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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE

BARRETOS

GABRIELA DE ALMEIDA ALEXANDRE

JULIANA CAVALLINI SEGURA

FACETAS LÂMINADAS INDIRETAS

Barretos
2017
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos
UNIFEB

GABRIELA DE ALMEIDA ALEXANDRE

JULIANA CAVALLINI SEGURA

FACETAS LÂMINADAS INDIRETAS

Monografia referente ao Trabalho de Conclusão de


Curso (TCC) apresentada como requisito mínimo para
obtenção do grau de bacharel em Odontologia pelo
Curso de Odontologia do Centro Universitário da
Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB).

Orientador: Profa. Dra. Taylane Soffener Berlanga


de Araújo.

Barretos
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE
BARRETOS
CURSO DE ODONTOLOGIA

Autor(a) do trabalho: Gabriela de Almeida Alexandre


Juliana Cavallini Segura

Título do trabalho: Facetas laminadas indiretas

Trabalho apresentado como exigência para obtenção do título de Bacharel em


Odontologia do Centro Universitário da Fundação de Barretos

Data de apresentação: __/__/___

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Profa. Dra. Taylane Soffener Berlanga de Araújo

_________________________________________________
Prof. Dr. Julio Roberto Martins

________________________________________________
Prof. Dr. Leandro Alexandre Chandretti
RESUMO

A eterna busca por um sorriso harmonioso e estético eleva o nível de exigência e


de expectativa dos pacientes. As facetas laminadas destacam-se como opção de
tratamento para a reabilitação estética na prática clínica por proporcionarem
procedimentos mais conservadores e com preparos minimamente invasivos das
estruturas dentárias. O desenvolvimento de novos sistemas cerâmicos reforçados por
dissilicato de Lítio e dos cimentos resinosos auto-adesivos, favoreceu o aumento da
longevidade e a performance clínica das restaurações estéticas indiretas. Este trabalho
tem por objetivo apresentar relato de caso clínico de reabilitação estética do sorriso,
descrevendo protocolo de confecção dos preparos minimamente invasivos, moldagem e
cimentação de facetas cerâmicas reforçadas com dissilicado de Lítio, visando sucesso
no tratamento e satisfação do paciente.

Palavras-chaves: Estética, facetas, cerâmica.


ABSTRACT

The eternal search for a harmonious and aesthetic smile elevates the levels of
demand and expectation of patients. The laminated facets stand out as a treatment
option for aesthetic rehabilitation in clinical practice for providing more conservative
treatments and minimally invasive preparations of dental structures. The development
of new ceramic systems reinforced by lithium disilicate and self-adhesive resin cements
favored the increase of longevity and a clinical performance of indirect aesthetic
restorations. The aim of this paper is to present a case report of an aesthetic smile
rehabilitation, describing a confection protocol of minimally invasive preparations,
molding and cementation of ceramic facets reinforced with Lithium disilicate, intending
success in treatment and patient satisfaction.

Key words: Aesthetics, facets, ceramics.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO……………………………………………….......................6
2. REVISÃO DE LITERATURA……………………………………………...9
3. METODOLOGIA…………………………………………………………..10
4. OBJETIVOS………………………………………………………………..11
5. CONSIDERAÇÕES………………………………………………………..12
5.1 INDICAÇÕES………………………………………………………….13
5.2 CONTRA – INDICAÇOES…………………………………………….13
5.3 VANTAGENS………………………………………………….............14
5.4 DESVANTAGENS…………………………………………….............15
6. ESTAPAS DE PLANEJAMENTO………………………………………...16
7. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE INTERNA DAS FACETAS
8. MINIMAMENTE INVASIVAS CERÂMICAS...........................................17
9. CLASSIFICAÇÃO DAS CERAMICAS ODONTOLOGICAS...................21
9.1 CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA COMPOSIÇÃO............................21
10. DISCUSSÃO.................................................................................................26
11. CONCLUSÃO...............................................................................................27
12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...............................................................28
1. INTRODUÇÃO

