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Cadernos
do
Distrito Esta revista faz parte integrante da Edição 1306, de 23 de Julho de 2009 do JORNAL DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

POMBAL

Entrevista: Narciso Mota

Economia: Incentivos fixam empresas

no concelho

Turismo: Do Osso da Baleia ao trilho

dos dinossauros

Educação: Seis novos centros escolares

melhoram qualidade do ensino

Festas do Bodo: Desfile de grandes

nomes da música
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Editorial
3
O Bodo de Pombal
Todos os anos, por esta altura, Pombal
anima-se de um modo que deixa a grande
distância a maior parte dos restantes con-
celhos do distrito. De facto, as festas do
Bodo atraem milhares de forasteiros às ruas
da cidade, não resistindo ao forte apelo das
atracções que lhes são oferecidas. Vão dis-
tantes os tempos de D. Maria Fogaça, em
que um criado entrava dentro do forno,
consertava os bolos, que seriam oferecidos
à população, e saía sem a menor chamus-
cadela.
As festas de Pombal deram uma grande
volta e, desde então, os ecos dos feitos he-
róicos e a roçar o milagre, dos criados da
grande proprietária que entravam no forno,
imunes ao fogo, são uma memória das ori-
gens dos festejos.
Mas, se as festas se transformaram, não dei-
xam de ter o mesmo brilho de sempre,
tendo acompanhado o evoluir dos anos,
continuando o mesmo Bodo a despertar o
mesmo entusiasmo de sempre.
Nesta publicação, o Jornal de Leiria não se
limita a referir a importância das festas de
Pombal. O concelho continua activo, como
sempre, nas mais variadas áreas de activi-
dade, como as vias rodoviárias, o ensino, a
JACINTO SILVA DURO

saúde e demais infra-estruturas com todos

os indicadores que revelam o estado de de-
senvolvimento de uma região.
Naturalmente que muito falta ainda fazer no
caminho do futuro, como se depreende das
declarações dos responsáveis nesta edição.
Pombal não baixa os braços a uma conjun- Um concelho
tura difícil como aquela que atravessamos,
não faltando planos naturalmente virados
para o futuro.
onde a História passou
O Bodo é apenas uma festa, um intervalo
para a população retemperar forças para os

D
os romanos aos Templários. A História passou por Pombal. E deixou ves-
dias vindouros. E bem o merece. G
tígios, que ainda hoje são perceptíveis. Um dos marcos foi o Marquês de
Orlando Cardoso
Pombal, que ali viveu entre 1777 e 1782, devendo-se a ele a ordenação
orlandocardososter@gmail.com
da parte baixa da localidade. Nessa época, mandou construir, na Praça Velha, a ca-
deia, no sítio do antigo pelourinho e o celeiro no lado oposto.
Já antes, a região se alterara pela passagem dos Templários, no início do século XII.
Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, mandou construir o castelo que é,
ainda hoje, um dos grandes atractivos da cidade. Concedeu foral a Pombal em
1174, renovado posteriormente em 1176. A acrescentar aos dois forais, Gualdim
Pais concedeu também a Pombal, em 1181, uma carta de privilégios.
Mas toda a prosperidade que o concelho atingiu veio a ser travada pelas invasões
francesas. Em 1811, as tropas comandadas pelo general Massena, saquearam e in-
cendiaram toda a povoação. O rasto de destruição foi grande.
E o pior chegou depois, em 1833, quando a cólera-morbus atingiu aquela região

FICHA TÉCNICA e a mortandade transformou Pombal numa localidade abandonada.

Edição: Jorlis - Edições e Publicações, Lda.
Terá sido a privilegiada localização, uma vez mais, a ditar um novo rumo. Pombal
Director Interino: João Nazário
Coordenação e serviços comerciais: foi-se erguendo e crescendo.
Lurdes Trindade
Redacção: Helena Silva A construção de vias de comunicação aliada à sua situação geográfica deram a
Projecto Gráfico: Marta Silvério
Paginação: Isilda Trindade, Rita Carlos Pombal um desenvolvimento único, transformando-a numa das cidades com os
Impressão: Lisgráfica
Tiragem: 15.000 maiores índices de crescimento da zona centro do País. A aposta recente na cons-
N.º de Registo 109980
Depósito Legal n.º 5628/84
trução de zonas industriais atraiu empresas de vários ramos de actividade. Mas em
Distribuição: Jornal de Leiria, Edição n.º 1306, muitas das 17 freguesias, mantêm-se as características rurais e a agricultura assume
de 23 de Julho de 2009.
lugar importante. G
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4
ENTREVISTA

“Mais de 75% da população vai estar

abrangida pela rede de saneamento
em 2013”

Que balanço faz deste mandato que agora termina?

