SUCESSÕ ES E SÉ RIES NUM É RICAS CAP. 3
Então,
An + Bn = S
=o
k
(afc + & )
* •
—
n 0 -
£ a Z" * 2
“ 0
bnZ" = (dO + OjZ + a Z + ...) (Òo + &lZ + Ò Z* + ...)
TJ
}
2
) 3
Co + CiZ + c2z 2 + . . .
“
An =
^-
fc 0
~
fc 0
n
- 0
(- Dn
Vn + 1 =1 — V_J_2 _ —VL3_ _ Vi
|
ADIÇ AO E MULTIPLICAÇÃO DE SÉRIES 75
»
yi c,,
— 0
— 1 ( v 2 + V 2) + ( / 3 + V 2V 2 + Vã)
1
\
fJs +
_1— + J - + -L\ + . . • >
W 4 V 3 \/ 2 V 2 v/ 3 v V
de modo que
Como
Cn — (
fc = 0 \
1
/(n — & + 1) (fc + 1)
(n — + 1) (fe + 1) =
temos
1, , v. _ 2 2
, 2(n + 1)
>
' “
—
on + (» + 2) '
(6)
n
Ean
=
= A;
0
co
‘
(c) E
=0
!> » = B ;
n
(^0 y! Qkhrt-Jc (n = 0, 1, 2, . . . ).
-0 fc
/
Então ,
—
m
E t n = 4B.
n 0
= Ea* Bn = tÊ 6fc, —
k
- O
- 0
Cn =
k
- 0
/3„ = 5.
76 SUCESSÕES E SÉRIES NUM ÉRICAS CAP. 3
Então,
Cn = + ( aob + Oiòo) + . .. + ( a0bn + Cll& n- + • + ®n?>o)
flo& o í l * •
= doBn + + • • • + QnBo
=- flo(^ + $n) + 0\, ( B + íf n- ) + . - . + 0 n( B + $o)
*
1 >
Seja
n
—
«o
« = nS 0K l
[Ê aqui que usamos (a)]. Dado e > 0, por (c), /3n > 0. Podemos,
pois, escolher N tal que |j3„| < e para n > iV. Logo
— *
—
|7n| < li3oOn + •• » + fiifàn-N| + | PN+l<ln~N-l + * * *
+ o|
< |£oOn + * * *
+ pN &n-N i + *&•
Mantendo N fixo e fazendo n * © , obtemos
lim sup. [ 7„| < ea,
—
n
—
o>
—
visto que ak > 0 quando fc oo . Sendo e arbitrário, (21) está de-
monstrado.
Outra pergunta que se pode fazer é se a série 2c„, quando con-
vergente, converge necessàriamente para AB. Abel mostrou que a
resposta é afirmativa,
. .
3,51 Teorema Se as séries 2o*, 2bny 2cn convergem para
At B , C e se Cn = a06n + • • + anbo, então C = AB. 4
REORDENAÇÕES
. .
3.52 Definição Seja {fcn}, n = 1, 2, 3, uma sucessão na
qual cada inteiro positivo aparece uma única vez (isto é, com a no-
REORDENAÇÕES n
tação da Def . 2.4, {£;„} é uma função biunlvoca de J sôbre J ). Di -
zemos que a série 2a*, em que
an = Gkn (n — 1, 2, 3, . ..),
é uma reordena ção de 2a*.
Se { sn} , {« nl são as sucessões de somas parciais de 2a* e 2an9
é f ácil ver que, em geral, estas duas sucessões se compõem de n ú me
ros completamente diferentes. Somos, assim, levados ao problema
-
de determinar em que condições são convergentes tôdas as reordena
ções de uma série convergente e verificar se elas têm necessà riamente
-
a mesma soma.
. .
3.53 Definição Diz-se que 2an é comutativamente conver-
gente se tôdas as suas reordenações convergem (para a mesma soma).
(Comparar com o Teor. 3.57.)
.
3.54 Exemplo. Consideremos a sé rie convergente
1-
(22)
¥+
* •«
2 3 4 5
e uma de suas reordenações
(23) 1+-
' 3 2
— !
5 +' 7
+— ~
4 +
J L !+ • • •
' 9 +' li 6 '
_ __
na qual dois termos positivos são sempre seguidos de um negativo.
Se s é a soma de (22), então
Como
s<1
—i -•
2+3
i i
6
JL_ + 1
-
4fc
— 3 ' 4fc
—<1 2k
>0
para k > 1, vemos que $3 <
soma parcial de (23). Por conseguinte,
SQ < Sg ••• , em que $'n
-
é a n ésima
lim sup.
—
n > o>
sn > S3 = T’ —
5
Demonstração: Sejam
no
—
lim inf . sn = a
*«
lim sup.
n
— a>
sn =
Pn~
|gnl
2
+ an |a„|
2
— a„
(n = 1, 2, 3, h
• ••
séries Spn e
—
Logo p „ qn = an , Pn + ?n = |an| , pn > 0, qn > 0.
devem divergir.
Ambas as
» X
f
— > 1
n
— —
s n «m de modo que |sn sn\ < e, por (26). Portanto { sn }
converge para a mesma soma que {sn} .
A seguir, suponhamos Zon convergente, mas não absolutamente
convergente. Se an = xn + iyn, em que xn e yn são reais, então |a„| <
< \ xn\ + \ yn\ - Como Z |a„| é divergente , ou Z |xn| ou Z | j/n| é
divergente. Assim, ou Zx ou Zz/n é convergente, mas não absolu-
*
tamente convergente. Pelo Teor. 3.55, existe uma reordenação tal
que ou Zxn ou 2 yn é divergente, de modo que Za é divergente .
*
Por conseguinte, Zan não é comutativamente convergente.
O teorema seguinte mostra que na Def . 3.53, a frase entre pa-
rênteses pode ser omitida, sem alterar o sentido da definição .
3.57. Teorema. Se t ôdas as reordenações de Zan são convergen-
tes , então tôdas convergem para a mesma soma .
Demonstração : Ou Za„ é absolutamente convergente e , então,
pelo Teor. 3.56, Zan é comutativamente convergente, ou Zan não é
absolutamente convergente e, então, pelo Teor. 3.55, existe uma reor- •
denação divergente.
80 SUCESSÕES E SÉRIES NUMÉ RICAS .
CAP 3
EXERCÍCIOS
3. Se «1 = /
y 2, e
*n+l = V 2 + V
^
{n — 1, 2, 3, - •• )
prove que { $„} converge e que 8n < 2 para n = 1, 2, 3, . . . .
j
«i = 0; -
52m X t
* - = ~2 +
S2TTH1
2
5. Quaisquer que sejam as sucessões reais {a*} e { bn } , temos
lim 6Up. ( ãn + bn ) < lim sup. a* -f Um sup. bn.
» > — a> n
—
6. Estude a natureza (convergência ou divergência) de 2o„ se
«o —
n > «*»
~
(a) On = y/ n 4- 1 - y/ n\
W «n
_ y/ n -f 1 - yfn .
,
n
(c) On = (V « - O";
<<*) “» = •
— 1 para valôres complexos de z .
se On 0.
8. Se Só» converge e se { bn } é monótona e Umitada, então 2onòn converge.
9. Determine o raio de convergência de cada uma das seguintes séries de
potências;
(a) £ n» « ; 2 « Efh
w E 5* « EfU
10. Suponha que os coeficientes da série de potências 2 sejam inteiros onzn
e que existam infinitos coeficientes não nulos. Prove que o raio de convergên -
cia é no máximo 1.
11. Suponha 2<z„ divergente, o„> 0 e seja «n “ ®i + * • + a*.
* Prove
que:
<«) 2 —— diverge;
1 + On
EXERC ÍCIOS Zl
22 Tn diverge
(&) "
8
]
(c) 22 ~T converge.
sn
O que se pode dizer de 22
rn =
m
22n »
Prove que:
(o) 22 ~
rn
diverge;
( b) 22 converge.
.
v;.13 Prove que o produto de Cauchy de duas séries absolutamente conver -
gentes é absolutamente convergente.
14 . Dada uma sucessão {«*}, considere a média aritmética
tn = *i
• + sn t
n
— — .
Prove que se «n * s então í* > s Prove que existem sucessões divergentes
{sn} que, dêsse modo, dão origem a sucessões convergentes {í„}
.
.
15 A Def. 3.21 pode ser estendida ao caso em que os a* pertencem.a um
Rk fixo. Convergência absoluta é, por definição, convergência de 2|an|. Mos-
tre que os Teors. 3.22, 3.23, 3.25, 3.33, 3.34, 3.42, 3.45, 3.47, 3.56 e 3.57 são ver -
dadeiros nesta aoepçáo mais geral. (São necessárias sòmente pequenas modifi
cações em qualquer das demonstrações).
-
.
16 Prove a seguinte afirmação análoga ao Teor 3.10(6): Se {En} é uma .
sucessão de conjuntos fechados e limitados em um espaço métrico completo Xy
se D E^ i e se
lim diâ m. En = 0,
CD
.
17 .Suponha X um espaço métrico completo e {(?*} uma sucessão de sub
as
-
.
conjuntos abertos densos de X Prove o Teorema de Baire, segundo o qual H On
1
não é vazia. (Com efeito, essa interseção é densa em X ) Sugestão: Deter
mine uma sucessão de vizinhanças fechadas Ent nas condições do Exerc. 16, tais
. -
que En C Gn e aplique aquêle exercício
} .
.
18 Sejam { p*} e {çn} sucessões de Cauchy em um espaço métrico X Mos- .
.
tre que a sucessão (d(pn, çn )} converge Sugestão: Quaisquer que sejam m, «,
,
d{Pn qn ) d(pn, Pm) + < (Pmi Çm ) + d( qm qn ); segue se que
* , -
|rf(Pn , 3n ) - á(Pin, Çm) I
é pequeno, se m e n são grandes.
-
19 Seja X um espaço métrico.
-
(o) Diz se que duas sucessões de Cauchy { pn} e {qn} em X são equivaleis
te* se
lim dipn, qn ) = 0.
n — OD
p
—
A ( P, Q) => lim d(pn, g,»);
«
pelo Exerc. 18 este limite existe. Mostre que o nú mero A(P, Q) não ee altera
se {pn} e {çn} forem substituídas por sucessões equivalentes e que, portanto, A
é uma função distância em X *„
(c) Prove que o espaço métrico X * resultante é completo .
( d ) Para cada p Ç l, existe uma sucessão de Cauchy cujos têrmos sáo todos
iguais a p; seja Pp o elemento de X* que contém esta sucessão. Prove que
.
„
A ( P P«) d( p q ) - ,
para todo p, g G X Em outros têrmos, a aplicação <p definida por <p( p ) = Pp
uma isometria (i.e., uma aplicação que preserva a distância) de X em X* .
(e) Prove que <p( X ) é denso em X* e que ç?(X) *» X# se X ó completo .
Por (d) podemos identificar X e <p( X ) e assim considerar X como contido
.
no espaço métrico completo X* Chamamos X* oompletamento de X .
.
20 Seja X o espaço métrico cujos pontos são os nú meros racionais, com
— .
a métrica d{ x, y ) = |r y| Qual é o oompletamento dêste espaço ? (Compare
com o Exerc. 19).
Continuidade
Capí tulo 4
.
4.1 Definição. Sejam X e Y espaços métricos; suponhamos
, ,
E C X j uma aplicação de E em Y e p, um ponto de acumulação
—
de E. Escrevemos J ( x ) q quando x > p, ou
(D
—
lim j( x ) = q
x >p
—
se existe um ponto g £ K com a seguinte propriedade: A cada >0
corresponde ô > 0 tal que
*> < l *
(2) ,
dy(J ( x ) q ) < I
se x G E e -N
(4) lim j( x) =q
X~~*P
, .
que se n > N , então 0 < dx ( pn p ) < 8 Assim, para n > N te- ,
mos dr (/ (pn), g) < , o que mostra que (5) se verifica.
Reclprocamente, suponhamos (4) falso. Então existe algum
> tal que a cada 8 > 0 corresponde um - ponto
0 (que de-
,
pende de 6), para o qual ( j( x ) q) > e, embora 0 < dx ( x , p ) < 8
dy '
.
Fazendo ôn = l /n (n = 1, 2, 3, . ..), determinamos, assim, uma su-
cessão em E que satisfaz (6), mas para a qual (5) é falso.
Corolário. Se j tem um limite em p , êste limite é único.
Êste corolário é consequência dos Teors. 3.2( b ) e 4.2.
.
4.3 Definição. Sejam J e g duas funções complexas definidas
.
em E Designamos por j + g a função que associa a cada ponto
i d e i o nú mero j( x ) + g{ x ). Anàlogamente, definimos a diferen ça
—
j g , o produto jg, e o quociente J / g das duas fun ções, ficando suben
tendido que o quociente só é definido nos pontos x de E nos quais
-
FUNÇÕES CONTÍNUAS 85
r >p
—
(a) lim (/ + g ) (x)
. .
4.5 Definição Suponhamos X e Y espaços métricos, E Cl,
-
p £ Ey e / uma aplicação de E em y. Diz se que / é contí nua em p
se a cada e > 0 corresponde 5 > 0 tal que
-
se dx ( p , x) < 5. Mas se x £ /~1( t0 > ent ão / (x) £ 7, de modo que
d y ( Kx ) yJ ( p ) ) < * •
O teorema está demonstrado.
Consideremos, a seguir, funções com valores complexos e veto-
riais e funções definidas em subconjuntos de Rk .
.
4.9 Teorema . Sejam j e g junções complexas contí nuas em um
espaço métrico X. Então j + gf jg e jjg são contí nuas em X .
Neste último caso devemos, naturalmente, supor que g ( x ) 0
para todo x £ X.
Demonstração: Em pontos isolados de X nada temos que de-
monstrar. Em pontos de acumulação , a afirmação resulta dos Teors.
4.4 e 4.6.
.
4.10 Teorema, (a) Sejam jXj junções reais em um es -
paço métrico X e seja f a aplicação de X em Rk definida por
im -m i < m - m i = it i-1
\m -m i } *, 2
\ <t>i( x ) < 1X — yI
(9) xp xp • • - xp
em que ni, . . nk são inteiros não negativos, é uma fun ção contínua
em Rk . 0 mesmo se pode afirmar do produto de (9) por constante,
pois as constantes são evidentemente contínuas. Segue-se que todo
polin ómio P, dado por
(10) P(x)
— 2Cnj ... rej
^ l1 • • . Xp (x G Rk )
.
é uma fun ção contínua em Rk Os coeficientes Cni nk são números ...
complexos; nlf ... , nk são inteiros n ão negativos e a soma em (10)
tem um número finito de têrmos.
Além disso, toda função racional em xh . .., xk, isto é, quoci -
ente de dois polinómios da forma (10), é contínua em todos os pon-
tos de Rk , em que o denominador é diferente de zero.
Da desigualdade triangular conclui-se fàcilmente que
CONTINUIDADE E COMPACIDADE
.
4.17, Teorema Seja j uma aplicação biuní voca continua de um
espaço mé trico compacto X sobre um espaço mé trico Y . Então a
aplicação inversa j ~ x dejinida em Y por
ru( x ) ) = z {x 6 X)
é uma aplicação cont í nua de Y sôbre X .
Demonstração : Aplicando o Teor. 4.8 a j l em vez de /, vemos
~
(15)
e temos, também,
(21 ) Kx ) - — X
1
Xo
1
(22) gfr ) = 1 + (x
— x0)s
( x e E)
sup. g { x ) =1
xçE
-
A continuidade das funções trigonométricas co seno e seno, bem
como suas propriedades de periodicidade, serão vistas no Cap. 8.
Admitindo êstes resultados, é f ácil ver que f é uma aplicação biuní vo-
ca contínua de X sobre Y .
Entretanto, a aplicação inversa (que existe, pois f é biunívoca e
sobre) não é contínua no ponto (1, 0) = f (0). Naturalmente, neste
exemplo, X n ão é compacto. (É interessante observar que f 1 não ’
CONTINUIDADE E CONEXIDADE
. .
4.22 Teorema Se j é uma aplicação contí nua de um espaço
métrico conexo X em um espaço métrico Yy então j { X ) ê conexo.
Demonstração: Se jÇX ) não é conexo, existem conjuntos dis -
juntos V e W , abertos em Yt tais que ambos têm interseção não va-
_ .
zia com j( X ) e j( X ) C V ( J W Como j é contínua, os conjuntos
/ 1(F) e j~\W ) são abertos em X ; êles são òbviamente disjuntos e
n ão vazios e sua reunião é X . Mas isto significa que X n ão é co
nexo, em contradição com a hipótese.
-
. .
4.23 Teorema Seja j uma junção real contí nua no intervalo
-
[ a, 6], Se j(a) < j( b ) e se c é um número tal que /(o) < c < /(6), en
tão existe um ponto x G (a, 6) para o qual se tem ]{ x ) = c.
É claro que um resultado an álogo é verdadeiro se ]( a) > j( b ).
O teorema, formulado em têrmos menos rigorosos, afirma que uma
fun ção real contínua assume todos os valôres intermediários de um
intervalo.
Demonstração: Pelo Teor. 2.47, [o, ò] é conexo; o Teor. 4.22
mostra que, portanto, /({a, b ] ) é um subconjunto conexo de R 1 e,
.
aplicando-se novamente o Teor 2.47, fica demonstrada a tese.
94 CONTINUIDADE .
CAP 4
. .
4.24 Observação à primeira vista pode parecer que o Teor.
4.23 tem recíproca. Isto é, poder-se-ia pensar que j é uma fun ção
contínua quando a seguinte afirma ção é verdadeira: quaisquer que
sejam os pontos Xj < x 2 e o n úmero c entre /(xi) e J ( z 2 ) existe um
ponto x em ( zlf z 2 ) tal que j( x ) = c .
Esta recíproca n ão é verdadeira, como se conclui do Ex. 4.27( d) .
DESCONTINUIDADES
.
—
x, os quais designaremos por /(x + ) e /(x ), respectivamente.
4.25 Definição. Seja j definida em (a, b) e x um ponto qual
quer tal que a < x < b. Escrevemos
-
/ (x+ ) = q,
— - —
se j( tn ) q quando n > co qualquer que seja a sucessão {tn } em
—
(x, b ) tal que tn + x. A fim de definir /(x ), para a < x < ò, con-
sideramos as sucessões {£„} em (a, x).
É claro que em qualquer ponto x de (a, ò), existe lim j( t ) se, e
-
t +Z
somente se,
Kx+ ) = J ( x — =—
) lim / (í).
t *x
. —
tâ ncia], ou j( x+ ) = / (x ) /(x).
4.27 Exemplos, (a) Seja
^
R* ) -| 1 (x racional),
( 0 (x irracional).
FUNÇÕES MONÓTONAS 95
(c) Seja
x+2 —
( 3< x< -
2),
j{ x ) = — x 2
—
x -f- 2
( — 2 < x < 0),
( 0 < x < 1).
0 (* = 0) .
•
—
Como nem / (0 + ) nem / (0 ) existem, ] tem descontinuidade
de segunda espécie em x = 0. Ainda não mostramos que sen x é
uma fun ção contínua. Se admitirmos este fato, resulta do Teor. 4.7
• que j é contínua em todo ponto
FUNÇÕES MONÓTONAS
. .
4.28 Definição Seja j uma fun ção real em (a, b). Diz-se
que j é monótona crescente em (a, b) se para a < x < y < b tem-se
J ( x ) < j(y ). Invertendo esta última desigualdade, obtemos a defi-
nição de fun ção monótona decrescente. A classe das fun ções mon ó-
tonas, compreende as funções crescentes e as decrescentes.
4.29. Teorema. Seja j monótona crescente cm (a , b). Então
' existe j ( x+ ) e j( x —
) em cada ponto x de (a, b). Mais precisamente,
1/(0 - A | < 6 (x
— ô < t < x ).
—
Portanto /(x ) = A .
A segunda parte de (25) se demonstra exatamente do mesmo *
modo.
A seguir, resulta de (25) que, se a < x < y < b,
(30) —
j( y ) = asup . /(0 =
t y<<
sup. J (ty.
* <t <v
Comparando (29) e (30) obtemos (26).
Corolário. As junções monótonas não têm descontinuidades de
segunda espécie.
Resulta dêste corolário que as descontinuidades de uma função
monótona constituem um conjunto de pontos no máximo enume-
rável. Em vez de recorrer ao teorema geral, cuja demonstração é
esboçada no Exer. 4, damos aqui uma demonstração simples, apli-
cável a funções mon ótonas .
FUNÇÕES MONÓTONAS 97
. .
4.30 Teorema Seja j monótona em (a, b). Então o conjunto
dos pontos de (a, ò) em que j é descontí nua ê no máximo enumerável.
Demonstração: Suponhamos j crescente e seja E o conjunto
dos pontos em que j é descontínua.
A cada ponto x de E associamos um n ú mero racional r( x ) tal
que
—
j{ x ) < r ( x ) < }( x+ ).
Como J ( xi + ) < j( x 2
Xi 7± xt.
— ), se ii < x ,, segue-se que r (x0
^ r( x ) se
2
(31) J( x) =
Xn
E«
<X
. (a < x < b ).
j( Xn+ ) « .
Cn
—
Além disso, não é dif ícil ver que f (x ) = f (x) em todos os pon
tos de (a, b). Se uma função satisfaz esta condição, dizemos que /
-
CONTINUIDADE CÀ P. 4
Então
m - A, —
g{ t ) * B quando t
— > x.
—
(a) se j( t ) > A' tem se A'
0 U + 9 0 A + B;
) ) ( -+
- A;
—
-
( C ) Ug ) ( t ) + AB ;
(d) Ulg ) ( t )
- AIB )
desde que os segundos membros de ( b ) , ( c) e ( d ) estejam dejinidos.
Note-se que <»
Def. 1.39). — oo , 0. oo , oo / eo , .4 /0 n ão foram definidos ( ver
EXERCÍ CIOS rr
EXERCÍCIOS
j{ x ) = <
xsen 1
0
x — (x
* 0),
(X = 0),
.
—
é contínua em x 0. Esboce um gráfico da função.
2 Represente por [ x] o maior inteiro contido em x, isto é, [x] é o inteiro
tal que x
— —
I < [ x] x ; e por (x) = x (x) a parte fracionária de [ x. Quais
são as descontinuidades das* funções [ x] e (x) ?
.
3 Seja } uma função real uniformemente contínua em um conjunto limi -
tado E em Rl . Prove que / é limitada em E .
Mostre que a conclusão é falsa se a hipótese de E ser limitado f ôr omitida.
. .
4 Seja ] uma função real definida em (o, b ) Prove que o conjunto dos
pontos em que j tem desoontinuidade simples é no máximo enumerável. Suges -
um terno ( p q, r) de números racionais tais que:
}
—
tão: Seja E o conjunto no qual ]( x ) < j( x +). A cada ponto x de E associe
• Prove que
/(*) - 1
« -
( ?) •
.
