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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

PLANEJAMENTO DE EDIFÍCIO UTILIZANDO SOFTWARE 4D

Jean Fouquet

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Departamento de
Engenharia Civil da Universidade
Federal de São Carlos como parte dos
requisitos para a conclusão da
graduação em Engenharia Civil

Orientadora: Prof. Dr. Sheyla Mara Baptista


Serra

São Carlos
2010
2

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a minha família.


3

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos aos meus amigos e familiares, que sempre me deram
o suporte necessário em tudo aquilo que precisei.
Agradeço a Joyce, Gabi e Lara que foram de vital importância para a formação do
conhecimento que adquiri sobre o tema.
Gostaria de agradecer todos os professores que tive ao longo desses cinco anos de
faculdade, especialmente minha orientadora Sheyla, e meus colegas de curso.
4

RESUMO

Nesse trabalho de conclusão de curso é estudado o planejamento 4D aplicado na


construção de edifícios, que consiste na visualização computacional do andamento da obra.
No desenvolvimento do trabalho, reuniram-se as informações sobre o tema, foram
estudadas as experiências relatadas e testado o potencial da tecnologia da informação e
comunicação. Com os conceitos aprendidos foi elaborado um procedimento para execução
do planejamento 4D e feita uma simulação computacional utilizando-o.

Palavras-chave: planejamento de obras; processo de projeto; tecnologia da informação e


comunicação; 4D;
5

ABSTRACT

ABSTRACT

In this course conclusion, it is studied the 4D planning applied in the buildings construction,
which consists in a computer visualization of the building course. In the work development,
the information about the subject was gathered, the reported experiences were studied and
the information technology and communication potential was tested. As a result, a procedure
for 4D planning was elaborated and a computer simulation was conducted using this
procedure.

Key-words: construction planning; project procedure; information technology and


communication; 4D;
6

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8
1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 8
1.2 OBJETIVO ............................................................................................................... 9
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO............................................................................. 9
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 10
2.1 PROJETO E PLANEJAMENTO ......................................................................... 10
2.1.1 Conceitos .............................................................................................................. 10
2.1.2 2d, 3d... nD ........................................................................................................... 11
2.2 PLANEJAMENTO 4d ........................................................................................... 12
2.2.1 Definindo planejamento 4d .................................................................................. 12
2.2.2 Benefícios do planejamento 4D............................................................................ 13
2.2.3 Experiências com planejamento 4D ..................................................................... 14
2.2.4 Implantação .......................................................................................................... 16
2.2.5 Elaborando o planejamento em 4d ....................................................................... 18
2.3 SOFTWARES ......................................................................................................... 20
3. METODOLOGIA, MÉTODOS E DEFINIÇÕES PRINCIPAIS PARA OBTENÇÃO
DOS RESULTADOS ............................................................................................................. 23
3.1 METODOLOGIA................................................................................................... 23
3.2 OS SOFTWARES ESCOLHIDOS ....................................................................... 23
3.3 NÍVEL DE DETALHE .......................................................................................... 24
3.4 INFORMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO .................................................................. 25
3.5 O MODELO 3D ...................................................................................................... 26
3.6 O CRONOGRAMA................................................................................................ 26
3.7 A ASSOCIAÇÃO ENTRE MODELO E CRONOGRAMA .............................. 27
4. RESULTADOS............................................................................................................... 31
4.1 PROCEDIMENTO PARA CRIAÇÃO DE PLANEJAMENTO 4D ................. 31
4.1.1 Definição do Produto: ........................................................................................... 31
4.1.2 Definição de Estratégia Geral ............................................................................... 31
4.1.3 Reunir informações necessárias. .......................................................................... 32
4.1.4 Montagem e organização da equipe: .................................................................... 32
4.1.5 Definição de Nomenclaturas. ............................................................................... 32
4.1.6 Criação do Modelo 3D e Cronograma da Obra. ................................................... 33
4.1.7 Criação dos grupos de pesquisa ............................................................................ 33
4.1.8 Anexar cronograma e modelo 3D......................................................................... 34
4.1.9 Movimentação de objetos ..................................................................................... 34
4.1.10 Verificação de Interferências ............................................................................ 34
4.1.11 Correção das Interferências. ............................................................................. 34
7

4.1.12 Gerando Planejamento 4D. ............................................................................... 35


4.1.13 Análise do Planejamento 4D ............................................................................ 35
4.1.14 Melhorias e Atualizações.................................................................................. 35
4.2 EXPERIMENTAÇÃO COMPUTACIONAL ...................................................... 35
4.2.1 Definição do Produto ............................................................................................ 35
4.2.2 Definição da estratégia geral ................................................................................ 36
4.2.3 Reunir Informações Necessárias .......................................................................... 37
4.2.4 Montagem e organização da equipe ..................................................................... 39
4.2.5 Definição de nomenclaturas ................................................................................. 40
4.2.6 Criação do Modelo 3D e Cronograma da Obra .................................................... 41
4.2.7 Criação dos grupos de pesquisa ............................................................................ 46
4.2.8 Movimentação de Objetos .................................................................................... 46
4.2.9 Anexar cronograma e modelo 3D......................................................................... 47
4.2.10 Análise de Interferências .................................................................................. 47
4.2.11 Cronograma 4D e Imagens do Vídeo ............................................................... 47
4.2.12 Análise do planejamento 4D............................................................................. 56
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 57
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 59
8

1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho estuda o planejamento 4D que é a integração das informações do


cronograma da obra com o modelo de projeto do produto 3D, gerando a visualização do
modelo de planejamento adotado que permite uma melhor compreensão do andamento da
construção, ajudando no processo de programação e possibilitando o controle da obra por
meio desse instrumento. O tema em questão vem ganhando uma atenção especial na
execução de projetos de arquitetura, engenharia civil e construção (AEC), por conta da
crescente complexidade das obras de engenharia e da constante busca das empresas por
ganho de eficiência.
Para a realização do estudo foi feito uma revisão bibliográfica, envolvendo os conceitos
de planejamento de obras, a evolução da representação de projetos, o estado atual de
desenvolvimento da tecnologia 4D e os casos de sucesso onde a tecnologia foi adotado.
Além disso, foi necessário conhecer como a ferramenta 4D trabalha. Foi observada a falta
de um procedimento que auxiliasse na execução do mesmo, dessa forma o estudo teve
como objetivo a elaboração de um procedimento para planejamento 4D e seguindo as
etapas do mesmo, realizar a simulação computacional de uma habitação popular padrão.

1.1 JUSTIFICATIVA

A complexidade das obras da engenharia civil vem crescendo a cada dia. Por conta
disso, encontram-se grande dificuldade para a visualização correta dessas obras no espaço.
O modelo de planejamento utilizando apenas projetos 2D e gráficos clássicos de
programação parece não ser suficiente para garantir um modelo de planejamento de obra
que preveja toda a organização dos espaços, evitando erros e retrabalhos.
Uma saída para superar esse desafio é a utilização de softwares 4D, que
possibilitem integrar as informações de tempo com um modelo 3D, promovendo uma
simulação virtual, onde se é possível antever todas as etapas da obra, de forma que o
entendimento da obra seja facilitado.
A utilização do planejamento 4D pode trazer grandes vantagens como reduzir o
tempo para entendimento do que irá ocorrer em cada etapa da obra, para produzir um
planejamento mais preciso, para facilitar a troca de informações, para diminuir os custos
9

com re-trabalhos resultantes de erros causados por um mau entendimento ou erro de


planejamento.
Foram encontrados poucos artigos publicados sobre planejamento 4D e nenhum
procedimento para elaboração do mesmo foi observado. Por conta disso, esse trabalho
buscou preencher essa lacuna e pesquisar sobre esse importante assunto, acreditando que
o planejamento 4D será parte indispensável no futuro próximo da indústria da construção. O
trabalho de conclusão de curso em questão estuda a utilização dessa ferramenta buscando
entender e descrever os procedimentos de elaboração de modelo de edifício, contribuindo
para a engenharia civil como fonte de pesquisa para aqueles que desejam usufruir as
vantagens dessa ferramenta.

1.2 OBJETIVO

Como não foi encontrado nenhum procedimento que pudesse nortear a elaboração de
um planejamento 4D, o objetivo desse trabalho de conclusão de curso foi elaborar um
procedimento de construção de modelo de edifício com a utilização de software 4D e para
comprovar sua efetividade, o mesmo foi testado por meio da simulação de construção de
uma habitação popular de interesse social.

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

O capítulo 2 faz a revisão bibliográfica, trazendo os conceitos principais sobre a


tecnologia 4D, entendendo o histórico da evolução da tecnologia, buscando as vantagens e
desvantagens envolvidas e levantando as experiências relatadas.
O capítulo 3 apresenta os materiais e métodos utilizados no desenvolvimento do trabalho,
dissertando também sobre os principais pontos envolvidos em um planejamento 4D.
O capítulo 4 apresenta os resultados do trabalho, um procedimento para elaboração do
planejamento 4D e a experimentação computacional utilizando o mesmo.
O capítulo 5 trás as conclusões obtidas através dos resultados obtidos.
O capítulo 6 apresenta as referências bibliográficas utilizadas.
10

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PROJETO E PLANEJAMENTO

2.1.1 CONCEITOS

Para a construção de um edifício é feito o uso de um conjunto de projetos, de


diferentes disciplinas. Para estudar-se o planejamento 4D, que promove a representação
virtual da evolução desse conjunto de projetos ao longo do tempo é importante ter claro o
conceito de projeto.
Segundo definição do PMBOK GUIDE (2008) projeto é um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. O termo temporário
indica que o projeto tem que ter início e término definidos, enquanto o termo exclusivo
remete a singularidade de cada projeto.
Vargas (2009) define projeto como um empreendimento não repetitivo, caracterizado
por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início meio e fim, que se destina a atingir
um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros pré-
definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.
Os projetos envolvidos na construção de um edifício são desenvolvidos pelos
profissionais especializados em cada área do conhecimento de sua respectiva disciplina e
um cronograma que preveja a execução de cada tarefa deve ser estabelecida previamente a
fim de garantir que o edifício esteja pronto dentro de todos os parâmetros estabelecidos.
Para que isso seja possível é necessário um eficaz planejamento, outro importante conceito
que se deve ter em mente.
Segundo definição de Sampaio (2008) planejamento é um processo contínuo e
dinâmico que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e
orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de
decisões antecipadamente. Cujas ações devem ser identificadas de modo a permitir que
elas sejam executadas de forma adequada e considerando aspectos como o prazo, custos,
qualidade, segurança, desempenho e outras condicionantes.
Scardoelli et al. (1994) coloca o planejamento e o controle como funções gerenciais
básicas em qualquer ramo de atividade industrial, onde na construção civil, a realização de
um empreendimento envolve uma combinação de recursos, o planejamento deve portanto
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lidar com esses limites e restrições. Deve-se ser extremamente eficaz na realização do
sistema de programação e planejamento para que a alocação de recursos no devido tempo,
de forma a cumprir o escopo do projeto e finalizado com a devida qualidade.