Inúmeros relatos na literatura mostram a busca do homem, com o passar dos


tempos, por materiais que possam substituir satisfatoriamente a estrutura dental perdida
(KINA, 2005; GOMES, E. A. et al. 2008). A evolução nas pesquisas de novas
tecnologias levou à descoberta de inúmera s possibilidades para tal propósito e hoje, o
aperfeiçoamento desse conhecimento nos permite ter um leque variado de materiais
restauradores que apresentem excelentes características relacionadas não só com a
aparência, mas também com aspectos físicos como biocompatibilidade e durabilidade..
A odontologia aderiu esse conceito ao longo de sua evolução e tem colocado em prática,
sempre com novas descobertas, uma que tem se tornado relevante é as facetas laminadas
que consiste em uma técnica de alto nível estético proporcionando satisfação ao
paciente e profissional (KINA, 2005; GOMES, E. A. et al., 2008; HÖLAND, W. et al.,
2009).
A constante busca por um sorriso harmônico e estético eleva o nível de
exigência e de expectativa dos pacientes. Esse fato propicia o desenvolvimento de
novos materiais e técnicas na Odontologia, visando procedimentos mais conservadores
e resultados cada vez mais previsíveis esteticamente(Goldstein RE, 1969) . Entre as
várias opções de tratamento com finalidades estéticas, as facetas laminadas destacam-se
pela possibilidade de proporcionar um menor desgaste de estruturas dentárias
comparadas as coroas totais (Benetti et. al., 2003; Mendes et.al.,2004).
As facetas se caracterizam pelo recobrimento da face vestibular do elemento
dental por um material restaurador, unido ao elemento dentário e podendo ser
confeccionada pela técnica direta ou indireta (Magne et.al., 2003; Touati et.al., 2000).
As facetas indiretas são indicadas quando surgirem problemas dentais quanto a forma,
posição, simetria, textura superficial e cor (Friedman et.al.,2004; Teixeira et.al.,2003),
sendo contra-indicadas nos casos de redução significativa da estrutura dental sadia, em
casos de bruxismo ou apertamento dental, com alguma patologia periodontal grave e
vestibularização severa (Souza et.al.,2002).
Facetas laminadas em cerâmica têm provado ser uma modalidade de tratamento
bem sucedido para reabilitação estética na prática clínica nos últimos anos (Walter
et.al.,2008). As cerâmicas tem se tornado material de eleição à medida que suas
excelentes propriedades foram destacadas, como a biocompatibilidade, estabilidade de
cor, longevidade, aparência semelhante à dos dentes e previsibilidade de resultado
(Fradeani et.al.,2005; Aquino et.al., 2009).. O fato de proporcionar desgaste mínimo de
estruturas sadias9 fez com que essa técnica de restauração tenha sido indicada em larga
escala nos últimos dez anos (Benetti et. al., 2003; Mendes et.al.,2004).
O progressivo aprimoramento das cerâmicas de uso odontológico vem
possibilitando a confecção de trabalhos protéticos que atingem os altos padrões estéticos
e funcionais atuais na odontologia restauradora. (KINA, S. 2005). Um leque de sistemas
cerâmicos e técnicas têm sido desenvolvido nas últimas décadas, para satisfazer a busca
por restaurações cada vez resistentes e opticamente similares às estruturas dentais.
(AMOROSO, A. P. et al., 2012; SOARES, P. V. et al., 2012).
Atualmente a classificação mais utilizada para as cerâmicas dentais é aquela que
as define de acordo com sua fase cristalina em feldspática, reforçada por leucita,
aluminizada, com alto conteúdo de alumina, de zircônia e espinélio infiltrada por vidro,
cerâmica vítrea e alumina densamente sintetizada.( Suarez et.al.,2004). Caracterizadas
como vidros, as cerâmicas dentárias convencionais foram as pioneiras a serem
confeccionadas em alta fusão. São chamadas de Cerâmicas Feldspáticas por
apresentarem uma maior quantidade de feldspato em comparação com outros
elementos. Possuem propriedades físicas bastante interessantes e excelente qualidade
estética. “Núcleos cristalinos não incorporados à matriz vítrea formada, atuam como
arcabouço de reforço [...]” formando a complexa estrutura resultante da fusão de óxidos
em alta temperatura, conferindo à cerâmica uma resistência maior que a de vidros
comuns (AMOROSO, P. et al. 2012, p. 20). Essa estrutura vítrea confere à cerâmica
uma interação de reflexão óptica mais elaborada de alto valor estético, sendo muito
semelhante aos tecidos dentais. Outros aspectos físico-químicos muito interessantes são
citados por Kina (2005) em sua revisão de literatura, como por exemplo: propriedades
de solubilidade e corrosão bastante adequadas, possibilitando a construção de
restaurações com boa aparência e tolerância ao meio bucal; baixa condutividade e
difusividade térmica e elétrica, constituindo-se em excelentes isolantes; pouco plástica,
com propriedades tensionais precárias, baixa maleabilidade e sensivelmente friável,
sendo contra-indicada para regiões de suporte de carga ou stress mastigatório
Os dentes anteriores têm importância fundamental na estética da face e, por isso,
são extremamente valorizados pelos pacientes que desejam clarear, aumentar, melhorar
a anatomia ou posição dos mesmos, na busca de um sorriso mais natural e
harmônico(Fons –Font et.al.,2006). A tendência atual é que as modificações no sorriso
sejam realizadas de maneira a haver um mínimo desgaste de estrutura dental
sadia(Eumans et.al.,2000;Zarone et.al.,2006). As facetas laminadas conseguiram
combinar o requisito conservador de seus preparos com suas qualidades de
resistência(Eskander et.al.,1994), biocompatibilidade(Eumans et.al.,2000) e,
principalmente, estética inigualável (Eskander et.al.,1994),. No entanto, toda essa
excelência estética só poderá ser alcançada se houver conhecimento dos princípios
básicos da estética dental, assim como o exímio domínio da técnica.
O estudo que visa transcender as possíveis problemáticas, assim como uma
revisão de literatura atual, de modo a influenciar o cirurgião dentista na obtenção de
conhecimentos adequados das técnicas.
REVISÃO DA LITERATURA