8 S e E C X e s e j ê uma função definida em X , a restrição de / a E é a
função g , cujo domínio é E, tal que g( p) = /(p) para Defina j e g em Rl
por: /(0, 0) = y(0, 0) = 0, J ( x, y) = xy2 /(z2 + y4 ), y (x, y) = xt /(x2 -h y6 ) se
(x, y) (0, 0). Prove que j é limitada em R2, que g è ilimitada em tôda vizi ^ -
nhan de (0, 0) e que ] não é contínua em (0, 0); entretanto, as restrições tanto
ça
de j como de g a cada reta de R2 são contínuas!
9. Seja j uma aplica ção contínua de um espaço métrico X em um espaço
.
métrico Y Se E é um subconjunto fechado de Y , prove que / l (Y ) é fechado '
em X .
.
10 Seja j uma função real contínua em um espaço métrico X . Seja Z ( j )
(o conjunto dos zeros de j ) o conjunto de todos os p £ X nos quais /(p) = 0. Pro-
ve que Z (J ) é fechado.
.
11 Se E é um subconjunto não vazio de um espaço métrico A’, defina a
distâ ncia de x £ X a E por
pE { x ) = inf. d{ x, y ).
yç B
(а) —
Prove que pE( x ) 0 ee, e sòmente se, x pertence à aderência de E.
(б) Prove que pE é uma função uniformemente contínua em X .
Sugestão: pE ( xi ) d( x2i y ) d( x2t xi) f d( xi, y) de modo que
*
/(P) -^ PA(JP )
P (P) + PB (J> )
(p £ «
^)-
Mostre que j é uma fun ção contínua em X , cujo conjunto de valôres está
, ,
contido em [0, 1], que em A e sòmente em A /(p) = 0, e que em £, e sòmente
-
em B, /(p) * 1. Tem se, pois, uma recíproca do Exerc. 10: Todo conjunto
fechado AC. X é Z{J ) de alguma função real contínua em X Se .
v = tlao, i»,
mostre que V e W são abertos e disjuntos e que A C V, B C W (Assim, pares .
de conjuntos disjuntos e fechados em um espaço mé trico admitem por cobertura
pares de conjuntos disjuntos e abertos. Esta propriedade de espaços métricos
é chamada normalidade).
-
14. Diz se que uma aplicação / de X em Y é aberta se j(Vj f ôr aberto em
F, qualquer que seja V aberto em X .
Prove que tôda aplicação de R1 em Rl , contínua e aberta, é monótona.
.
15 Sejam / e g aplicações contínuas de um espaço métrico X em um es-
.
paço métrico Y e E um subconjunto denso de X Prove que j( E ) é denso em
EXERCÍ CIOS 101
/ ( X ). Se g( p ) —
j( p ) para todo prove que g( p ) —
j( p ) para todo p Ç X.
(Em outros termos, uma aplicação cont ínua é determinada por seua valores em
um subconjunto denso de seu domínio).
.
16 Mostre que a condição imposta na definição de continuidade uniforme
pode ser reformulada como se segue, em termos de diâ metros de conjuntos: A
cada é > 0 corresponde Ò > 0, tal que diâ m. J ( E ) < e para todo EC. Xt com
diâ m. E < Ò .
17. Seja E um subconjunto denso de um espaço mé trico X e J uma fun -
ção real uniformemente contí nua, definida em E. Prove que / admite uma ex -
tensão contínua de E a X (ver Exerc. 6 para a terminologia ). (A unicidade re -
sulta do Exerc. 15.) Sugestão: Para cada p £ X e cada inteiro positivo n, seja
Fn(p) o conjunto de todos os q £ E tais que d(p, q) < l /n. Use o Exerc. 16 para
mostrar que a interseção das aderências dos conjuntos /( Vi(p)), j(Vo{ p )), ... é
.
constituída de um ú nico ponto, digamos g{ p )t de R1 Prove que a fun ção g , as -
sim definida em Xt é a extensão desejada de j.
-
Poderia o espaço K1, em que j toma valôres, ser substituído por Rk ? Por
qualquer espaço métrico compacto ? Por qualquer espaço métrico completo ?
Por qualquer espaço métrico ?
.
18 Diz-se que uma função real / definida em (a, b) é convexa se
/( Xx + (1 - \) y ) \j( x ) + (1 - \)M
sempre que a < x < b, a < y < b, 0 < X < 1. Prove que tôda função convexa
é contínua. Prove que tôda função convexa crescente de uma função convexa
é convexa. (Por exemplo, se J é convexa, também o é eK )
.
19 Complete os detalhes da seguinte alternativa de demonstração do
.
Teor 4.19: Se j não é umformemente contínua, então para algum e > 0, existem
sucessões { pn}, { qn } em X , tais que dx ( Pn > qn ) ~* 0, mas iY (/(pn )i /(í« )) >
Empregue o Teor. 2.37 para obter uma contradição.
.
20 Suponha j uma aplicação uniformemente contínua de um espaço mé-
trico X em um espaço métrico Y , e prove que se {a*} é uma sucessão de Cauchy
.
em X , então {/($*)} é uma sucessão de Cauchy em Y Use êste resultado para
dar uma outra demonstração do teorema enunciado no Exerc. 17 .
Deriva çã o
Capí tulo 5
a) mt - /x(*)
definimos
0(0 =
— (a < t < b, t * x);
m - KZ ) = M - / (*) (t — x) -+ f ( x) - 0 = 0
t — X
•
(c)
( ) '( ) g' ( x ) j( x )
(*) = ff * / * 2 —
ff (z)
Em (c) admitimos, naturalmente, g ( x ) 9* 0.
Demonstração: (a) é evidente, pelo Teor. 4.4. Seja h = jg.
Temos
h( t ) — A(x) = /© fo(0 — g x ] + g x \ j t — / * ].
( ) ( ) ( ) ( )
s( ) mt j
-
A(í) - h( x )
t x — 0
i
z [
ff ( ff ( ) — z
j( x )
X
( - (z )
- í ( x ) ff 0 ff
<-
Fazendo t x e aplicando os Teors 4.4 e 5.2, obtemos (c).
.
5.4 Exemplos. A derivada de qualquer constante é, óbvia -
mente, zero. Se / é definida por / (x) = x, temos /'(x) = 1. Repe -
tidas aplicações de (6) e de (c) mostram que x" é derivável e que sua
derivada é nxn-1, qualquer que seja o inteiro n (se n < 0, temos que
104 DERIVAÇÃO CAP. 5
——
(4)
(5)
í (f )
?(«)
}{x ) = ( t
v( y ) = ( s
—— v
x )\J' ( x ) + «(<)],
<
) lg' (.y ) + « «)]»
h( t ) — h( x) = g( j{t )) — g (J ( x))
—
= L/O0 /(aOl • W ( v ) + »(s)]
ou, se t 7* x,
—
= (t x) [ j' ( x) + «(<)] • + p(s)],
h( t ) - h( x )
(6)
t— X = W ( y) + «'(«)] • [ f ( x ) + «(<)].
Fazendo t —
x , vemos que s > y, pela continuidade de /, de modo
que o segundo membro de (6) tende para g' ( y ) f ( x ) , o que demons-
tra (3) .
5.6. Exemplos, (a) Seja j definida por
-
x sen ~ . (,x
^ 0),
( 7) j( x ) =
0 (* = 0).
TEOREMAS DE VALOR M ÉDIO 105
—
A função sen 1 / t não tem limite quando t * 0, de modo que /'(0) não
existe.
( b ) Seja / definida por
1
x2 sen — (X 0),
(9) / (*) = X
0 (x = 0).
Como acima, obtemos
m - K* ) > 0.
t — x
Fazendo t -+ x , vemos que j' ( x ) > 0.
Se z < / < z + i, então
m - /(*) < o,
t— X
ffl - M = (ò - a)/'(x).
Demonstração: Fazer g( x ) = x, no Teor. 5.9.
5.11. Teorema. Suponhamos j derivável em (a, 6).
(а) Se j' ( x ) > 0 para todo x £ (a, 6), / é monótona crescente.
(б) Se /'(x) = 0 para iodo x £ (o, 6), / é constante.
(c) Se /'(x) < 0 para iodo x £ (a, 6), / é monótona decrescente .
Demonstração: Tôdas as conclusões decorrem da equação
J ( xi )
que é verdadeira para cada par de n úmeros Xi, x2 em (a, 6) e para
algum x entre Xi e x2.
Já vimos [Ex. 5.6(6)] que uma função j pode ter derivada /' de-
finida em todos os pontos, mas descontínua em algum dêles. En-
tretanto nem t ôda função é jima derivada. As funções que são de-
rivadas definidas em todos os pontos de um intervalo, t êm uma pro-
priedade importante em comum com as que são contínuas em um
intervalo: ambas assumem todos os valores intermediá rios ( ver Teor.
4.23). Em têrmos precisos, o enunciado desta propriedade é:
. .
5.12 Teorema Suponhamos j uma junção real derivável em [a , 6]
e /'(a) < X < /'(6). Então existe um ponto x £ (a, 6) tal quej' ( x ) \.
=
Um resultado análogo é, naturalmente, verdadeiro se j' ( a) > /'(6).
Demonstração: Seja c = §- (a + 6). Para a < t < c, definimos
•
a (i) = a, B( t ) = 2t
/ 0=
3 ( 6. Assim a
—a. Para c < t < 6, definimos a (i) = 2i 6,
< a( t ) < /3(i) < 6 em (a, 6). Seja
—
= im
) -/(*(< »
0(0
/3(0 a (i) — (a < i < 6).
108 DERIVAÇÃO CAP. 5
— —
g é contínua em (a, ò), g ( t ) *?( a) quando t > a, g ( t ) quando
l * b , e , portanto, decorre do Teor. 4.23 que g ( tò) = X para algum
—
to £ (a, 6). Fixemos 4. Pelo Teor. 5.10, existe um ponto x tal que
a (ío) < x < /S(ío) e j' ( x ) = ( o ). Portanto /'(x) = X.
^^
*
REGRA DE L’ HOSPITAL
—
quando x > a, en/ao
—
quando x » a, ou se
(17) m) < r.
?'(*
(20)
9( x )
< r — r„ —g({—y ))
Q X
r '
Ky)
g( x )
(a < x < .
Ci )
0(z)
Em resumo , (19) e (21) mostram que qualquer que seja q, su-
jeito apenas à condição A < q, existe um ponto c2 tal que /(x)/<?(x) < q
se a < x < c2.
Do mesmo modo, se —
a> < A < + °° , e se p < A , pode-
mos determinar c3 tal que
< J<?( )
( x)
<22) V
*
(a < x < cs),
TEOREMA DE TAYLOR
(23) P ( l) = V
E
fk ) ( a )
( l — a)fc.
/c !
m - «*) - r(*)
(30) lim
t -+x t — x = 0;
mas
(34) ]' { x ) = ie" ,
—
de modo que |f '(i)| 1 para todo x real.
Assim o Teor. 5.10 não é verdadeiro neste caso.
. .
5.18 Exemplo No intervalo aberto (0, 1), definimos /(x) = ie
(35) = x + x 2é^\
gix ) x
(36) lim Kx ) = 1.
z— * 0 9( x )
-1
Temos
\ m\ > 2* -
(38)
Portanto ^ x
-
x
m
(39)
e, assim ,
g x)
\ \ g' {x ) \ 2
— x
(40) lim * m =0 .
x-*o g { x )
f (£«) - f (<*n)
(42) lim = W
—
n > a>
j i( an ) —
<44) f (x) }+ (1 - X„)
l Oí n
f( x )
— x
- m\j> .
(49) tn — Sn = 3 n (6 ~ O) ,
“
EXERCÍCIOS
.
1 Se /(z) = |z|3, calcule /'(z), /"(z) para todo z real e mostre que /(3> (0)
não existe.
.
2 Seja / definida para z real e suponha que
4. Se
c0 + Ci
+ •. . + Cnn-l + —+ n 1
= 0,
-
6 Suponha
—
(a) / cont ínua para z > 0;
( b ) /'(x) definida para z > 0;
(c) /(0) 0;
( d ) y monótona crescente.
Se
g( x ) = —m (* > 0),
iim
/(0 /'(*)
ff (í) s'(z)
( A conclusão é também verdadeira para funções complexas.)
. .
8 Suponha ]' ( x ) > 0 em (a, b ) Prove que / é estritamente crescente
.
em (a, b) e seja g sua função inversa Prove que g é derivável e que
1
(/(*)) = /'( ) (a < x < 6).
*
.
9 Suponha / derivável em (a, 6), a < x < ò, x < «n < /?n para n = 1, 2,
..
3, . , e Or» > x, — 0n — > x. Mostre que os quocientes
/(ft») - /(<*,)
podem não convergir para /'(x) quando n ® , mas que êles certamente
convergem, se f ôr imposta a condição adicional de ser limitada a sucessão
—
{(ft» ~ xWn O*)} . -
.
10 Suponha } e g funções complexas deriváveis em (0, 1), /(x) > 0, g( x ) > 0, — —
—
Prove que
, —
/(x) > A g' ( x ) > B quando x 0, em que A e B são nú meros complexos, 5 0. ^
lim
x— 0.M ffto =
A’
Compare com o Ex. 5.18. Sugestão:
/(x)
tf (x)
rr
?(x)
+i -- r
0(x)
14. Suponha j uma função real duas vêzes deriv ável em (0, a> ) e sejam
Mo, Mi, M 2 os supremos de |/(x )|, |/'(x )|, |/"(x)|, respectivamente, em (0, » ).
Prove que M\ 4 M0 M2. Sugestão: O Teorema de Taylor mostra que
1
/'(*) = U( x + 2h ) - /(x)] - À/"(í ),
de modo que \ j' | hM 2 4- Mo/A, para todo A > 0.
Pode êste resultado estender-se a fun ções vetoriais ?
.
15 Suponha j duas vêzes deriv ável em (0, a> ), j limitada em (0, a> ) e
— — .
/(x ) > 0 quando x > <» Prove que /'(x) 0 quando x » <» SuyesWo: Apli
que o Exerc. 14 em (o, 00 ).
”
— . -
Mostre que a afirmação é falsa se f ôr omitida a hipótese relativa a
.
16 Suponha que j seja derivável em (o, 6], que /(o) = 0 e que exista
um número real A tal que |/'(x)| A \ j( x )| em [a, 6] Prove que /(x) = 0 .
.
para todo x £ [o, 6] Sugestão: Fixe xo £ [o, 6], considere Mo = sup. |/(x)|,
Mi = sup.|/'(x)| para a x xo Qualquer que seja x nestas condições, .
|/(x)| Mi(xo —. o) S A (xo - o)M . 0
—
Portanto, M0 * 0 se A(xo o) < 1 Isto é, ] = 0 em [ a, xo]. Prossiga.
17« Seja <f> um» função real definida em um retâ ngulo R do plano, dado
,
por a z .
b, a y l3 Uma solução do problema com valor inicial
V' * 0(x» V )t y( a ) =c
« {a £ c P)
é, por definição, uma função ] derivável em [o, b] tal que /(o) = ce
m - t
< > ( xj( x ) )
Prove que o problema tem, no máximo, uma solução se existe uma cons
(o £ x 6).
-
tante A tal que
|0(X, V2) - 0(x, yi) | A \ y2 yi| -
para (x, yi) E R © (x» Vi ) E 12 .
Sugestão: Aplique o Exerc. 16 à diferença de duas soluções. Observe que
êste teorema de unicidade não é verdadeiro para o problema com valor inicial
y' = V* , y(0) = 0,
*
.
19 Particularize o Exerc. 18 considerando o sistema
VJ = Vj+i (j = 1 , 1),
k
yi * /(*) - 2 9j ( x ) yji
í - i
em que j, g\y .
.., Qk são funções reais contínuas em (a, 6], e deduza um teorema
de unicidade para soluções da equação
.
20 Suponha }' contínua em [o, b] e t > 0. Prove que existe ò > 0 tal
que
/(0 - /(*)
í
— X
“ /'(*) <
—
sempre que 0 < |t x \ < òt a x b, a t b. (Em outros têrmos, pode-
ríamos ter dito que } é unijormemente derivável em [ a, 6] se /' é contínua em [ a, 6].)
Esta afirmação é também verdadeira para funções vetoriais ?
.
21 Suponha j uma função real em ( » , » ). Diz-se que x é um ponto
fixo de ] se j{ x ) *= x . —
(а) Se / é derivável e se |/'(01 < 1 para cada t real, prove que / tem no
máximo um ponto fixo.
(б) Apenas oom as hipóteses de (a), pode não existir nenhum ponto fixo.
Mostre que a seguinte função é um exemplo désse caso:
m = t + a + é y\
(c) Se existe uma constante A, 0 < A < 1, tal que \ j'( t ) \ < A para todo ,
real t , prove que j admite um ponto fixo x, que x = lim tn sendo tg um n ú mero ,
real arbitrário e tn « p a r a u « 1, 2, 3, . .. .
Integral de es
Capí tulo 6
.
6.1. Definição Seja [a, 6] um intervalo fechado dado. Cha -
maremos subdivisão P de [a, b] um conjunto finito de intervalos
fechados [x,-, x»+1] ( i = 0, . . . , n) tais que
CL ~ XQ < Zi < • •«
^^- ^ n l
— b.
Suponhamos, a seguir, que / seja uma fun ção real, limitada, defi -
nida em [a, 6]. Para cada subdivisão P de [a, 6] consideremos
U(P, f ) = Mf AXí ,
• - 1
L( P , í ) = nu AXi ,
i - 1
e finalmente
(D
i: J dx = inf . U ( P , j ),
(2) } dx = sup. UP , J ),
(3)
/ jdx ,
ou por
(4) jf /(x) dx .
. .
6.2 Definição Seja a uma fun ção monótona crescente em
[ < x , ò ) (como os n ú meros a(a ) e a( b ) são finitos, segue-se que a é limi-
tada em [ n, b ] ). Para cada subdivisão P de [a, 6], escrevemos
Aai = a ( Xi )
É claro que Acr, > 0. Qualquer que seja a função real j , limitada
em [a, b ] , consideremos
U ( PJ ,a ) =
< - Mi1
Aa* ,
L( P , J , ct ) = nu Aa*,
»
- 1
em que mf têm o
*
mesmo significado da Def. 6.1; por definição
(5) = inf. U ( P , J , a ),
(6) Jda = sup. L( P,J , a ),
(7)
Jf j da
(8) ]{ x ) da( x ) .
Esta é a integral de Riemann-Stieltjes (ou simplesmente a in
tegral de Stieltjes) de j relativamente a a em [a, 6],
-
Se (7) existe, i.e., se (5) e (6) são iguais, dizemos que ] é integrá -
vel em relação a a , no sentido de Riemann, e escrevemos j £ 5R (a).
Considerando a( x ) = x, vê-se que a integral de Riemann é um
caso particular da integral de Riemann-Stieltjes. Entretanto, con
vém observar explicitamente que, no caso geral, a não precisa nem
-
mesmo ser contínua.
Algumas poucas palavras devem ser ditas sôbre a notação Pre . -
ferimos (7) a (8), pois a letra x que aparece em (8) nada acrescenta
DEFINIÇÃO E EXISTÊ NCIA DA INTEGRAL 121
J: }{ y ) àaiy ) .
/ em vez de
.
i:.
6.3 Definição Dizemos que a partição P* é um refinamento
de P quando todo ponto de subdivisão de P é ponto de subdivisão
de P*. Dadas as subdivisões Pi e P2, dizemos que P* é o refina
mento comum às duas quando o conjunto dos pontos de subdivisão
-
de P* é constituído dos pontos de subdivisão de Pi e de P2.
. .
6.4 Teorema Se P* ê um refinamento de P, então
(9) L( P , j,a ) < L( P* , jfa )
e
(10) U { P* j á) < U ( P , ], a).
) )
6.5. Teorema•
I. j da.
(12)
f fda < U ( P ,J , a ) .
Considerando 0 inf. relativo a tôdas as subdivisões P2 em (12), fica
demonstrado o teorema.
6.6. Teorema, j £ SR (a) em [ a, 6] se, e somente se, para cada
c > 0 existe uma subdivisão P tal que
(13) U ( P , f , a) — L( P , f , a ) < .
Demonstração: Para cada P temos
J
*
j ] da < e
*
0 < j da — .
DEFINIÇÃO E EXISTÊNCIA DA INTEGRAL m
J j da =
/,*
isto é, J e «(a).
Reciprocamente, suponhamos j G $R(a). Dado c > 0, existem
subdivisões Pi e P2 tais que
(14) ,
U( P J ,a) ~ f idaL <\ >
(15)
J — j da L{ Plt j , a ) < —.
Consideremos a subdivisão P, refinamento comum a Pj e P2. O
-
f '
r*>
(16)
n
E i(li ) àoi
-
i; 1 — Ja
/ jda <e
qualquer que seja a subdivisão P = {xo, xu . . ., xn ] de [a, 6] com
p( P ) < ô , e a escolha dos pontos U em [x»-i, x,].
Demonstração: Dado 6 > 0, seja ij > 0 tal que
[a(ò)
— a( a) ]ri < e.
124 INTEGRAL DE RIEMANN STIELTJES - .
CAP 6
(17) l/ W — AO I < V
se \ x — t\ <ô e x G [a, 6], t G [a, ò].
Escolhemos P de modo que /x(P) < 5. Decorre de (17) que
M% — rrii < Tj (i 1, . . . , 7l).
Portanto,
nótona.)
Demonstração: Dado > 0, qualquer que seja o inteiro posi -
tivo, n, consideremos uma subdivisão P tal que
Aa, =
*
a( b) — a( a )
(* = 1 . •• , n).
n
Mi = /(X,), mi = AX í- I ) (7 = 1, • •. , n),
de modo que
a( b) — a( a )
U ( PJ , a ) — L( PJ , a ) =
n ^H- U(
i 1
Xi ) — /(Zt-l)]
a( b) — a ( à)
•
U (b) - M ] < e
n
desde que n seja suficientemente grande. Pelo Teor. 6.6, / G 9t (a) -
Demonstremos agora algumas propriedades elementares da in-
tegral de Stieltjes.
DEFINI ÇÃO E EXIST Ê NCIA DA INTEGRAL 125
.
6.10 Teorema, ( a) Se /1 £ $R (a) e }2 £ 9í(a) em [a, 6], então
ÍI + Í í G 5R (a),
ç/ £ 9í (a) qualquer que seja a constante c, e
J: + /
Cfi + / 2) da = /1 da / jda,
jf = •/ c/ da: / da.
(6) 5c / i(x) < /2(x) em [a, 6], cníão
J. h 7. /
/•6 /*ò
jda .
(c) 5e / £ $R (a) cm [a, ò] c sc a < c < b, então / £ 5R (a) em
(a, c] c cm [c, b ] e
Ja
f / da + J fbj
c
da. — f
Ja
/ da.
(d) Se / £ 9i(a) cm [a, 6] c se |/(x)| < Af cm [a, 6], crdao
/ / d(ca) = • Jf / da.