Apraz-me registar que foi um mandato marcado pela afirmação na área
da modernização administrativa, qualificação de serviços e implementa-
ção de novas tecnologias a todos os níveis, tendo-se conseguido pro-
mover uma maior proximidade com os nossos munícipes, facilitando
alguns procedimentos através da disponibilização de serviços on-line,
quer na sede de concelho, quer nas freguesias. Importa ainda destacar a
criação e o desenvolvimento da rede de transportes urbanos. Gostaria,
contudo, de ter visto concretizadas algumas obras que são fundamentais
para a afirmação do elevado potencial que o concelho pode evidenciar,
fruto da sua localização estratégica, sendo por exemplo de lamentar que
ainda não se tenha iniciado a construção da Variante a Sul, do nó de in-
tersecção do IC2 com a A1, em Barracão/Meirinhas e da Estrada Atlân-
tica, entre outras.

Pombal sofreu prejuízos muito avultados com a intempérie de

2006. Por várias vezes, afirmou que a reparação dos danos
condicionou a execução de projectos fundamentais para o con-
celho, acusando os governantes de não assumir as respon-
sabilidades financeiras. Como está essa situação?
Ao nível das infra-estruturas municipais afectadas, estimaram-se em seis
milhões de euros os prejuízos causados em edifícios municipais, vias ro-
doviárias, saneamento pluvial doméstico e linhas de água, sendo também
de registar os elevados prejuízos verificados em instalações pertencentes
a entidades públicas e instituições sem fins lucrativos. Preocupou-me, en-
quanto autarca, a falta de solidariedade e a ausência de apoio por parte
da Administração Central, apesar das várias diligências encetadas. Não
se compreende o protelamento da celebração do contrato-programa,
uma vez que Pombal foi o mais afectado a nível nacional e, passados
quase três anos, ainda aguarda pelas verbas, tendo os restantes municí-
pios já celebrado os respectivos contratos-programa e sido já apoiados.
Esta situação levou-nos a protelar o concurso de muitas obras públicas
consideradas estruturantes para o concelho.
FOTOS: RICARDO GRAÇA

Quais são, actualmente, as prioridades do concelho em ter-

mos de desenvolvimento para o futuro?

Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009

Caderno do Distrito_POMBAL:Layout 2 20-07-2009 10:48 Página 5

“Fusão das empresas

municipais”
A Pombal Viva – uma das empresas municipais de Pombal – vai ser extinta até final deste
ano. Narciso Mota, que preside ao Conselho de Administração da empresa, já afastou o
actual administrador, João Vila Verde. E, conta o autarca, está na forja, para o próximo
ano, a fusão das duas empresas municipais da cidade. “Encontra-se em fase de estudo
um processo de fusão das duas empresas municipais (PMU e Pombal Viva), cuja versão
final deverá ser apresentada na última Assembleia Municipal de 2009, com produção de
efeitos a 1 de Janeiro de 2010”, revela o autarca. Narciso Mota adianta ainda que face
aos resultados negativos apresentados pela Pombal Viva, o ano passado, resultantes das
contas das festas do Bodo, a câmara solicitou uma auditoria externa às contas da empresa
e avançou com um estudo económico e jurídico, com o objectivo de rentabilizar todos
os meios e recursos actualmente disponíveis nas duas empresas. G