A indicação do uso de laminados cerâmicos em procedimentos estéticos deve ser


precedida de uma minuciosa e criteriosa análise do caso. Deve-se ter convicção da real
necessidade deste tratamento, tendo em vista a complexidade do procedimento e da
possibilidade do desgaste dental, mesmo quando conservador. (MONDELLI, 2003).
Apesar de ser considerado o auge dos materiais estéticos, a cerâmica passou por
um período de esquecimento, assim que surgiu a resina composta no mercado. Devido
sua fragilidade, varias etapas para sua confecção, custo, cimentação adequada, fez com
que a escolha por outro material fosse maior. Porém, com estudos e os resultados
obtidos depois de um longe período de experiência e comparação entre os materiais,
chegou se a conclusão que quando comparado a resina com a cerâmica, a cerâmica pode
ressurgir ao mercado com maior credibilidade devido seus resultados. A cerâmica é o
material que imita com maior naturalidade a estrutura dentaria. Tendo não só a estética,
mas conseguindo excelência como biocompatibilidade, duração maior em relação à
estabilidade de cor, longevidade e possui propriedades mecânicas que copia o processo
natural (Becker et.al., 2007).
O sorriso perfeito vai muito além do que se imagina, associando o bem estar
físico, sócio-econômico e psicológico; e também o sucesso pessoal e profissional. A
busca pelo visual satisfatório passou ser muito comum, o que tornaram os artigos de
estética muito procurados, equiparando até mesmo a cirurgia plástica com a odontologia
restauradora. (BISPO; 2009)
A eficácia e comprovaçaõ científica da reabilitaçaõ stética com laminados
cerâmicos está sedimentada na odontologia. A ciência fornece parâmetros para nos
guiar com relaçaõ a um correto diagnóstico, planejamento seguro, técnica adequada,
material mais indicado, porém o profissional deve estar seguro em interagir com tais
fatores que saõ determinantes nesta modalidade de tratamento. (MAZARO et.al 2009)
Pode haver falhas para conseguir um resultado satisfatório na confecção de
facetas laminadas, devendo considerar vários requisitos como biocompatibilidade,
resistência e a estética satisfatória para conseguir um resultado harmônico. As falhas
podem acontecer com qualquer cirurgião, mas podem ajudar o profissional a aprimorar
suas técnicas seguindo suas instruções. (GONZALES et. al 2012)
Dizendo a respeito da confecção das facetas laminadas são abordadas três
técnicas utilizadas, basicamente são elas: a primeira que se utiliza o material refratário,
a segunda que é por meio do calor pressionável e a terceira que foi descoberta na última
década que é por meio do uso do computador. Com essas técnicas foi feita a
comparação delas e sua durabilidade. (PETRIDIS et. al 2012)
Os laminados cerâmicos promoveram excelentes resultados estéticos, sendo que
o conhecimento da técnica operatória e dos materiais restauradores e qualidade do
trabalho protético saõ essenciais para o planejamento e execuçaõ de restaurações
estéticas. (MENEZES et. al 2015)
METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado por meio de revisão bibliográfica, onde foram
abordados os artigos científicos nacionais e internacionais mais pertinentes sobre o
tema. Foram consultados livros, bancos de dados da internet (como Scielo, Bireme,
entre outros) e revistas nacionais e internacionais que abordaram o tema em questão.
OBJETIVO

Realizar um levantamento bibliográfico a respeito do tema abordado para


melhor compreensão das cerâmicas atuais e princípios preparatórios e estéticos.