Demonstração: S e / = /i + / 2 e s e P é uma subdivisão -
qual
quer de [a, 6], temos
U ( P , ]j , a) < § jj da + e U = 1, 2);
resulta, portanto, de (18) que
—
Se substituirmos ] y e em (19) por /1 e /2, inverte-se a de
sigualdade, o que demonstra que se tem, efetivamente, a igualdad
— -
e.
As demonstrações das outras afirmações do Teor. 6.10 são tã
o
semelhantes, que as omitimos. No item c observe-se que para apro
ximar J * j (considerando refinamentos) podemos nos restringir a
-
subdivisões que contêm o ponto c.
6.11. Teorema. Suponh amos j E 9f (o0 em [a, 6], m <
/ < M,
<t> contí nua em [ m , M ] e h( x ) = 0(/(x)) em fa , b ] . Então h 5R (a) em
E
[a, 6J .
Demon stração: Consideremos e > 0. Sendo <f> uniformemente
contínua em [m, M ] , existe 5 > 0 tal que ô < e | <f> ( s ) 0(01 < c se
\ s — t \ 5 e s, t E [ m , M ) .
•
—
Como j E 9?(o:) , existe uma subdivisão P = {xo , Xi , . . . , x„} de
[a, b ] tal que
(20) U ( PJ , a) - L( PJ , a ) < ô> .
Consideremos com os seus significados da Def . 6.1 e sejam
M * , rriJ os números análogos para h . Separemos os números 1, . . . , n
em duas classes: ijE A. se < 5, iEB se Jlí i - íW , > 5.
Para i E A , nossa escolha de 5 mostra que M * — m* < .
—
Para i E 5, ilí < m\< 2ÍT, em que íf = sup. 10(01 , m < t < M .
Por (20) temos
(21) S X) Àa< < XB) (Af » — w *) Aat- < 52
í ¬B í¬
A INTEGRAL COMO LIMITE DE SOMAS 127
U ( P , h, a ) — L( P , h a )
}
— £ (MÍ - mJ) Aa< + i£
ieA eB
(Af - —m *) Aat <
J
6
daj < J\ \
(b) \ ] \ G $R (a) e
^ /
Demonstração: Se tomarmos <f>( t ) = t 2, o Teor. 6.11 mostra que
P £ 9t(a) se / £ 3?(a). A identidade
j da .
.
6.13, Definição Para cada subdivisão P { xo, 2i, .. . , x»} de
[a , b ] sejam tlf pontos tais que x,-i < U < x, (i = 1, . n); .
consideremos a soma
(22) S( PJ , a ) =
«
è- m A« .
l
i
Dizemos que
(23) lim &(P, j , a ) = A
se, a todo c > 0, corresponde 6 > 0 tal que quando fi( P ) < S
(24) \ S( PJ , a) — A\ < e.
,
Observemos que a notação S { P j , a ) é, realmente, incompleta,
pois (22) depende também da escolha dos pontos U , sujeitos apenas
à condição x -i < U < x,. Mas nenhuma ambigíiidade resultará daí,
-
*
se nos lembrarmos que (23) significa que (24) se verifica para tôda
subdivisão P e t ôdas as escolhas possíveis de U , desde que /x(P) < 5.
,
6.14* Teorema, (a) Se lim S( P /, a ) existe quando 0, ,
então j G 9?(a) e
L{ P , ], a ) <
f ] da < U( P, f ,a).
O item (í ) de (ò) está contido no Teor. 6.8. Para provar o item
(ti), suponhamos j £ 5R (a), a contínua e e > 0 Existe uma subdi- .
visão P* tal que
(27) V { P* , j , a ) <
fí da +T -
Seja
(n
— 1) máx. Aav • if
i
<
(n
—1) eM
4Mn <T
4 *
(28) U( P J , a) < f j d a+ í
para todo P com fx( P ) < Si .
Do mesmo modo podemos mostrar que existe 52 > 0 tal que
(29) L( PJ , a ) > f ] da i ~
,
L{ PJ ,a ) < S( PJ a) < U ( P j a ), ,,
(28) e (29) nos dão
S( PJ , a ) <
S ( PJ , a ) > fida ~
T
respectivamente; destas duas últimas desigualdades resulta que
I S( PJ ,a ) ~ f jdcc | < e
INTEGRAÇÃO E DERIVAÇÃO
—
desde que \ y x \ < ejM , o que prova a continuidade (ou melhor,
a oontinuidade uniforme) de F.
Suponhamos, agora, / contínua em Xç . Dado e 0, considere
mos S > 0 tal que
> -
1/(0 — /(*o)| < e
se 11 — x o \ < 8 e a< t < b . Portanto , se
F ( t ) - F( s )
t — 5
— K* ) 0 = t
1
—7 / [/(«) du < e.
F( Xí ) — FM = (z, —
* x,-i) /&).
*
F( b ) - F ( a ) - É- IW
< 1
- F M )] =
<
Ê1
( ) Ax ,
- /* <
e a última soma tende para jf / —
(x) dx quando /x(P) > 0, pelo Teor.
*
A seguir, consideremos P tal que fi( P ) < ô = min. (5i, 5í) e seja
-, .
U £ [ Xv i x% ] Pelo Teor. 5.10, existem pontos a, £ [x*-i, xj tais que
Ao» = a'($*) Ax . Então,
*
(32) Zm = ZM ct'(U ) A*, + Eí(4)[«,(s ) -«'« )] Ax,. . . •
lim S( P , j , a) =
ní py-^o
o que completa a demonstração, pelo Teor. 6.14(a).
i: /(x) a'(x) dx,
f da
..
/i £ $R(a) para j = 1, ., fc. Neste caso, definimos
/ = / ida, . . . , _/ /,*< ).
Em outros têrmos, y*f da é o ponto de 22* ciija j ésima coordenada é -
Sh àa.
Ê claro que os itens (a), (c) e (e ) do Teor. 6.10 são verdadeiros
para estas integrais vetoriais, pois basta aplicá los a cada coorde
nada. A mesma observação é válida para os Teors. 6.15, 6.16 e 6.17
- -.
Como ilustração, enunciamos o análogo do Teor. 6.16:
. .
6.19 Teorema Se f e F são aplicações de [a, 6] "em 22*, se
t G 92 em [o, 6] e se F' = f, então
(33) <
J\ \ l da .
Demonstração: Se /ii •••> jic são as componentes de /, então
(34) |f| - 05 + ... + S ./ *
Pelo Teor. 6.11, cada uma das funções jf pertence a 9?(oc); portanto
também sua soma. Como x1 é uma função contínua de xf o Teor.
4.17 mostra que a função raiz quadrada é contínua em [0, M ], para
.
cada real M Se aplicarmos mais uma vez o Teor. 6.11, resulta de
(34) que If| £ 9Í(a) .
Para demonstrar (33), consideremos y = (yh yh ), em que
Vi = fjj da .
Logo , y « fidxxa
\ y \* - -
E »5 E vsfiida = / ( E y,J,) da.
Pela desigualdade de Schwarz,
(36) .
T Vif Â0 < lyl |f(01 (a < t < 6);
Aii = f ( Xí ) - f(xí-i),
e
»
Êl |f (xi) - f (xi- )| < Ê1 Mte - *i- ) = M (b
- l
(c) / pode ser contí nua sem ser de variação limitada. Consi-
deremos
/(*) =
x sen —x
ir
(0 < x < 2),
0 (x = 0),
e a subdivisão constituída dos pontos
2 2 A A o
0, 2
2n - l ’ 2n - 3 ’ "
’ 5’ 3’ '
(2 + f ) + (í + Í) + . .. + V 2 - 3 n 2n
—i 1/ +
2 _ > l +~ + _
2n — 1 2 3 ^ +‘ Jn 1
—
(d) Como |/(x) /(a)| < F(,/), para cada x em [a, ò], é claro
que tôda função de variação limitada é limitada.
Veremos (Teor. 6.27) que existe uma correlação entre fun ções
de variação limitada e funções monótonas. A soma ou o produto
de duas fun ções monótonas não é necessàriamente uma função mo-
nótona. Por exemplo, x e x2 são monótonas em [0, 1], mas x x 2 —
—
não o é; x é monótona em [ 1, 1], mas x2 não o é. Entretanto, a
classe das funções de variação limitada é fechada em relação às ope-
rações de adição e multiplicação:
.
6.24, Teorema Se j e g são junções complexas de variação li -
mitada em [a, 6], então j + g e jg são de variação limitada em [a, 6].
(A afirmação a respeito de / + g é també m verdadeira para
fun ções vetoriais e a demonstração é a mesma.)
Demonstração: Para uma subdivisão qualquer de [a, 6], temos
.
Z I Ni + A? l < Z I A/,| + Z l Aífcl < v( f ) + Via ).
Portanto, V ( j + g ) < V ( j) + V (g ) . A primeira parte do teorema
está, pois, demonstrada.
136 INTEGRAL DE R1EMANN STIELTJES - .
CAP 6
-, -
Se x não é um dos x, acrescentamo lo a {x,} obtendo assim uma
nova subdivisão P para a qual (40) ainda é verdadeira. O segundo
membro de (39) é, então, o supremo de tôdas as somas que figuram
em (40). Portanto,
V (( y )
— < vfa) + 7(f; x, y ) < vt( y);
e como é arbitrário, (39) está demonstrado.
A seguir, suponhamos f contínua, a < y < b e
(41) V (( ; x , y ) > ô
FUNÇÕES DE VARIAÇ AO LIMITADA 137
para algum S > 0 fixo e para todo x £ [ a, y). (Disto resultará uma
contradição.) Fazendo x = a em (41), vemos que existe uma sub
divisão P { Xí } de [ a, y ] tal que
-
(42)
•- 1
.- .
£ |f(x ) ffr- ) I > 5 .
_
Note-se que x* = y, xn-i < y. Como f é contínua, existe um pon-
to ai satisfazendo x* i < ai < y e tal que a diferença entre
—. —
|f (y) f íxn-i)! e j f (ai) f (Xtt-i)| é tão pequena quanto se queira;
em particular, (42) se verifica se y f ôr substituído por ax nessas
condições
Em outros têrmos, provamos que existe a\ < y tal que
V ( { ; a, ai) > ô.
Prosseguindo, com ax em vez de a, e assim por diante, obtemos,
para todo N , números
a x < y < 6,
(39) mostra’ que
——
(46)
—
2 p ( y ) 2p(x) = F( /; x, y) + [ ]( y ) j( x ) ] ,
2g(y) - 2g(x) = F(/; x, y) [/(y) — /(x)].
—
Como [/(y) /(x)| < V { j; x , y ) , resulta de (46) que p e q são am
bas crescentes.
-
. .
Corolário 1 Se, ademais, ] ê contínua em [a, 6], também o são
p e q.
O corolá rio é consequência do Teor. 6.26(ò) e de (45).
.
Corolário 2 Se f ê de variação limitada em [a, 6], então existe
f ( x + ) para a < x < b existe í ( x ) para a
9
das descontinuidades de í é no máximo enimerável.
—
< x < b e o conjunto
O corolário é consequência imediata do Teor. 6.22, da decom -
posição (43) e dos fatos análogos sôbre funções monótonas (Teors. 4.29
e 4.30).
É claro que a representação de uma função real de variação
limitada como diferença de duas funções monótonas n ão é única;
pois se adicionarmos a mesma função crescente a p e a q, obteremos
.
6.28. Definição Passamos agora a considerar integração rela -
tivamente a funções de variação limitada, em vez de sòmente fun
ções monótonas. Se a é uma função real de variação limitada em
-
finição natural é
—
[a, b ] e se a = /3 y, em que /3 e 7 são funções crescentes, uma de
-
(47) f j da = f j - f J d y,
desde que as duas integrais do segundo membro existam, no sentido
em que as definimos anteriormente.
OUTROS TEOREMAS SOBRE INTEGRAÇÃO 1 J9
(48)
/ J d f i + f J d y , = f jàf + f Jdry .
Isto mostra que f j d a, definida em (47), independe da parti-
cular decomposi ção de a escolhida, desde que j pertença a $R (/3), 5R (j3i ),
$R (7) e 5R (7 x).
Para evitar este inconveniente, nos limitaremos, no restante
dêste capítulo, a dois casos em que a existência das integrais em ques-
tão é garantida automàticamente:
(а) j contínua e a de variação limitada.
(б) j e a de variação limitada e a contínua .
No caso (a), recorremos ao Teor. 6.8. No caso (6), decompo-
mos a em uma diferença de funções monótonas continuas (o que pode
ser feito , pelo Teor. 6.27, Corol. 1), decompomos j em uma diferença
de funções monótonas e aplicamos o Teor. 6.9.
Observe-se , também, que nestes dois casos temos o Teor. 6.14 em sua
plenitude.
Podemos, agora, certamente, estender esta definição a funções
vetoriais f . Talvez seja, no entanto, mais interessante considerar
outra extensão que tem aplicações na teoria das funções analíticas ,
a saber, o caso em que ] e a são funções complexas em [a, 6],
Se j = ] i + i]2 , OL = ai + ia 2 , em que ]u ]%, au a 2 são funções
reais; e se (a) ou (ò) se verificam, definimos
(49) f jda =
J jida , - f j i d a t + i f j i da* + t f h da ,.
'
(50) f j da
. < f l/ l dv.
140 INTEGRAL DE RJEMANN
— ST 1 ELTJES CAP. 6
S( P , J , a) = Zl /(*») [<*(*<)
%
- — a(xí-i)]
= j(b )a(b )
— j( à)a{ à) — £- a(x,- ) [ /(* ) — KU- )J
» 1
i , < i
— — —
= /(b)a(b) /(a)a(o) 5(Q, a, /).
verifica.
-
pois U 1 < x<-i Se /x(P) * 0, então p.(Q ) > 0 e o Teor. 6.14
—
mostra que S( P,J , a ) * Sj da, S(Q , a, f ) a dj. Portanto (52) se
—
Observação: Se / é contínua e a é de variação limitada, então
// existe e a Fórm. (52) pode ser usada para dejinir Sa d/, mes
da -
mo que j não seja de variação limitada. Isto conduz a uma outra
extensão da integral de Stieltjes, que, no entanto, não desenvolve -
remos.
OUTROS TEOREMAS SOBRE 1NTEGRAÇ AO 141
(53) jf ] da = j( x ) [a( b)
— a(a)].
Demonstração: Consideremos
M = 8up. /(i) j m = inf. /(0 (a < t < 6),
Logo,
m[ aQ> )
— «(a)] <
J
*
j da < M [ aQ>)
— .
a(a)]
—
J
^ J da =
Pelos Teora. 4.16 e 4.23, existe um ponto x em [a, 6] para o
qual j( x ) = X, e (53) está, assim, demonstrado.
Observação: Talvez não seja possível escolher x de modo que
a(a)].
.
a < x < b Por exemplo, se
(x = d),
a( x ) = ° ( a < x < b) ,
l *
e j f ôr contínua, temos
J *
} da = /(a) [a(x) — a(a)J + j(b ) I x(b ) -a(x)].
142 INTEGRAL OE RIEMANN
— STIELTJES CAP. 6
J j da = /(6)a (ò)
— j( a )a( a ) — J a d/
(54) jf / x ( ) dx =
0(6)
/( (2/)) #(y).
^
[Formalmente, obtém-se (54) escrevendo y = <£ (x), x = (t/).]
Demonstração: Dada uma subdivisão P qualquer, pelos pontos ^
a — Xo xi . ..
^ ^ xn — 5,
seja 2/i = 0(x,) (í = 0,
*
CURVAS RETIFICÁVEIS
-
mais pares de pontos distintos ti , ti em [a, 6], diz se que y é uma cur -
va simjples Jechada.
Deve-se observar que definimos curva como uma aplicação, n ão
como um conjunto de pontos. É claro que a cada curva em Rk cor-
responde um conjunto de pontos em Rk , a saber, o conjunto de va -
lôres de y , mas curvas diferentes podem ter o mesmo conjunto de
valôres.
Chamamos uma curva y retijicável se y é de variação limitada
e definimos o comprimento de y como sendo F(y ; a, 6) .
Para motivar esta definição, recordamos que F(y; a, ò) é o su -
premo de tôdas as somas
(56)
•
è
- i — 7( ^01 (a = xo < Xi < . . . < Xn = 6).
£l 7'(0 l dt.
Z IT(A) -
J ( X í I )| = £ \£ _ yV ) dt \
< E IT'(0 I dt = Ja
de modo que F(y) < ,/* 17'! «
144 INTEGRAL DE RJEMANN
— —
8 > 0 tal que |7'(s) 7'(0| < c se \ s 1 \ < 8 . Seja P { x0 , .. . ,xn }
uma subdivisão de [a, b ] cuja amplitude máxima é menor do que 8.
Se £í-i < t < Xi, temos
<
<
LC
l —
7 fo)
7'(0 dt | +
7 fo-i) | + eAxi.
[7'(Xí) — 7'(í)] dt
Í
Ja
l 7'(0 l dt < iè1 l 7(*0
- — 7(x - )|+ 2e(b — o) < F(7; o, 6) + 2e(6— a).
# l
demonstração»
EXERCÍCIOS
.
1 Suponha a crescente em (a, 6], a XQ b, a contínua em
e /(x) =* 0 se x pí xo. Prove que / E 9?(a) e que // da = 0 .
xo, /(XO)~ = ~1
5 . Seja {xn} uma sucessão de pontos distintos em (0, 1), suponha Cn > 0,
2cn < o? e defina
03
a(x) = £ Cnpl ( x - Xn ),
1
1
Cnj3i(x
— xn), otj * a
— .
«i .
Pelo Exerc 3,
Si dai —^ N
CjJixn ). Também |/*/ da% ] MV ( aj), em que M = sup. |/(<)| .
.
6 Suponha f uma aplicação de [a, b ] em Rk de variação limitada Prove , .
que é contínua em um ponto x £ [af ò] se, e sòmente se, f é contínua em x
vf .
.
7 Se /(x) = 0 para todo x irracional e /(x) = 1 para todo x racional, pro
, -
ve que / $ SR em [a, 6], quaisquer qile sejam a b ( a < 6).
8 . Mostre que
So x - *) i -
em que [x] é o maior inteiro que não excede x (ver definição no Exerc 2, Cap 4.)
»
. .
.
9 Determine as funções varia ção positiva, variação negativa e variação
total de
(o) /(x) = 3x2 - 2x* ( 2 x 2); -
(6) /(x) = [x] x -
(0 x 2) .
.
10 Suponha / uma função real de variação limitada em [a, 6], p e q as fun
ções variação positiva e variação negativa de /, pi e qi funções crescentes em [o, b]
-
— .
e / = pi çi Então V(p ) P(pi) e V (q ) V ( q{ ) em que V designa variação
total em [a, b] ,
}
.
11 Suponha g £ 9? em [a, b]t considere
/(x) = J[ * g( t ) dl ,
e defina g+( t ) = máx. (p(í), 0), g~(í)
—— .
mín ( g{t ) 0). Prove que / é de variação
limitada em [o, 6] e que as funções variação total, variação positiva e variação
negativa de / são
,
v( x ) = J fX
a
\ g{t )\ dl , p(x) = J fa g+( t ) dl, g( x ) = J fa* g-(t ) dt.
.
12 Suponha / de variação limitada em [0, 2TT] e /(2 JT) - = /(0). Prove
« que
nenhuma das integrais
/“ 2T
]{ x ) cós nx dx ,
Jo /(x) sennxdx
144 INTEGRAL DE RJEMANN STIELTJES GAP. 4
n j( x ) cos nx dx
—J C 2TC
j( x ) d{ sen nz)
—— f 2ir
I sen nz d/(x).
13 . Sejam 71, 72, 73 curvas no plano complexo, definidas em [0, 2TT] por
Mostre que estas três curvas têm o mesmo conjunto de valôres, que 71 e 72
são retificáveis, que o comprimento de 71 é 2TT, que o comprimento de 72 é 4TT
e que 73 náo é retificá vel.
.
14 Seja 71 uma curva em definida1 em [a, b ] ; seja <p uma aplicação
biunívoca, contínua de [c, d] sôbre [a, ò], tal que <p( c ) = a; e, por definição,
7i(s) ** 7iW>(s)). Prove que 7* é um arco, uma curva simples fechada, uma
curva retificá vel se, e sò mente se, o mesmo é válido para 71. Prove que 72 e 71
têm o mesmo comprimento.
.
15 Suponha a crescente em [a, 6], / e g complexas, ] £ JR (a), g £ 5R(«)
.
em [a, b ] Prove a desigualdade de Schwarz
f
lim
va* « Ja
]( x ) dx,
]( x ) dx =* D
f
desde que o limite exista, quando então dizemos que a integral é convergente.
Prove o chamado “ teste da integrar* para convergência de séries: Se
0 e se / é monótona decrescente para x > 1, então
£ / (* ) dx
é convergente, se e sòmente se,
00
é oonvergente.
^ .
n
—
£ /(») 1
= £/ da (a £ x b).
Prove que
f
Ja
9 df ) = f
Ja
gf da .
18. Se 7 é uma curva retificável no plano complexo, definida em [0, 1 ],
e se / é uma funçào complexa contínua no conjunto de valôres de y , defina
1
£ /(*) d z = jT /(7(0) d y ( f ).
Suponha 7(0) = A , 7(1) = B e prove que
(n + l ) f zn d z = Bn+ l — A 71+1 (n = 0, 1, 2, . . . ).
. . —
7.1 Definição Suponhamos {/n}, » 1, 2, 3, • • uma suees-
são de fun ções definidas em um conjunto E e tal que a sucessão de
números {/«(x)} convirja qualquer que seja Podemos, então,
definir uma função J por
d) j( x )-
—
lim jn( x ) , (x £E E )
n co
.
Nestas condições, dizemos que {Jn } converge em E e que J é o
limite ou a junção limite de {/n}. Anàlogamente, se 2 jn{ x ) converge
qualquer que seja x £ E, definimos
(2) m = t } ( x)
n 1
n (x E E);
$m,n
— m
m+ n
Então, para cada n fixo,
lim Sm.n = 1,
de modo que
m «
—
(4) lim lim «m,„ = 1 .
n
— — <*> tn > co
de modo que
n
—
lim Sm,n
®
= o,
.
(5)
.
7.3 Exemplo . Seja
m
lim
— a»
—
lim Srn,n = 0
n * 00
x2
h( x ) = ( x real, n ~ 0, 1, 2, . . .),
(1 + x 2 )n
e
—
CO
X1
(6) }( x) Z0
= nZ0U ( x ) = nwm (1 + X * )"
150 SUCESSÕES E SÉRIES DE FUNÇÕES CAP, 7
(7) / (x) = { ;+ 1 X*
(x
(x
= 0),
* 0),
de modo que uma série convergente de funções contínuas pode ter
soma descontí nua.
.
7.4 Exemplo . Para m = 1, 2, 3, . . . seja
jm{ x ) = lim (cos m\ 7rx) 2n.
n
— oo
-
)
(8)
m
— OD n
—
lim lim (cos mhrx)
«o í? (x irracional),
(x racional).