2.1.2 2D, 3D... ND

Para se entender o desenvolvimento das novas ferramentas utilizadas na indústria


da construção é importante entender um pouco do histórico da representação de projetos,
de acordo com Ruschel (2009) à muito tempo a representação 2D tem sido a principal forma
de transmissão de informações. O longo período de domínio desse tipo de representação se
deve a facilidade do desenho, não exigindo muitos recursos ou treinamentos. Apesar dessa
vantagem, têm-se como pontos negativos a difícil visualização, o grande potencial de erros
e ainda o fato desse tipo de representação depender de interpretação. Com projetos cada
dia mais complexos, as chances de cometer tais erros tendem a se agravar.
Por conta desses pontos negativos foi-se necessário encontrar outras formas de
representação, e os projetos de edifícios que até décadas atrás eram feitos somente através
de lápis e papel, maquetes e fotografias, com o surgimento e evolução dos recursos
computacionais, passaram a ser expressos de variadas formas como: imagens
fotorrealísticas, animações tridimensionais, multimídia interativa e realidade virtual.
Representando uma nova atitude sobre pensar o espaço físico na concepção e
representação do processo do projeto. Apesar dos avanços que tudo isso trás, a
representação 3D foi por muito tempo descartada, por não se ter os recursos necessários
para sua elaboração, mas hoje conta-se com diversas ferramentas que tornaram isso
possível.
A modelagem ganhou força no final dos anos 70, com a competição acirrada entre as
empresas, principalmente do setor ligado às indústrias, o que motivou a constante busca por
melhorias. Dessa forma eram necessárias ferramentas que pudessem oferecer uma solução
integrada, a fim de suprir as necessidades de um mercado cada vez mais exigente. De
acordo com estudo de Ayres (2009), a modelagem se destaca primeiramente em outras
indústrias. Com o aumento gradual da complexidade das obras e processos envolvidos na
construção, as empresas do ramo buscaram se aprimorar ganhando uma mentalidade mais
industrial, modificando processo e buscando a inserção de novas ferramentas, das
experiências bem sucedidas na indústria com as ferramentas de modelagem surgiu o
conceito de BIM (Builiding Information Modeling) como uma modelagem que busca integrar
todos os processos relacionados à construção.
De acordo com Azuma (2007) o processo tradicional de desenvolvimento de projeto
desvinculado do processo construtivo já é coisa do passado. Devido as novas demandas de
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um mercado mais acirrado, que buscam maior qualidade, com melhor o atendimento ao
cliente e maior eficiência. A empresa do futuro não poderá ser negligente com os fatores
que afetam a qualidade da construção e que impacta na satisfação do cliente final. De forma
a atender a essas expectativas as soluções relacionadas aos softwares BIM vem evoluindo.
E é nesse cenário que aparece o CAD 4D, também conhecido como planejamento 4D, já
que une as informações do tempo (cronograma) com o modelo 3D.
Silva (2008) acredita que o uso correto da tecnologia BIM permitirá a maior precisão
nos orçamentos, maior qualidade dos projetos, diminuição de retrabalho e possibilitar um
melhor planejamento. Ele ainda destaca a melhor visualização e compreensão da
construção, facilitando a comunicação entre os envolvidos nos processos.
Com o uso cada vez maior da representação 3D e da integração do modelo 3D com o
cronograma gerando o CAD 4D, existe a tendência desse conceito evoluir cada vez mais,
chegando as ferramentas CADnD, que segundo Tanyer & Aouad (2005), podem incluir
diversas informações de diferentes dimensões de projeto, tais como custo, condições de
entorno e dados relacionados a manutenção. Fu et al. (2006) afirma que este modelamento
n-dimensional atende dimensões como projeto, construção e manutenção. Os sistemas nD
podem também ser chamados de sistemas multidimensionais. Utilizando-os de maneira
correta as ferramentas nD tem a habilidade em representar e manipular um grande volume,
além de diferentes tipos de informação rapidamente. Dessa forma, pode destacar os
conflitos em projetos e contribuir para o desenvolvimento de um pensamento transdisciplinar
para projetistas e construtores.
As oportunidades identificadas por Marshallponting & Aouad (2005) na implementação
de ferramentas nD consistem: na captura, utilização e transferência do conhecimento,
promoção da educação e treinamento, melhoria nos processos de tomada de decisão,
colaboração entre projetistas, foco nos anseios dos clientes do projeto, modelagem
computadorizada, otimização de padrões e interoperabilidade.

2.2 PLANEJAMENTO 4D

2.2.1 DEFININDO PLANEJAMENTO 4D

Quando se junta um modelo 3D com as informações do tempo (mais um D, uma nova


dimensão) presentes em um cronograma, tem-se o 4D. Segundo definição de Silveira et al
(2006) o Planejamento 4D é o processo de planejamento de um empreendimento e
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visualização do mesmo a nível espacial conforme o planejado, ou seja, consiste em


visualizar o andamento da obra em terceira dimensão (3D) ao longo do tempo, sendo este
último (o tempo) a quarta dimensão. Já Rushel & Guimarães Filho (2008) definem o
planejamento 4D como ferramentas que associam ao modelo geométrico o fator tempo e
permitem, ainda em projeto, a visualização da simulação da evolução da obra quando o
fator tempo representar o cronograma planejado. De acordo com Pinho et al (2003) os
sistemas CAD 4D representam o relacionamento entre informações de planejamento e
informações CAD por meio de um filme 4D que visualmente retrata a seqüência da
construção da edificação. Pode-se então concluir que este tipo de sistema é de fato uma
ferramenta para mudanças no processo de planejamento, projeto e estratégias de
gerenciamento de construção das companhias.

2.2.2 BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO 4D

São muitos os benefícios apontados pelo uso das novas tecnologias, na Construção
Civil, a tecnologia do CAD4D pode reduzir problemas desde o entendimento pelo cliente do
projeto solicitado até os da busca de resolução de problemas construtivos antes de começar
a obra. De acordo com Pinho et al (2003) a modelagem tridimensional torna o processo de
projeto ágil, minimiza o esforço de compreensão do projeto dos envolvidos no processo de
desenvolvimento e reduz o índice de erros na execução. Além disso, a tecnologia de
CAD4D trouxe benefícios para a compatibilização e coordenação de projetos, permitindo a
substituição do processo de compatibilização através da superposição e análise de
desenhos bidimensionais, que é muito menos eficaz que a feita pelos softwares que se tem
a disposição hoje, explicitando as interferências físicas entre elementos construtivos.
De acordo com Chau et al (2005), os diagramas e gráficos 2D, que são os modos
convencionais de representação do cronograma da construção, não mostram explicitamente
os fluxos de trabalho que irão ocorrer, esses fluxos são coordenados mentalmente e
dependem da habilidade de quem está analisando-os. Os avanços na modelagem 3D
permitiram que se colocassem informações nos elementos e a última novidade é na
visualização virtual, onde as informações de tempo são conectadas com o modelo 3D
tradicional, que era estático, e agora ganha vida, podendo acompanhar toda a evolução da
construção, estudando os conflitos que podem vir a ocorrer antes mesmo de começar a
obra. A equipe de planejamento pode também estudar diversas formas de executar a obra,
escolhendo entre as opções a melhor estratégia. Com o crescimento do uso do BIM, Addor
(2009) destaca que será estabelecida uma nova forma de relacionamento da cadeia
produtiva, além disso será necessário conscientizar pessoas e empresas a utilizar a nova
14

tecnologia e que além dos projetistas, a indústria e os fabricantes vão ter que se inserir no
processo de mudança.
Toscani (2009) acredita que o futuro da construção é o aumento da eficiência das
empresas, a maior competitividade, a redução de custos e o aumento do controle de
processo. E para as empresas se manterem no mercado devem integrar as etapas de seu
negócio, buscar ter informações mais precisas, tomando decisões mais maturadas. As
empresas devem buscar a padronização, para reduzir preços e tornar os produtos mais
confiáveis com a certeza da qualidade.

2.2.3 EXPERIÊNCIAS COM PLANEJAMENTO 4D

Apesar do pouco uso da tecnologia 4D, e até do desconhecimentos de muitos


profissionais que trabalham no ramo, este não é um assunto novo. Segundo Rushel &
Guimarães Filho (2008) seu primeiro uso foi em 1986 com Bechtel e Hitachi utilizando o
software 4D Planner para o projeto de usinas nucleares. Esse software é uma ferramenta de
visualização, simulação e comunicação que permite o acesso simultâneo aos dados de
projeto e cronograma. Com o uso de ferramentas como essa é possível antecipar problemas
de interferências e fazer, por meio de simulação gráfica, análises de cenários.
Percebendo as vantagens que o CAD 4D pode proporcionar e tentando ganhar uma
vantagem no competitivo mercado da construção, algumas construtoras fazem projetos
pilotos para implantação do CAD 4D, assim como das demais ferramentas BIM em seu dia-
a-dia. Vanossini (2009) fala sobre o projeto CBRI, desenvolvido pela construtora Cyrela,
que visa integrar o desenho 3D, a elaboração de orçamentos e o planejamento. O CBRI é
um projeto desenvolvido internamente e conta como premissas o desenvolvimento de uma
metodologia para projetar o produto e para o processo de produção, a padronização, a pré-
engenharia, a integração dos processos e uma gestão integrada. O projeto contou com
treinamento dos usuários e investimentos em projetistas terceiros e foram criados
componentes e banco de dados parametrizados. Essas iniciativas permitiram que projeto
arquitetônico e de instalações já seja realizado em 3D, são realizadas algumas simulações
de alterações de projeto e ainda são feitos orçamentos, extraindo os quantitativos pelo
modelo. O próximo objetivo do projeto CBRI é a integração com o planejamento.
Sobre a experiência da construtora e incorporadora Gafisa no mundo BIM Toscani
(2009) apresenta o Case Gafisa que busca a apresentação 3D, a compatibilização
interdisciplinar, a simulação de custos e a confiabilidade nos levantamento de quantitivos.
No longo prazo a Gafisa busca a integração com o ERP e o controle do cronograma de
forma gráfica.
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Na empresa Método Engenharia criou-se o Núcleo BIM, que tem o objetivo implantar
o conceito BIM nos processos da empresa. Para a criação do Núcleo BIM foram realizados
treinamentos com os colaboradores que fariam parte desse Núcleo e foram feitos
investimentos na aquisição de novos softwares e máquinas. Os integrantes desse núcleo
têm como trabalho a intensa vigilância tecnológica, sempre estando atentos ao que há de
melhor no mercado, os integrantes do núcleo trabalham identificando oportunidades de
melhoria dentro de cada área, a partir disso, estudam o trabalho da área procurando
entender o melhor modo de atingir seus objetivos, a partir daí são elaborados os novos
procedimentos e são feitos projetos piloto, testando o comportamento da ferramenta com os
novos processos. Quando tudo já foi testado dentro do núcleo BIM é feita a implantação na
área de destino. A Método Engenharia já trabalha com o levantamento de quantitativos na
elaboração de propostas, dando suporte a área de orçamentos da empresa e atualmente
tem como projeto piloto o CAD 4D, juntando as informações do cronograma com o modelo
3D. O objetivo da empresa final é possibilitar o desenvolvimento de projetos integrado, o IPD
(Integrated Project Delivery), onde a integração dos projetos é completa, gerando ganhos de
produtividade e um salto de qualidade em todo processo.
Cambiaghi (2009) mostra que o escritório de projetos Cambiaghi Arquitetura já vêm
fazendo experiências em BIM, chegando a resultados como o levantamento de quantitativos
e análises de insolação.
Também há relatos de experiência do ensino do CAD 4D nas salas de aula, como no
caso contado por Ruschel & Guimarães Filho (2008) onde foi oferecida pela primeira vez na
FEC/UNICAMP, para os cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, a disciplina
eletiva CAD aplicado ao projeto de Arquitetura, que tinha foco na introdução do CAD 4D aos
alunos. Foram formados grupos misturando-se as turmas, onde cada equipe escolheu um
projeto de múltiplos pavimentos, os alunos de engenharia civil ficaram responsáveis pelo
modelo geométrico estrutural e pelo cronograma, já os alunos de arquitetura pelo modelo
geométrico arquitetônico. Com essas atividades os alunos puderam vivenciar uma
experiência de integração de projeto. Foi utilizada a infra-estrutura de graduação existente
na instituição de ensino em termos de ferramentas computacionais instaladas, versões
educacionais gratuitas ou comerciais disponibilizadas temporariamente. Utilizou-se como
ferramenta de modelagem tridimensional o AutoDesk Architectural Desktop, a ferramenta de
CAD 4D Project Point e o ambiente de colaboração Buzzsaw. A experiência foi avaliada por
meio de questionário de satisfação, preenchido pelos alunos e por acompanhamento da
colaboração por meio de análise dos registros de uso do ambiente de colaboração. Por meio
da análise das avaliações pode-se perceber que a experiência foi muito positiva e que o
CAD 4D despertou muito interesse e satisfação da parte dos alunos.
16