São os que promovem o desenvolvimento do concelho por um
prisma sustentável, harmonioso e em todas as vertentes, elimi-
nando radicalmente as carências básicas ainda a suprir a nível do
ambiente, água e esgotos, educação, desporto, acção social, rede
viária, qualificação urbana e ordenamento nas freguesias (com um
novo PDM, que tarda há 10 anos a ser concluído e aprovado). Im-
porta avançar com o Pólo Tecnológico, cujo projecto se encontra
praticamente concluído, com a ampliação dos parques industriais
existentes e com a criação de pólos industriais que ainda faltam
nas freguesias. Há também muito a fazer no campo cultural e na
área da preservação do património histórico, da responsabilidade
do Estado, mas que a câmara, se tiver meios financeiros e apoios
em candidaturas, procurará concretizar.
Quais considera serem as áreas-chave de desenvolvi-
mento?
Podemos assumir como áreas-chave de desenvolvimento futuro a
melhoria da qualidade de vida das populações, através da quali-
ficação ambiental e urbanística, da modernização da rede educa-
tiva e social com a construção de novos Centros Escolares, de
Centros Sociais e Unidades de Cuidados Continuados, a par de
uma maior diversificação da oferta cultural, potenciando igual-
mente o desenvolvimento turístico.
Como está a evoluir a rede de saneamento? Para quando
está prevista a cobertura total do concelho?
Apresentámos algumas candidaturas ao QREN no âmbito do
POVT – Programa Operacional de Valorização do Território, pre-
vendo-se que, em 2013, 75% da população do concelho se en-
contre abrangida pela rede de saneamento, caso se consigam as
respectivas comparticipações financeiras.
Pombal inaugurou, há cerca de seis meses, uma rede de
transportes urbanos. Neste momento, que balanço faz
dessa rede?
Desde Janeiro de 2009, registámos 175 mil utilizações, numa
média diária de 450 utentes, o que se pode considerar bastante
positivo tendo em conta que a rede se encontra apenas servida
por quatro autocarros, com circulação restrita ao perímetro ur-
bano. Tendo em conta o período experimental que decorreu até
30 de Abril e o período em que se iniciou o pagamento, durante
o mês de Maio, houve apenas uma ligeira quebra, que se deve
também ao início das férias escolares. Podemos agora afirmar que
a implementação deste serviço constituiu uma grande aposta so-
cial ao nível da mobilidade.
Quais as vantagens das boas acessibilidades no que
respeita à economia? O que falta ainda, a nível de acessos?
Marcaram este mandato duas obras públicas com importância no
contexto regional: a conclusão do troço do IC8 e a construção da
A17. Iniciaram-se as obras de construção da Variante da Guia e da
Estrada Atlântica, continuando, lamentavelmente, por concretizar a
construção da Variante a Sul da cidade e o nó de ligação do IC2 à
A1 em Meirinhas/Barracão. O projecto foi elaborado em parceria
com o município de Leiria, aguardando-se neste momento o pare-
cer da Brisa. Parece-me que constituiria uma mais-valia económica
para esta região, permitindo igualmente uma interligação à EM Guia-
Barracão, com vantagens em termos de acesso mais rápido e liga-
ção mais próxima à A1 e à A17.
O IC2 é uma preocupação antiga…?
Desde a minha entrada para a câmara que me tenho batido, junto
das várias administrações das Estradas de Portugal, por encontrar
conjuntamente soluções que nos permitam melhorar as condições
de segurança e iluminação para os utentes do IC2. Além da fluidez
do tráfego, com eventual alteração do número de faixas de roda-
gem, a opção por soluções de intersecção giratória nas Meirinhas,
em detrimento da colocação de semáforos ou passagens desnive-
ladas, é justificada pelas Estradas de Portugal por inúmeras vanta-
gens que resultarão, segundo se espera, numa redução dos níveis de
sinistralidade. Considero, contudo, que se impõe também a cons-
trução de passagens desniveladas nesta via, em toda a sua extensão,
entre Lisboa e Porto.
Em Dezembro de 2008, Pombal foi distinguido como a me-
lhor presença on-line, segundo uma avaliação do Labo-
ratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade de
Informação da Universidade do Minho e do Sapo. Que re-
presenta esta distinção para o município?
Deve-nos orgulhar a todos. E mais recentemente, no âmbito do XX
Encontro de Comunicação Autárquica, a ATAM - Associação dos
Técnicos Administrativos Municipais atribuiu a Pombal o primeiro
prémio na categoria website. Todas estas distinções são a prova da
estratégia definida pelo município para promover uma maior apro-
ximação entre os munícipes e os nossos serviços, no âmbito da mo-
dernização administrativa que temos vindo a implementar. G

Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009

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Incentivos à fixação de empresas