Obtemos assim uma função limite descontinua para todos os
valôres de x, que não é Riemann-integrável (Exerc. 7, Cap. 6).
7.5. Exemplo Seja .
sen nx
(9) /« (X) =
Vn
(x real, n = 1, 2, 3, . • •),
e
j( x ) = lim /„(x) = 0.
n
— o»
/ n(0) = Vn ~> + ®
quando n
.
— >
7.6 Exemplo
® , enquanto /'(0)
. Seja
= 0.
X Jn( x) dx = 2n
ri2
+2 * -f - oo
quando n > — .
Se em (10) substituirmos ri1 por n, (11) continua válido, mas
teremos
í
.f
n 1
enquanto
—
lim
n > «o / 0
/n(x) dx = nlim
> 2n + 2 — oo 2
f
[ lim jn( x ) ] dx = 0.
J0 n >
—
Portanto, o limite da integral n ão é neces6à riamente igual à integral
do limite, mesmo que sejam ambos finitos.
Após êstes exemplos evidenciando a possibilidade de êiros quando
se permutam limites sem uma análise cuidadosa, definimos uma
nova modalidade de convergência, mais forte do que aquela intro-
duzida na Def . 7.1, que nos permitirá obter resultados positivos.
.
7.7 Definição. Dizemos que uma sucessão de fun ções {/n},
n = 1, 2, 3, . * • i converge unijormemente em E para a função ] se
a cada 6 > 0 corresponde um inteiro N tal que, quando n > N ,
(12) IJn ( x ) - HZ ) \
qualquer que seja
É claro que t ôda sucessão uniformemente convergente é conver -
gente. Expllcitamente, a diferen ça entre os dois conceitos é a se -
guinte: Se {Jn} converge em E, existe uma fun ção / e , para cada
152 SUCESSÕ ES E SÉ RIES DE FUNÇÕES CAP. 7
iCi j ( x ) — *»(£)
converge uniformemente em E.
- %
se n
|/
> ,m
—
N
/ * ! < |jn — / | + \
,
n (x)
>N
» ()
x £ E.
(x ) (l) }( x )
— jm( x ) \ <
n
—
lhn jn( x ) = j{ x )
oo
( x G E)i
CONVERGÊ NCIA UNIFORME E CONTINUIDADE 153
Seja
Mn = SUp.
x E
|Jn{ x ) —J ( X )|.
—
Então Jn * f uniformemente em E se, e somente se, Mn > 0 quando
n CD
—
Como se trata de uma consequência imediata da Def. 7.7, omi
timos os detalhes da demonstração.
-
Para séries, há um teste muito útil de convergência uniforme
que é devido a Weierstrass:
. .
7.10 Teorema Suponhamos {Jn} uma sucessão de junções de -
finidas em E e tais que
|/«(*) | < Mn (x £ E, n = 1, 2, 3, . . .).
Então Zfn converge uniformemente em E se SMn converge.
-
Note se que a afirmação recíproca não foi enunciada (aliás, ela
não é verdadeira).
Demonstração: Se 2JAÍ„ é convergente, temos para e > 0 arbi
trário
-
I .£ /.(*) I < »
— »
i
. .
7.11 Teorema Suponhamos que }n ] uniformemente em um
conjunto E de um espaço métrico. Seja x um ponto de acumulação
de E e suponhamos que
= 1, 2, 3, . . . ).
(15)
—
lim fn(t )
t *x
Então { An } converge e
= An (n
(16)
(21) \ A n - A\ < - j -
Para êste n, seja V uma vizinhança de x tal que se t £ V ,
(22) \m - A n\ < j -
Substituindo as desigualdades (20), (21), (22) em (19), vemos que
\m - A \ < ,
desde que o que é equivalente a (16) .
.
7.12, Teorema S e {/„} é u m a sucessão de junções contínuas
—
em E e se jn > j unijormemente em E , então j ê contí nua em E ,
Êste resultado muito importante é um corolá rio imediato do
Teor. 7.11.
A recíproca não é verdadeira; isto é, uma sucessão de funções
contínuas pode convergir para uma função contínua, embora a con-
.
vergência não seja uniforme. O Ex 7.6 ilustra esta possibilidade
(o que se vê aplicando o Teor. 7.9). Mas há um caso em que po
demos afirmar a recíproca:
-
. . .
7.13 Teorema Seja E compacto Seja { jn } uma sucessão de
junções contí nuas em E que converge para uma junção contí nua ] em
E , Se jn( x) > jn+i( x ), para n = 1, 2, 3, ... e para cada x £ E, en
tão jn * j unijormemente em E . -
nua, gn 0 e gn > gn . Temos que —provar que gn 0 uniforme
Demonstração: Seja gn( x ) = jn( x ) /(a:). Portanto gn é contí
-
mente em E.
+l
— -
CONVERGÊNCIA UNIFORME E INTEGRAÇÃO 155
. .
7.14 Teorema Seja a monótona crescente em [ a, 6]. Suponha-
mos que /n £ SR (a) em [a, b ] para n = 1, 2, 3, .. . e que ]n > f uni-
formemente em [a, b]. Então j £ SK (a) em [a, 6] e
—
(26)
(
i: —
A existência do limite em 26
/ da = n*»« r
^/ a
/n da.
( ) é parte da conclusão.)
Demonstração: É suficiente demonstrar a afirma ção para jn
real. Dado e > 0, consideremos rj > 0 tal que
(27) rj [ a( b )
(30) U ( PJ , a ) < U ( P ,U , a ) + j ,
( 31)
—
enquanto de j( z ) > }n( x ) ij decorre
L( P , jn, a ) - -
P , j, a )
Combinando (
^
29), 30 e 3Í j, obtemos
( ) (
J
£
f n da
}{ x ) = è Jn( x)
n 1
(a < x < 6),
sendo a série unijormemente convergente em [a, 6], então
/ — £- / Jn ] da
n 1 •/ a
da .
Em outras palavras, a série pode ser integrada termo a termo.
Se estudarmos sucessões de integrais da forma
/: JdQn (n
— 1, 2, 3, ...)
— f
lim
n +W J «
fdgn =
f
*/«
} dg .
CONVERG Ê NCIA UNIFORME E INTEGRAÇÃO 157
.
7.15 Exemplo. Consideremos
sen nx
(33) 9n( x ) = (0 < x < 2TT, n = 1, 2, 3, . ..),
y/ n
e
cos nx cos mx dx =0
sempre que n e m são dois inteiros positivos distintos, obtemos
/
y n
./
de modo que, para n
Io
/ (x) cos n x d x = p* /
= p6,
J o
1
pz cos2 p x dx - p?r,
f 2r
— 6
/ dffn = T
2 9r
Assim, os números I / dff* constituem uma sucessão ilimitada
embora ff » — 0 uniformemente
> .
Enunciamos a seguir, um resultado positivo nesta direção.
,
. .
7.16 Teorema Seja {ff »} uma sucessão de junções de variação
limitada em [a, b ] tais que gn( a ) = 0 e suponhamos que exista uma jun
ção g tal que
-
(35) lim V (g ffn) = 0
n
— &
—
e ff (a) = 0. Então, para cada j continua em [a, 6], temos
(36)
n
lim
— ,/ a
f ] dgn — %
r
/ ®
f dg .
Também, gn -^ g uniformemente em [a, 6].
158 SUCESSÕES E . SÉRIES DE FUNÇÕES CAP 7 .
Aqui, V , como é usual, designa a variação total em [a, b ] .
Demonstração: Sendo
V {g ) < V ( gn) + V ( g - gn )
(Teor. 6.24) , g é de variação limitada em [a, ò], de modo que tôdas
as integrais em (36) existem. Suponhamos |/(x) j < M em [a, 6].
Então
I
e (36) resulta de (35) .
/<
^ n «
1/ j d (g — gn) < 3Í F(
^ — g*)>
Como
kto — 0»(x) | < V (g — gn) {a < x < b),
g n -+ g uniformemente .
Observemos que a hipótese gn( a) = g( a ) = 0 foi feita apenas por
uma questão de conveniência. A adição de uma constante Cn a gn
não altera as integrais, e mostra-se fàcilmente , como acima, que da
convergência de (<7n(x)} em um ponto x de [a, ò] resulta sua conver-
gência uniforme.
Para resultados adicionais a êstes, ver os Exercs. 9 e 10.
Demonstração: Seja e
—>
j x ) = lim jnix )
\ n oo
*
(a < x < b).
0. Consideremos N tal que se n > N*
m > Nf então
(40) —
\ Jn( x ) Jm( x ) -/»(0 + /*(01 < 2(6 —, d) ~
2
quaisquer que sejam x e t em [a, 6], se n > N m > N . Da desi -
gualdade
l /n(x) |
resulta, por (38) e (
< —
| jn( x )
40),
Jm x — / x
que
( ) n ( 0) + Jm( x0 )| + |/»(Xo) — jm( xo) |
—}
\ Jn( x ) U ( x )\ < (a < x < 6,
n > N 9 m N),
de modo que {/n converge uniformemente em [a, 6]. Seja
]{ x ) = lim jnix ) (a < x < b) .
Vamos, agora, fixar um ponto x em [a, 6] e definir
(41) 0»(O — }n( t ) jnix )
0(0 = t — X
- m m
t X —
para a < t < b , t j* x . Então,
(42) lim 0«(O = /n'(x) (n = 1, 2, 3, . ..).
X
Como {/„}
converge para /, concluímos de (41) que
4
^ x.
(«) 0„(O = 0(0n
—
lim
w
mental do cálculo.
. .
7.18 Teorema Existe uma Junção real contínua na reta que
não é derivável em nenhum ponto.
160 SUCESSÕES E SÉRIES DE FUNÇÕES .
CAP 7
<f>( x + 2) =
Assim, <{> é contínua em R' . Consideremos
(45) m = E (T)"0(4^).
n « O
Como 0 < <P < 1, o Teor. 7.10 mostra que a série (45) con-
verge uniformemente em R\ de modo que j é contínua em Rl pelo }
Teor. 7.12.
Fixemos, agora, um n úmero real x e um inteiro positivo m.
Existe um inteiro k tal que
(46) k < 4ms < k + 1.
Seja
(47) «m
- 4 mfc
“
fim
e consideremos os n úmeros 4n/3m e 4na«, Se n > m, sua diferença
- ~
4- (fc + 1),
(48)
—
1»
>
OU
Como ocm < x < fim e fim — am 0 quando m ~> 00 (49) mostra
que j não é derivável em xf pelo Teor. 5.19.
FAMÍLIAS EQUlCONT Í NUAS DE FUNÇÕES 161
.
{ jnk ( x)} converge em todo x E Ei Isto pode ser feito pelo processo
diagonal usado na demonstração do Teor. 7.23.
Entretanto, mesmo que {/»} seja uma sucessão uniformemente
limitada de funções contínuas em um conjunto compacto E , não
existe necessàriamente uma subsucessão que seja convergente em E.
No exemplo dado abaixo, seria muito trabalhoso demonstrar esta
afirmação com os meios de que dispomos até agora, mas a demons-
tração é bastante simples se apelarmos para um teorema do Cap. 10.
.
7,20 Exemplo. Seja
Suponhamos que exista uma sucessão {n&} tal que {sen n*x} seja
convergente em todo x E [0, 2TT]. Neste caso, devemos ter
—
lim (sen n&x
k « — sen n*+ix) =0 (0 < x < 2T );
portanto
(50) lim (sen n*x
— sen n +ix)2 = 0
^
Pelo Teorema de Lebesgue sôbre integração de sucessões limitadas
(0 < x < 2TT).
.
convergentes (Teor 10.32), de (50) resulta
162 SUCESSÕ ES E S É RIES DE FUNÇÕ ES .
CAP 7
(51) lim
—
Jc » ® i:
Porém um cálculo simples mostra que
(sen rikX — sen n
^ x)
1
dx = 0.
u = 1 (n — 1, 2, 3, . ..),
-
(53) —
\Mx ) Mv) I < Y [l i N ; d( x, y ) < & ).
— —
!/»(*) Jn( y ) I < \U ( x) JN ( x ) I + — Mv ) I + \Í N{y ) —h ( y )|<
, ,
Consideremos, agora, as sucessões Si S 2 S 3, * • • > que podemos
dispor como se segue,
Jhi Jx* UA * * ‘
S% * jxi Jx % Jxi JX í
a mesma relação em cada Sn, até que uma das duas seja abando
nada, Portanto quando, no quadro acima, descemos de uma linha
-
para a seguinte, as funções podem ser deslocadas para a esquerda,
mas nunca para a direita.
Consideremos, agora, a diagonal do quadro acima; i.e., a su-
cessão
(54) S: Jxi Jxi /M • •
jxi *
—,
\J «( x ) J »(y)\ < j (n *= 1, 2, 3, . . . ).
Consideremos J ( x ô ) com o significado que lhe foi atribuído
no início desta demonstração .
Sendo E denso em K e K compacto, existe um número finito
de pontos xu . . xv em E tais que
K C /(si, ô ) U • • U J ( xP, 5). «
-
Segue se que, qualquer que seja £ (E K existe um ponto x%, com
)
+|
Assim {/„,*} converge uniformemente em K
— jmtm( x )\ <
—. —
+ + — = .
-
TEOREMA DE STONE WEIERSTRASS
.
7.24, Teorema Se j é uma junção complexa contínua em [o, b],
existe uma sucessão de polinómios Pn tais que
lim Pn( x ) = j( x )
«
n —
sendo a convergência unijorme em [a, b]. Se j é real os Pn serão reais , .
Esta é a forma em que o teorema foi originàriamente apresen-
tado por Weierstrass.
Demonstração: Podemos admitir, sem perda de generalidade,
que [a, b] = [0, 1], Supomos, também, /(0) = /(1) = 0. Uma vez
demonstrado o teorema, neste caso, consideremos
, —
£ (*) = / to /(o) x[/(i) - — ] (9 < X m
i).
166 SUCESSÕES _ £ SÉRIES DE PUNÇÕES .
CAP 7
Temos <7(0 ) = <7 (1) = 0. Se <7 pode ser escrito como limite de uma
sucessão uniformemente convergente de polinómios, é claro que 0
mesmo se aplica a /, visto que ] — g é um polin ómio.
Ademais, definimos j( x ) como igual a zero para x não perten
cente a [0, 1]. Assim j é uniformemente contínua em toda a reta.
-
Consideremos
(5$) Qn( x ) = C„( l — X 2)" (n — 1, 2, 3, . . .) >
(59)
/: Qn( x ) dx = 1 (71
de Cn. Sendo
i: (1 - x )" dx =
!
'1 (1 - x1)ndx 2
X — ' / V n (1 xs)n dx
(60) Cn < vV
— —
A desigualdade (1 x 2)n > 1 nx 2 y que usamos acima, é f ácil
mente verificada considerando-se a função
-
(1 — —derivada+ nxpositiva
x 2) n 1 2
(62) Pn( x ) =
/; J (x + 0 Qn( t ) dt (0 < X < 1).
Nossas hipóteses sobre / mostram, por uma simples mudança de va
riável, que
-
Pn (x) = r Kx + o Qn( t ) dt =
e a última integral é ò bviamente um polin ómio em x Portanto
J / (0 Qn( t — x) dí,
.
{P„} é uma sucessão de polin ómios, que são reais, se é real.
/
TEOREMA DE STONE WEIERSTRASS - 167
|J°n(r)
— í( x) \ =ix:U + (x 0— ] ] t dt
( x ) Qn( )
< /: +
- |/(x í)— /x| t( ) Qn( ) dt
< 2M
x: t + jf_
Qn( ) dt t Qn( ) dt + 2 M
£ Qn( t ) dt
jn
Quando é válida a propriedade
*/ —
uniformemente em E > ent ão / G 21
—
se /« G 21 ( n = 1, 2, 3, . . ) e
— diz-se que 21 é uniforme
.
-
mente fechada.
Seja 33 o conjunto de tôdas as fun ções que são limites de su-
cess es uniformemente convergentes de elementos de
õ 3. 93 é cha-
mado aderência uniforme de 3 .
Por exemplo, o conjunto de todos os polinómios é uma álgebra,
e o Teorema de Weierstrass pode ser enunciado dizendo-se que o con -
junto das fun ções contínuas em [a, b ] é a aderência uniforme do con -
junto dos polinómios em [a, b],
. .
7.27 Teorema Seja 93 a aderência uniforme de uma álgebra,
.
3 de funções limitadas Então 93 é uma álgebra uniformemente fe -
chada .
Demonstração: Se ,/ £ 93 e £ G 93, existem sucessões unifor -
memente convergentes {/»}, { gn} tais que /» -> /, Qn -* Q e /# G 8,
Ç n G 3. Como se trata de funções limitadas, é f ácil mostrar que
Jn + Çn *j+g , jngn -* fg ,
= 1, /i(x 2)
— ^= .—
’
ar u1
0
u( xj)u] ,
-
i 1
= / +2 + l/-2 |’
g g
máx.(/, 5)
ín ,(J , g ) = f +g I/ — g \
“ 2 2 '
(71) Í C 7t l U • •• O
Seja
h = mín. (gX í i .• » *
Pelo Teor. 4.15, 1 |/ || < «> para tôda j E 6(10* Ê óbvio que
11/ 11 = 0 sòmente se j( x ) = 0 para todo [ x E K , isto é, se j = 0,
e não é difícil verificar que
/<«> - ZTHK
— n
- I
1
/»(*) =
y
\ DCU • (\ -1 < x < })
n+1“
<: )
174 SUCESSÕES E SERIES DE FUNÇÕES .
CAP 7
„
Mostre que { / } converge para uma fun ção cont ínua, mas que a convergên -
da .
nao 6 uniforme Considere a sé rie 2/ n para mostrar que convergência uni -
forme não é consequ ência de convergência absoluta , mesmo que esta se verifique
para todo x.
6. Prove que a série
CD
+*
n
E (- D,
1
712
converge uniformemente em todo intervalo limitado, mas não converge absolu
tamente em nenhum x.
-
7. Para n = 1, 2, 3, .. x real, seja
x
/»<*) = 1 - nx2
f
Mostre que {/nl converge uniformemente para uma'função / e que a equação
/'(x) lim j'n( x )
é verdadeira se x 5* 0, porém é falsa se x = 0.
-— n
.
8 Se
. — —
em [ a 6], tal que V ( gn g ) + Q quando n — <® .
10 Seja / contínua em [a, 6] e seja |ffn} uma sucessão para a qual se tem:
(a) V ( gn ) < M
(b) lim gn( x ) = g( x )
-
n »®
—
( n 1» 2, 3,
(a S x < 6).
.. .);
Prove que
-
/ 6 AÒ
J dg.
nlim jf Jdgn =
Note que estas hipóteses são mais fracas do que as do Teor. 7.16. Sugestão:
.
Prove que V {g ) < Af Para qualquer subdivisão P : a - xo < x\ < • • < xm = 6,
temos
m I pxi
m
} dgn <
t
E
= \ Jxi-
1 / l
[/(*) - /(*»)] dg{ x )
.
[/(* ) - /(*)! < ?»(*)
*
EXERC ÍCIOS 175
.
11 Se / é contínua em [0, 1] e se
J( x )xn dx -0 (n = 0, 1, 2, ...),
entào /(x) 0 em [0, 1]. Sugestão: A integral do produto de / por qual
-
quer polinómio é zero. Empregue o Teorema de Weierstrass para mostrar que
-
J /* *( ) dx = 0.
0
12.
(75)
Se /(x)
— *
- x \ e g( x ) = x - x2, então
ndx =0 (n = 0, 1, 2, ...).
Para que funções g resulta de (75) que /(x) =* 0 para todo x em [0, 1] (supon
do / contínua ) ?
-
13. Suponha que ( /n} e ( tf *} são definidas em 5 e que
(a) 2 /n tem somas parciais uniformemente limitadas;
-
( b ) gn > 0 uniformemente em E ;
( c ) gi( x ) > g2( x ) gz( x ) > ••• para todo x £ E Então 2/n0n converge .
.
uniformemente em E Sugestão: Compare com o Teor. 3.42.
.
14 Seja {/n} uma sucessão uniformemente limitada de funções Riemann -
integráveis em [a, 6] e
Fn{ x ) =
Prove que edste uma subsucessão
£ ut ) dt ( a < x < 6) .
que converge uniformemente em
[a, 6J.
.
15 Seja {/n} uma sucessão de funções contínuas que converge uniforme -
mente para uma função / em um conjunto E. Prove que
lim /n(xn) = /(x) ]
n —
qualquer que seja a sucessão de pontos xnG E tais que xn~^ x, [sendo x £ E.
A recí proca é verdadeira ?
.
16 Designando por (x) a parte fracionária do nú mero real x (ver definição
.
no Exerc 2, Cap. 4), considere a função
a>
m = n£ » 1
(x real).
.
19 Prove as afirmações feitas a respeito de (£(2T) DA Seç. 7.32 .
.
20 Defina convergência uniforme e equicontinuidade para aplicações em
um espaço métrico qualquer. Mostre que os Teors 7.9 e 7.12 são válidos para .
aplica ções em qualquer espa ço métrico, que os Teors. 7.8 e 7.11 são válidos para
aplicações em qualquer espa ço métrico completo e que os Teors. 7.10, 7.14, 7.17
e 7.23 são verdadeiros para funções com valôres vetoriais, isto é, para aplicações
em qualquer Rk.
.
21 Seja K a circunferência unitária no plano complexo (i.e., o conjunto
—
de todos os z tais que \ z\ 1) e seja 3 a álgebra de tôdas as funções da forma
—
N
K** ) = £0 cne^e
n
(6 real) .
--
Entãc 3 separa pontos em K e SI não se anula em nenhum ponto de K ; en
tretanto existem funções continuas em K que não pertencem à aderência unifor
me de 3. Sugestão: Para cada ] G 3,
/02 / *V
X
(
' 9 dO
= 0,
sendo o mesmo também verdadeiro para tôda / da aderência de 3.
.
0 < x < 1,
—
22 Suponha <f> uma função real contínua e limitada na faixa definida por
«o < y < ®. Prove que o problema com valor inira*!
y'
-
v ), iKO) “ e
tem uma solução. (Note que as hipóteses dêste teorema de existência são me
nos restritivas do que as do teorema de unicidade correspondente; ver o Exerc.
-
.
17, *Cap. 5) Sugestão: Fixe n. Para i = 0, • • •, n, seja x, = i/n Seja /„ .
uma função contínua em [0, 1] tal que /n(0) =» c,
e considere
K -
® <K*í, MX í )) se X, < t < Xífi, -
exceto nos pontos x, em que
*
-
An(0 .tfO - W, /«(<)),
An(Q *=* 0. Então,
/»(*) = c +
.
f Z
0
,
[ <Kt U 0 ) + A»(01 di
Empregue ò fTeor 7.23 para provar que uma subsucessão de {/n} converge
-
uniformemente em [0, 1] para um* função ] que satisfaz a equação integral
,
/(*) - * + f * KU(t )) dt
< (0 < * .< !) .