.
2. CONSIDERAÇÕES

2.1 INDICAÇÕES

A indicação do uso de laminados cerâmicos em procedimentos estéticos deve ser


precedida de uma minuciosa e criteriosa análise do caso. Deve-se ter convicção da
real necessidade deste tratamento, tendo em vista a complexidade do procedimento e
da possibilidade do desgaste dental, mesmo quando conservador. (MONDELLI,
2003).
Facetas laminadas em cerâmica são indicadas para restaurar dentes com
diastemas; dentes com manchamentos causados por trauma, tratamento endodôntico
ou medicamentos; dentes conóides; dentes moderadamente mal posicionados;
fraturas dentárias; dentes com alterações congênitas; dentes com hipoplasia de
esmalte; dentes com amelogênese imperfeita; dentes que não responderam ao
clareamento dentem com grandes restaurações na face vestibular; correção de
pequenos desvios de alinhamento e dentes com fluorose. (SOARES, C. J., et al.,
2001; MACHRY, L. 2003; VEGA, J. R. 2005;). As facetas indiretas são geralmente
indicadas para as alterações de forma dentária, casos de alteração de cor do
elemento dental em que clareamentos não foram satisfatórios, alteração de posição
do dente na arcada dentária e casos de reabilitação do sorriso (Soares et.al.,2001).

Facetas laminadas de porcelana são próteses com indicação para dentes com
apelo estético principalmente, podendo devolver forma e função através do
recobrimento com material estético de dentes com alteração de forma, cor ou
posição. (SOUZA, V. L., 2008, p. 11).

2.3 CONTRA INDICAÇÃO

Algumas das limitações das facetas são a insuficiência de remanescente dental,


oclusão de topo, bruxismo e hábitos parafuncionais.48E sse procedimento, no
entanto, é contra-indicado para dentes excessivamente vestibularizados, dentes
apinhados, dentes com insuficiente remanescente dental, dentes em oclusão do tipo
topo-a-topo, dentes que apresentem restaurações amplas e/ou múltiplas, portadores
de bruxismo e hábitos parafuncionais e pacientes com má higienização oral ou com
alta atividade de cárie. (MACHRY, L. 2003; Geller et.al.,1982).
Portanto, é contra-indicada a confecção de facetas indiretas, em casos de hábitos
parafuncionais, pacientes com doença periodontal grave e vestibularização severa
(Simão et.al.,2011).

2.4 VANTAGENS

Segundo Mondelli et al. (2003) existem diversas vantagens apresentadas pelas


facetas indiretas de porcelana tais como, excelente estética; adesão ao agente
cimentante e aos substratos dentários; excelente resistência à abrasão; alta
resistência flexural, que torna a porcelana mais resistente às deformações;
radiopacidade; condutibilidade e coeficiente de expansão térmica semelhante aos
das estruturas dentais; biocompatibilidade; estabilidade química; resistência à
compressão; estabilidade de cor; passíveis de reparos; diversos sistemas.
Os laminados cerâmicos possuem tantas vantagens, devido às qualidades dos
compósitos, como a capacidade de ser colado ao substrato dental, e das cerâmicas,
como a estabilidade de cor, alta resistência, expansão térmica semelhante ao esmalte
dental e grande reprodutibilidade estética. Também, estes procedimentos, além da
estabilidade de cor e textura, apresentam durabilidade e a rigidez semelhante ao
esmalte dental, sem os dissabores da contração de polimerização e da expansão
térmica inerente às resinas compostas, que no caso das facetas se limita ao cimento
resinoso. (Rucker et.al.,1990).
Por ser de natureza vítrea e cristalina, estes materiais apresentam uma reflexão
óptica mais elaborada, muito semelhante às estruturas dentárias e graças à sua
inércia química. Característica, suas propriedades de solubilidade e corrosão são
adequadas, possibilita a construção de restaurações com estética satisfatória e
biocompatibilidade ao meio bucal. Também, deve-se considerar que as cerâmicas
são excelentes isolantes, com baixa condutividade e difusividade térmica e
elétrica(Simão et.al.,2011).
É possível devolver a cor de dentes escurecidos por tratamento endodôntico por
meio da faceta de porcelana, onde pode-se recuperar a estética. Outras vantagens
proporcionam a recuperação de guias, transformações anatômicas, recuperação da
linha do sorriso, volume labial, reforço de dentes muito restaurados e nos pequenos
desvios de posicionamento (Mondelli et.al.,2003).
Contudo, as facetas indiretas possuem diversas vantagens, podemos citar como
principal as cerâmicas que desempenham de maneira similar - e as vezes até melhor
- as características mecânicas do esmalte no que tange ao módulo de elasticidade,
resistência à fratura, dureza, expansão térmica, compressão e abrasão,
condutibilidade e coeficiente de expansão térmica. Desta forma, apresentam boa
longevidade, excelente estética, estabilidade de cor, biocompatibilidade com o
periodonto, resistência ao desgaste físico e químico, adesão, ao agente cimentante e
aos substratos dentários, radiopacidade, preparo minimamente invasivo, baixo
acúmulo de placa e fácil higienização (Mendes et.al., 2004).