2.2.4 IMPLANTAÇÃO

Iniciativas como as anteriormente descritas mostram que o CAD 4D está se tornando


cada dia mais uma realidade. Mas apesar de existirem diversos aspectos positivos que se
podem listar a favor dessa nova série de tecnologias e dos avanços das primeiras
experiências com o mundo BIM, e dentro dele o planejamento 4D, ainda existem várias
dificuldades para implantação do BIM no dia a dia da indústria da construção. Cambiaghi
(2009) acredita que uma delas é o alto investimento: em hardware, software, treinamentos e
em redes mais eficientes.
Oliveira (2000) acredita que as empresas têm procurado tornar-se mais competitivas
através da implantação de novas tecnologias construtivas e pela modernização
organizacional e gerencial, mas nesse processo ocorrerão resistências às mudanças desde
os operários da obra até a alta gerência. Um desafio que as novas tecnologias, como a o
planejamento 4D e o BIM, terão que superar. Vanossini (2009) acrescenta mais dificuldades
na implantação de processos BIM: como a falta de padronização de componentes da cadeia
produtiva, a ausência de banco de dados e parametrização de componentes, a falta de
conhecimento na utilização da ferramenta e o investimento nos usuários, por parte dos
fabricantes de softwares e a dificuldade de interligação entre orçamento e planejamento. Ele
também considera que o software não é adaptado ao sistema construtivo brasileiro e que o
idioma também dificulta o aprendizado do software.
Na mesma linha, Tanyer & Aouad (2005) citam outras restrições ao modelo 4D que
impedem que essa ferramenta seja absorvida totalmente, tais como: o tempo consumido na
criação dos modelos 4D e na sua atualização para cada situação ou nível de detalhe, falta
de informações sobre o conhecimento da construção, equipamentos, recursos e
interferências; e falta de integração com outros dados do projeto.
Já Kam et al.(2003) classifica as barreiras para implantação do 4D em três tipos:
tecnológica, cultural e de negócios. Tendo como exemplo de barreira cultural é o curto prazo
para produção de projeto e a resistência contra mudanças. Um exemplo de barreira
tecnológica são os problemas de interoperabilidade entre o software. E por fim um exemplo
de barreira de negócios é não explorar todas as vantagens que o modelo compartilhado
permite.
Tse & Wong (2005) aborda os principais desafios para a implantação do CAD 4D,
que são as mudança na prática arquitetônica, com a utilização adequada ao potencial da
ferramenta, a dificuldade de adequação de objetos ao projeto, as poucas possibilidades de
customização dos objetos, a complexidade da ferramenta, o tempo consumido para
modelagem, a falta de apoio técnico e de treinamento, os custos extras para adquirir
17

módulos complementares e por fim a indisponibilidade para avaliação do software de forma


gratuita.
Silva (2008) cita diversas dificuldades já comentadas acima, mas atenta para o risco
dos iniciantes, aqueles que decidem desbravar as novas tecnologias, despendendo recursos
para a implantação em sua empresa ou escritório. Segundo o autor, essas correm um
enorme risco e isso pode atrapalhar a decisão de adotar as novas tecnologias. Como
solução para esse problema, ele acredita que uma boa saída seria uma parceria de todos os
envolvidos na cadeia de produção, já que todos seriam beneficiados com a implementação
do novo processo, criando um fundo com a colaboração de todos e dessa forma dividindo os
riscos do projeto.
Enquanto no Brasil os incentivos à inovação tecnológica são muito tímidos, sendo
que os benefícios encontrados pelas empresas para investimento em nova tecnologia se
baseiam no ganho de eficiência, buscando ganhar espaço da concorrência no mercado. Nos
Estados Unidos da América, de acordo com Crespo & Ruschel (2007) a General Services
Administration (GSA) através do Serviço Público da Construção requer o uso dos sistemas
BIM, forçando a indústria da construção a adotar a nova tecnologia. A GSA requer que todos
os seus projetos devem ser modelados em 4D, que incluem informação de análise do
projeto na seqüência do tempo, segundo o cronograma de construção. Com isso ela faz
com que todos se adaptem a nova tecnologia, correspondendo um ganho para a categoria
como um todo.
Conforme relato da GSA, os benefícios de adotar o CAD 4D são que visualizações
3D permitem aos clientes verem a preservação histórica e o contexto local com respeito
para novos projetos, permitem também através da coordenação 3D reduzir erros e
omissões. Um outro benefício alegado pela GSA é que os modelos 4D permitem aos
clientes visualizar e otimizar fases do projeto e seqüência da construção, com o emprego do
BIM a GSA consegue calcular automaticamente dados de espaço relevantes (como área de
rede e raio de eficiência), além do que durante fase de estudo preliminar e concepção final
do projeto, a GSA pode avaliar os requisitos do programa espacial mais exatamente e
rapidamente que o método tradicional em 2D. Essa mudança também permite que a equipe
de projeto possa conduzir com mais eficiência, exatidão e segurança as simulações de
energia para predizer o desempenho da construção durante as facilidades de operações.
Portanto tem-se com a decisão tomada pela GSA somada a idéia do fundo
colaborativo, duas soluções para a falta de incentivo do emprego de tecnologia de na
construção civil. Algumas das outras dificuldades citadas também estão prestes a serem
resolvidas, como os problemas vindo da falta de interoperabilidade. Tanyer & Aouad (2005)
dizem que a próxima geração de ferramentas 4D está sendo implementada para superar
18

essas dificuldades, buscando a integração dos modelos 4D a banco de dados compatíveis


com IFC (Industry Fondation Classes).
Segundo Nascimento (2004) IFC é proposta da IAI (International Alliance for
Interoperability) e consiste em um modelo de dados aberto e não proprietário para
Arquitetura, Engenharia e Construção, que tem como objetivo a padronização de classes
utilizadas em sistemas orientados a objetos baseados em modelos, permitindo que
diferentes aplicativos, que trabalham com diferentes modalidades de projetos, compartilhem
dados.
Cambiaghi (2009) destaca a importância dos novos conceitos que o BIM irá trazer,
mas acredita que junto desses novos conceitos virá uma mudança de cultura, pois afirma
que não adianta trabalhar com BIM se não houver um estudo prévio de todos os projetos e o
conhecimento do tema por engenheiros e coordenadores. Ele cita ainda que é de
fundamental importância a padronização de nomenclaturas e a criação de bibliotecas 3D.
De acordo com Vanossini (2009), para a implantação da modelagem BIM os conceitos
de padronização e modularidade são muito importantes. E deve-se adequar as ferramentas
BIM à realidade brasileira, assim como desenvolver e integrar mais os softwares, coisa que
só acredita ser possível com o intenso uso da ferramenta. Para uma equipe que deseja
implementar o BIM o primeiro passo sugerido por ele é o ensino do desenho em BIM, como
segundo passo tem-se as trocas simples entre projetistas e só depois a integração com o
orçamento e planejamento.

2.2.5 ELABORANDO O PLANEJAMENTO EM 4D

Silveira (2005) acredita que para desenvolver o planejamento 4D é necessário,


primeiramente, confeccionar-se todo o projeto virtual do empreendimento, depois se fazer o
planejamento e, por último, fazer-se o planejamento 4D de forma computacional. Para
facilitar o desenvolvimento do programa de planejamento 4D, bem como o seu uso, uma
solução seria integrar o software de planejamento utilizado pelo usuário com o programa de
editoração gráfica. Através do uso de uma layer para cada atividade, o programa de
planejamento 4D conseguirá facilmente apresentar as tarefas trabalhadas no momento
analisado, bem como mostrar as concluídas. Para tanto, o programa verificará no
planejamento quais atividades foram concluídas até a data analisada e tornará estas layers
visíveis, bem como as que estiverem em andamento. Além disso, será possível a exibição,
com cores diferenciadas, das tarefas em andamento. Para tanto, será necessário somente
alterar as cores das camadas que representam as atividades em andamento e defini-las
com a cor padrão adotada para representar essa situação. Conforme visto no estudo de
caso, a cor vermelha é a adotada para representar as tarefas em andamento.
19

Reed et al. (2005) destaca alguns pontos que considera importante para a criação do
planejamento 4D. Ele acredita que os projetista responsáveis pelo projeto arquitetônico e
estrutural devem ser definidos desde o início do projeto. Os membros que trabalharão
diretamente no projeto devem ter a capacidade de trabalhar com modelagem 3D. O autor
cita a importância de determinar responsabilidades específicas para cada membro do time,
deixando todos conscientes de suas responsabilidades. Deve ser acordado entre as partes
os procedimentos de compartilhamento de modelos, coordenação e checagem de
interferências.
No trabalho desenvolvido por Kerr et al. (2007) é defendida que quanto antes for feita
a implantação do planejamento 4D maior será o impacto positivo no projeto. O autor ainda
fala a respeito das lições aprendidas pelo mesmo no processo de produção do planejamento
4D. Estabelecer um método e procedimento padrão para assegurar a conformidade com o
processo. Assegurar que o usuário final tenha o nível de funcionalidade devido. Adotar um
método que permita uma dinâmica e automática sincronização dos objetos com as tarefas
previstas no cronograma. Assegura que exista uma estratégia para destacar e informar as
mudanças feitas no modelo. Diferenciar o que é o modelo e o que é arquivo publicado.
Na experiência do projeto Camino Medical Group relatada por Staub-French &
Khanzode (2006) os responsáveis pelo projeto se reuniram e decidiram que as empresas
que seriam contratadas para os serviços terceirizadas relativos ao desenvolvimento e
construção do projeto deveriam ter habilidade para lidar com tecnologia 3D e 4D,
coordenação de projetos e utilizar ferramentas de colaboração. Para assegurar isso, foi
criado um manual detalhado para qualificar essas empresas. Depois das empresas
contratadas, foram divididas as atividades. Um escritório ficou responsável pelo projeto
arquitetônico e estrutural. Todos os demais subcontratados deveriam guiar seus trabalhos a
partir desses modelos, utilizando ferramentas 3D e 4D mediante assistência. Um profissional
foi contratado para fazer a coordenação dos projetos, verificação de interferências e
planejamento 4D.
Como o projeto Camino Medical Group tratava-se de uma experiência foi necessário
primeiramente entender o potencial de uso dos modelos 3D, chegou-se a conclusão que
existem diversos usos que podem ser feitos do modelo, como análise térmica, estimativa do
custo da obra, visualização da obra, etc. Chegou-se a conclusão que dependo da
informação que se quer tirar do modelo deve-se trabalhar em um nível de detalhe diferente,
dessa forma deve-se definir os produtos que se quer tirar do modelo antes de iniciar o
processo de produção, partindo para o próximo passo: identificar o que é necessário fazer
para se obter as informações requisitadas. Depois de descobrir o que é necessário fazer,
divide-se as tarefas, define-se quem é o responsável por cada uma delas, define-se o
escopo e o nível de detalhe de cada uma das tarefas e o prazo que devem ser cumpridas.
20

Uma atitude tomada pela coordenação do projeto foi definir previamente os procedimentos
de nomenclatura, referência dos projetos, controle de versões e convenção de layers. Os
conflitos e erros identificados pela coordenação foram documentados e corrigidos. A
avaliação do projeto foi positiva, apontado diversas vantagens em se realizar um projeto
com o uso dessas ferramentas, como a possibilidade de se identificar os conflitos antes do
início da construção e os ganhos de custo e produtividade.