ECONOMIA

para estimular economia

Nos últimos anos, muitas empresas de vá- presidente da câmara, admitindo, contudo,
rios ramos de actividade têm escolhido o que é “cada vez mais difícil cativar investi-
concelho para se instalar. O presidente da dores para a fixação em novas áreas em-
câmara, Narciso Mota, está convencido de presariais”. O que, considera, obriga os
que, para isso, tem contribuído a estratégia municípios a “despender elevadas somas,
da autarquia que assenta na criação de van- com grandes esforços financeiros, para criar
tagens competitivas a quem investe. espaços devidamente infra-estruturados,
“Terrenos infra-estruturados a preços aces- com passeios, água, electricidade, teleco-
síveis, mão-de-obra mais barata e bons municações e rede de gás”.
acessos rodoviários constituíram os factores No concelho e no futuro a estratégia pas-
determinantes que levaram ao surgimento, sará pela promoção de “ninhos de empre-
nos últimos anos, de zonas industriais um sas”, no sentido de “atrair novos segmentos
pouco por todo o concelho, criando condi- de mercado, nomeadamente ligados à ino-
ções de atractividade na região”, conta o vação tecnológica”.
Novo shopping vai revitalizar
centro histórico da cidade
A construção de uma mega-unidade comercial no con-
celho é, para Narciso Mota, uma mais-valia. Não
só pela criação de emprego (prevê 721 postos
de trabalho) mas também porque virá “reforçar a
nuclearidade supra concelhia da cidade de Pombal”.
JACINTO SILVA DURO
Pombal tem, actualmente, pequenas e mé-
dias empresas, de diversos ramos de activi-
dade: desde a construção civil e obras
públicas, à metalomecânica, agro-pecuária
e agro-industrial, até ao ramo automóvel,
onde se destacam as unidades de trans-
portes de longo curso. Muitas empresas
têm dimensão nacional e até internacional.
A dinâmica empresarial é apontada pelo au-
tarca como um dos motores do crescimento
demográfico.
Construção estagnada
As maiores dificuldades, a exemplo do que
se passa no resto do país, centram-se nas
empresas ligadas à construção civil. O sec-
tor, diz Narciso Mota, “encontra-se estag-
nado”, escasseando a apresentação de
novos projectos para construção.
“Devido à flutuação da economia de mer-
cado, à redução drástica de actividade, ao
encerramento e insustentabilidade de mui-
tas empresas de obras públicas e às dificul-
dades existentes na obtenção de
financiamentos bancários, também se veri-
fica, ultimamente, um menor índice de tran-

Recorde-se que a taxa de desemprego no concelho as- sacções de terrenos e imóveis, com
cendia, em Maio último, a 1.5%. consequências na obtenção de receitas mu-
O autarca considera que a localização do novo empreendi- nicipais”, revela ainda o autarca.
mento, na zona do Casarelo, apesar de ter tido parecer negativo no estudo de im-
pacto ambiental, continua a ser possível, desde que se acautele a linha de água
próxima da base da encosta do castelo de Pombal. “O projecto deve prever a natu-
ralização das suas margens, através do seu revestimento com espécies vegetais ade-
quadas, evitando-se a sua canalização a céu aberto mas contendo-se as margens com
gaviões ou outros elementos pétreos”, explica o autarca, defendendo, por outro lado,
que o “impacte na paisagem envolvente deve ser minimizado através da sua inte-
gração no terreno natural e do correcto ordenamento paisagístico da envolvente”.
E mostra-se convicto de que “o impacto visual na encosta do castelo é susceptível de
ser atenuado, através do correcto ordenamento paisagístico e até construtivo da en-
volvente”.
A sua localização, junto ao centro histórico, pode, até ajudar a revitalizar essa zona da
cidade, defende. O novo empreendimento representa um investimento global de 28
JACINTO SILVA DURO