As restaurações apresentam boa longevidade, excelente estética, estabilidade


de cor, biocompatibilidade com o periodonto, resistência ao desgaste físico e
químico, adesão ao agente cimentante e aos substratos dentários,
radiopacidade, preparo minimamente invasivo, baixo acúmulo de placa e
fácil higienização. (SOUZA, V. L., 2008, p. 22).

2.5 DESVANTAGENS

As principais desvantagens apontadas na literatura são: preparo difícil e exigente


de treinamento prévio; procedimentos adesivos necessários para fixação críticos e
demorados; friáveis até sua cimentação. Sendo necessário muito cuidado para evitar
trincas e/ou fraturas; o reparo, mesmo que possível, é muito difícil e não
recomendado; a execução de restaurações provisórias é difícil e exige paciência e
muita habilidade; possibilidade de desgastar os dentes antagonistas; materiais
específicos para moldagem e cimentação adesiva; laboratório especializado;
porcelana específica; maior tempo para confecção e custo maior. (MONDELLI,
2003; MACHRY, L., 2003;
A necessidade de um bom treinamento por parte do profissional para prévia
execução, a dificuldade de um bom resultado para dentes apinhados e muito
escurecidos, fragilidade da peça antes da cimentação, dificuldade de preparo,
provisórios que exigem muito do cirurgião dentista pelo nível estético (Oliva
et.al.,2009).
A necessidade de preparo que é responsável pelo desgaste da estrutura dentária,
algumas dificuldades de adaptação marginal, sensibilidade dentaria, técnica
minuciosa e possível desgaste aos dentes antagonistas (Hirata et.al.,1999).
3. ETAPAS DE PLANEJAMENTO