2.3 SOFTWARES

Junto dessa nova onda de tecnologia chegam diversos softwares, alguns


complementares, outros não, e as informações sobre cada um deles muitas vezes não nos
permite ter uma visão clara do papel que cada um desempenha e de suas verdadeiras
potencialidades. Existem diversos sistemas CAD no mercado, que não necessariamente são
concorrentes diretos, em duas ou três dimensões. Cada sistema é habilitado a realizar
melhor uma determinada tarefa, se ajustando em uma determinada aplicação. De acordo
com Souza & Coelho (2003) os sistemas CAD são classificados pelo porte. Tem-se os
sistema de pequeno porte, que utilizam apenas representações geométricas em 2D. Nos de
médio porte, que abrangem a classe de software que tem como características a
paramétrica, onde a alteração no valor numérico de um determinado parâmetro permite a
atualização automática em todos os valores atrelados a ele e a associativa, que permitem a
geração automática de desenhos 2D, incluindo vistas e cotas para dimensionamento, a
partir do modelo 3D, de modo que alterações no modelo 3D refletem automaticamente no
desenho 2D. E tem-se ainda o terceiro grupo, os sistemas CAD de grande porte, que
contam com todos os recursos dos sistemas anteriores, com a capacidade de modelagem
híbrida, de visualização realista ou fotográfica e ainda a integração de sistemas.
Os softwares que fazem parte da tecnologia BIM são aqueles que permitem a
interoperabilidade com outros softwares, podendo se conectar e trocar informações com
softwares que desempenham as mesmas ou diferentes funções. Um dos softwares BIM
mais utilizados são os softwares do sistema Revit Building da AutoDesk, que são divididos
em Revit Architecture, Revit Structure e Revit MEP. Esse sistema de softwares, de acordo
com Crespo & Ruschel (2007), possuem famílias de objetos da construção, como: paredes,
pisos e coberturas. Onde por exemplo, para a família parede, existem diversos tipos como
parede interior, parede exterior, etc. Os elementos são representados tridimensionalmente,
porém a qualquer momento é possível visualização 2D, em qualquer vista. O usuário tem
também a liberdade de manipular o objeto no espaço de desenho, permitindo ver detalhes
do modelo construído. Cada elemento tem suas propriedades paramétricas fixas, onde o
21

usuário pode somente modificar valores. Alguns elementos têm fórmulas embutidas que
remetem a um comportamento do objeto modelado, desta forma é correto dizer que são
softwares inteligentes, porque agem em resposta ao que o usuário definiu em seus
parâmetros.
Há diversos outros softwares que concorrem com os do sistema Revit Building, como
o ArchiCAD (da Graphisoft) e o Vectoworks (da Nemetscheck), que são hoje os três
softwares BIM mais conhecidos no mercado. Pereira (2010) realizou uma comparação entre
esses três softwares e avaliando os quesitos interface e facilidade de visualização; funções
importar e exportar; integração no mercado de trabalho; apresentações 2D e 3D;
modelação; biblioteca de dados; layouts; sustentabilidade; hardware e assistência técnica, o
Revit se saiu melhor, sendo considerado o mais completo dos três, seguido pelo ArchiCAD.
Apesar disso o ArchiCAD se mostrou muito eficaz em alguns quesitos como a inteface e
facilidade de utilização, e o Vectoworks se mostrou muito bom nos quesitos apresentação
2D e preço, já que o mais barato dos três softwares.
A pesquisa realizada por Amorim et al (2007) permite que se tenha um panorama
bem abrangente do uso de softwares de modelagem no Brasil. O trabalho levantou dados
de treze escritórios que possuíam softwares BIM, foram feitas questão relativas a
implantação, experiências de cada empresa e a satisfação com os resultados obtidos.
O estudo comprovou que a tecnologia BIM é um assunto que ainda tem muito para
crescer no Brasil, os resultados mostraram que menos de um quarto dos questionados
estão utilizando o software para todos os projetos (23,08%). A maior parte das respostas
mostrou as empresas ainda em operações piloto (46,15%). As demais respostas indicam o
uso do software em parte dos projetos (23,08%) e o restante das empresas não está
utilizando no momento. Além disso, é possível perceber que grande parte dos escritórios
adotaram a nova tecnologia recentemente, com 46,15% dos entrevistados adquirindo o
software em 2008.
Em pergunta feita em relação a qual software adquirido pelo escritório, descobriu-se
que 84,62% possuem a licença do Revit, da Autodesk. Os demais escritórios utilizam o
Archicad, sendo que nenhuma menção foi feita ao software Vectoworks.
Quando trata-se de planejamento 4D é necessário utilizar outros softwares em
conjunto com os anteriormente citados. Como o Navisworks, recentemente comprado pela
AutoDesk. Esse software tem como função juntar diversos tipos de arquivos BIM em um
único ambiente, mantendo suas características e informações iniciais. Isto permite que a
ferramenta possa executar uma série de funções, como identificar as incompatibilidades dos
projetos, em uma busca automática ou estabelecida pelo usuário. O software identificar
elementos com características pré-estabelecidas pelo usuário, juntando-os em grupos de
pesquisa que podem ser utilizados posteriormente. É possível caminhar pela edificação
22

pronta, em primeira ou terceira pessoal, por diversos estilos navegação, pode-se simular a
gravidade durante esse passeio na edificação, podendo-se entender a distribuição dos
espaços. O Navisworks também permite a junção desses modelos 3D com o cronograma
físico da obra, proveniente de diferentes softwares como MS Project e Primavera.
Existem outros softwares que concorrem com o Navisworks, como o Synchro,
distribuído no Brasil pela Verano, que de acordo com informações desta, o software integra
dados de programas de design CAD 3D com dados de programas de gestão de projetos
como o Primavera, gerando simulações fieis à realidade, proporcionando uma visualização
completa da simulação da construção, considerando as alterações feitas em dados do
gerenciamento de riscos e prazos do projeto, exibindo em tempo real os efeitos que tais
modificações vão acarretar na construção. Ainda segundo informações da Verano é possível
simular riscos para grupos de atividades, evitando o reescalonamento desnecessário de
recursos e analisar o valor agregado de sua solução. De acordo com o distribuidor, o
software gera documentação detalhada e precisa para apresentações de propostas, exibe
lista de tarefas e gráficos de Gantt. O Synchro trabalha com arquivos nos formatos
Autodesk, 3D InterOp Translators e Microsoft Project XML.
Apesar da existência de softwares como o Navisworks e Synchro que fazem a junção
do cronograma com o modelo 3D é possível elaborar estratégias para fazê-lo sem o auxílio
de nenhum deles, assim como mostra a metodologia desenvolvida por Silveira et al (2006),
que chegou ao CAD 4D utilizando uma rotina que modificava os layers de um maquete
eletrônica no AutoCAD, a partir das informações do cronograma desenvolvido no MS
Project.
23

3. METODOLOGIA, MÉTODOS E DEFINIÇÕES


PRINCIPAIS PARA OBTENÇÃO DOS RESULTADOS

3.1 METODOLOGIA

O trabalho em questão utiliza dois métodos para alcançar os objetivos traçados:


revisão bibliográfica e experimentação computacional.
Revisão bibliográfica: estudou-se os conceitos envolvidos no planejamento de
obras, a evolução da representação de projetos, o estado atual de desenvolvimento da
tecnologia 4D e os casos de sucesso onde a tecnologia foi adotada. Essa revisão
possibilitou a elaboração de um procedimento para planejamento 4D.
Experimentação computacional: baseado nas informações levantadas na revisão
bibliográfica escolheu-se os softwares que se mostraram mais adequados para realização
do trabalho: Revit e Navisworks. Após a escolha foi feito o treinamento para utilização das
ferramentas. Com o domínio dos softwares e o procedimento devidamente elaborado foi
feita uma simulação de uma habitação popular padrão. Ressalta-se que o desenvolvimento
da pesquisa contou com o apoio da empresa onde o estudante fazia seu estágio.

3.2 OS SOFTWARES ESCOLHIDOS

Os softwares escolhidos são de vital importância para criação do planejamento 4D, é


importante avaliar a capacidade do software, a facilidade de uso, a familiaridade do usuário
com a ferramenta, a compatibilidade entre os softwares, custo da aquisição e renovação de
licenças, velocidade de processamento de informações, compatibilidade com os objetivos do
trabalho e compatibilidade com o hardware disponível.
No caso do trabalho em questão o software para modelar o edifício é o Revit,
motivado pelas seguintes razões: A pesquisa de Amorim et al (2009), mostra que o Revit é
o software mais usado pelos escritórios pesquisados e que o mesmo cumpre as
necessidades requisitadas, pela fabricante que tem anos de experiência no mercado
24

brasileiro, dominando as vendas no seguimento CAD, faz o autor acreditar que é o software
que tem mais chances de alcançar sucesso no futuro próximo. Além disso, as informações
fornecidas pela Autodesk mostram que o programa é capaz de cumprir todos os com os
objetivos descritos neste trabalho de conclusão de curso. Por fim, a Autodesk fornece uma
licença gratuita para estudantes.
Para a utilização do Revit estudou-se o manual que acompanha a instalação e foram
feitas as lições e tutoriais fornecidas no site da Autodesk University. Dessa forma, a
ferramenta foi testada até que se tivesse o domínio da ferramenta, permitindo que o trabalho
pudesse ser desenvolvido.
O software utilizado para fazer o planejamento 4D, unindo as informações do
cronograma com o modelo 3D foi o Navisworks, já que é desenvolvido pela mesma
fabricante do Revit e portanto acredita-se que haverão menos problemas de
incompatibilidade entre os softwares. Pelas informações dadas pela Autodesk, o programa
em sua versão completa, Navisworks Manage, é capaz de além de unir as informações do
cronograma com os modelos, permite o usuário passear pelo modelo, contando com uma
série de opções de câmera e modos de visualização, é possível checar interferências e
movimentar os objetos dentro do programa. O programa ainda permite a renderização de
imagens e exporta relatórios. Com isso concluiu-se que as funções do programa cumprem o
necessário para o objetivo proposto.
Para utilizar a ferramenta teve-se o apoio do tutorial Getting Started, que
acompanha o software Navisworks Manage. Seguindo o passo-a-passo do tutorial foi
possível assimilar as funções básicas, para iniciar os testes no programa. As dúvidas que
surgiram no processo de treinamento foram sendo solucionadas pela função Help do
programa e em fóruns de discussão na internet.