Esta / é uma solução do problema dado.
.
23 Prove um teorema de existência análogo para o problema com valor ini -
cial
f =
* y), y(0) = c,
em que e G Rk , y G Rk e < j> é mm aplicação contínua e limitada do subconjunto
de Rk+1 definido por 0 < x < 1, y G Rk , em Rk , (Compare com o Exerc. 18,
.
Cap. 5 ) Sugestão: Use a versão vetorial do Teor 7.23 . .
Outros Tópicos da Teoria das Séries
Capí tulo 8
SÉRIES DE POTÊNCIAS
(D
(2) /(x) = è
—
n 0
Cr,(x
(3)
—
ê Cn*
n 0
n
i /a OUTROS TÓPICOS DA TEORIA DAS SÉRIES .
CAP 8
(4) j( x ) = 2- CnXn
n= 0
( 1* 1 < R ).
seja
Então (3) converge unijonnemente em [ R + , R ~ «], qualquer que
.
> 0 escolhido A junção J é contínua e derivável em ( R) e
— •
—
(5) f (x)
f
—
- 2 WCnX” " 1 (|x| < ff ).
— , temos
|CnXn| < |Cn( R n
) (J
sendo
2c*(ff - é)n
absolutamente convergente, (tôda série de potências converge abso
lutamente no interior de seu intervalo de convergência, pelo teste
-
da raiz), o Teor. 7.10 mostra que (3) é uniformemente convergente
—
em [ R + , R e\
——
Como \/ n 1 quando n « , temos
.
limsup \/ njcnj . = limsup. s/ \ cn \ ,
— mesmo intervalo de conver
'
-
n +® n > <»
|*| < ff . —
> 0 de modo que |x| < R e, o que prova que (5) é válido para
(6)
Em particular ,
{k
] \x ) = £ n( n — 1) •• (n
— k + l)cnXB-fc.
J ( x ) = nÊ0 CnX? »
(— 1 < X < 1).
Então,
(8) lim ]{ x )
i-*i = nè0 c».
»
—
m 1
—
-
tn tn
£ CnXn = n
n 0
- 0
(S n ~
^
Sn- X* = (1 — ) X)
X
n 0
$nX” + $«Xm.
Para |x [ < 1, deixamos m
— ® e obtemos
<9) m = a - x ) í- n 0
S„xn.
sn.
Suponhamos
se n > N ,
5 = lim
n H)
— Dado > 0, consideremos N tal que
|s - S n| <
J.
180 OUTROS T ÓPICOS DA TEORIA DAS SÉ RIES CAP. 8
Então, como
(1 - *) £ X”
n «* O
=1 ( 1* 1 < 1) .
obtemos de (9)
\J( x ) — sI = (1
— x) £ (s„
n 0
- — s )xn <
< (1 — z)
n 0
—
Z |Sn — «I Mn + - f - «
—
se x > 1 6, para algum ô > 0 convenientemente escolhido, donde
resulta (8).
Como aplicação, vamos demonstrar o Teor. 3.51, que afirma:
Se 2on, 2òn, 2c„ convergem para A, B , C e se Cn ao6„ + • •• + Onòo,
então C = AB Sejam .
j( x )
fi
—
= 530 Of#n, g( x ) = 20 &***>
para 0 < x < 1. Se x < 1, estas séries convergem absolutamente e
podem, portanto, ser multiplicadas de acôrdo com a Def. 3.48; uma
n «*
6(x) *=
n
—
530 ^X* , 1
(11) m -* A, -
g( x ) > B, h( x ) -> C
(12)
J
Z Kl
- l
= &Í (*
- 1, 2, 3, . . . )
(16) g( x ) = X1 m <* e
-
(14) e (15), juntamente com (12 ), mostram que cada J % é con-
tínua em xo. Como |/(x»)| < 6» para z G E , (16) converge unifor-
memente, de modo que g é contínua em xo (Teor. 7.11). Segue-se
que
— l
i
n
—- — t 1 j 1
ij
——
n «p co co
= lim y£ £ «tf = yE È * O
-
n + °° 1 t 1 i »»i
.
8.4 Teorema . Suponhamos
J(x ) =
—
—
que converge em \ x a| < R |a|, e
—
(17) ]{ x )
< n ) (a)
-^ .
= «Xo / n! (x
— a) n (|x
— a| < R
— |o|).
jix ) =
=
n
—
230 c„[(x —
23 Cn 53=
a) + a]n
-
a" "(x — a )m
n «=> 0 m 0
E
m =» 0
cnan —]iri
(x - a )m.
(18) EE
——
[» 0 m 0
(19) È
- » l I * — <* l + M )
n 0
|c ( • n
—
e (19) converge se \ x a| +. Ia | < R.
Finalmente, a forma dos coeficientes em (17) resulta de (7).
Deve ser observado que (17) pode convergir, efetivamente, em
um intervalo maior do que o dado por \ x a \ < R \ a \
Se 'duas séries de potências convergem para a mesma função
— — .
—
em ( 22, R ) , (7) mostra que as duas séries devem ser idênticas, i.e.,
elas devem ter os mesmos coeficientes. É interessante notar que a
mesma conclusão pode ser deduzida de hipóteses muito mais fracas:
8.5. Teorema. Suponhamos que as séries e 26„xn sejam
— —
convergentes no intervalo aberto S ( 22, 22). Seja E o conjunto de
todos os xGS nos quais
ao
(20) 23 <JnZn = n23= 6nX".
n ** 0 ® 0
Então j( x ) = 0 em E.
AS FUNÇÕES EXPONENCIAL t LUVIMIU I miwi uy
(22) J ( x ) = nE
—0
íí, (l - Xo )” (| x — Xo | < R — | Xo | ) .
Afirmamos que dn = 0 para todo n. Em caso contrário, seja k
o menor inteiro não negativo tal que 9* 0. Então
Definimos
(25) m = X- -m . n 0
^
O teste da raiz mostra que esta série converge em todo z complexo .
Aplicando o Teor. 3.50 de multiplicação de séries absolutamente
convergentes, obtemos
*» *(«) -
zkwn k
n “ 0 W! 7Tll n 0
— C —
kl (n fc)!
= „X
= o n!
— Ul ) zkwn ~k
= Xh (z + w )n
n 0
— nl
184 OUTROS TÓPICOS DA TEORIA DAS SÉ RIES CAP. 8
(26) E( z + w) = E ( z ) E( w ) ( z , w complexos).
Uma consequência é
(27) E ( z ) E(
— = —
z) E( z z ) = E ( 0) = 1 ( z complexo).
—
E( x ) > 0 quando x >
— +— — — +
Por (25), E( x ) > oo quando x + portanto (27) mostra que
<» ao longo do eixo real. Por (25), se
0 < x < y então E ( x ) < E ( y ); por (27), segue-se que E( y ) <
—
< E( x ); assim E é estritamente crescente em todo o eixo real.
—
A f órmula de adição também mostra que
E( z + h) - E ( z ) = E ( h) - 1
(28) lim
h-+0 h
E{ z ) lim
h-+o k -
a última igualdade resulta diretamente de (25).
Itera ção de (26) nos dá
(29) E( Zi + ... + Zn) = E( zi ) .. . E( zn).
Consideremos Zi = . . . Zn
n úmero introduzido na Def . 3.30, obtemos
— —
1. Como 2£(1) = e, em que e é o
(30) E( n) = en = 1, 2, 3, ... ).
(n
Se p = n/m, em que n, m são inteiros positivos, ent ão
(31) [£(p)]m = E( mp) = E( n ) = e",
de modo que
(32) E( j> ) = ev (p > 0, p racional).
qualquer,
( j)
— —
( e ) e* > + a> quando x > + <» , e* >• 0 quando x >
lim xne~x = 0, para todo n.
— <»;
— —
— --
X > } CB
(38)
Fazendo x —
-7 1
(y
resulta
(39) m - Jr \
dx_
x
-
Freqiientemente, considera se (39) como ponto de partida da teo -
ria das funções logarítmica e exponencial. Escrevendo u = E( x ) ,
v = E( y), (26) nos dá
L( uv ) = L( E( x ) • E( y ) ) = L( E ( x + y )) « x + yy
de modo que
(40) L( uv ) = L( u ) + L( v ) (u > 0, v > 0).
Isto mostra que L tem as propriedades usuais que tomam os
logaritmos instrumentos úteis para o cálculo. A nota ção usual para
L( x ) é, naturalmente, log x .
—
Quanto ao comportamento de log x quando x > + 03 e quando
x 0, o Teor. 8.6 (e) mostra que
—
log x
log x
—— +
>
°°
00
quando x
quando x
—— +.
0
°°
(42) x ^m = E
G!rL«)
visto que cada têrmo de (42), quando elevado à m ésima potência -
coincide com o termo correspondente em (37) Combinando (41) e .
(42), obtemos
(43) Xa = E(a L(x)) =
,
e <* 0* z
qualquer que seja a racional.
AS FUNÇÕES TRIGONOM ÉTRICAS 187
(44)
-
(x )' = E (aL( x ))
x a log x = t 1 dt < x •
JT iTldt
= X~a '
xé —
6
1
< -e —
x*~a
9
Vamos definir
Por (25) , E ( z ) = E( z) . Logo, (46) mostra que C(x) e £(x) são reais
para x real. Ademais,
(47) E( ix ) = C ( x ) + iS( x ) .
ária
Assim C ( x ) e £(x) são, respectivamente, as partes real e imagin
de E( ix ) , se x é real. Por (27),
| £(zx)| 2 = E( ix ) E( ix ) = E( ix )E( — ix ) = 1,
de modo que
(48) \ E( ix ) \ = 1 ( x real).
0, (50)
A última desigualdade resulta de (48) e (47). Como S ( x ) >
ção.
não pode ser verdadeira para y grande e temos uma contradi
ú-
Seja xo o menor número positivo tal que C(xo) = 0 . Êste n
í nua
mero existe, visto que o conjunto de zeros de uma função cont
é fechado e C(0) 5^ 0. Definimos o número ir por
(51) ir = 2xo.
E 1
(52) E ( ici) »
— 1, E( 2rri) =*= 1;
AS FUN ÇÕ ES TRIGONOM ÉTRICAS 189
portanto
(53) E( z + 27ri) = E{ z ) ( z complexo).
E ( it 2 ) [ Eiiti ) ]
' 1
= E(iÍ 2 — iti ) 7* 1,
por (c), o que demonstra a afirmação de unicidade em (d).
Suponhamos zx = x 2 + zyx, x? + y? = 1» 0, yY > 0. Em
(0, TT/2], C decresce de 1 a 0 ; portanto C t1) =
( Xj para algum *1 em
[0, TT/2]. Como C2 + S 2 = 1 e S > 0 em [0, TT/2 , segue-se que
]
Z\ — .
E( it\ )
Finalmente, suponhamos z = x + iy \ z \ = 1. Seja Zi = , zz —
se x < 0, y > 0. Seja Z\ z — —
se
as
x <
hip
0, y
teses
<
do
0 . Seja
pará grafo
Z\ = tz
pre-
se x > 0, y < 0. Ent ão Zi satisfaz ó
cedente; e visto que i = E( TTí I2 ) J segue se que z = -E( i( ti + /7r 2))
ou E 0i +
(z 7r)) ou
\ y' (t ) \ dt = 2TR ,
Se |z| = R , ent ão
(56) |P(*)|
^ Pn[ l
— |On-l|B~ l — • • • - |ao|iT*] .
O segundo membro de (56) tende para
tanto existe 22 o tal que |P(z)| > p se \ z \
quando 22 *
> 220. Como |P|
— 00 . Por-
é uma
SÉ RIES DE F0UR1ER 191
(58) eik% = - \ bk \ .
Então,
iQfre**) ] <1 — ^{ IbjfcI — í*|5fc+i|
— •••
— rn ”
|ò„|}
fc
da forma
-.
8 9 Definição. Um polinómio trigonométrico é uma soma finita
—
N
(59) j( x ) = a0 + X) (oncosnr + bn sen nx)
n 1
( x real),
(60) /(*) =
—
Xiv Cne'"*
.
( x real),
que é mais adequada para muitos fins Ê claro que todo polin ómio
trigonométrico é periódico, com período 2ir.
Se n é um inteiro diferente de zero, einx é a derivada de vinxlin,
que também tem per íodo 2ir Portanto .
1 1 se n = 0,
(61) einx dx = o
27T l se n = db 1, ± 2, . .. -
192 OUTROS TÓPICOS DA TEORIA DAS S É RIES .
CAP 8
(62) — 1
2x J ( x )e *mx dx
.
para 1 m| < N Se |m| > N , a integral em (62) é nula.
A seguinte informação pode ser obtida de (60) e (62): O poli-
n ómio trigonométrico dado por (60), é real se, e sòmente se, c~n = cn
. .
para n = 0, .. , N
De acôrdo com (60), chamamos série trigonométrica uma sé rie
da forma
(63)
—E-
GD
Cn®’"* (x real);
—
Se j é uma função integrável em [ 7r, TT], os números cm, defi
nidos por (62) para todo inteiro m, são chamados coejicientes de Fou
-
-
rier de / e a sé rie (63), formada com êstes coeficientes, é a série
de Fourier de /.
A pergunta natural que agora surge é se a série de Fourier de }
converge para } ou, mais geralmente, se j é determinada por sua série
de Fourier. Em outros têrmos, se conhecermos os coeficientes de
Fourier de uma função, poderemos determinar esta função e, em
caso afirmativo, como ?
O estudo de tais séries e, em particular, o problema de repre-
sentar uma dada função por uma série trigonométrica , originou-se
de problemas f ísicos, tais como a teoria das oscilações e a teoria da
condução do calor (“ Théorie analytique de la chaleur” , de Fourier,
foi publicado em 1822). Os vários problemas, dif íceis e delicados,
que surgiram dêste estudo ocasionaram profunda revisão e reformu-
lação de t ôda a teoria das funções de uma variável real. Entre mui-
tos nomes eminentes, os de Eiemann, Cantor e Lebesgue estão inti -
mamente ligados a êste campo que, hoje, com tódas as suas genera-
lizações e ramificações, pode bem ser proclamado como ocupante de
uma posição central em tôda a análise.
Contentar-nos-emos em deduzir alguns teoremas básicos a que
se pode chegar f àcilmente pelos métodos desenvolvidos nos capítulos
precedentes. Para investigações mais profundas, a integral de Le-
besgue é um instrumento natural e indispensável .
SÉRIES DE FOURIER 193
(64)
i: <f )n( x ) <l> m( x ) dx =0 (n 9 ^ m).
Então diz-se que {$n} é um sistema ortogonal de Junções em [ a, b].
Se, ademais,
(65) 2 dx = 1
-
dizemos que Cn è o n ésimo coeficiente de Fourier de j, relativamente
a { <pn} . Escrevemos
(67) j( x ) ~ Z c„0„(x)
1
Então,
(70)
.A — Sn|2 dx < — tn\ 2 dx,
—^
^ ^
pela definição de {cm},
f tn — ) TI 7 m f>m (
IM 2 “
yI / -M 2 = y1 1 - f/* f / <•+ yw *
= y l/ l 2 - 23 |Cm| + 23 l7m 2
Cm|2,
j( x ) ~ 23
n «l
Cn(f> n { x ) ,
ent ão,
(73) 2=3 |C n|
n 1
2
<
Ja
f |/(X)|2 d X -
Em particular,
(74) lim Cn = 0.
-
n >®
—
Demonstração: Fazendo n > <» em (72), obtemos (73), a cha-
mada “ desigualdade de Bessel” .
Para séries de Fourier trigonométricas, i. e., para séries (63)
cujos coeficientes são dados por (62), (73) assume a forma
°° i
(75)
. 00
I /(*) 12 dx .
Veremos depois que é efetivamente válida a igualdade em (75)
(Teor. 8.16).
Há dois polin ómios trigonométricos especiais que encontraremos
em nosso estudo das séries de Fourier trigonométricas:
(77)
sen (n + \) x
Dn( x ) =
sen (x/2) ’
(78)
1
- 7T ~
i
1 — cos n +
1
—
(
COS X
l)s
1
(79) D„(x) dx = Kn( x ) dx — 1.
27T 67T
<
g- n + x t( l)
-
sn( x) = s (/; x ) = £—
n
Cme £
-n
n
i
2TT
dt eimz
1
2TT m —t n
gtmír-í) ãL
Em outros têrmos
(82) sn( /; x) «
1
2 TT
j(t )Dn( x —t ) dt = -
2
ir r ]{ x
— t ) Dn( t) dt.
(84) g( t)
j( x t)
= sen ( 2 ) — (ô < \ t \ < 7r).
tl
Por (77),
(/ >/ ) ]{ x
— /) Dn(t ) dt = g ( t ) sen (“ + i) tdt =
g{ t ) cos —
t
sen nt dt + g{ t ) sen —t cos nt dt .
Como g(0 cos ( t / 2 ) e <?(0 sen ( t /2 ) são integráveis, cada uma das duas
últimas integrais tende para 0 quando n + * —
< , por (74), o que dá (83).
(85)
1
27r L j( x — t Dn t
) { ) dl
(86) Cn( x ) =
so( x ) + .. . + sn( x )
n+ 1
. .
8.15 Teorema Se j é contí nua (e, naturalmentey 'periódica de
perí odo 2 ir ) e se {<rn} é a sucessão das médias aritm éticas das somas
parciais da série de Fourier de /, então
lim < n( x )
7 = j{ x )
n~* ®
1
(87) <rn (x) = 2ir
}( X - t )Kn( t ) dt,
(89) \ }( x ) - Ky ) I < Y *
(91)
f_ t
(/(* - 0
— /(*)! 1 (01 d t <
^ ~ jT Kn(t ) dt — 7T
SÉRIES DE FOURIER 199
M J/-,
-< 4- 2 M dt = ire,
remos a integral
(94) in = \ Dn( t ) \ dl ,
que tende para 03 quando n > 00 ( ver Exerc. 12).
É esta propriedade de Z>» que causa as dificuldades encontradas
na teoria da convergência da série de Fourier.
Corolário 1. Se duas Junções contí nuas j e g têm a mesma
série de Fourier, então J ( x ) = g { x ) para todo x .
Realmente se <rn(x) é a n-ésima média aritmética desta série de
—
Fourier, então Cn( x ) * ]( x ) e on( x ) g ( x ) qualquer que seja x.
Corolário 2. Se J é contí nua e se
~inx
J ( x )e dx = 0
~ 2 Cneinx,
(95)
-
J(x)
— 03
g( x )
(96) Hm
—
n *® /:1 — / í»|s dx = 0,
200 OUTROS TÓPICOS DA TEORIA DAS SÉIMES CAP t .
«» T
i á
J.[ uwi
«»
1
(98) Z |Cn| 8
= 2 2 dz.
— ao
(99)
1
2TT
r*
J Sn&g & ^ = Z c*
n
—J
l f* .
eikxg( x ) dx = Z
n
-n
) —
CfcTfc,
(100) |f — f f9 f l/ - „| \ g \ <
s
I
<
—
que tende para 0, quando n ® , por (96). Da comparação de (99)
e (100), resulta (97). Finalmente, (98) é o caso especial / = g de
(97).
As hipóteses de continuidade que fizemos aqui podem ser con-
sideravelmente enfraquecidas. A versão final do Teor. 8.16 será
dada no Cap 10 . .
EXERCÍCIOS
1. Defina
Kx ) sss
/ e-V*
<
(X
* 0),
\o ( = 0).
X
log (1 + x)
(6) lim
x-*0
=1 ,
/(x) = é*
em que c é uma constante.
(h ) Prove a mesma coisa, supondo apenas j contínua,
—
2
7T
< senx < 1.
X
Note que esta desigualdade pode ser falsa para outros valôres de n. Por
exemplo,
|s e n |> Jl sen TT|.
6. Seja dij o n ú mero na i-ésima linha e j-ésima coluna do quadro
-1 0 0 0 . ...
i- -1 0 0 ....
]
4
i- - 1 0 . ...
1
8
1
4
1
2 - 1 .. • •
de modo que
(» <
-
0 j)i
07 , = - 1 (i 3 ),
(t > . i)
Prove que
Z Z «« = - 2, Zi Z
i J »•
=
°-
7 . Prove que
ZZ *> = ÇÇ
se Oij > 0 para todo i e j (o caso + » » + ® pode ocorrer) .
202 OUTROS TÓPICOS PA TEORIA DAS SÉRIES CAP. 8
-
8 Deduza o Teorema de Weierstrass sobre aproximação uniforme por
polinó mios a partir do Teorema de Fejér (considere o desenvolvimento em série
de potências de polinó mios trigonomé tricos).
9. Dizemos que / satisfaz a uma condição de Lipschitz em x se existe uma
constante M e 5 > 0 tais que
I J( y ) - J ( x ) I < M \ y - x\
quando \y —
x \ < 8.
Prove que a série de Fourier de / converge para /(x) se / satisfaz a uma con-
— —
dição de Lipschitz em x. Sugestão: \ j( x t ) j( x ) \ Dn( t ) é limitada , indepen-
dentemente de n, se |í| < 5.
10. Se / é derivável em x , / satisfaz a uma condição de Lipschitz em x. Por-
tanto da derivabilidade de / resulta a convergência de sua série de Fourier.
. —
11 Se rn = 1 +\ + . .. -f- ( l/n ) logn, prove que jrn} converge. (O
limite, frequentemente designado por y , é chamado constante de Euler. Seu valor
.
numérico é 0,5772 , . )
.
12 Seja
Ln = 42 ~
ir
r I DM I
J TT
dt (n — ..
1, 2, 3, . . )
{ Ln ~ i- logn
é limitada.
13. Se |/(x) | M para todo x, então |<rn(x) | M para x e n quaisquer.
14. Suponha |ncn| M para n » 1, 2, 3, . . • t
Sn =* Co + Cl + . .. + Cn,
Gn =
$0 + Si + + Sn
»+l
Prove que
|Sn - *n\ M.
Sugestão:
Sn - <Tn =
--
ci f 2C2 +
»+1 — 4~ ncn
A sen mi
m < M.
"
TO = 1
£ m Dn ( t ) di
lim JZL.
n~+ °> bn #
ir £
"
Kn + na ) ° -
íl l
bZr m dl
f Í( X - 0 tfn(<) dl ,
que contenha os teoremas de Weierstrass (7.24) e de Fejér (8.15) como casos par -
ticulares.
Funções de Várias Variá veis
i- V
Capí tulo 9
»
^
APLICAÇÕES LINEARES
de r vetores.