Definir um sorriso estético é caracterizar os detalhes e a harmonia de forma


subjetiva por meio da percepção do que é belo e sublime (Frese et al.,, 2012).
Apesar da subjetividade deste conceito, a indústria da moda e estética em conjunto
com a mídia e a comunidade contemporânea estabelecem padrões de beleza
corporais e faciais cada vez mais exigentes e difíceis de serem alcançados por meio
da supervalorização do fenótipo (Frese e colaboradores, 2012). Esses meios
estabelecem como modelo ideal a obtenção de um sorriso com dentes brancos,
alinhados no arco e livres de qualquer desgaste e percepções de ocorrências, como
(Frese et.al., 2012; Soares et.al.,, 2014):
 traumatismo dentário passado;
 alterações de cor;
 forma;
 anormalidades estruturais;
 posição de dentes anteriores
Variações anatômicas são comuns, estabelecidas de acordo com a idade e
comunidade estudada. A prevalência de jovens com diastema é em entre 15,43 a 27,0%
(Utom et.al., s, 2011; Kaur et.al., 2013), sendo que a presença de dentes conoides pode
chegar a 28,9% de acometimento da população (Costa et.al., 2012) e a microdontia
possui taxa de apenas 1,0% (Patil et.al.,2013).
Desde o início dos anos 1980, o desenvolvimento das facetas minimamente
invasivas tem desfrutado de entusiasmo e sucesso generalizado. Alguns autores têm
utilizado o termo lentes de contato para designar as facetas laminadas minimamente
invasivas, principalmente devido à reduzida espessura da restauração. No entanto,
acredita-se que o que determinará se a restauração será minimamente invasiva ou
convencional (ou seja, mais invasiva) é o protocolo de preparo e quantidade de
desgaste. A conquista mais importante do conceito reabilitador minimamente invasivo é
a conservação de estrutura dental, que será vista a seguir. Nos últimos anos, tornou-se
um procedimento amplamente aceito e popular, além de fornecer ao dentista e ao
paciente oportunidade para aprimorar a beleza do sorriso sem a necessidade de grandes
desgastes (Goldstein et.al., 1994). Os procedimentos minimamente invasivos estão
suportados por dois conceitos básicos (Giray et.al., 2014): adesão e conservação da
estrutura dental.
Apesar da grande evolução na sua composição nos últimos 60 anos, resultando
em melhora das propriedades mecânicas e óticas (Ferracane, 2011), restaurações em
resina apresentam alta taxa de falha quando indicadas para grandes restaurações (Tuncer
et.al.,2013), além da alta instabilidade de cor ao longo do tempo (Garoushi e
colaboradores, 2013) e taxa de insucesso de 2,9% ao ano (Kopperud et.al., 2012).
Para minimizar os erros de protocolos e contaminação, o isolamento absoluto é
indicado para etapas restauradoras, seja direta ou indireta. Entretanto, os laminados
cerâmicos quase sempre apresentam o término cervical no nível do sulco gengival,
tornando nem sempre possível a utilização do lençol de borracha sem que ele interfira
negativamente no posicionamento da restauração indireta. Assim, a união das
perfurações dique de borracha para isolamento associada com dispositivos de
isolamento relativo com roletes de algodão no fundo de saco de vestíbulo, gaze no dorso
da língua e abridor bucal deve ser indicada para a etapa de cimentação (Soares et.al.,,
2012; Soares et.al., 2014; (Andrade & Romani, 2004;)
O sucesso do uso de técnicas minimamente invasivas utiliza o conceito do
planejamento reverso, dividido em três etapas, que podem ser conferidas na tabela 1.
TABELA 1. Etapas do planejamento reverso.
Mock-up(Ensaio restaurador)
Wax-up(Enceramento)

Utiliza a reconstrução Considerada a etapa


de cera aplicada sobre mais importante,
sorriso.
Planejamento virtual do

Emprego de sofwares
de desenho e criação. um modelo de gesso, reproduz na cavidade
Esssa ferramenta podendo utilizar oral do paciente o
colocabora com a medidas obtidas no planejamento em cera,
comunicação do planejamento e as utilizado uma guia de
pacienteutiliza referências oclusais silicone e resina bis-
medidas de referências (ASA). acrilica. Pode ser
baseadas nos conceitos confeccionada antes ou
basicos de anatômia, e após os desgastes.
linhas principais da Poderam ser replicados
face. por meio da silicone.

(Soares et.al.,, 2012; Soares et.al., 2014; (Andrade & Romani, 2004; Fradeani, 2006;).
http://unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e-Lentes.pdf
O planejamento reverso irá auxiliar no diagnóstico estético, comunicação com o
técnico em prótese dentária, análise crítica pré/pós-tratamento e na relação entre o
cirurgião-dentista e paciente, aumentando a motivação, confiança na equipe executora,
além de ser excelente ferramenta de marketing (Coachman et.al.,2012).
4. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE INTERNA DAS FACETAS
MINIMAMENTE INVASIVAS CERÂMICAS

O condicionamento da superfície é gerado pela reação química do ácido


hidrofluorídrico com a sílica presente nas cerâmicas vítreas, resultando em um sal como
produto, denominado hexafluorsilicado.Sendo assim, o tratamento da superfície interna
das restaurações indiretas é modulado, principalmente, pela composição do material.
Portanto, o tempo de aplicação do ácido hidrofluorídrico tem relação direta com a
quantidade de sílica presente na composição da cerâmica; ratificando que o
conhecimento da composição do tipo de cerâmica utilizada e do protocolo de tratamento
é necessário para o sucesso reabilitador (Soares e colaboradores, 2005; Peumans e
colaboradores, 2000).
O silano, ao ser aplicado em uma superfície de cerâmica vítrea sem o prévio
condicionamento com o ácido hidrofluorídrico, apresenta interface adesiva menos
resistente (Soares e colaboradores, 2005). Para isso, o condicionamento químico da
superfície interna das cerâmicas vítreas com ácido hidrofluorídrico em concentração de
8 a 10% é necessário para promover alteração morfológica da fase vítrea e criar
topografi a com aspecto de colmeia, considerada ideal para a retenção micromecânica
(Peumans e colaboradores, 2000; Soares e colaboradores, 2005).
As cerâmicas feldspáticas, devido a sua alta quantidade de vidro, devem ser
condicionadas pelo período de 120 a 150s (Peumans e colaboradores, 2000). As
cerâmicas reforçadas com cristais de leucita, por apresentarem menor quantidade de
sílica do que as feldspáticas, devem ser condicionadas por 60s (Holand e colaboradores,
2000; Borges e colaboradores, 2003). Seguindo a diminuição gradativa da propor- ção
da fase vítrea, o condicionamento por 20s é suficiente para a remoção da segunda fase
cristalina e matriz vítrea de cerâmicas reforçadas com dissilicato de lítio, promovendo a
criação de microrretenções e um padrão aceitável de união (Ayad e colaboradores,
1996; Borges e colaboradores, 2003). Devido à reação do ácido hidrofl uorídrico com a
sílica resultando na formação de um precipitado de hexa- fluorsilicato, indica-se a
limpeza da peça, podendo aplicar ácido fosfórico 37% e friccionar com microaplicador
por 60s, ou inserir os laminados em cuba ultrassônica por 3min. (Peumans e
colaboradores, 2000; Soares e colaboradores, 2014)
5. CLASSIFICAÇÃO DAS CERAMICAS ODONTOLOGICAS