3.3 NÍVEL DE DETALHE

Um fator muito importante para a construção do planejamento 4D é o nível de


detalhe que se busca do planejamento 4D. Ele deve ser definido no início do projeto, já que
o desenvolvimento do cronograma e do modelo 3D devem seguir a definição do nível de
detalhe que se deseja para o planejamento 4D, pois os mesmos devem ter um nível de
detalhe igual ou maior que o do produto final.
O nível de detalhe deve ser definido de acordo com o objetivo que se deseja
alcançar na análise do planejamento 4D. Quando o objetivo é mais focado na área
25

comercial, onde se quer apenas passar a noção geral do desenvolvimento da obra para um
cliente da construtora, ou para o consumidor final da edificação, o planejamento pode se
desenvolvido em uma escala mais macro, deixando de lado certos aspectos técnicos que
demandam um tempo para serem configurados e que não irão agregar valor na
apresentação. Mas quando se deseja utilizar o planejamento 4D para decidir a melhor
estratégia para a execução da obra, o planejamento deve ser detalhado, a fim de que se
possa prever com mais precisão os pontos de melhoria.

3.4 INFORMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

Acredita-se que quando o mercado decidir adotar as novas tecnologias, as


mudanças percebidas não serão apenas na qualidade do produto final, mas ocorrerão
mudanças em todos os níveis de organização, dos processos às relações profissionais.
Silva (2008) diz que a implantação do BIM trará grande impacto na gestão de projetos. De
acordo com ele o fluxo do processo do trabalho terá grandes alterações, como nas relações
entre a equipe, gestão dos processos, sistema de trabalho e o produto final.
Contando com todos os fatores envolvidos na construção de um planejamento 4D,
como se está lidando com uma grande carga de trabalho é provável que na elaboração do
mesmo sejam utilizadas equipes, e a organização da equipe que irá trabalhar tanto na
criação do modelo quanto na elaboração do cronograma se mostra um fator muito
importante, já que deve haver uma sinergia muito grande entre os membros e uma
constante troca de informações. Mecanismos que facilitam essa troca de informação devem
ser desenvolvidos e estimulados.
As divisões das tarefas devem ser claras, a equipe deve ter uma visão sistêmica,
com cada membro tendo a consciência do seu papel no desenvolvimento do trabalho como
um todo. No planejamento 4D as tarefas dos membros são inter-relacionadas, sendo que o
trabalho de um participante está estritamente ligado a do outro, portanto o processo de
produção deve ser muito bem administrado pois qualquer erro ou atraso para intercâmbio de
informação pode ter um grande impacto nos prazos do projeto.
26

3.5 O MODELO 3D

O modelo 3D deve ser construído baseado no nível de detalhe desejado. Um fator


muito importante na construção do modelo é a comunicação com a equipe de planejamento,
deve-se ter conhecimento do plano de ataque da obra, ou da gama de estratégias mais
prováveis que podem ser usadas para a obra. Pois certos tipos de estratégias requerem
modificações no modelo, e caso isso não seja previsto no momento da modelagem,
acarretará em retrabalho no momento da união com o cronograma, sendo necessário o
retorno para o Revit para se efetuar as devidas mudanças. Um exemplo prático dessa
situação é quando se tem a laje de um edifício sendo executada em duas fases. Caso não
houver comunicação entre a equipe de planejamento, a equipe responsável pela
modelagem irá criar um elemento único, o que trará problemas quando se fizer a união com
o cronograma. Esse simples erro de comunicação, caso seja identificado em uma etapa
avançada do projeto poderá prejudicar o prazo final do cronograma, e deste modo atrasando
a obra. Comparando esse exemplo com várias outras atividades ligadas a construção de um
edifício pode-se concluir que a forma de modelar o projeto varia de acordo com a estratégia
de execução da obra adotada.
A fim de se identificar os elementos no Navisworks deve-se criar estratégias para
rastrear os elementos, inserindo informações nos mesmos. Quando trata-se de um edifício
de múltiplos pavimentos deve-se criar todos os elementos referenciando os mesmos ao
pavimento corresponde, isso é possível através do comando Level, criando níveis para cada
andar, identificando os mesmos com seus respectivos nomes, as Floor Plans criadas não
devem ser deletadas, pois desse modo os elementos perdem a referência. Caso a obra seja
executada por regiões pré-definidas deve-se identificar essas regiões dentro das
propriedades de cada elemento, utilizando alguma categoria pré-existente (como o campo
Mark) ou ainda criando uma nova categoria usando a função Shared Parameters.
Os arquivos salvos no Revit são gerados na extensão .rvt, para o modelo ser
utilizado no Navisworks é necessário que o arquivo seja exportado no formato .nwc . Esse
arquivo é gerado por uma ferramenta que não vem instalado juntamente com o Revit. Deve-
se portanto instalar o plug-in disponível no site a Autodesk.

3.6 O CRONOGRAMA
27

A equipe responsável pelo desenvolvimento do cronograma deve ter uma


nomenclatura bem definida para as tarefas do cronograma, isso porque será através desses
nomes que o cronograma será ligado ao modelo.
O cronograma pode ser desenvolvido em um programa especializado em
planejamento, como o Primavera e MS Project, ou dentro do próprio software Navisworks,
dentro da função TimeLiner.
As tarefas devem ter em seu nome a identificação do local e região, além do tipo de
atividade. Cada tarefa deve ter um nome único, já que no Navisworks quando se escolhe a
opção de “associar” as atividades pelo nome, o programa não entende a hierarquia utilizada
na maioria dos programas, ele lê apenas o nome da tarefa. Dessa forma, caso se tenha a
repetição da mesma atividade, por exemplo: Concretagem Laje, no primeiro e segundo
pavimento. Deve-se elaborar uma estratégia para ter-se duas atividades com nome
diferente, como: Concretagem Laje – P1 e Concretagem Laje – P2. É importante ressaltar
esse ponto, pois apesar de parecer uma mudança pequena é essa nomenclatura que irá
viabilizar o planejamento 4D, pois dessa forma o processo pode ser feito automaticamente
através de regras. Caso contrário, o usuário teria que anexar cada tarefa aos respectivos
elementos manualmente o que tornaria o processo demorado.

3.7 A ASSOCIAÇÃO ENTRE MODELO E CRONOGRAMA

A associação entre o modelo 3D e o cronograma é feito no software Navisworks


Manage. Para se iniciar a anexar as informações do cronograma com o modelo 3D é
necessário que se tenha tanto o cronograma como o modelo 3D prontos.
Deve-se ter muita atenção para que as observações citadas anteriormente sobre a
criação do modelo e do cronograma sejam respeitadas, caso contrário, o retrabalho poderá
inviabilizar o projeto. É importante destacar que o não é possível criar nenhum elemento
dentro do Navisworks, caso se perceba a necessidade de fazer alguma alteração só será
possível realizá-la no programa de origem que o cronograma ou modelo foram feitos, por
isso a importância do cuidado na fase de projeto e do desenvolvimento de canais de
comunicação ágeis, que permitam a rápida troca de informação.
Os elementos temporários, como gruas, caminhões betoneiras devem ser criados em
um programa de modelagem, como o Revit Architecture, e configurados no Navisworks.
As tarefas que representam o tempo de deslocamento do objeto devem ser ou previstas no
cronograma a ser exportado, ou podem ser configuradas no próprio Navisworks.
28

Apesar do Navisworks não permitir essa atualização dentro do próprio programa,


ele permite que os arquivos sejam desenvolvidos e recebam atualizações feitas
externamente. O software permite duas formas de anexar arquivos provenientes de modelos
3D: a opção Apend, que anexa um modelo mantendo todos seus elementos, usado quando
se deseja preservar a geometria duplicada e marcas de revisão; e a opção Merge, quando
se está tratando de arquivos que foram modificados e se quer mesclar esse arquivo a outro
adicionando apenas as mudanças, sem duplicar a geometria.
O cronograma deve ser anexado dentro da janela TimeLiner, onde as funções
relacionadas a geração do planejamento 4D efetivamente acontece. Dentro da Janela
TimeLiner tem-se uma aba chamada links, onde é possível fazer o carregamento do
cronograma desenvolvido em um software especializado em planejamento.
Um recurso importantíssimo para a elaboração do planejamento 4D é o find item,
que tem a função de rastrear as informações do modelo 3D. Nessa função o usuário insere
as propriedades que devem estar presentes na seleção desejada, dessa forma todos os
elementos do modelo que tiverem as condições supridas serão selecionados, essa função
será fundamental para a junção dos grupos com o cronograma. Para executar essa ação é
importante pensar no modo mais eficaz para selecionar os objetos necessários, pois a
mesma seleção pode ser feita de diversos modos diferentes, mas apenas com a prática será
possível descobrir modos mais rápidos e eficazes para utilizar essa função.

Figura 1: Utilizando função Find Item no Software Navisworks

Kerr et al (2007) relata a dificuldade tida pela equipe quanto ao tentar anexar os
elementos provenientes do modelo 3D ao cronograma, com as dificuldades imposta a
29

equipe chegou até a desconfiar da funcionalidade do programa, mas mais tarde percebeu-
se que a melhor opção seria usar o artifício das selection sets, onde é possível criar grupos
com os elementos selecionados, que podem posteriormente serem anexados a cada tarefa.
Partindo da observação do autor foram feitos testes com as selection sets e concluiu-se
que se tratava de um bom artifício, mas que se fossem unidas essas seleções aos recurso
find item é possível alcançar resultados melhores, pois o processo torna-se mais
automatizado economizando tempo especialmente quando se tratam de elementos que se
repetem muitas vezes. Com a combinação dessas funções têm-se as search sets, que são
seleções feitas através de uma busca programada pelo usuário, a busca é salva e a cada
elemento presente, ou adicionado em uma possível atualização, que corresponda aos
requisitos da pesquisa é selecionado. Dessa forma nomeia-se a search set de acordo com a
tarefa correspondente no cronograma a fim de anexá-las posteriormente.