Para 0 < i < r, seja Si um conjunto que gera X e é çonstituído
—
de todos os yj com 1 j < i e de r i elementos de So, digamos
xi, . . ., Xr-». (Em outros têrmos, Si é obtido de So pela substituição
de i de seus vetores por vetores de Q, sem que isso altere o espaço
gerado). Como S* gera X \ y»+ i pertence ao espaço gerado por S»;
portanto existem escalares Oi, . .., a<+i, bi , . . . , òr-v, com a%+i = 1,
tais que
«*
+1 r -i
H tyy + S= 1 0.
j
- 1
}
k
=
Se todos os òit f ôssem nulos, ent ão, visto que Q é linearmente inde -
pendente, os Qj seriam 0, uma contradição. Segue-se que algum
Xk Si é combinação linear dos demais vetores de Ti = S% U {y*+i}.
Retiremos êste x* de Ti e designemos o conjunto restante por Sí+I .
Então S í+ I gera o mesmo conjunto que Ti, a saber, X, de modo que
Si+i tem as propriedades postuladas para Si, com i + 1 em lugar de t.
A partir de 5o, obtemos, assim, conjuntos 5i, O últi -
mo dêstes é constituído de yi, . . ., yr e, por definição, éle gera X.
Mas Q é linearmente independente ; portanto yr+ l não pertence ao
.
espago gerado por Sr Desta contradição conclui-se o teorema.
Corolá rio, dim. Rn = n.
Demonstração: Como {ei, . . e„} gera Rn, o teorema mostra que
dim . Rn < n.
Sendo {ei, .. . , en} linearmente independente, dim. Rn > n.
. .
9.3 Teorema Suponhamos X um espaço vetorial e dim. X ??. —
(а) Um conjunto E de n vetores em X gera X se, e somente se, E
é linearmente independente.
(б) X tem uma base e tôda base é constituí da de n vetores.
( c ) Se 1 < r < n e { yu . .., yr} é um conjunto linearmente in
dependente em Xy então X tem uma base que contém {yi, . . . , yr}.
-
—
Demonstração: Suponhamos E {xi, . .. , xn}. Como dim.
X = n, o conjunto {xi , . .. , x», y} é linearmente dependènte, para
-
todo y E X . Se E é linearmente independente, segue se que y per -
tence ao espaço gerado por E ; portanto E gera X . Eeclprocamentey
se E é linearmente dependente, suprimir um de seus vetores não
altera o espaço gerado por E. Logo E não pode gerar X, pelo Teor.
9.2, o que prova (a).
Como dim. X = n, X contém um conjunto linearmente inde -
pendente de n vetores e ( a ) mostra que um tal conjunto é base de
X ; (6) agora resulta de 9.1 ( d) e de 9.2.
junto
Para demonstrar (c), seja {xi, . . x„} uma base de X . O con -
s = {yx, .. . , yr,x„ ..., xn }
gera X e é linearmente dependente, pois contém mais do que n ve -
tores. 0 argumento empregado na demonstração do Teor 9.2 mos . -
tra que um dos x/s é combinação linear dos demais vetores de S .
-
Se retirarmos êste x, de S , o conjunto restante ainda gera X . Êste
processo pode ser repetido r vêzes e conduz à obtenção de uma base
de X que contém { yu . . . , yr}, por (a).
.
9.4 Definições. Diz-se que uma aplicação A de um espaço
vetorial X em um espaço vetorial Y é linear se
A( xi + x2) = Ax i + Ax 2, A (cx) = cAx
-
quaisquer que sejam x, xi, x 2 Ç X e c escalar. Note se que frequen -
temente se escreve Ax em vez de A (x), se A é linear.
—
Observe-se que AO 0 se A é linear.
APLICAÇÕES LINEARES 207
—
A ~!(Ax) x, para todo xGl É simples verificar que, então ,
_
temos também A (A 1x) = x, para todo x G X , e que A~ l é linear.
Um fato importante sôbre operadores lineares em espaços ve-
toriais de dimensão finita é que cada uma das condições (t ) e (ii)
acima é consequência da outra:
9*5. Teorema . Um operador linear A em um espaço vetorial X
de dimensão jinita ê biunívoco se, e sòmente se , o conjmto de valóres de
A è todo o espaço X .
Demonstração: Seja { xu . . . , x„} uma base de X. A lineari-
dade de A mostra que seu conjunto de valores, Í2(A), é o espaço ge-
rado pelo conjunto Q — {Axt, . . . , Ax„}. Concluímos, portanto, do
Teor. 9.3(a) que R( A ) = X se, e sòmente se , Q é linearmente inde-
pendente . Temos que provar que isto acontece se , e sòmente se, A
é biuní voco .
Suponhamos A biuní voco e 2CíAX, = 0. Logo A ( 2C*Xí) = 0, e,
*
= B~\A - B ) A~\
juntamente com o Teor. 9.7(c), resulta agora que
||B“ 1 - -M | < ||B-1|| \ \ A - B \ \ ||A || <
^
o que prova a afirmação de continuidade feita em (ò), visto que /3 0
- a(a — /3 ’ )
—
quando B
.
— A .
.
9.9 Matrizes Sejam {xi, . .., x„} e {yi, . . , ym} bases de .
espaços vetoriais X e F, respectivamente. Então cada A £ L( X Y ) }
®ml 0>m2 * * *
flffm
210 FUNÇÕ ES DE VÁ RIAS VARI ÁVEIS .
CAP 9
que
(2) Ax = Ê (V è= «*,)/ y -
1 3 1
«*
=
^
i
<Uj bid^ k =
*
bfcifty)
i k k i
resulta da independência linear de {zi, . . . , zp} que
(3) Ckj = blçidij (1 < AJ < p, 1 < j < n).
Isto mostra como calcular a matriz [ BA ] , p por n, a partir de [B] e
[ A ] , Se definirmos o produto [B] [ A ] como [ BA ] , então (3) é a re-
gra usual de multiplicação de matrizes.
Finalmente, suponhamos que {xi, . . . , x„} e {yi, .. ., ym} sejam
as bases canónicas de Rn e Rm e que Á seja dada por (2). A desi-
gualdade de Schwarz mostra que
\ Ax \ 2 ~ 21 ( H «ÍJ-C}) 2 < I! ( E 4 ' E Cy) = EI 0%| X | 2.
i i i
* * *, ;
DIFERENCIAÇÃO 211
Portanto,
(4) ||A || < { »ZalV
,
.
i
—
Apliquemos (4) a B A em vez de A , com E( Rn R?
vemos que se os elementos a*y da matriz são fun ções contínuas de
1
,
);
. .
9.10 Definição Suponhamos E um conjunto aberto em Rn,
f uma aplicação de £ em e x G £. Se existe uma aplicação li -
near A de Rn em 2P" tal que
(5) lim
-
h M)
—N
[ f (x + h) f (x) vlhI _ 0 —
dizemos que f é dijerenciável em x e escrevemos
<6) P( x ) = A.
SeJ é diferenciável em todo x £ £, dizemos que f é dijerenciável em E *
(7) lim {
f (s + h) f(z) - y = 0. }
-
h *Q h
Cada y £ iP". determina uma aplicação linear, digamos Trf de Rl
em ZP", dada por Tyh = hy . Reclprocamente, cada T £ L( Rl ZP") }
.
—
é da forma T = T7 para algum y £ ZP*; basta considerar y = Tl
Assim existe uma correspondência biunívoca natural y < > T7 entre
Rm e L( R\ Rm ) e se identificarmos y e Ty vemos que a antiga de -
finição de f'(x) coincide com a nova quando n 1
— .
212 FUNÇÕES DE VÁ RIAS VARI Á VEIS - CAm
que
—
mostra que |Bh | /|h| 0 quando h -+ 0. Para h O fixo, segue-se
^
(10) 1W1
I *I
0 quando í
— .
>0
.
9.12 Teorema. Suponhamos E um conjunto aberto em Rn, f
uma aplicação de E em Rm, dijerenciável em xoG E , g uma aplicação -
de um conjunto aberto que contém i{ E )> em Rk , dijerenciável em f ( x0) .
Então a aplicação F de E em Rk dejinida por
F(x) = g(f(x))
ê dijerenciável em xo e
(11) F'(xo) = g'(f ( xo)) r(xo).
No segundo membro de (11) temos o produto de duas aplica-
ções lineares, tal como foi definido na Se ç. 9.6.
u(x) = f (x)
v(y) = g(y)
—— — —
f ( xo) - d (x xo),
g (yo) B( y ~ yo),
r(x = x - xo - BA ( x ~ xo).
) F ( ) F ( )
Temos que provar que F'(xo) = BA , isto é, que
(12)
|r (x)|
— I 0 quando x * x0.
IX xo —
As definições de F e r mostram que
r(x) =
de modo que
g(f(x))
— — —
g(y0) B(i( x ) y0) + B(f(x) — —-
f (x0) 4 (x
— xo)),
—
|f (x) f ( xo ) | < rj , |u (x)| < é|X Xo|,
—
—U
se |x xo| < 5. Portanto,
—— —
(14) (f(x))| < |f (x) f(xo)| = e |u (x) + A( x x0 )\
e
< e* jx x0| + e ||4 j | |x x 0| —
(15)
se |x
—
|Pu (x)|
xo| < 5.
< ||B|||u (x)| < e||B| j |x — xo ]
Como f (t) E
m
R" ) e
- g'WW ( t ) ( a < l < 6).
E L( Rn, R1 ), vemos que h' ( t ) é
um operador linear em R\ Se considerarmos h' ( t ) como um nú -
mero real, o operador em quest ão é a multiplicação por h' ( C)\ com
pare esta com a observa ção feita na Def. 9.10(6).
-
Relativamente à base canónica de Rny [f (£)] é a matriz n por 1
(uma “ matriz coluna” ) que tem ft{ t ) na í-ésima linha, sendo fi ,
DIFERENCIAçãO 215
h\t ) =
*
è- (D<sf) (£«))/;«).
1
tínua em E.
Quanto à recíproca, basta considerar o caso m = 1. (Por quê ?)
Fixemos x G E e e > 0. Sendo E aberto, existe uma bola aberta
S C E , com centro em x. e raio r, e a continuidade das funções Dy/
mostra que r pode ser escolhido de modo que
- 1 /(* + y
[ ) ? — Í(x + vi~i)]’
f é biuní voca em U e í( U ) = V ;
(б) se g é o inverso de f [ que existe por (a)], dejinido em V por
}
g(f (x)) =x (x £ U ),
então g £ E'( F) . *
ou
|F(l)— F(0) I < l |Ah| ,.
Segue-se que
(24) |f (x + h) - f (x) | > è | Ah | > 2 X |h |.
Observemos que (23) e (24) se verificam sempre que x £ P e
x + hG U . Em particular, (24) prova que f é biuní voca em U .
Fixemos x0 £ U e seja S uma bola aberta com centro em xo e
raio r > 0, cuja aderência S está contida em U . Provaremos que
j( S ) contém a bola aberta de centro em f (xo) e raio Xr.
Com êste objetivo, fixemos y de modo que | y f (xo)| < Xr; e —
definamos
<t> (*) = |y —
fW| (x £ S).
Se |x — xo| = r, (24) mostra que
Assim,
2Xr < |f (x) — f (x0)| < 0(x) + 0(xo) < 0(x) + Xr.
Se <£(x *) > 0, resulta de (28) que </>(x * + íh) < <f> ( x* ) , pois t > 0.
Mas isto contradiz o fato de x* ser m ínimo.
Assim 0(x *) « 0, o que significa que f (x *) = y.
Ficou provado que todo ponto de f (C/) tem uma vizinhança con -
tida em f ( C7). Logo f ( t/) é um subconjunto aberto de Rn. Fazendo
V « f( C/), fica demonstrado o item (a) do teorema.
-— —
k f (x + h) f 00 * f (*)h + r(h),
-
em que |r(h)|/|h| * 0 quando h * 0, obtemos B\L = h + Br(h), ou
(29)
),
— — ——
g(y + k) g(y) = J5k £(r(h))
.
Por (24 2X h < |k| Assim, h > 0 se k > 0 (o que mostra, di-
| |
.
ga-se de passagem, que g é contínua em y) e
|B(r (h)) 1 \ \ B\ \ jr(h) j
(30) ‘ 0 quando k -^ 0.
!k| ~ 2X |hj
Comparando (30) e (29) vemos que g é diferenciável em y e que
g/(y) = B. Em outros têrmos,
(31) g'(y) = {f'(g(y))} 1
_ (y £ F).
logo,
A(hi
— h2, 0) = 0,
hi = h2. (Assim, para cada k £ Rm, a aplicação h * A (h, k) é —
uma aplicação linear biunívoca de Rn em Rní portanto sôbre, pelo
Teor. 9.5.
Concluímos que a equação
(33) .
A( x, y) = 0
tem, para cada y £ Rm, uma, e sòmenie uma, solução x £ Rn, se A sa
tisjaz (32).
-
O teorema da fun ção implícita afirma que uma conclusão seme-
ínuamente diferenciáveis,
lhante é válida para certas aplicações cont
.
que não são necessàriamente lineares Antes de enunciá-lo, observe-
mos novamente (32) e notemòs que se [ A ] é a matriz n por n + m
de A, relativa à base canónica, então (32) diz precisamente que os n
primeiros vetores coluna de [A ] são linearmente independentes. Êste
é um critério para determinar se (32) é válido, mas não terá nenhu
ma função na demonstração que se segue .
-
. .
9*18 Teorema Seja f uma aplicação de classe 6' de um con -
. ,
junto aberto E C Rn+m em Rn Suponhamos ( a b) £ E , f (a, b) = 0,
220 FUNÇÕ ES DE VÁ RIAS VARI Á VEIS CAP. 9
TEOREMA DO PÔSTO
—
e Y espaços vetoriaisJ dim. X = r + p , dim . Y r -f q e A uma
}
Xi
r
= 2 CÍUÍ e
1
=x — *1. Então, Xi G Xi, ^Ixi
ou xe G X 2. Por (c) e (d), Xi e X 2 têm em comum apenas o vetor
— i
4 x; logo Axi = 0
i
yi + y* G F((7).
Em terminologia geométrica, (6) diz que F( C7) é uma “ superf í-
,
cie r-dimensional” em Y que tem precisamente um ponto “ sôbre”
cada ponto do conjunto Fi(í/). Sugerimos que o leitor esboce al -
gumas das situações que podem ocorrer quando os nú meros p, q7 r
assumem qualquer dos valores 0, 1, 2.
Demonstração: Seja T a restrição de A a X %. Por 9.19(d), T
é uma aplicação linear biunívoca de Xi sôbre Yi e seu inverso T ~l
aplica Fi sôbre Xj. Seja P o operador linear em X definido por
Px » x2, se x = xi + x 2, xi G Xi , x 2 G X2 (êste tipo de operador é
chamado projeção); definimos
(40) -
f(x) = T *Fi{ x ) + Px (i 6 í ) .
Pela regra de cadeia, temos
f'(a) = JT- a) + P.
(41)
^í
—
Para i 1, 2 o conjunto de valôres de F, está contido em
Yi. Sendo F* um subespaço fechado de F, é evidente por (18) que
Fí(a)h G F* para todo h £ I. Por (39), A = Fj(a) + F2(a); como
o conjunto de valôrea de A é Fj, resulta do Teor. 9.19(ò) que
—
A = FÍ (a), e 9.19(c) mostra que Ah Ahi se h = hi + h 2, hi G
hz G -X ?. Assim,
f'(a)h = T ~lAh + Ph = T- hi + h 2 = hx + h 2 = h.
^
Isto significa que f'(a) é a aplicação identidade em X . O teo
-
rema da função inversa garante, portanto, que existem conjuntos aber
--
tos U e V em X , tais que a Ç I7, U C E e que f é uma aplicação
biuní voca de U sôbre V . Ademais, (substituindo Í7 e V por subcon
juntos convenientes, se necessário) podemos supor V convexo. Seja
-
g a aplicação de V sôbre U , inversa de f; definimos
(42) ® (z) = F(g (z)) * V ). <
Como AP = 0, (40) mostra que At - A 5P~lFi = Fi, de modo que
Fi(g(z)) = Af (g(z)) - Az «* Azi.
Assim.
(43)
•, ==zxAzi+ +, 4
em que < j>(z) 6 2 z
(*) > (z)
(z G F),
.
^ z2 zi G XXt z 2 G X2
Por (42) e (43), Fi(U ) é o conjunto de todos os pontos Azi para
z G F. Como V é aberto, e Fi é o conjunto de valôres de A, o
item (o) do teorema está demonstrado.
Para provar (6), temos que mostrar que <£(z) depende apenas
de Zi.
-
Fixemos z G F Por (42) e (43) .
(44) ' )
$ (z = F'(g(z))g'(z) * A + 4> (z). ;
UM TEOREMA DE DECOMPOSIÇÃO
f (x) = gnOBngn-l( - • •
*))).
gl(5l
o Teor. 9.2.
—
espaço gerado pelos n m vetores em+i, . . . , en, em contradição com
»
DETERMINANTES
se x 0. Ent o s
.
ã { jx—
em que sin x 1 se x > 0, sin. x ~
— , — —
1 se x < 0, sin. x 0
... Í« = 1 1 ou 0 e muda de sinal se
, ) ,
dois quaisquer dos j forem permutados.
—
Seja [41 a matriz de um operador linear A em relativamen -
.
te à base canónica {e . . , e„} e a( i, j ) o elemento da i-ésima linha
^
e i-ésima coluna. O determinante de [ A ] é, por definição, o nú mero
det [A] = £ *Ui , • • •iJn)o(l, jl )a( 2, j ) .
(55)
A soma em (55) se estende a t ôdas as rupias ordenadas de inteiros
^ ... a( n, /„)
t
Demonstração: Se A = /, então a(i, t) 1 e a(i, j) = 0 para
.
j Portanto,
—
det. [/] = s(1, 2, .. n) = 1,
o que demonstra (o). Por (54), s( ju • • •lin) = 0 se dois quaisquer
.
dos j são iguais Cada um dos n! produtos restantes em (55) con-
tém exatamente um fator de cada coluna. Está demonstrado (6).
O item (c) é consequência imediata do fato de s( jX , jn ) mudar ) ...
de sinal se dois quaisquer dos j forem permutados e (d) é corolário
de (c) .
.
9.24 Teorema Se [ A ] e [í .f ] são matrizes n por n, então
det. dB ] [A]) - det. [ B ] det. [A ].
UM TEOREMA DE DECOMPOSIÇÃ O 227
em que t
(61)
— 1, 0 ou
—
1 e como [B] [I] = [ B], (57) mostra que
Afi(ei, . . e») = det. [B].
Substituindo (61) e (60) em (59), obtemos
det. ([B] MD = ( X) o(*i»!) • • «(*», n)t( iu .. Q } det. [B],
-
para tôdas as matrizes n por n [ A ] e [B], Fazendo B = /, vemos
que a soma acima, entre parênteses, é det. [ A.] O teorema está
demonstrado.
9.25. Teorema. Um operador linear A em Rn tem inverso se, e
eò mente se, det. [ A ] 0.
Demonstração: Se A tem inverso, o Teor. 9.24 mostra que
det. [ A ] det. [Ar1] = det. [AA 1] = det. [ /] = 1,”
fc
& kjBejc
k i ^ ^ i k
eí,
e também a
( /L ^i k ) ®í
AB& j A
fc
bf ç j
^k *
,
k
/
^ kj *
- .
9 27 Jacobianos. Se f é uma aplicação de um conjunto aberto
E C Rn em Rn e se f é diferenciável em um ponto x £ E o determi- }
INTEGRAÇÃO
tais que
X
— (Xif .. X /c)
(67) at - x% h (t — 1, , ^)••• *
.-
Seja P o / paralelep í pedo em R definido pelas j primeiras desigual
}
-
dades (67), e / uma fun ção real contínua em Ik.
Escreveremos / = jk e definiremos / -1 em Z*^1 por
*
Jk-i ( xi ) ••• >
^fc-)— i flcipli • ••7 1;
^A ) dXfc.
« ;
(08) fjM d, ou fj
A priori, esta definição de integral depende da ordem em que
as k integrações são efetuadas. Entretanto a dependência é apenas
aparente. Para demonstrar esta afirmação, vamos designar provi-
sòriamente por L( J ) a integral (68) e por L' ( j ) o resultado obtido efe-
-
tuando se as k integrações em alguma outra ordem.
. .
9.29 Teorema Para tôda j £ Ê(Zfc), L( j) =
Demonstração: Se h( x ) = Ai(xi) ... Mxfc), em que h £ (S([q,-, &,]), ,
então
k
m = n- X 1
hi( Xi ) dxi = L' Qi ).
Se Sl é o conjunto de tôdas as somas finitas de tais fun ções h, se -
-
gue se que Lfa ) = U (g ) para tôda g £ 2Í. Ademais, SI é uma ál -
gebra de funções em Ik à qual se aplica o Teorema de Stone Weiers - -
trass.
Seja V = XI
í
(ô<
— u*). Se / £ G(Zfc) e e > 0, existe g £ Sl tal
230 FUNÇÕ ES DE VÁ RIAS VARI ÁVEIS CAP. 9
JRJ jik / •
(69) jik / •
I
1
(70) Jk ~ i (y) =
X f ( y , Xk ) dxk =
_
Como g E S(/ fc) e A E S(/ fc 1), (70) mostra que / t-i E S(/ fc *) • Por
g( y , xk) dxk .
-
tanto as demais integrações n ão constituem problema.
Se 0 < < 1, definimos <p( t ) = 1 para t < 1 ( , <f>( t) = (1 i) / e
em [1 —
, 1], 4>(t ) = 0 se í > 1 e
— —
F( x) = < p( xi + • • • + X k ) f ( x ) (x E / fc) -
Então |íVi(y) — A- i(y )| < «||/|| para todo y E /*"*, de modo que
(71)
- . .
9 32 Teorema Seja T uma aplicação biuní voca de classe
de um conjunto aberto E (ZRk em Rk tal que Jr (x) 0 para todo x £ E
^ .
Se J é uma junção contí nua em Rk cujo suporte ê compacto e está con -
tido em T ( E), então,
(72) r
jRk
/(y) à y = f
JRk
j( T ( x ) ) \ Mx ) \ dx.
Recordamos que JT é o Jacobiano de T . Da hipótese Jy( x) 0
resulta, pelo teorema da fun ção inversa, que T“ l é contínua em T ( E)
e isto garante que o integrando no segundo membro de (72) tem su-
porte compacto em E (Teor. 4.14).
A presen ça do valor absoluto de */ r(x) em (72) merece um comen-
—
tá rio. Consideremos o caso k 1 e suponhamos T uma aplicação
biuní voca, de classe (£' de Rl sobre 721. Então JT ( X ) = Tf ( x ) e, se T
f ô r crescente, teremos
(73) f
J R I,
}( y ) dy =
JRI
f
j( T ( x )) T' ( x ) dx,
pelos Tcors. 6.33 e 6.17, para todas as / contínuas com suporte com -
pacto. ( Na realidade, aqui é suficiente o Teor. 6.16, pois T' é con -
232 FUNçõES DE Và R íàS VARíã VéTS CAP. 9
= / m* )) l*WI dx ,
,
-
pois
Para 1 < i < p , seja /3t uma fun ção contínua em Rk , com su-
porte em F( y») , tal que /3,( y) = 1 em TF,-. Façamos oq — j9 i e
ay = (1 — /3,) ( 1 — /3 ) - • - ( 1 —
*
para 2 <j< p . Verifica -se f àcilmente que
Oí\ + * * *
+ Cí P = 1 — — 30 fator— /32
(1 / (1 ) * * • (1 — /3P).