A classificação das cerâmicas de uso odontológico pode ser feita de acordo com
diversos parâmetros como: seu uso, temperatura de fabricação, sistema cerâmico,
composição, microestrutura e translucidez (SANTANDER et al, 2010).
Kelly (2008) subdivide as cerâmicas de uso odontológico em três principais categorias
baseadas na composição:
 Vítreas;
 reforçadas
 policristalinas.
Martínez et al (2007) as classifica em três principais categorias baseadas na
técnica de confecção:
 Condensação sob troquel refratário
 injetadas (técnica da cera perdida)
 tecnologia assistida por computador (CAD-CAM)

5.1 CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA COMPOSIÇÃO

5.1.1 Cerâmicas vítreas

As melhores cerâmicas de uso odontológico, considerando o mimetismo das


propriedades ópticas do esmalte e dentina, são as que contém um alto conteúdo de vidro
(KELLY, 2008).
As cerâmicas feldspáticas foram as primeiras a serem confeccionadas em alta
fusão, porém sempre em associação com as laminas de platina. Apesar de apresentar
uma ótima qualidade estética, sua baixa resistência limitou sua indicação apenas para
coroas unitárias anteriores, em situações de pequeno stress oclusal (AMOROSO et al,
2012).
Deve-se considerar que cerâmicas e vidros são materiais extremamente friáveis,
o que significa que ambos apresentam alta resistência à compressão porém baixa
resistência à tração, e podem sofrer fratura sob uma força extremamente baixa
(SHENOY & SHENOY, 2010).
No princípio, as porcelanas de uso dental apresentavam a mesma composição
das porcelanas usadas em artesanato. Continham os 3 elementos básicos da cerâmica:
feldspato, quartzo e caulim. Com o passar do tempo essa composição foi se
modificando até chegar as atuais cerâmicas feldspáticas que são compostas de uma
matriz de feldspato, na qual estão dispersas partículas de quartzo e em menor
quantidade o caulim. O feldspato ao se decompor em vidro, é responsável pela
translucidez, o quartzo é a fase cristalina e o caulim dá a plasticidade e facilita o
manuseio quando a cerâmica ainda não está cozida. Além disso, para diminuir a
temperatura de sinterização da mistura, são incorporados fundentes, e pigmentos para se
obter diferentes tonalidades (MARTÍNEZ et al, 2007).
Segundo Villarroel et al (2012) a cerâmica feldspática é essencialmente uma
mistura de feldspato de potássio ou feldspato de sódio e quartzo. Quando seus
componentes são fundidos à altas temperaturas (1200 – 1250°C) é formado um vidro
líquido e cristais de leucita. Esta massa fundida é então resfriada bruscamente para
manutenção do estado vítreo, que é constituído basicamente por uma rede de sílica.
Após o resfriamento a massa é moída e obtêm-se um pó. Assim, a cerâmica feldspática
apresenta duas fases: uma vítrea, responsável basicamente pela translucidez do material,
e uma cristalina, que confere resistência. Como a cerâmica feldspática é composta
basicamente de vidro, possuem excelentes propriedades ópticas que nos permitem
conseguir bons resultados estéticos, porém ao mesmo tempo são frágeis, por este
motivo, foi-se modificando a composição das cerâmicas até que se encontrasse novos
materiais que apresentaram uma tenacidade adequada para possibilitar a confecção de
restaurações totalmente cerâmicas.