Figura 2: Seleções (Sets) criadas no Software Navisworks

O anexo desse search groups com as tarefas do cronograma é possível utilizando a


função Rules do Timeliner. Na função Rules é possível escolher uma regra para anexar
esses dois componentes. Escolhendo a regra de unir search groups e tarefas com nomes
idênticos, todas as tarefas que tiverem um grupo dentro dessa condição serão anexadas
automaticamente.
30

Figura 3: Utilizando comando TimeLiner no Software Navisworks

Todos os objetos que tem movimento devem ser animados no Navisworks. Os


objetos já devem estar previamente criados em um software de modelagem. Para efetuar a
animação dos objetos deve-se acessar o menu Animator e utilizar as ferramentas de
movimentação disponíveis para reproduzir os movimentos feitos por cada elemento. Caso o
cronograma com as datas dessas movimentações esteja pronto, deve-se anexar o mesmo
da mesma forma que foi feito com o cronograma da obra, caso contrário as tarefas terão
que ser criadas novas tarefas no cronograma da TimeLiner, anexando os elementos as
mesmas. Com as animações gravadas deve-se relacioná-las a sua respectiva tarefa.
Deve ser feita a configuração do cronograma, escolhendo o modo de visualização de
cada tipo de atividade, as temporárias, as que serão construídas, as existentes e as partes
que serão demolidas. Pode-se escolher cores para destacar certos tipos de fenômenos,
como por exemplo, deixar vermelho todos os elementos que estiverem sendo demolidos e
deixá-los na cor verde no momento que estiverem sendo construídos, transformando
elemento na cor original depois que já estiver concluído. A necessidade dessas
configurações se dará pela demanda do cliente, pensando no que se deseja destacar.
Uma das funções possíveis no Navisworks e que é de grande uso para o
planejamento 4D é a checagem de interferências. Com essa função é possível checar tanto
a interferência dos elementos estáticos quanto quando estes estão em movimento. Dessa
forma evita-se erros logísticos e retrabalhos. Por conta dessas vantagens essa função torna-
se tão importante. As interferências encontradas devem ser reportadas aos responsáveis,
Navisworks para que se possa corrigir os erros. Kerr et al (2007) mostra em seu estudo a
31

importância de se ter uma estratégia para destacar e transmitir a informação de mudanças


no modelo ou incompatibilidades detectadas. Portanto Escolheu-se utilizar a função Tag do
Navisworks para cumprir essa função. Primeiramente cria-se a tag, nomeando-a de modo
a permitir a fácil identificação da questão envolvida, deve-se remeter a tag a região física do
modelo onde a modificação ou interferência se encontra, pode-se então escrever um texto
fazendo uma explicação sobre o do que se trata, ou os motivos envolvidos no fato. O
organiza todas as tags em uma lista, e caso se queira visualizar em profundidade o que
acontece com cada uma deve-se dar um duplo clique, a região de conflito é destacada e
uma explicação detalhada é fornecida.
Na geração de vídeos é possível escolher diversos formatos e resoluções. Pode-se
escolher um período definido da obra, ou gerar um vídeo com a construção inteira. A
velocidade de reprodução e duração do vídeo pode ser modificada, assim como a escolha
da câmera que pode se movimentar dando zoom em algum detalhe que haja necessidade.
Pode-se escolher se a data aparece ou não na tela. Pode-se habilitar ou não as animações.
Da mesma forma é possível modificar o ângulo, data e resolução das imagens.

4. RESULTADOS

4.1 PROCEDIMENTO PARA CRIAÇÃO DE PLANEJAMENTO 4D.

Após a revisão bibliográfica e a os testes computacionais, chegou-se a um


procedimento para elaboração de planejamento 4D que conta com os seguintes passos:

4.1.1 DEFINIÇÃO DO PRODUTO:

Deve ser feita uma reunião com o cliente para que sejam alinhadas as expectativas.
Discutir o projeto, explicando as alternativas que podem ser tomadas. Adequar o produto as
necessidades do cliente pensando no prazo e custo que a solicitação demandará.
Documentar a solicitação e definir o nível de detalhe do planejamento 4D.

4.1.2 DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA GERAL


32

Define-se qual a estratégia a ser tomada em relação ao desenvolvimento do projeto.


Devem ser definidas as seguintes questões:
Formação da equipe ou contratação de escritórios terceirizados.
Procedimento para supervisão e controle de atividades.
Definição de prazos e entregas parciais.
Definição dos softwares utilizados para modelagem 3D e planejamento 4D.
Software que será desenvolvido o cronograma da obra e de equipamentos.
Estratégia para troca de informações.
Estratégia para garantir compatibilidade dos modelos (como serão referenciados).

4.1.3 REUNIR INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS.

Devem-se listar as informações necessárias para o início do projeto. E a partir da


lista ir reunindo todas elas. Os documentos já devem ser organizados de forma que facilitem
sua consulta pelos membros da equipe, fazendo com que a busca pela informação seja
facilitada.

4.1.4 MONTAGEM E ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE:

Primeiramente deve-se montar uma equipe, mensurada a partir do tamanho e


complexidade do projeto. É necessário ter a certeza que os membros da equipe tenham
capacidade e conhecimento técnico para cumprir as tarefas no tempo determinado, além de
ser importante manter um bom relacionamento entre os membros e promover um canal de
comunicação eficiente. Deve-se deixar clara perante o grupo qual é a responsabilidade de
cada membro, pois caso surja algum problema, o responsável por resolvê-lo deve ser
rapidamente identificado.
Caso exista terceirização de serviço deve-se seguir a estratégia traçada para lidar
com essa situação, garantindo a qualidade e prazo do serviço.

4.1.5 DEFINIÇÃO DE NOMENCLATURAS.

Devem ser definidas as nomenclaturas de todo o projeto. Os elementos criados para


o modelo 3D devem ser nomeados de forma a além de ser facilmente identificados,
possibilitarem o rastreamento no Navisworks. Da mesma forma deve-se criar um padrão
para os nomes das tarefas no cronograma, que deve ser o mesmo para a criação dos
grupos de pesquisa.
33

4.1.6 CRIAÇÃO DO MODELO 3D E CRONOGRAMA DA OBRA.

Ambos devem ser feitos simultaneamente, sendo que a troca de informação entre os
grupos responsáveis deve ser constante. Os modelos 3D e cronograma podem ser criados
pela mesma equipe que irá desenvolver o planejamento 4D, ou pode ser desenvolvido
externamente com a devida orientação.

6a- Modelo 3D.

Os responsáveis por desenvolver o modelo 3D devem estar em constante


comunicação com os que irão fazer o cronograma. Os envolvidos devem entender os
possíveis planos de ataque da obra e suas variações, garantindo que caso alguma mudança
tenha que ser feita, seja possível a adaptação no programa que trabalha com 4D, evitando
que se tenha retrabalho. Todos os elementos criados devem seguir a nomenclatura
proposta.
Todos os elementos que irão fazer parte do planejamento 4D devem estar presentes
no modelo, inclusive os temporários, como gruas, caminhões betoneira, etc.

6b – Cronograma da Obra.

As tarefas devem seguir nomenclatura proposta. Todas as tarefas devem conter


informações que situem a região que a tarefa irá ocorrer, não sendo possível repetir o
mesmo nome de tarefa para serviços que irão acontecer em locais diferentes. O cronograma
deve ser criado em um programa que permite a importação para o software 4D . O nível de
detalhe do cronograma deve ser no mínimo igual ao requerido no planejamento 4D.
Caso seja definido na estratégia que os elementos que tem movimento terão sua
movimentação definida no cronograma, deve-se fazê-lo nesta fase. (Pode ser criado um
arquivo a parte para esse tipo de tarefa).

4.1.7 CRIAÇÃO DOS GRUPOS DE PESQUISA

Devem ser criados os grupos de pesquisa de acordo com as atividades do


cronograma, que devem ser nomeados de acordo com nomenclatura definida em passo
anterior. Deve-se montar uma estratégia de como filtrar as informações de forma mais
34

inteligente possível, para isso deve-se estudar o cronograma geral, identificar as


características em comum dos elementos de cada grupo e formatar a pesquisa.

4.1.8 ANEXAR CRONOGRAMA E MODELO 3D

Os modelos 3D devem ser anexados pela função append, caso ocorra alguma
modificação durante o processo o mesmo pode ser atualizado pela função merge.
O cronograma deve ser anexado na TimeLiner e a atualização é feita no mesmo
local.
Todos os arquivos podem ser atualizados, mas é importante não apagar o arquivo de
origem ou modificar seu nome, pois nesses casos o arquivo do Navisworks perde a
referência externa.

4.1.9 MOVIMENTAÇÃO DE OBJETOS

Todos os objetos que tem movimento devem ser configurados no Navisworks. Caso
o cronograma com as datas dessas movimentações esteja pronto, deve-se anexar o mesmo
da mesma forma que foi feito com o cronograma da obra, caso contrário as tarefas terão
que ser criadas novas tarefas no cronograma da TimeLiner, anexando os elementos as
mesmas. Deve-se acessar o menu Animator e gravar o movimento feito por cada elemento,
usando as ferramentas disponíveis. Com as animações gravadas deve-se relacioná-las a
sua respectiva tarefa.

4.1.10 VERIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS

A verificação de interferências deve ser feita pela função interference check. O


teste de interferência deve ser configurado para identificar tanto os elementos estáticos,
quanto os em movimento. Todas as interferências devem ser reportadas ao responsável e
marcadas pela função tag, a fim de que se possa identificar e corrigir o problema.

4.1.11 CORREÇÃO DAS INTERFERÊNCIAS.

As interferências detectadas devem ser estudadas, avaliando a causa do problema.


Dessa forma deve-se voltar ou no cronograma, ou no modelo e corrigir essa falha. Depois
deve-se retornar ao passo 4.2.10 e repetir a operação até que não existam mais erros de
interferência.
35

4.1.12 GERANDO PLANEJAMENTO 4D.

Após os 10 primeiros passos tomados deve-se gerar o planejamento. O Navisworks


possibilita uma série de variações de geração de vídeos e imagens. Deve-se configurar o
planejamento 4D de acordo com a necessidade do cliente.

4.1.13 ANÁLISE DO PLANEJAMENTO 4D

Os especialistas devem assistir ao vídeo, analisando possíveis pontos de melhoria.


Como a checagem de interferências já foi feita e os problemas corrigidos, devem ser
focados as chances de melhoria na eficiência logística. Identificando pontos de
equipamentos parados, problemas de circulação de material, má localização de
equipamentos, etc.

4.1.14 MELHORIAS E ATUALIZAÇÕES

Sendo identificados os pontos de melhoria deve-se modificar o planejamento 4D a


fim de se chegar ao ponto ótimo. É importante frisar que quanto mais detalhado for o
planejamento, mais oportunidades poderão ser identificadas.

4.2 EXPERIMENTAÇÃO COMPUTACIONAL

O trabalho desenvolvido tem o objetivo de explorar a capacidade do planejamento


4D, dessa forma, as condições de terrenos e definições do produto criadas pelo autor visam
obter o máximo aproveitamento da ferramenta, para que se possa explorar e utilizar grande
parte de suas vantagens. O elemento cliente (fictício) é apenas um artifício adicionado para
simular uma situação real, e as demandas foram pensadas levando em conta situações
usuais, mas que poderiam acrescentar algo interessante nos resultados da experimentação.

4.2.1 DEFINIÇÃO DO PRODUTO


36

O produto trata-se de dois edifícios de padrão econômico com 16 apartamentos em


cada um, sendo 4 por andar, totalizando 32 apartamentos. Os apartamentos devem ter um
banheiro, 2 quartos, sala, cozinha e área de serviço. Os prédios não contam com elevador.
Deve existir uma vaga de garagem para cada apartamento, distribuídas pelo subsolo e
térreo. O térreo deve ainda contar com uma pequena área social. Os edifícios serão
localizados em um terreno de 30 x 50 metros.

Os dois edifícios devem estar pronto dentro do prazo de 10 meses.

O objetivo do cliente para solicitação desse cronograma 4D é:

• Utilizar como referência: além do acompanhamento feito no dia a dia da obra, o


cliente deseja ter o cronograma 4D como uma referência e compará-lo com o
acontecimento real da obra.

• Estudar viabilidade do plano de ataque: O cliente deseja estudar o plano de


ataque e avaliar possibilidades, antes de adotá-lo e aprofundar os detalhes do
planejamento antes de saber da efetividade do plano, para não correr o risco de
gastar muito tempo em uma estratégia e encontrar um grande obstáculo, que
impeça a realização do mesmo, e que se tenha que desenvolver todo plano de
ataque do princípio.