milhões de euros. G

Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009

Caderno do Distrito_POMBAL:Layout 2 17-07-2009 12:21
Falta de dinheiro condicionou
desenvolvimento
“Só a freguesia de Pombal concentra um número de eleitores
(cerca de 15 mil) que é maior do que o total de nove dos con-
celhos do distrito de Leiria”. Narciso Mota sintetiza, desta
forma, e com agrado, o crescimento por que tem passado o
concelho de Pombal, nos últimos anos. A cidade, reforça o au-
tarca, “tem conseguido atrair grande número de novos mora-
dores”.
Mas as condições de vida dos habitantes, salienta, poderiam
ser ainda melhores se o concelho tivesse tido um outro tipo de
resposta governamental aos prejuízos causados pelas intem-
péries de 2006. A cidade somou estragos que ascenderam a
cerca de seis milhões de euros e, sem apoio, a autarquia viu-se
obrigada a desviar fundos de outros projectos para acudir às
situações mais prementes, conta o autarca. E enumera algu-
mas: “as obras de saneamento, as obras dos Centros Escolares
ou a recuperação e valorização do Castelo de Pombal e zona
envolvente”.
Esta última obra reuniu condições para avançar este ano. Os
projectos estão prontos há mais de dois anos e o início dos tra-
balhos chegou a estar agendado para 2007. Com um investi-
mento estimado em cerca de três milhões de euros, as obras
Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009
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ECONOMIA
DR
deverão estar concluídas até ao final do Verão de 2010.
A intervenção prevista para a zona da encosta do Castelo inte-
gra a requalificação do património arbóreo envolvente, consti-
tuído essencialmente por oliveiras. Através da plantação de
outras espécies, será possível dotar a cidade com um parque
verde onde vão ser criados percursos pedonais de ligação entre
a cidade e o seu principal monumento.
Mas há outros projectos em curso. Narciso Mota destaca a
construção de um Centro Tecnológico, a ampliação dos par-
ques industriais e a criação de pólos industriais nas freguesias.
Obras que, no seu entender, serão fundamentais para estimu-
lar ainda mais a economia, mas que só resultarão se acompa-
nhadas pelo desenvolvimento das vias de comunicação. Este
mandato ficou marcado pela inauguração de vias de extrema
importância para a região, como a conclusão do troço do IC8
e a construção da A17. Mas, lamenta Narciso Mota, continua
por concretizar a construção da variante a sul da cidade e o nó
de ligação do IC2 à A1 em Meirinhas/Barracão. G
PUB
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Do Osso da Baleia
TURISMO
ao trilho dos dinossauros
Imagine um concelho onde é possível desfrutar de praia, mas tam-
bém de serra e paisagens rurais e agrícolas. Monumentos históricos,
entre os quais, vestígios de dinossauros alargam, o leque de ofertas,
que também contempla cultura, animação nocturna e bons petis-
cos. E tudo isto rodeado de boas acessibilidades: mesmo ao lado
das principais auto-estradas e estradas nacionais.
Assim é Pombal. Para os apreciadores de História e monumentos,
aconselha-se um percurso pelo centro da cidade, onde se encon-
tram o Largo do Cardal, o Museu Municipal no edifício dos Paços do
Concelho (antigo convento de Santo António) e a Igreja de Nossa
Senhora do Cardal. É nessa zona também que se localizam os edifí-
cios Pombalinos, a antiga Cadeia, o Celeiro do Marquês de Pombal
e o Solar dos Condes de Castelo Melhor. Ali perto, fica a torre qua-
trocentista do Relógio Velho e o Castelo de Pombal.
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Fora da cidade, há vestígios de dinossauros. É em Santiago de Litém,
no lugar de Andrés, que se encontram as jazidas jurássicas onde foi
descoberto um exemplar de allosaurus fragilis o primeiro dinossauro
desta espécie descoberto fora do território norte-americano.
Turismo de natureza
O turismo é uma das apostas da câmara de Pombal. O seu presi-
dente, Narciso Mota, destaca três recentes projectos nessa área.
Um deles, o percurso Ecomatur, na freguesia do Carriço, é vocacio-
nado para o turismo de natureza. Foi desenvolvido pelo município
de Pombal em parceria com a Direcção-Geral dos Recursos Flores-
tais, candidatado com o objectivo de requalificar e permitir uma uti-
lização sustentável do património da Mata Nacional do Urso, na zona
envolvente à Lagoa de São José.
Segundo o autarca, o objectivo foi criar infra-estruturas “que apoiem
futuramente um empreendimento de turismo de natureza de quali-
dade”.
Um outro projecto é o PROA - Projecto de Valorização do Osso da
Baleia. Foi promovido pelo município de Pombal, no âmbito do
QREN, visando a implementação de um trilho de interpretação de
natureza junto à praia, ao longo de aceiros, arrifes e areal e a valori-
zação de todos os espaços envolventes.
Um terceiro projecto é o CIMU Sicó – Centro de Interpretação e Museu
da Serra de Sicó. Representa um investimento de mais de 1,7 milhões
de euros e pretende-se que seja um espaço polivalente que, através
da sua multi-funcionalidade, concorra para o alcance de diversos ob-
jectivos estratégicos, entre os quais, promover e apoiar o Turismo de
Natureza e a divulgação de desportos de montanha.
Para Ver
Circuitos Turísticos:
Rota dos Templários e do Barroco
Rota da Serra da Sicó e do Anços
Rota dos Pinhais e das Praias
Rota do Vale dos Poios
Rota dos Dinossauros
Onde ficar
Hotel Pombalense (Pombal)
Hotel-Residencial Lagoa do Linho (Guia)
Residencial Senhora de Belém (Pombal)
Residencial do Cardal (Pombal)
Residencial S. Miguel (Pombal)
Parque de Campismo "O Tamanco" (Louriçal)
Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009
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11
RICARDO GRAÇA