Em cada ponto de K pelo menos um é 0 no produto acima ,
de modo que Say(y) = 1 se y £ K . 0 suporte da função contínua
a j ] está contido em F ( y;) de modo que (72) se verifica para cada
a3 j . Como j = 2o'y/, segue-se que (72) também se verifica para } .
9.33. Definição. Suponhamos j uma função real definida em
um conjunto aberto E C Rn , com derivadas parciais DJ , . . . , Dnj
(ver Seç . 9.13) . Se as funções Djj também são deriváveis, definem-se
as derivadas parciais de segunda ordem de j por
Dijj = DiDjj ( i , j = 1,
Se todas estas funções D»y/ são contí nuas em E dizemos que / é de }
J Dnj = f dy f Di ( DJ) ( x , y ) dx
JR Ja Ja
= j — ( D tf ) (a, y) } dy
[ (£> 2.f ) ( b , y )
( 76)
X co =
em que D é o domínio de parâmetros de $>.
.. ik ($(«)) d ( Xilf •* •
- * * >
-duj
^ fc)
-
serão chamadas fc formas decomponí veis. Para simplificar a nota -
ção, adotaremos freqiientemente o símbolo j8fc para fc-formas decom-
poníveis. Cada fc-foima é, pois, soma de fc-formas //3fc em que j é
uma O-forma.
Para dar um exemplo simples, seja y uma 1 superf ície em -
(isto é, uma curva de classe 6') com domínio de parâmetro [0, 1].
Se co = xj dxi + xy dxzy então
J/*
cco = c J/ co
*
Em particular, —- co é definida de modo que
236 FUNÇÕ ES DE VÁ RIAS VARI ÁVEIS CAP. 9
(78)
/.< — O)) = —
c co = cui + 02) significa que
J& / <í>
/
J
O) =
«
/ COj + I 0) 2
Êl( DJ ) ( x ) dxi.
(83) dj = %
-
FORMAS DIFERENCIAIS 237
O pró ximo teorema mostra que as opera ções de adi ção, multi-
piica ção e diferencia ção de formas foram definidas de tal modo que
são invariantes por mudan ça de variáveis.
9* 42. Teorema. Com E e T como na Dej. 9.41, sejam cd e X
respedivamenie k e m-Jormas em V . Então,
(a) (co + \)T ~ O )T + Ar se k = m\
(ò) (co A X)? = CúT A Xyj
1
^
é a nica ocasião em que usamos a hipótese T £ Ê".) Como
.
9.43 Teorema. Suponhamos T uma aplicação de classe (£' de
um conjunto aberto E C Rn em um conjunto aberto V C Rm, S uma
aplicação de classe G' de V em um conjunto aberto W C Rv e co uma
k -]orma em W , de modo que é uma k -jorma em V e tanto (COS ) T
como wsr eão k -jormas em E , sendo ST dejinida por ( ST ) ( x) =
= S ( T ( x ) ) . Ent ão,
(89) ( U )S )T = &ST -
Demonstração: Se co e X são formas em W , o Teor. 9.42 mostra
que
((co A X)S )T — ( ais A\S )T ( O>S )T A ÇKS )T
e
(co A X)ST = A \sr -
Assim , se (89) se verifica para co e para X, segue se que (89) também -
se verifica para co A X. Como t òda forma pode ser obtida a partir
de O-formas e 1-formas por adição e multiplicação e como (89) não
apresenta dificuldade alguma para O-formas, é suficiente demons-
trar (89) no caso em que co = dzq 1, ... , p. (Designamos os
}
Sejam tu .. . . , tm as componentes de T , sl 9 , . ., s p as de S e
ru . , rp as de ST . Se co = dzqy então
= Z
3
r
( (x)) z (DA)« ^
i
, = co^r
. .
=
^ { D<rq )( x ) dXi = dr
Á“ ~ Á co$.
a(<Ê (u)) J (u ) du
J^ a($(u)) J ( u) dui A
/ “ -/
JT $ J
C0 j\
J*
Aplicando-o a co e Tí , obtemos
>
J -
fm j A
r -f
J T <t>
«
JA
Mas (oor) <i> = cor <t>, pelo Teor. 9.43, o que completa a demonstraçã o.
SIMPLEXOS E CADEIAS
. .
9.46 Definições Para k = 1, 2, 3, . . o svnplezo canónico Qk
é, por definição, o conjunto de todos os u E Rh da forma
k
u = E1o iei ( cti 0 para i ., k e Ea,- < l ),
em que
- »
í
- « /(Po).
9.47, Teorema. Se cr ê um ksimplexo retilí neo orientado em
um conjunto aberto E C. Rn e se = e<r , então
(93)
-
qualquer que seja a k jorma co em E.
—
Demonstração: Para k 0, (93) resulta da definição precedente.
Portanto supomos k > 1 e <r dado por (91).
Suponhamos 1 < j < fc e 7 obtido de <r por permutação de pe
e py. Ent ão =
— 1, e
<r ( u) - p3 + Bu (U G Qfc),
em que P é a aplicação linear de Rk em Rn definida por Be = p0 p>, , —
—
Ba = pt- py se i j. Escrevendo Aa = x» (1 < i < k ), em que
A é dado por (92), os vetores-coluna de P(isto é, os vetores Ba ) são
Xi — xJ . • • >
} Xj - J — *j> — * j , Xj+ i — x j, . . . , Xfc — X j.
(94)
r = i “ I J a$
« «.
/
J
z/
Podemos considerar uma Ar superf ície $ em E como uma fun- -
ção cujo domínio é a coleção de tôdas as Ar-formas o) em E e que a
w.
o) associa o n ú mero
(
Á
ver Def . 4.3 ; portanto (94)
)
Funções reais podem ser adicionadas
sugere a notação
(95) r = < + ... + oy.
7i
—
k
(96) d <r = £0 (
í*
l) y [ p0, . . . , Pri í P/ + b . • M Pfc].
p,+ , ..., pfc], que figura em (96), tem Q* 1 por domínio de parâme-
i
'’
Ba = p* —< <
po
se 1 < i < j
— 1, Bei = p*+ i
—
== [pj, pj, •.., pfc],
<70
po se j i Ar — 1. O simplexo
VARIÁVEIS CAP. 9
(9S)
f « t- /»
J*
e adotamos a notação correspondente
- % 1 J
= 2 $t . Se T = 2 <rt é *
TEOREMA DE STORES
V então
}
—
conjunto aberto V Q Rm e se (o é uma (fc l )-/ormu de classe E' em
(100)
J* / do) = /
J â*
o).
( 101)
J* / dco = /
Jfrb
o)
- TEOKEJSH STÕKlS
'
ÔE 245
í
JTW )
dú) —
J
pelos Teors. 9.45 e 9.42 (c). Aplicando 9.45 mais uma vez , vemos
( doi )T -
J d( coT ),
-/ - /
que o segundo membro de (101) é
f
J dCT(o-)) J T ( da ) J ò<J
cor -
Portanto é suficiente provar que
( 103)
J
í d\= f
<T Jdc
X
para o simplexo especial ( 102) e para toda ( k
G' em E .
— 1)-forma de classe
O bordo de 102 é
k
[© i, .. . , ejt] {
** “ ( l )J [0, . . , Cj-i, Cy + i, .. e/c]>
-
»
i i
X f ( u ) du = / (1) - m
246 FUNÇÕ ES DE VÁRIAS VARI Á VEIS CAP. 9
para toda fun ção j com derivada contínua em [0, 1], o que é ver-
dade pelo teorema fundamental do cá lculo.
Se k > 1, é suficiente provar (103) para
(105) X = a(x) dx 2 A .. . A dxk ,
em que a £ pois (104) mostra que o mesmo deve então ser
verdadeiro para toda forma a/3k ~ l e t ôda ( k l)-forma é uma soma —
destas.
Os simplexos r 0, . . . , Tk t êm Qlc~l como seu domí nio de parâ-
metros. Se u = ( t*if . . ., ujc~i ) £ Q k-1 e x = (zi , . . . , xk ) = T 0( U) ,
então
(106)
Se x =
Xi -1
Ti(u) ,
— th
ent ão
— —
••• «fc-!, Xi = Ui-1 para 2 < i < k .
(107) = 0,
xi Xi = Ui-1 para 2 < i < k .
Se x = Tj(u) e 2 < j < k , ent ão X j = 0 . Segue-se que o Jacobiano
d (x 2, . - . , xfc)
d (Uly . .. ÍXfc-l ) |
A-o
Jrj
0= 2, . . ., f c) ;
(103) f
J <r
d\ = f
JT
\
J r,
O segundo membro de (103) é
(109) f
jQk
( Did) ( x) dx ,
r
jQkri
[a(ro(u)) — a(ri ( u))] du,
EXERCÍCIOS
/(x, y ) = xy
s2 — y2
para ( x y ), * (0, 0),
prove que
(а) /, Di/, D2/ são contínuas em R2 ;
(б) D12/ e D2I / existem em todos os pontos de Rz e são contínuas exceto
em (0, 0);
(c)
8.
(D12/) (0, 0) = 1, (D21/) (0, 0) =*
1
—.
Da existência (e mesmo da continuidade) de DI2/ n ão resulta a exis -
tência de Dj/. Por exemplo, seja /(x, y ) = g( x ), com g n ão derivável em nenhum
ponto. Então D\ j não existe, mas D2J = 0, de modo que Dj2/ = 0.
.
9 Defina /(0, 0) = 0 e <
J ( x , y) = s2
'
x
2 se ( x , y ) jí (0, 0).
*!/
Então / é contínua em R2 e a restrição de / a qualquer reta é diferenciável.
Com efeito, se 7 é qualquer curva diferenciável em R2 , mostre que /(0 ) é diferen -
ciável. Isto é, re 7 é uma aplicação diferenciável de [ 0, 1] em R2 e se g( t ) ~ /(*) (< )),
prove que g é diferenciá vel em [ 0, 1]. Se 7 £ (£', prove que /(7) £
A despeito disto, prove que / não é diferenciável em (0, 0).
10. Mostre que a continuidade de f ' é necessária no teorema da fun ção
inversa, mesmo no caso em que n = 1: Se /(<) = t f 2t2 sen (1/0 para í 0 e
^ -
—
/(0) = 0, então /'(0) 7^ 0 e /' é limitada em ( 1, 1), mas / não é biunívoca em
nenhuma vizinhança de 0.
.
11 Se / é uma função real diferenciável em um conjunto aberto E C Rn,
define-se gradiente de / em x £ E como sendo o vetor (V/) (x ) em Rn tal que
H . (V/) (x)
- /'(x)h
248 FUNÇÕ ES DE V Á RIAS VARI Á VEIS .
CAP 9
( DJ ) (x ) = lim 4 [ /( f <u )
- }( x ) ]
x - - .
t— > 0t
Mostre que
( Duf ) ( x ) = u • m (x )
e portanto que para cada x existe u tal que
IWuflMl = | ( V/) ( x ) | = | | /'( x ) | | .
Se ( V/) (x ) 7* 0 êste u é único.
12. Seja f a aplicação de (x, y ) em (u, v ) dada por
u = ex cos y, v = e* sen y .
Qual é o conjunto de valores de f ? Mostre que o Jacobiano de f não é nulo
em nenhum ponto de R2. Assim todo ponto de R tem uma vizinhança na qual
2
1
f é biunívoca. Entretanto f não é biunívoca em R .
0
Quais são as imagens, por f, das retas paralelas aos eixos coordenados
13. Discuta anàlogamente a aplicação
u = i
5 - y*. v —2 X7/.
CD
- <t>ui( x ) ] <t>i( y ) .
/(*> y ) =
^-
i 1
Í $í(x)
EXERCÍCIOS 4249
, y ) dx = 0 mas
Jdx fj ( x , y ) dy = 1.
se T ( x ) = (yi, .. e JT ( X) > 0.
yic )
= /* M A « + A
/. * —
d*
o
J d$
f do -f cPo) = 0
23U FUNÇÕES DE VÁ RIAS VARI Á VEIS CAP. 9
26. Se é uma fc-superf ície com dom ínio de par â metros Qk , seja
<í>*= <í>(Qfc ) o conjunto de valores de e se =2 é uma fc cadeia,
^ -
— ^
defina 'I'* U f . Se
« =. - I * r (*, +
4>
^ •• - + xkf
mostre que <£ é um simplexo orientado de classe (£" em Rk e que <$ * é parte
(x Q k ),
L ( x dy A dz + y dz A dx -f z dx A dy ).
Se k — 2, trate anàlogamente | ( x d y
Jdty — y dx) e
Jd
f (xdy + ydx ).
*
28. Seja co = 2a,(x)da:/ uma 1-forma de classe G' em um conjunto aberto
E C Rn. Diz-se que a forma co é jechada se DAJ 0. Diz-se que co é exata em E
se existe uma O-forma ] em E tal que co dj. —
(а) Prove que co é fechada se, e sòmente se, Dtaj - DjOi para 1 5 * ~
1 5n -
(б) Prove que co 6 fechada se co é exata.
(c) Suponha E convexo e co fechada . Prove que cu é exata em E . Suges-
tão: Fixe po E E defina, para p E E, j( p )
'
f —
fco , sendo a integral calculada
sôbre o 1-simplexo orientado retil íneo [ po, p]. Aplique o teorema de Stokes a
2-simplexos retilíneos em E. Deduza que
}( y ) - /(*) = 2 - *;) f
»f O
Oj (( l - 0x + Íy) dl
para y E £ e portanto que dj — co.
Assim, a recíproca de ( b ) ê verdadeira se E é convexo.
( d ) Seja T uma aplicação biuní voca de classe (£", de um conjunto aberto
convexo E sôbre um conjunto aberto V . Prove que tôda 1-forma fechada cu em
V é exata em V , Sugestão: Use a Def. 9.41. Por (c), cor = dj em E e existe
uma 0-forma g em V tal que j = QT . Então, cor d( gT ) { dg )r, de modo que — —
co = dg.
(e) Com V nas condições de (d), se 7 é uma curva fechada de classe em
V e se co é uma 1-forma fechada em F, prove que
0.
EXERC ÍCIOS 251
Cú
— y dx — xdy
+
29 .
3> (u, v ) = ( xy yt z ), o vetor
-
Se $ é uma 2 superf ície em íf 3, com domínio de parâ metros Df se
d ( y, z ) d ( z, x ) à{ x , y )
N(u, i>) = ei 4 d (u, v ) «2 + d( u, v )
d ( u, t>)
.
é, por defini ção, normal' a <í> em ( u, v ) Justifique esta terminologia. Se / é
uma função contínua em ( ver Exerc. 26), defina
= fDf ($(
“ > »)) lN(“ > ") l du *»•
Para / = 1, esta é a definição de área de #. Mostre que, com esta defini-
-
ção de área, obtêm se os valôres esperados, se $ é uma aplicação linear, ou se
$ é dada por
x
30.
— cos u sen v, y — sen u sen v, z = cos v ( Q < u < 2x, 0 £ i/ 5 x).
Seja F = (Fif F2, Fz ) uma aplicação de classe (£' de um conjunto aber -
.
to E C Rz em Rz (Em física isto se chama campo de vetores ) .
-
Define se divergê ncia e rotacionol de F por
V•F D1F1 4 D2F2 d- D3F3,
—
®
V XF — (D
^ Fz DjFiJei 4 (DjF1
Há duas formas diferenciais associadas a F:
- — DiFs)e 2 + ( D\Fi — D2Fi)e3.
L V XF F - t,
-
em que F t é a “ componente tangencial de F ao longo de T”
leitor o trabalho de formular esta última frase com precisão.)
. ( Deixamos ao
252 FUN ÇÕ ES DE V Á RIAS VARI Á VEIS .
CAP 9
.
31 Suponha F = ] Vg , em que j e g são de classe em um conjunto
aberto E C Rz. Aplique o Exerc. 30(d) para obter a identidade
em que V 2g
— —
V • (.V g ) , dgjdn (Vg ) • n e $ = d'F.
(a) Qual o significado da identidade para j = 1 e g harmónica (isto é,
V g = 0) ?
~
FUNÇÕES DE CONJUNTOS
(D A U B G S R, A - B G S R.
Como A O B
é um anel.
=A — —
(A B ) , temos também A H B G se 5R
254 TEORIA DE LEBESGUE CAP. IO
(2) U 4 n G $R
n =1
H 4n = i i - U (4 a - 4*),
n=1 n l »
temos também
n
n «1
AntEM
se 9t é um a-anel.
10.2 Definição . Dizemos que 0 é uma função de conjunto
definida em 9t se 0 associa a cada A £ 9í um n úmero, 0(4), do
conjunto dos números reais ampliado. 0 é aditiva se
—
00
quando Ai D Aj = 0 (i 7* 3 ) .
Suporemos sempre que o conjunto de valôres de 0 não con-
tenha simultâneamente + °o e
—
« ; pois se contivesse , 0 segundo
membro de (3) poderia não ter sentido. Excluímos também as fun -
ções de conjunto cujo ú nico valor é + 00 ou . —
Convém observar que o primeiro membro de (4) independe da
ordem dos An. Portanto o teorema da reordenação mostra que o
segundo membro de (4) é absolutamente convergente quando é con-
vergente; se n ão é convergente, as somas parciais tendem para + ca
ou
— .®
An (E SR (n = 1 , 2, 3, . . . ), Ai C A 2 C A* C • . A (E 5R
e
A = \J An.
n - 1
e
- È- $ 1
(A ) - £-
i i
m( I ) = II ( bi Oí),
»=i
(11) m{ A ) = m (/ i) + • .. +
Designemos por 8 a família de todos os subconjuntos elemen -
tares de Rv .
Neste ponto, as seguintes propriedades devem ser verificadas:
(12) S é um anel, mas n ão um a anel. -
(13) Se A £ S, então A é a reunião de um nú mero finito de inter -
valos disjuntos.
(14) Se A £ S, m(.A) fica bem definida por (11); isto é, duas decom -
posições distintas de A em intervalos disjuntos, d ão origem ao
mesmo valor m{ A ) .
(15) m é aditiva em S.
—
Note-se que se p 1, 2, 3, então m é comprimento, área e vo -
lume, respectivamente.
10.5. Definição. Diz-se que uma função de conjunto aditiva
e n ão negativa definida em S é regular se a seguinte condição é veri -
ficada: Para cada i G S e para cada e > 0 existem conjuntos
G £ S tais que F é fechado, G é aberto, FC Cffe ^
(16) <KG) - e < <f>( A ) < <t>( F) + e.
10.6 . Exemplos, (a) A junção de conjunto m é regular.
Se A é um intervalo, é simples verificar que as condições da
Def. 10.5 são satisfeitas. O caso geral resulta de (13).
(6) Consideremos Rv
—
Rl e seja a uma fun ção monótona
crescente, definida para todo x real. Sejam
M(k b ) ) = a( b — — —,
) a( a )
OCfiNt Ç AO DA MEDIDA DE tEBESGUE 25T
M([a, ò]) = a ( b + ) — a( a — ) ,
/x((a, ò]) = a( b + ) — a( a + ),
/i((a, ò)) = a( b ) — — a( a + ),
em que [a, b ) é o conjunto a < x < b etc. Por causa de possí veis
descontinuidades de a , estes casos têm que ser analisados separada -
mente. Se JJL é definida para conjuntos elementares por (11), ju é
regular em 8. A demonstração é exatamente igual a de (a).
Nosso próximo objetivo é mostrar que t ôda função de conjunto
regular em 8 pode ser estendida a uma fun ção de conjunto enumerà-
velmente aditiva em um a-anel que contém 8.
10.7 . Defini ção. Seja \i aditiva , regular, não negativa e finita
em 8. Consideremos coberturas enumerá veis de um conjunto qual-
quer E C Rp por conjuntos abertos elementares An:
E CU An.
—
n 1
Por definição,
(18) H*( EÒ
se Ei C Ei.
10.8. Teorema. (a) Para cada A G S, jx* ( A ) = n( A ) .
(6) Se E = U Eny então
-
Note se que (a) afirma que fx* é uma extensão de \i à família
.
de todos os subconjuntos de R? A propriedade (19) é chamada suba-
ditividade .
Demonstração: Consideremos A £ 8 e e > 0.
A regularidade de /x mostra que A est á contido em um conjunto
aberto elementar G tal que /x((7) < fi( A ) + e. Sendo ix* [ À) < /x (G)
e e arbitrá rio, temos
n 1
E n{ An) < + e.
A regularidade de M mostra que A contém um conjunto fechado ele-
mentar F tal que /x (F) fi ( A )
—
e; sendo F compacto, temos
FCAxU .-. U
^
para algum N . Portanto
V (A ) /Ji( F) + e < iiHAx U . . . U As ) +
+e< E M(-4„) + e < n* ( A ) + 2e,
1
M*(£) < EE
- fc - 1
n 1
<E
n=1
M*(£n) +e
donde se conclui (19). No caso excluído, i. e., se /x *(En) = + <*>
para algum n, (19) é evidente.
10.9. Definição. Para A C Rp , B C quaisquer, definimos
(22) S(A, 5) = (A - B) U (£ - A),
(23) d(A , 5) = W , )) -
*
Escrevemos An — A se
lim d( Af An) = 0.
n —
DEFINI ÇÃO DA MEDIDA DE LEBESGUE 259
Ai — A 2 = A\ O Ai .
Por (23), (19) e (18), destas propriedades de S(A, B) resultam
(27) d( A , B) = d ( B, A), d(A, A ) = 0,
(28) d(A , B) < d(A , O + d(C, B),
d(Ai U AO, Bx U BO
(29) n
d(Ai A 2, Bi H B2) < d(Ax, BO + d(A„B2) .
—
d(A i A 2, B i B2) —
260 TEORIA DE LEBESGUE CAP. 10
d( A , B ) = 0,
|M *04 ) - /**( ) |
(30)
* d( A1 B ) ,
d ( A , 0) < d( A , B) + d( B , 0),
isto é,
H *( A ) < d ( A , B ) + n* { B ) .
Como n* ( B ) é finito, segue-se que
— —
A „ > A , Bn > B . Então (29) e (30) mostram que
(35) A = nU= 1 A «
*
(36) E=1
M*( d ) <
n
—
d( A , B )
—
n+l
M*(A )
* A ; e como Bn G 5D?F(M) » vê se fà
«
. - 0
- -
cilmente que A G SD?F(M)
Mostramos assim que A G 9J?F(M ) se A G 9K (M) e /X*( 4) < + . -
Agora está claro que fi* é enumeràvelmente aditiva em $i ( ju).