Observando as solicitações, concluiu-se que um nível de detalhe entre médio e


macro, contando com algumas segmentações na execução da obra, é o mais adequado
para esta ocasião, já que seria suficiente para suprir as necessidades do cliente e apresenta
um menor custo e tempo de produção que um planejamento muito detalhado.

Foi estipulada a data 28 de agosto de 2011 como prazo final para entrega do
planejamento 4D, contando com eventuais contratempos a obra foi planejada para estar
concluída dia 15 de agosto de 2011.

4.2.2 DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA GERAL

Na estratégia geral foi-se definido que:

• Como se deseja executar a experimentação de uma forma que se permita utilizar


o mesmo procedimento para um projeto que envolva várias equipes, o
procedimento foi seguido passo a passo, respeitando as dependências entre os
mesmo.
37

• Os softwares utilizados para realização do cronograma 4D são o Navisworks


Manage (utilizado para unir os dados do cronograma com o modelo 3D) e o
Autodesk Revit (para modelagem 3D).

• Para garantir a compatibilidade dos arquivos, todos os modelos criados


respeitarão as coordenadas geográficas que o empreendimento será executado.

• Como os prazos são um fator de grande importância para o desenvolvimento de


um projeto quando se trabalha com diferentes equipes, decidiu-se estipular datas
para as entregas parciais nesse trabalho de conclusão de curso. Procurou-se
dividir as atividades proposta no procedimento criado, de acordo com o tempo e
complexidade de cada tarefa. Chegou-se então ao cronograma da figura 4.

Figura 4: Imagem do cronograma das atividades de experimentação computacional

4.2.3 REUNIR INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

Foram reunidas todas as informações, dados e definições que são úteis para a
criação do planejamento 4D:

Definição da planta-baixa do edifício: Seguindo solicitação, os trinta e dois


apartamentos foram projetados para terem a mesma disposição, contando com um
banheiro, dois quartos, sala, cozinha e área de serviço.

Dessa forma projetou-se a planta do andar tipo, que se encontra na figura 5.


38

Figura 5: Planta baixa do andar tipo.

Fundações: O terreno em questão tem baixa resistência, tem a presença de grande


número de matacões e em sua vizinhança conta com outros prédios já existentes.
Analisando suas condições concluiu-se
concluiu se que a melhor solução para a fundação é a execução
execu
de estaca-raiz,
raiz, que será executada do nível do térreo,
térreo, preenchendo com concreto até a cota
de arrasamento. Após a realização da estaca-raiz,
estaca , realizada por duas perfuratrizes
trabalhando simultaneamente, será feita a escavação até a cota estipulada,
estipulada realizada por
uma retro-escavadeira, e feita a execução dos blocos. Será feita ainda a contenção-cortina
contenção
de
e concreto com perfil metálico, executada
e antes da escavação. Dois equipamentos serão
39

utilizados para cravar os perfis metálicos, logo após serão encaixados os painéis pré-
moldados de concreto e feita a escavação gradualmente. Todas essas atividades serão
realizadas em etapas, quatro faixas de igual dimensão dividindo o terreno paralelamente a
rua. Devido ao nível de detalhe escolhido todos os elementos da fundação têm sua
execução demonstrada respeitando a divisão em faixas.

Superestrutura: Os pilares, vigas e lajes são moldados in loco, será utilizado um


concreto especial que atinge sua resistência em um menor período de tempo para conseguir
cumprir os prazos estipulados. Cada edifício tem a execução desses elementos dividida em
quatro trechos. Pelo nível de detalhe definido não são demonstradas elementos temporários
com fôrmas, escoramento.

Vedação: São utilizados blocos de vedação de 14 cm internamente e 19 cm


externamente. A execução dos mesmos segue a mesma lógica da superestrutura. Para o
planejamento 4D foi definido que no nível de detalhe da solicitação não é necessário
mostrar o crescimento da parede por fiadas. Para esse caso, foi definido que as paredes
terão sua execução definida em blocos, definidos por quatro regiões distintas em cada
edifício.

Revestimento: O revestimento interno é controlado por andar e como não é possível


visualizá-los no cronograma ilustrado em questão, os mesmos não foram modelos, isso só
ocorreria caso houvesse uma solicitação de planejamento de execução interna em um nível
de detalhe maior. Já o revestimento externo tem suas atividades divididas por fachada.

4.2.4 MONTAGEM E ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE

O trabalho de conclusão de curso por norma da universidade é realizado


individualmente e o procedimento desenvolvido por esse trabalho prevê a troca de
informação entre equipes que estejam trabalhando em um mesmo planejamento 4D, pois
em muitos casos as tarefas são realizadas por equipes especializadas em cada disciplina.
Para simular essas condições, a experimentação computacional foi feita passo a passo,
sendo desenvolvida como se efetivamente houvesse equipes trabalhando em locais
diferentes.

As atividades que necessitam de alguma informação especial para serem iniciadas, e


que a mesma seria fruto de uma tarefa desenvolvida por outra equipe só se inicia após o
conhecimento da mesma, que no caso desse trabalho é representado pelas entregas
parciais, seguindo os passos do procedimento apresentado.
40

4.2.5 DEFINIÇÃO DE NOMENCLATURAS

Modelo 3D:

Definiu-se que todos os elementos criados para o modelo 3D devem ter suas
quatro primeiras letras do nome escritas em maiúsculo, relacionadas ao tipo de elemento. O
segundo campo deve conter o número código de tipo de material e por fim o último campo é
reservado para informações de dimensões do elemento, como espessura de uma laje ou
altura e largura de uma porta. Os elementos ficam nomeados como no figura 6.

Tipo de Elemento Código Dimensão

A L V E - 0 1 - 1 4

Figura 6: Modelo de nomenclatura

Criou-se uma tabela com a legenda correspondente as quatro letras que identificam
cada tipo de elemento que aparece no modelo, a partir desses tipo foi criado um código de
dois dígitos que corresponde as variações de elementos entre os de mesmo tipo. Para a
rápida identificação dos elementos foi criado um campo que corresponde a dimensão do
elemento, neste caso cada tipo de elemento tem um tipo de dimensão que é relevante estar
informada no nome. Por exemplo, no caso de portas e janelas tem-se a largura e
comprimento, no caso de lajes e alvenaria, tem-se a espessura. Para o projeto em questão
a nomenclatura adotada foi suficiente, já que ao mesmo tempo em que é simples cumpre
sua função, de identificar rapidamente o elemento além de permitir o rastreamento da
informação. As legendas utilizadas na modelagem dos elementos são representadas na
tabela 1.

Tabela 1: Código de nomenclatura dos elementos

Código do Tipo de Elemento Tipo de Elemento

ALVE alvenaria
BLOC bloco
CORR corrimão
ELTR elementos do terreno
41

EQUI equipamentos
JANE janela
LAJE laje
MVTE terra sendo movimentado
PILA pilar
PMET perfil metálico
PORT Portas
PRAN pranchamento
RAIZ estaca raiz
REVE revestimento
VIGA viga

4.2.6 CRIAÇÃO DO MODELO 3D E CRONOGRAMA DA OBRA

Definiu-se que a nomenclatura utilizada para as tarefas do cronograma teria certa


liberdade para ser criada. A única restrição é quanto a identificação de cada atividade. Em
cada linha deve estar escrito o prédio e trecho que a tarefa está se referindo, para facilitar a
associação do modelo com o Navisworks.

Seguindo essas orientações, o padrão criado na nomenclatura do cronograma foi:

Para as atividades dividas em faixas, como os elementos da fundação, foram feita


a identificação do elemento pelo código correspondente das mesmas quatro letras usadas
no modelo seguidas da faixa correspondente do elemento.

Para os elementos divididos em trechos, como os elementos da superestrutura, o


nome da atividade ficou organizado pela ordem: nome do elemento, pavimento, edifício e
trecho correspondente.

Para os elementos criados em único bloco ou que não aparecem no planejamento


4D a nomenclatura da atividade é feita de modo usual, usando palavras que definem a
atividade a ser executada .

O cronograma 3D foi criado seguindo a nomenclatura acordada e as definições


feitas para o projeto. Como já se tinha conhecimento do plano de ataque da obra, e sabendo
que alguns dos elementos seriam executados em trechos ou faixas, criou-se os elementos
segmentados onde se era necessário. Além disso, foi criado um parâmetro chamado de
“setor” onde os elementos recebiam a informação de acordo com sua futura execução,
como por exemplo: faixa A, trecho 1, etc.
42

O cronograma da obra foi criado a partir das solicitações feitas. Após definidas as
atividades, o processo de execução, os trechos que a obra seria dividida e a definição dos
fluxos principais, foi utilizada a TCPO 9 para estimar o tempo de cada atividade, levando
em conta o custo que se gostaria de ter com a obra em questão e a tecnologia adotada. Foi
levado ainda em consideração o prazo disponível para execução da obra e todas as demais
condições apresentadas. Com base nessas informações foi feito um cronograma geral,
seguindo a nomenclatura definida em etapa anterior.
Como o foco da pesquisa é estudar o planejamento 4D, tanto no desenvolvimento do
modelo 3D, como do cronograma da obra não entrou-se a fundo na questão tecnológica,
viabilidade e qualidade do projeto, discussão de prazos e alternativas de plano de ataque.
Procurou-se realizar um projeto e cronograma lógicos onde fossem aplicáveis os conceitos
estudados do planejamento 4D, dessa forma chegou-se ao modelo 3D e no cronograma
representado nas figuras 7, 8 e 9.
43

Figura 7: Imagem da parte 1 do cronograma da obra


44

Figura 8: Imagem da parte 2 do cronograma da obra


45

Figura 9: Imagem do cronograma da obra, versão compacta.


46

4.2.7 CRIAÇÃO DOS GRUPOS DE PESQUISA

Para realizar a junção das informações do tempo e do modelo 3D é necessário usar


de uma estratégia para relacionar as informações. No caso desse trabalho, a estratégia
escolhida foi criar grupos de pesquisa que filtram as informações dos elementos que se
relacionam com cada uma das atividades, nomear os grupos com o mesmo da atividade
correspondente e efetuar a junção pelo software Navisworks. Um exemplo de pesquisa
realizada é a figura 10, onde se filtra os pilares situados no térreo do quarto trecho do
segundo edifício. Esse tipo de pesquisa foi repetida para todas as atividades

Figura 10: Filtrando dados para criação de grupo de pesquisa

O cronograma foi estudado e foram identificados os elementos que fazem parte de


cada um dos grupos, após a identificação dos mesmos foi feita uma análise das
propriedades dos elementos para achar características em comum, a fim de facilitar a
criação dos filtros para cada pesquisa. Como foi definida uma nomenclatura para os
elementos, esse processo se tornou bem simples, pois a pesquisa por cada tipo de
elemento pode ser feita pelo código pré-definido.