TURISMO
DR
DR
Locais de interesse Pombal. Aqui descansaram os restos mor- Pombal. O seu interior sofreu profundas
Castelo de Pombal - É a memória mais an- tais do Marquês de Pombal até 1857. alterações há alguns anos. O piso térreo
tiga da cidade. Foi mandado construir por teve algumas obras de beneficiação em
Gualdim Pais. No século XVI foi a residência Igreja do Carmo - Num dos extremos da 1875-77.
do alcaide-mor e com as invasões francesas Praça Marquês de Pombal, a Igreja do
foi arruinado. É hoje uma das mais bem pre- Carmo foi construída em 1760 em honra de Solar da Quinta da Gramela - A cerca de
servadas fortalezas militares do país. Nossa Senhora do Carmo. No século XIX foi 3 Km de Pombal, na estrada que liga o
sede da confraria da Ordem Terceira de lugar de Estrada para a Aldeia dos Anjos,
Celeiro do Marquês - Edifício de dois pisos. Nossa Senhora do Carmo. é hoje propriedade particular. Em 1759
O primeiro é constituído por cinco portas de era constituída por casas térreas. Poste-
verga arqueada, apresentando a porta prin- Igreja de São Martinho - De fundação me- riormente é feito o solar, edifício de dois
cipal as ombreiras ligeiramente decoradas e dieval, apresenta várias capelas de talha pisos com uma capela, tem em anexo
encimadas pelo brasão do Marquês. No se- dourada, destacando-se a capela da Se- um duplo páteo que servia de residên-
gundo piso apresenta cinco janelas de lintel nhora da Piedade. cia aos criados, de arrumo de alfaias e
curvo diferenciadas entre si. De salientar o depósito de produtos agrícolas.
madeiramento do tecto, construído de Torre do Relógio Velho - Mandada construir
forma a atenuar os efeitos sísmicos. por D. Pedro para receber os tributos dos Casa do Marquês - Casa onde o Mar-
não cristãos em dia de São Martinho. quês de Pombal passou os últimos anos
Igreja do Cardal - De estilo Barroco, apre- da sua vida e foi sujeito a interrogatório
senta uma planta cruxiforme. De notar a lá- Cadeia - À direita da Igreja Matriz. Foi pela sua acção enquanto estadista.
pide evocativa da sepultura do Marquês de mandada construir pelo Marquês de Situa-se na Praça Marquês de Pombal. G

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Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009

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Seis centros escolares vão melhorar

EDUCAÇÃO

qualidade do ensino

Seis novos Centros Escolares vão equi-

par o concelho de Pombal e, acredita o
presidente da câmara, melhorar signifi-
cativamente a oferta educativa do con-
celho.
Narciso Mota conta que, este mandato,
foi iniciada a construção de seis novos
edifícios, nas freguesias de Abiul, Car-
nide, Redinha, Albergaria dos Doze,
Pombal e Carriço. Um projecto que se
insere no conjunto de prioridades defi-
nidas na Carta Educativa do concelho,
aprovada desde 2007.
A sua implementação permitirá con-
centrar os serviços educativos em gran-
des centros, dotados de condições
ímpares para o ensino.
Refere ainda o autarca que muitas es-
colas do primeiro ciclo do ensino bá-
JACINTO SILVA DURO

sico, entretanto desactivadas pelo Mi-

nistério da Educação, foram disponibi-
lizadas para a instalação de várias asso-
ciações e entidades que não dis-
punham de sede própria. Profissional escola profissional a ser criada no país,

Actualmente, o ensino em Pombal en- de qualidade em 1989.

Pombal dispõe, também, de uma es- A sua prioridade tem sido, ao longo
contra-se dividido por 31 jardins de in-
cola profissional com valor pedagógico dos anos, a formação de quadros inter-
fância, 83 escolas do primeiro ciclo do
reconhecido. O estabelecimento de médios qualificados para as necessida-
ensino básico, oito do segundo ciclo
ensino, classificado como escola pri- des do tecido sócio-económico do
e nove escolas secundárias. Destas,
vada, é detido, a 80%, pela Câmara concelho. Para que essa resposta seja
quatro pertencem à rede privada de
Municipal. Os cursos ali ministrados positiva, a escola mantém uma relação
educação. E com provas dadas a nível
têm tido, nos últimos anos, uma taxa de estreita com as empresas do concelho
de qualidade. É o caso do Colégio
empregabilidade na ordem dos 90%. e da região.
João de Barros, na freguesia das Mei-
A Escola Tecnológica, Artística e Profis- “Todos os anos são feitos inquéritos às
rinhas, ou do Instituto D. João V, no
sional de Pombal (ETAP) foi a primeira empresas para apurar as suas necessi-
Louriçal.

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Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009