Pois se
A
- U An,
262 TEORIA DE LEBESGUE CAP. 10
4„ n s =
.u=
i
(4» nBd
mostra que 4, HBG 3J2(M); e, como
m( En) = (f )n (n — 1, 2, 3, ...);
e, por ser P = O En , P C En para todo n, de modo que m(P) = 0.
ESPAÇOS DE MEDIDA
. .
10.13 Definição Seja / uma função definida no espaço men -
surável X , com valores no conjunto dos n ú meros reais ampliade .
Diz-se que a fun ção / é mensur ável se o conjunto
(42) (x I j( x ) > a}
é mensurável para todo a real.
.
10.14. Exemplo Se X = Rp e 9JÍ = 3)20*) / como na Def . 10.9,
tôda fun ção contí nua ] é mensurável , visto que (42) é então um con -
junto aberto.
. .
10.15 Teorema Cada uma das quatro condições seguintes tem
por consequência as outras tr ê s:
Demonstração: As relações
11
{ x | j( x )
®
í
> a} = D \ x | j( x ) > a — —\
{ x | / (x) < a} = X
"
—I { x | J ( x ) > a},
i 1
{x I j( x ) < a} = n < x I ]{ x ) < a + ,
{x \ j( x ) > a} = X —
{ x I f (x) < a}
g ( x ) = sup. jni.x')
h( x ) = lim sup , jn( x )
(n
.
— 1, 2, 3, . . .),
n
— »®
-
segue se que , em particular , j+ e j~ são mensuráveis .
(ò) O limite de uma sucessão convergente de junções mensurá-
veis é mensur ável .
266 TEORIA DE LEBESGUE CAP. 10
h( x ) = F(J ( x ) , g( x )) (* e x ).
Então h é mensurável .
Em particular, / -f g e jg são mensuráveis.
Demonstração: Seja
Ga = {(«, V ) I F( u, v) > a } .
Então íf a é um subconjunto aberto de R 2 e podemos escrever
Ga = Ul Ia,
n =
*>
{ x | h( x ) > a } = { x | ( j( x ), g ( x )) G Ga }
--
u {* 1 (/(*), o(*)) e /»}.
n l
{ x | j( x ) > a }
é sempre um conjunto de Borel, sem referência a uma medida espe-
cial.
FUNÇÕES SIMPLES •
e
(* E\
(48) KE { X ) = (i í E) .
l0
KE é chamada junção caracleristica de E .
Suponhamos o conjunto de valôres de s constituído dos núme-
ros distintos Ci , Seja
Ei = { x | s( x ) = c,-} ( i = !, • • •> n).
Então,
n
(49) = Si Ci KEV
5
*-
isto é, toda função simples é uma combinação linear finita de funções
características. É claro que $ é mensurável se, e sòmente se, os con-
juntos 2?i, são mensuráveis.
É interessante observar que tôda função pode ser aproximada
por funções simples:
10.20. Teorema. Seja j uma junção real em X . Existe uma
—
sucess ão { sn } de junções simples, tais que sn( x ) + j( x ) quando n * , —
qualquer que seja Se j é mensur ável^ podemos escolher { sn }
como uma sucessão de junções mensuráveis . Se j > 0, podemos esco-
lher {$„} como uma sucessão monótona crescente.
Demonstração: Se / > 0, definimos
EH ~ {* 2n ^< 2" J ’
Fn = { x | j( x ) > n}
268 TEORIA DE XEBESGUE .
CAP TO
n2n •
1
(50)
INTEGRAÇÃO
(51) s( x ) = Ê= CiKEi( x)
i l
(x e x, c,- > o)
mensurável e E E Definimos
(52) /£ («) =
- <*M(£ n £.).
Ê
* l
(53)
L j djl = sup. / ;($),
*
(54)
L s d/Ji = IE ( s)
.
10.22 Definição . Seja j mensurável e consideremos as duas
integrais
(55)
1/ d/z,
/.> d/z ,
a/i( E ) <
*
I
*/ E
j d/z < b/i( E ).
(c) Se / e g E ? (/z) em £ e /(x) < g( x ) para x E Ef então
*
L cj d/z = cjEUv..
(e) Se fi( E ) = 0 e / é mensurável, então
i ] d/z = 0.
270 .
TEORIA DE L EBESGUE .
CAP 10
(57) 0( ^) = Jj*
Ent ão <j> é enumer àvelmenie aditiva em $Du
(6) A mesma conclusão é válida se f G 8(M) ewi A".
Demonstração : É claro que (ò) resulta de (a) se escrevermos.
—
/ = /+ / e aplicarmos (a) a /+ e a /
"
se An G = 1, 2, 3, .. i ), A 0 %
^, —
Se f é uma função característica então a aditividade enumerável
0 para i *j
r e A = Uí An -
£ KE dp = p( A D E).
(60)
*
f sdp > J f
J -A| ii|
j dp — e, I
jAr
s dp > I
J A2
j dpi
— e.
FUNÇÕES SIMPLES 271
Portanto,
U A2 ) / s d fx =
J. sdfx +
.
J Ay u A2
de modo que
4>Ç A i U Aà MAJ + t U J .
Segue-se que temos, para todo n,
(61) t
<>{ A\ U - . U Ar,) > 4>( Ai ) +
•
— + 4>{An).
(62) t
<>( A ) > E <HAn ),
n= l
J
f } d f i = J fB J d n.
A
.
—
Sendo A = B U ( A B ) y o corolário resulta da observação 10.23(e).
.
10.25 Observa ções O corolário acima mostra que conjuntos
de medida nula são desprezíveis na integração.
Escreveremos / em £ se o conjunto
{* 1 m * g( x ) } n E
tiver medida nula.
Temos j ~
se j g então g j ; e se / ^ í e g h, então ~ ~
] Isto é, a relação ~
é uma relação de equivalência.
Se / ^ g em E , temos òbviamente
JA
//* - Jf gdn, á
—
f i( A )
Se uma propriedade P é válida para todo x £ E
0, é usual dizer-se que P é válida para quase todo
A e se —
ou que P é vá lida em quase todo E. (Êste conceito ‘‘em quase todo ”
depende naturalmente da medida particular que se considere. Na
Literatura, a menos que se fa ça uma afirma ção em contrá rio, a ex-
pressão usualmente se refere à medida de Lebesgue .)
Se / G em E , é claro que j( x ) deve ser finita em quase
todo E. Na maioria dos casos, não perdemos portanto em genera-
lidade se admitirmos de início que os valores das fun ções dadas se-
jam finitos.
. 10.26. Teorema . Se j £ ?(/i) em EJ então | /| £ 2(M) em P e
Jí ^ Ji ^ > + JB I^I
dfi = dx d/x = JA
f tdn + f ] JB
dp < + , 00
de modo que |/| Como ] < |/| e — ] < |/|, vemos que
JE
f jdv < fJE
l / l d/i , JE
í J d f i < f l/ l JE
dfi ,
(65)
(66) I
JE
Jndp -> I
JE
Jdp (?> --*
• OO ).
(67)
(68) a <
L J d f M.
Seja c tal que 0 < c < 1, e s uma fun ção simples mensurável
satisfazendo 0 < s < /. Seja
(69) E = \J En *
n *= l
(70) Í J n d p JÍ
JE En
j n d p.
^i C 5 dp .
Façamos n -M» em (70). Como a integral é uma função de con-
junto enumeràvelmente aditiva (Teor. 10.24), (69) mostra que po -
demos aplicar o Teor. 10.3 à última integral em (70), obtendo
J
*
(71) a >c s dp.
a>
I sdfi,
274 TEORIA DE LEBESGUE CAP. 10
e de (53) resulta
(72) a > f ]d .
JE
/i
(73) f
JE
J d /i = J/E ji d /i + JE f jid/i.
—
e concluímos (73) fazendo n > a> e aplicando 0 Teor. 10.28.
A seguir, suponhamos /1 > 0, / 2 < 0. Sejam
A = { x [ ]{ x ) > 0}, B = { x | j( x ) < 0}.
Então /, ji e — /* não são negativas em A. Portanto,
(74) í ji d/
JA
i = f J d + JfA ( — / ) d
JA
/i 2 /x = J/A j d /i — Jf / d/x.
A
2
que
Anàlogamente,
— /1 e — /2 não são negativas em B de modo }
/ <— h) dn = jB h dn + ( — i) dM,
OU
(75) fBl dM = í ~
J/ / d J/
Ei
/i =
Ei
]i d/i + í / d/
JEx
2 i (i - 1, 2, 3, 4),
(76) j( x ) = £1Ux) ( x E E)
então
JE
f j d» = ±- f j n d . n lJE
/i
então,
(77)
JE
f í dfi < Um inf . J E Jn dfi. I
Um exemplo em que não ocorre igualdade em (77) é dado pelo
Exerc. 5.
Demonsfração: Para n = 1, 2, 3, . , , e x G E , consideremos
(81)
JE
/ JB / jdfi,
quando n
(83)
— > a> . 5c existe uma junção g £ ?( i) m E tal que
Uni* ) I < Ç( x )
^
( n = 1, 2, 3, . . . , x E E),
então
(84) lim
-
« *•
/» = JgfdH '
JE
f U + g ) d/x < lim-*inf. J Ef ( j n + g ) d/x,
n ®
OU
(85)
JE
/ J d/ x < limn-»inf. J fE jn d/ x .
®
*/ £
/ (9 — í ) d/x < lim— inf. /
n »/ £
(g
—/ „) d/x,
de modo que
J
^ j d/ x < lim inf.
^ /» d/ , xj
COMPARAÇÃO COM A INTEGRAL DE RIEMANN 277
—
em E e se jn( x ) > j( x ) em E , então (84) è válida„
f j dm
é usual adotar-se a notação
f. íí L
j dx.
278 TEORIA DE LEBESGUE CAP 10.
(87 )
£ / dx = SR J: j dx .
(88) U ( Pk , f ) =
£ Ukdx , L( Pk , f ) - £ Lic dx .
(92)
£ Uk dx
- £ U dx .
£ u* £ - L ãXy
INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕ ES COMPLEXAS 279
(93) f
•J o
U dx = f
Ja
Ldx « SR
/ j dx.
(96) f
J E l/ í
&< + oo ;
definimos
JE // d/x = f u d x + i L v dfi
JE
/
.
se (96) se verifica Como |tx| < |/|, M < |/| e |/| < |u| + | u|
é claro que (96) se verifica se, e sòmente se, u £ S( /x) e v £ ?(/x) em E .
Os Teore. 10.23(o), (d), {e\ ( f ), 10.24(6), 10.26, 10.27, 10.29 e
10.32 podem agora ser estendidos a integrais de Lebesgue de fun ções
complexas. As demonstrações são bastantes diretas. A do Teor.
10.26 é a única que oferece algum interêsse:
Se / £ 8(/x) em E, existe um nú mero complexo c, |c| = 1, tai
que
> 0.
c
J/ d/x
\f
I /E
%
j d/x
I
=c %/
f / d/x = f gdn = f u d/x < f \ }\ d/x.
E % f E */ E E
FUNÇÕES DE CLASSE 82
28T
Lw dfjL <+ . ®
(97)
£
j l /fl 11/ 11 ' llffll -
Esta é a desigualdade de Schwarz que já vimos para séries e
integrais de Riemann. Ela resulta da desigualdade
o< fx ( \í \ + X| |
í7 )1 dM = ||/||* + 2x
/xl ffNM + XMI,lh
/
que é válida para todo X real.
10.36. Teorema. Se / £ 8*00 e p £ 8*00 » j + g £ 8*0*)
e
/
ll/ + ffll! = l/l * + fjg + (> + fJ
< ll/ ! i!+ 2 ||/|| Ilílr+ 11(711 * = ( 11/ 11 + 11(7II)*-
10.37. Observação. Se definirmos distâ ncia entre duas . fun-
-
ções } e g em 8*00 como 1 |/
—
g \ |, vemos que as condições da > Def.
2.17 são satisfeitas, com uma exceção: de |\ j g \ | = 0 hão resul- —
ta /(x) = g( x ) para todo x, mas apenas para quase todo x. Assim, ,
t ( x ) = inf. |x — y| ( y E A)
e
1
Ç n( x ) = 1 + 7tf (x)
(ti — 1, 2, 3, • • •) -
W'
Então Qn
—
é contínua em [a, b], 0*(x)
sendo S = [a, 6] A. Portanto
= 1 em
-> 0
A e <fo(x) Ô em B,
.
pelo Teor 10.32. Assim, funções características de conjuntos fe
chados podem ser aproximadas em 82 por funções contínuas.
4
-
Por (39) o mesmo se aplica ã função çaracterística de qualquer
conjunto mensurável e, portanto, também às funções mensuráveis
simples .
Se j 0 e / £ í2, seja {$*} - uma sucessão monótona crescente
de fun ções mensuráveis, simples, não negativas, tais que sn( x ) > f ( x ) . —
Como |/
— .
o Teor 10.32 mostra que . 11/ «n 11 0
Daí se conclui o caso geral . — — .
. .
10.39 Definição Dizemòs qué uma suCeksão de funções com -
plexas. { <f>n } é um conjunto ortonormal de fun ções eih um espaço men -
surável X se
J { 0 (n m ),
^ t
< >n<t>m dn Í
1 (n n - m). •
FUNÇÕES DÊ CLASSE 82 283
escrevemos
* -L /0» d/X fa ~~ 2 3fj • * •)>
n =1
(99)
• n
lim ||/
— «> — s„|| = 0,
(100)
lis' — rn <
Portanto, pelo Teor. 8.11 (estendido a 22), se n > N ,
| |.Sn -/|| < | |r - / i l < «,
284 TEORIA Pl . iJRESGUE CAP. 10
ewído 11/|| 0. —
Assim, se duas fun ções ènn?2 têm a mesma série de Fourier,
elas diferem no máximo em um conjunto de medida nula.
.
10.41 Definição Sejam / e /» G . ( n 1, 2, 3, . . .). Di-
zemos que {Jn} converge para / em 82 ju ) se j |/n /|| > 0. Di-
- (
—— —
zemos que {/«} é uma sucessão de Cauchy em ? 2(/z) se para cada
> 0 existe um inteiro N tal que, quando n > N , m > N , temos
I l /n ~U \ I <
. .
10.42 Teorema Se {Jn} é uma sitcessão de Cauchy em 22(/z),
então epistey Jy/riçiãpj £: £?(/*) t& quç .{ /« } pmverge para /
^
Em outros tênqoSj isto signifípa * que. S2(M) é um espaço métrico
complgjo i •
—
(101)
x
È !?(/»* - /»*«) ! ^ I Ml -
< IMI
2* •
-
fc 1 J x
g2 285
oo
22 (/n*+ (x) 1
— /„*(*)),
jnk+i( x )
'N r
—
•
1 ; . •/ •• * Í»N *
,‘ y^ C.
—
*
J
/„*) + /„„
"
Finãlménte* á desigualdade .
-
-
.' Jí •*
( io4) •
ti/ / II < ti / - /ntrr + 11/», ~ /:»íyi.wo
i ! ;
'
.
mostra que {/n}, oonverge para / em S2 ); pois. ee tomarmos ti( e n*
suficientemente grandes, cada um dos dois tênnos no segqndovmpm ^ -
bro de (104) pode tomar-se arbitràriamente pequeno.
.
10.43 O Teorema de Riész^Fisèher Seja { <j>n } orionormàl ém .
X. Suponhamos 21 cn|1 convergente e sn Ci <t>\ + ••* + Cn<t>n• Então
existe uma junção j G 22(ju) tal que {$»} converge para ] em % 3(M ) « ^ — •
2rCn^ *.
.' i .
f /N /
i
n »J
286 TEORIA DE LEBESÇUE CAP. 10
Para n > k ,
J ô — Jx
^
f kdp Ch = í <l> k d/ x — dpt
de modo que
—
1 ' ' •
cfc =’ ^ (fe = 2 j 3, . ; í
i '! *: 1 .
à 1*- = 1, 2, 3, . . . )
; í
dp =0 (n
•
que 11/|| = 0.
No Corolário do Teor. 10.40 concluímos da equação de Parse
val (100) que o sistema trigonométrico é completo. Reclpròcamente,
-
a equação de Parseval é válida para todo., conjunto de fun ções orto
normal completo.
*
-
:
.
10.45; Teoréma Seja { <f )n } um cònjuntò de junções ottoriôtmal
completo. Se j £ 22(/i) e se Mi ? *
.
.‘U ; h '
i
(1015),
eníao '
*
-
.7=
4
M
4- •
. i
n 1
— i . *'
r ;
(106)
í
j W* <G £ W. -
EXERCÍCIOS 287
satisfazendo as condições
00
~ S Cn<t>
(107) 9
- n i
n
temos ;i
(108)
Jx 1^12
(105), (107) e o fato de {0n} sei completo ° mostram que
dn = £ lc l
1
»
2
—
a>
j ~ S «W» ,
n 1
»
• • ?\ .
EXERCÍCIOS
1 . Se / > 0 e í / dfi
— 0, prove que }( x )
= 0 em quase todo # Sugè&l/lo:
Seja En o subconjunto de E no qual j( x ) > l/n. : Considere A = \JEn. Eptâp
H { A ) = 0 se, e sòmente se, n( En ) 0 para todo nr —
2. Se df Á = 0 qualquer que "seja o subconjunto mensurá vel A/ ; de & . ,
então f ( x ) * 0 em quase todo E .
.
3 Se l /n} é uma sucessão 4e iunções menàú r4&eis, prove que o conjà ntb '
0( x ) -c (0
(
x
I <*
§),
D,
hk ( x ) = g( x ) (0 x 1),
= g(1 - x) (0 < x 1).
Então,
lim inf. J „( x ) = 0 (0 x < 1),
n —
mas,
fQ Ui* ) dx
[Compare oom (77)).
6 Seja . .
1
J ÁX ) - <.*
0
( 1* 1
(|x|> »).
n),
f mJndx = 2 (* = 1, 2, 3, ...).
X)
^ Escrevemos
.
em vez de
sentido do Teor 10.32, não resulta de convergência uniforme. Entretanto, em
conjuntos de medida imita,, sucess§ps uniformementç convergentes de funções li
mitadas são unifonnemente limitadas. .
,
Assim, convergência dominada, no
_ -
.
7 Determine uma condição necessária e suficiente para que / G 9í(o0
.
em [a, 6J Sugestão: Considere o Ex. Í0.6(&) e o Teor. 10.33 .
.
8 . Se / G SR em [a, 6] e se F( x ) jf* ]{í) di, então E\x ) = /(x) em quase
todo [a, b].
.
9 Trote que a função F dada pior (95) é contínua em [a, &] .
10 Se .
< + ® e ] G Í2(M) eni Xt então / 6 S(/í) em X
* * . Se
MW = + °° i
•.V -
• •; . ,vv
, • .
isto é falso. Por exemplo, se
.
1
/(*) í + ) x| *
então / G S2 em Rl , mas / (£ 8 em i£l.
- V. . . .
. .
.
*
’
’
’ ‘ ’ ‘ ' . ' •
.
- ff| dn.
EXERC ÍCIOS 289
9( x ) = jixy y ) dy (0 < x 1) .
g é contínua ?
.
13 Considere as funções
—
]n( x ) sen nx (n = 1, 2, 3, .. ., - 7T
como pontos de S2 Prove que o conjunto dêstes pontos é fechado e limitado,
.
x
e
L sen nfcx dx
— 0,
2 (sen njçx )1 dx = (1
— —.
cos 2nfcx) dx > m(A ) quando k OD .
. —
17 Suponha E C ( x, x), m( E ) > 0, ô > 0 Aplique a desigualdade de
Bessel para demonstrar que existe no máximo um número finito de inteiros n
tais que sen nx > d para todo x £ E .
.
18 Suponha ] E 22(M)J Q E ?2(M) Prove que .
|J *
se, e sòmente se, existe uma constante c tal que g( x ) ** c/(x) para quase
todo x. (Compare com o Teor 10.35.) .
Bibliografia
?*< : '
!';
^
"
linear, 206 v
primitiva, 224, 248 > \
j
fechado, 33
, í irV. *..
uniformemente còntínjiá, 90£ ..
i
^ -^ —
no máximo enumerável, 25 c
Área,
Base,
251
205
canónica, 205
enumerável, 46
t:
t‘
*>
-y i'
ortonórmal èòm létdf 286 ‘
perfeito, 30, 38/ 43
vazio, 3
Constante ãfe Etllérr
* = .. .. zrs*
» 202 " > <
*
- > ^
>
—
V•
.- 4
Bola, 32
Bordo, 243 ^
fun Lo - 84
Continuidade, 85
uniforme, 90
A1
e. \
Círculo de convergência 70
Cobertura, 38
aberta, 38 .-
de sucessões, 49
limitada, 277
raio de, 70
í •
'
‘n 1
•
:•
^ m
*
r •
/
li — " "
Decimal , 15 Função, 24
Decrescente, 56, 95 analitica, 177
Derivada, 102 Borel -mensurável, 267
de ordem superior, 109 caracteristica, 267
de uma f unção vetorial, - 84,, 110 constante, 85
de uma intggral, 13|0, 2494 279f . *
, contínua, 8.5 :
direcional, 248 coordena4%: 88,
integral da, 131 .
, 279 , de conjunto, enumerãyelmente iadi-
parcial, 214, 233 „ tiva, 254 ' ' K Xr ¥?'±i: í rf >> í
expQimncial, ., 83
1 •
^
triangular, 20, 21
Determinante, 225
harmónica, 252
inversa, 90
v ! v- :
1 ^ '
de um operador, 228
Diagonal , processo, 3 j, 164 . .
- Lebesgue-integrável, 26&i
limitada, 89 «.wN
Diâmetro, 54 %
limite, 148
•
' HC;; ri .
linear, 206
.
Diferença simétrica,! $59 .
Diferencial de uma aplicação, -2| 1 logarí tmica, 196, , .V i v:', í *?r.V< '‘M’ > , . 1
'
de parâmetros, 234 S,
r- *
e, 65 soma de, 84
•4 V ./
- : ^ h- k
Em, 25 • v . y« *:
•• * trigonométrica, 187
Equação dff çrençiaj, 116, . 176 uniformemente contí nua , 90
Eqiiicontinuidade, 162 valor absoluto, 87
Espaço, conexo, 44 V-: v
' variação, 137
de funções^çont ínnas, 172 v vetorial, 84
de funções integráveis, * Í Z9yy A v •i '
281, 289 Lf . ** :
' • Gradiente, 247 •
í VV-M
gerado, 204 íl < i , d
'
Gráfico, 99
de Hilbert, 287 Cv
de medida, 263 Í, 19
,
euclidianos í $ ; i
2 h ; í • •
• Irnagém, 25 V í< -
mensurável, 263 l \ v inversa, 25 C , < iV-
métrico, 31, 32 * Independência linear - 204 -
compacto, 38
completo, 56 >
i i / v. ibU; • u
i
Ínfimo, 13
'
Infinito, 16
^ •
. 'r Vr 1^
A -MWii **
ÍNDICE ALFABÉTICO 295