4.2.8 MOVIMENTAÇÃO DE OBJETOS

Foi decidido que os equipamentos que receberiam movimento seriam as


perfuratrizes, a escavadeira e os bate-estacas, todos atuando na parte inicial da construção,
por serem atividades que levam um tempo considerável perante o nível de detalhe
escolhido. Já outras atividades, como os fluxos de material e chegada de caminhões
betoneira, não foram representada pelo mesmo ,já que eles representariam menos de um
segundo na geração do vídeo do cronograma, só faria sentido adicioná-los caso fosse
47

necessário estudar um momento específico com maior precisão, para que isso ocorresse
seria necessário aumentar o nível de detalhe das atividades do cronograma precisando a
hora que as atividades ocorrem.
Os equipamentos foram animados procurando simular o caminho que fazem em
obra, auxiliando a identificar visualmente cada uma das atividades.

4.2.9 ANEXAR CRONOGRAMA E MODELO 3D

O anexo das atividades do cronograma com o modelo 3D foi feito como definido
anteriormente, ligando pelo comando rules do Navisworks o nome dos grupos de pesquisa
do modelo ao nome da atividade do cronograma. Após a junção dessas atividades cada
uma delas foi configurada de acordo com o modo que se gostaria que aparecessem na
simulação. Dessa forma definiu-se que:
Fundações: Foi definida a cor vermelha para identificar a faixa de terra que está
sendo escavada no momento, para o momento que os elementos estão sendo construídos é
estipulada a cor verde durante o momento de execução e cor original quando concluídos.
Superestrutura: Para representar o momento correspondente com a montagem de
formas e execução de cada elemento, estes são pintados de verde durante esse período e
ficam da cor original quando esse processo tiver terminado.
Vedação: A vedação é executada por trechos, foi determinado que os blocos de
paredes que estiverem sendo executados ficam da cor verde e tomam a cor original após o
término da mesma.
Revestimento: O revestimento externo é demonstrado por fachada, que no momento
da execução fica da cor verde e quando concluída toma a cor definida para o revestimento
em questão.

4.2.10 ANÁLISE DE INTERFERÊNCIAS

Foi usado o comando Clash Detective para identificar possíveis erros no modelo,
interferências entre elementos e interferência entre os elementos colocados em movimento.
O comando não identificou nenhuma interferência entre os elementos, o que possibilitou o
prosseguimento do processo sem necessidade de alteração no cronograma ou do modelo.

4.2.11 CRONOGRAMA 4D E IMAGENS DO VÍDEO


48

Com todos os passos anteriores devidamente completos, gerou-se o vídeo de


simulação 4D da obra em questão. A partir do vídeo foram geradas fotos de etapas chaves
da construção dos edifícios.

No dia 01 de novembro de 2010 tem-se a primeira foto da obra, que mostra as duas
máquinas na primeira faixa do terreno, cravando os perfis metálicos que irão fazer parte da
cortina de contenção.

Figura 11: Imagem do andamento da obra no dia 01 de novembro de 2010

No dia 09 de novembro de 2010 já se tem a presença das perfuratrizes executando,


na primeira faixa do terreno, a estaca raiz. Enquanto isso os perfis continuam sendo
cravados, partindo da faixa A para B.

Figura 12: Imagem do andamento da obra no dia 09 de novembro de 2010


49

Tem-se no dia 24 de novembro de 2010 o início da escavação, pela retro-


escavadeira, e da execução das paredes de contenção de concreto na faixa A do terreno.
Os perfis já começam a ser cravados na faixa D e as estacas raiz estão sendo executadas
na faixa B.

Figura 13: Imagem do andamento da obra no dia 24 de novembro de 2010

No dia 16 de dezembro de 2010 tem-se a escavação da faixa B do terreno. Observa-


se que a parede de contenção já se encontra concluída na faixa A e em finalização na faixa
B. As perfuratrizes estão realizando seu trabalho na faixa C e a cravação dos perfis já foi
realizada.

Figura 14: Imagem do andamento da obra no dia 16 de dezembro de 2010


50

No dia 29 de dezembro de 2010 está sendo feita a última faixa de estaca raiz. E a
escavação do trecho B está quase concluída.

Figura 15: Imagem do andamento da obra no dia 29 de dezembro de 2010

No dia 09 de janeiro de 2011 a retro-escavadeira está trabalhando na faixa C do


terreno e as estacas já foram concluídas.

Figura 16: Imagem do andamento da obra no dia 09 de janeiro de 2011.

No dia 10 de fevereiro de 2011 a escavação é concluída e a retro-escavadeira se


retira do terreno.
51

Figura 17: Imagem do andamento da obra no dia 10 de fevereiro de 2011.

No dia 17 de fevereiro de 2011 é dado início a execução da primeira faixa de blocos.

Figura 18: Imagem do andamento da obra no dia 17 de fevereiro de 2011.

No dia 24 de fevereiro de 2011 a primeira faixa de blocos está concluída e agora


parte-se para a faixa B.
52

Figura 19: Imagem do andamento da obra no dia 24 de fevereiro de 2011.

No dia 06 de março de 2011 todos os blocos correspondentes ao edifício 1 estão


concluídos e já se inicia a execução dos pilares do subsolo, sendo que os do trecho 1 já
estão concluídos, dando-se início aos do trecho 2. Enquanto isso, metade dos blocos
correspondentes ao edifício 2 acabaram de serem concluídos.

Figura 20: Imagem do andamento da obra no dia 06 de março de 2011.

No dia 23 de março de 2011 está sendo feita o último trecho da laje do térreo,
enquanto isso, são executados os pilares do trecho 3 do edifício 2.
53

Figura 21: Imagem do andamento da obra no dia 23 de março de 2011.

No dia 24 de maio de 2011 estão sendo executadas as lajes do quarto pavimento do


trecho 2 do edifício 1 e a laje do terceiro pavimento do trecho 2 edifício 2. Enquanto isso são
executados os pilares do trecho 4 do quarto pavimento do edifício 1 e pilares do trecho 1 do
terceiro pavimento do edifício 2. A alvenaria do segundo andar dos trechos 1 e 2 do edifício
1, do primeiro andar o trecho 3 e 4 do edifício 2 e do segundo andar trecho 1 do edifício 2,
estão sendo executadas.

Figura 22: Imagem do andamento da obra no dia 24 de maio de 2011.

No dia 01 de junho de 2011 as lajes do edifício 1 estão concluídas até o quarto


pavimento. Estão sendo executadas as alvenarias do edifício 1 (terceiro andar – trecho 4;
54

quarto andar – trecho 1 e 2) e edifício 2 (segundo andar – trecho 4; terceiro andar – trecho 1
e 2).

Figura 23: Imagem do andamento da obra no dia 01 de junho de 2011.

No dia 07 de julho de 2011 toda a estrutura está finalizada, assim como a fachada 1
do edifício A, enquanto isso, estão em execução a fachada 1 do edifício 2 e a fachada 2 do
edifício 1.

Figura 24: Imagem do andamento da obra no dia 07 de julho de 2011.

No dia 21 de julho, chegando ao término da obra, tem-se a execução do


revestimento da fachada 4 do edifício 2.
55

Figura 25: Imagem do andamento da obra no dia 21 de julho de 2011.

As imagens 22 e 23 mostram a obra finalizada de diferentes ângulos.

Figura 26: Imagem da obra finalizada.


56

Figura 27: Imagem da obra finalizada.

4.2.12 ANÁLISE DO PLANEJAMENTO 4D

Após análise do vídeo gerado, concluiu-se que o mesmo cumpre os objetivos


propostos, conseguindo passar as informações básicas do projeto, informando a ordem
principal das atividades em um curto espaço de tempo.

Com isso conclui-se que as decisões tomadas para elaboração do mesmo, como o
nível de detalhe e estratégia definida, foram corretas. Caso fosse detectado algum tipo de
problema seria necessário corrigi-lo na fonte causadora, que poderia ser um problema na
confecção do modelo 3D, como a ausência de algum elemento, ou posicionamento em local
incorreto; outro problema poderia ser detectado na associação do cronograma com o
modelo, um erro nesse ponto repercute na não visualização de uma atividade na execução
do planejamento 4D.

Além disso, não foram detectadas interferências, incompatibilidades ou erros na


seqüência da execução. Dessa forma foi concluído que o planejamento 4D não necessita, a
priori, de revisão. O planejamento necessitaria de mudança caso se deseje efetuar um
planejamento com um maior nível de detalhe, estudando uma etapa chave da obra, um
momento crítico, etc. Também foi concluído que as imagens capturadas do vídeo são
satisfatórias, já que conseguem mostrar momentos importantes do andamento da obra.

O procedimento de criação do planejamento 4D proposto se mostrou eficaz para


realização da simulação e mostra potencial para a criação de modelos mais complexos.
57

5. CONCLUSÃO

Na elaboração do procedimento de execução do planejamento 4D, concluiu-se que


existem alguns pontos fundamentais para elaboração do mesmo. A nomenclatura bem
definida de todos os elementos e atividades utilizadas e o conhecimento das propriedades
dos elementos, pois sem essas variáveis, a junção das informações manualmente
inviabilizaria o projeto. Tem-se ainda a clara definição de escopo e nível de detalhe, aliadas
a eficiência na troca de informação, como elementos chaves para o sucesso do projeto.

Como se percebeu que um dos pontos cruciais do planejamento 4D é a organização


e eficiência na troca de informação, acredita-se que quando o planejamento 4D for adotado
por um maior número de empresa, seriam percebidas mudanças significativas não apenas
pelas vantagens obtidas pelo produto em si, mas na melhora das companhias em si, já que
grande parte das empresas do ramo da construção sofrem por deficiência nesses fatores
básicos.

Após realização desse trabalho chegou-se a conclusão que a tecnologia 4D é viável


e pode trazer grandes benefícios para a indústria da construção. O problema é que os
investimentos e pesquisas nessa área ainda são muito tímidos. Essa afirmação se reflete na
grande dificuldade em encontrar trabalhos que tratem sobre o tema, a situação piora quando
se trata do Brasil, já que a maioria dos textos encontrados trata superficialmente do tema.

Apesar dessa dificuldade atual acredita-se que esse cenário irá mudar, vide as
experiências bem sucedidas relatadas na revisão bibliográfica. Acredita-se que quando
essas empresas estiverem colhendo os frutos desses investimentos a concorrência aderirá
a tecnologia, para não perder mercado, o que acarretará em uma mudança de patamar
tecnológico para indústria.

Com base na experiência computacional executada, percebeu-se que uma das


grandes vantagens em adotar a tecnologia 4D é que as decisões sobre o projeto e em como
será executado devem ser tomadas com detalhes previamente, diferentemente do que
ocorre em muitos casos que se deixam muito assuntos importantes a serem decididos na
obra, que não é o local ideal. Com o uso do planejamento 4D em um maior nível de detalhe,
tem-se a obrigação de pensar sobre todos esses assuntos antes de iniciar a obra, o que
seria uma mudança de cultura para a maioria das empresas.
58

Acredita-se que os benefícios trazidos pelo planejamento superam os custos de


implantação e desenvolvimento, mesmo que seja um pouco elevado quando se está
tratando de todo o processo para ter apenas o planejamento 4D como produto. Uma boa
solução para dissolver os custos de implantação, desenvolvimento e até mesmo de
execução do planejamento 4D é utilizá-lo em conjunto com as demais tecnologias BIM
existentes a fim de retirar o máximo de produtos do mesmo modelo, podendo com um custo
e tempo similar obter diversos produtos, como: levantamento de quantitativos, orçamentos,
simulações de conforto térmico, estudos mais detalhados de logística, maquete eletrônica,
além do próprio planejamento 4D.
59

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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TECNOLÓGICA EM AEC: PROJETO, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, 2009, São Paulo.
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