Caderno do Distrito_POMBAL:Layout 2
dades e, a partir daí, definir as priorida-
des de formação”, conta Ana Pedro, di-
rectora da ETAP.
Actualmente, os cursos de nível III são
frequentados por cerca de 400 alunos.
Cerca de 30% desse total, conta Ana
Pedro, são oriundos de fora de Pombal,
de outros concelhos do distrito de Leiria.
As áreas profissionais ministradas, nos
vários níveis de ensino, são, entre outros,
a metalomecânica, acção educativa, hi-
giene e segurança no trabalho, constru-
ção civil, electrónica, automação, ani-
mação socio-cultural, comércio e marke-
ting e apoio à infância. Para além disso,
a escola desenvolve alguns projectos
próprios e inovadores. Este ano lectivo,
foi concluída a construção de uma pista
solar e um carro eléctrico. Nos próximos
anos lectivos, a ETAP desenvolverá tra-
balhos na área das energias renováveis e
apoio às empresas.
É também nesta escola que está insta-
lado o Centro de Interpretação de Sicó,
projecto dinamizado pela câmara e co-
Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009
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JACINTO SILVA DURO
financiado pela Associação de Desen-
volvimento Terras de Sicó. Trata-se de
um espaço que reúne uma vasta colec-
ção da flora autóctone da Serra de Sicó.
Novas oportunidades
Há quatro anos, a ETAP abraçou o pro-
jecto das “Novas Oportunidades”, asse-
gurando formação e reconhecimento de
competências aos adultos do concelho.
Neste momento, os formandos integra-
dos nesse projecto ascendem a mais de
mil. Desde que se iniciou o projecto, as
faixas etárias dos alunos cresceram visi-
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EDUCAÇÃO
velmente. Hoje, há ali alunos entre os 14
anos e os 65 anos.
No âmbito deste esforço formativo,
conta Ana Pedro, a escola tem-se deslo-
cado às freguesias, procurando respon-
der aos anseios dos formandos. E, para o
futuro, está previsto o alargamento da
formação a mais áreas profissionais.
No conjunto de ofertas, é “notório um
interesse crescente por parte dos alu-
nos”. De tal forma que, “dentro de um
ou dois anos teremos, possivelmente,
que pensar no alargamento das instala-
ções”, refere. G
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Dois hospitais estendem cuidados
SAÚDE
de saúde a concelhos vizinhos
Primeiro centro para
doentes com Alzheimer
Pombal prepara-se para acolher o pri-
meiro centro, na Região Centro, para
doentes de Alzheimer. O espaço, resul-
tado de uma parceria entre o Lyons do
concelho e a câmara, vai ser construído
na zona da Charneca. Representa um
investimento superior a 500 mil euros.
Rosário Cabral, presidente da delega-
ção centro da Associação de Familiares
e Amigos dos Doentes de Alzheimer
afirma-se muito satisfeita com a notícia,
mostrando-se esperançada de que,
dentro de pouco mais de um ano, o
novo serviço de apoio possa estar em
funcionamento.
A delegação a que preside presta
apoio, actualmente, a mais de 200
utentes. E isto apenas no concelho de
Pombal.
“Este futuro centro é uma grande ne-
cessidade”, revela, frisando que há ca-
rências de serviços não apenas
naquele, mas em todos os concelhos
da região centro. “O nosso maior de-
sejo é que todas as cidades conseguis-
sem ter um centro de dia para apoiar
estes doentes e as suas famílias”, ex-
plica, adiantando que, para quem lida
com a doença de perto, “é fundamen-
tal saber que os seus familiares são tra-
tados com muita dignidade”.
O novo centro não prevê internamento
de doentes, mas apenas a sua perma-
nência durante o dia. Terá capacidade
para acolher 15 utentes. Um número
que, admite, fica aquém das necessi-
dades. Mas “já será um grande passo”,
assegura. G
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JACINTO SILVA DURO
Os primórdios do Hospital Distrital de
Pombal remontam ao início do Século XIX,
sabendo-se que apenas fazia assistência
aos doentes. Em 1965, gerido pela Santa
Casa da Misericórdia, foi inaugurado o ac-
tual Hospital, passando a integrar, em
1983, a Direcção Geral dos Hospitais. O
seu papel na rede de cuidados hospitala-
res foi definido em 1986, com a classifica-
ção em Hospital de nível 1, passando a ser
designado Hospital Distrital de Pombal.
Actualmente, esta unidade é uma Institui-
ção Pública de Saúde, integrada no Sec-
tor Público Administrativo, garantindo o
acesso dos cidadãos a cuidados de saúde
diferenciados, dentro dos seus limites em
recursos técnicos, humanos e financeiros.
Tem como área de influência os concelhos
de Pombal e limítrofes como Ansião, com
uma população estimada de cerca de 70 a
100 000 habitantes. Mas a sua resposta es-
tende-se à população de outros conce-
lhos, como Alvaiázere, Castanheira de
Pêra, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão
Grande, Ourém e Soure. Para isso contri-
buem as boas acessibilidades à cidade.
O serviço de internamento dispõe de 57
camas distribuídas pelas especialidades de
Medicina Interna e Cirurgia Geral.
Através de parcerias com várias instituições
do concelho e melhoria das instalações e
serviços, o Hospital tem em curso respostas
variadas no âmbito da saúde, entre as quais
o Gabinete de Apoio à Vítima.
A urgência foi recentemente requalificada,
com a criação de um Serviço de Urgência
Básica (SUB), e a implementação de um
novo sistema de triagem de prioridades.
Pequenas cirurgias
O Centro Hospitalar de São Francisco
inaugurou a sua unidade de saúde em
Pombal, em 2006. Oferece condições
de atendimento, tratamento e acompa-
nhamento, disponibilizando num es-
paço único serviço de consultas, meios
de diagnóstico e tratamento e bloco
para pequenas cirurgias.
Paralelamente, a unidade de Pombal
do Centro Hospitalar de São Francisco
está dotada de um Centro de Medicina
Física e de Reabilitação.
Disponibiliza ainda um atendimento
permanente durante o período de fun-
cionamento e vários gabinetes de con-
sultas de várias especialidades. G
Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009
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Tony Carreira será o grande atractivo
do Bodo
A animação será a palavra de ordem, nos próximos dias, em Pom-
bal. As festas do Bodo estão de regresso à cidade, prometendo atrair
milhares de visitantes. A organização estima que mais de cem mil
pessoas passem pelos vários recintos festivos.
Festa tradicional, o Bodo tem conseguido, nas últimas edições, atrair
um público cada vez mais diverso, pela pluralidade de ofertas. So-
bretudo musicais.
O estádio municipal transforma-se em palco de concertos, por estes
dias. E por ali vão desfilar grandes nomes da música nacional. A
grande expectativa centra-se em Tony Carreira, que aquece a noite
de segunda-feira. Mas, até lá, desfilarão pelo palco Per7ume, Rita
Red Shoes, Sérgio Godinho, Tito Paris, Vitorino, Janita Salomé, An-
gélico, Susana Félix, Buraka Som Sistema e Mikael Carreira.
Os preços dos bilhetes para estes espectáculos e para o desfile de
Djs que os precede variam entre os cinco euros (hoje) e seis euros nos
restantes dias.
Os restantes palcos da festa têm entrada gratuita.
Poupar
Reduzir custos foi a prioridade da organização para este ano.
A história do Bodo
As festas mais importantes
do concelho de Pombal são
de origem remota. Mas a sua
popularidade ainda hoje perdura.
A sua origem, reza a lenda, estará ligada
DR
a uma praga de gafanhotos e lagartas que
se abateu sobre os habitantes de Pombal e à
muito devota figura mítica de D. Maria Fogaça.
Desesperado com a praga, o povo acorreu à Igreja de S. Pedro
(então a matriz da vila), iniciando uma procissão de preces que
culminou na capela de N. Sra de Jerusalém. Prometia-se uma
festa caso as preces fossem atendidas.
E assim aconteceu. A praga desapareceu e a celebração foi
grande.
No ano seguinte, D. Maria Fogaça decide tomar por sua conta
os gastos da festa religiosa. Um dos bolos deitados ao forno ficou
Cadernos do Distrito do Jornal de Leiria . Julho 2009
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FESTAS DO BODO
Diogo Mateus, vereador da Câmara de Pombal com o pelouro das
festas, conta que o investimento ascenderá a 450 mil euros (o ano
passado foram ali investidos 600 mil euros). Metade desse valor será
aplicado no pagamento dos artistas convidados para os vários es-
pectáculos. “Procurámos gastar menos
mas sem comprometer a qualidade da
festa”, explica.
Para facilitar o acesso aos visitantes, conta
ainda o responsável, os folhetos com o
programa das festas indicam os locais de
estacionamento disponíveis e também a
localização das várias bilheteiras para os
espectáculos.
Os mais pequenos terão, também, um es-
paço a eles destinado, no pavilhão da Cal-
deira, que decorrerá em dois momentos:
DR
primeiro, entre as 15 e as 19, e mais tarde,
das 21 às 23 horas.
O jardim municipal da cidade receberá, todas as noites, espectácu-
los mais populares, como o desfile de ranchos folclóricos. G
mal colocado e um dos criados, pedindo a intercepção da Se-
nhora de Jerusalém, entrou no forno e saiu ileso.
O novo milagre levou o povo a criar a festa do Bodo, passando a
fazer-se com temerária devoção ao bolo que a população chama
de fogaça.
Durante muito tempo, havia alguém a entrar no forno, invocando
o milagre.
Ao longo dos anos, procurou-se adaptar em cada época a criati-
vidade e as necessidades, sendo criados certames de carácter
económico, nomeadamente no sector agrícola (tendo mesmo a
partir do ano de 1980 a denominação de Agro-Bodo), actividades
culturais e provas desportivas. Em 1991, recuperou o nome de
Festas do Bodo. As festas permaneceram, chegando aos nossos
dias e mesmo nos anos em que não se realizaram, nunca deixa-
ram de estar presentes no espírito dos habitantes, demonstrando
ser as festas mais importantes do concelho. G
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