5.1.2 Cerâmicas reforçadas

Com a intenção de melhorar as propriedades mecânicas e controlar os efeitos


ópticos como opalescência, cor e opacidade, partículas cristalinas ou de vidro de alta
fusão foram incorporadas à composição das cerâmicas vítreas (KELLY, 2004).

 Cerâmica Feldspática reforçada por Leucita

Lançada no mercado em 1991, a incorporação dos cristas de leucita (40 a 50%) nas
cerâmicas feldspática teve o objetivo de reforçar o material e prevenir as micro fraturas.
Essa somatória pode apresentar um grau elevado de translucidez, flexão de 97 - 180
Mpa e uma maior resistência a compressão quando comparada com a feldspática
convencional ( Feller et.al., 2000; Fredani et.al., 1996).
Suas limitações estão relacionadas a baixa resistência a tração, porosidade, diferença de
expansão térmica (Jacobsen et.a., 1995).
Kelly e Benetti (2011) constataram em sua revisão da literatura que a leucita é
considerada uma boa opção para aumentar a resistência da cerâmica feldspática, pois
seus índices de refração são muito próximos, fazendo então com que ocorra um
aumento moderado da resistência sem que haja um aumento na opacidade do material.
Esta composição também é facilmente condicionável, criando características
micromecânicas para a adesão à resina.
Outro ponto positivo é que devido ao resfriamento das partículas, ocorre uma
redução volumétrica percentual da leucita, maior do que o vidro circundante e esta
diferença gera tensões residuais que opõem-se à propagação de rachaduras
(MARTÍNEZ et al, 2007).
segundo Villaroel (2012), suas principais vantagens são a ausência de infraestrutura
metálica, boa translucidez e moderada resistência flexural.
Um dos métodos é o que utiliza a técnica da cera perdida para confecção da
cerâmica reforçada por cristais de leucita, onde o enceramento total da peça é incluído
em um revestimento fosfatado, que será posteriormente submetido à injeção. A cera é
então queimada e derretida, e no espaço criado é injetada uma pastilha de vidro pré-
ceramizada, que será fundida num forno especial, sob temperatura e pressão controladas
(HIGASHI et al, 2006). Principalmente voltado para a confecção de laminados
cerâmicos e coroas anteriores foi desenvolvido o sistema IPS Empress Esthetic (Ivoclar
Vivadent AG, Liechtenstein) que é um sistema muito semelhante ao IPS Empress,
porém contém maior quantidade de cristais de leucita na sua composição. O diferencial
deste sistema é a possibilidade de estratificação parcial, fazendo com que a restauração
possa ser totalmente maquiada, ou 50% maquiada e 50% estratificada. (HIGASHI et al,
2006).

 Cerâmicas reforçadas por cristais de dissilicato de lítio

A cerâmica de Dissilicato de Lítio ( 60% a 70%) foi desenvolvida para aumentar a


coesão, resistência a flexão que é de 300 a 400 Mpa, mantendo um resultado estético
favorável, substituindo no mercado as cerâmicas reforçadas por leucita (Magne et.al.,
2003)
Segundo Noort (2004), as cerâmicas reforçadas por cristais de dissilicato de lítio
foram desenvolvidas com o objetivo de ampliar o uso das restaurações adesivas para a
fabricação de pontes, com base em um sistema SiO2-LiO (Empress II, Ivoclar-
Vivadent, Schaan, Liechtenstein). Este sistema é fabricado através de uma combinação
de técnicas: da cera perdida e injeção por calor e pressão (ALMEIDA E SILVA &
ROLLA, 2015). A função dos cristais de dissilicato de lítio neste sistema é conferir à
cerâmica melhores propriedades mecânicas, tornando o sistema mais resistente. Porém
tal resistência não interfere no resultado óptico final da restauração pelo fato da alta
translucidez que o sistema apresenta (HIGASHI et al, 2006).
Com a finalidade de cromatizar e saturar a peça, existem duas técnicas: a
primeira é a técnica da pintura ou maquiagem, e a segunda, da estratificação
(FRADEANI, 1998). Na técnica da maquiagem a peça é fundida com uma única cor e
depois caracterizada com corantes especiais pertencentes ao mesmo sistema. Sobre a
maquiagem será aplicada uma camada de glaze e a peça retornará ao forno para evitar a
perda da caracterização ao longo dos anos. Já na técnica da estratificação é aplicada
sobre uma infraestrutura feita por injeção, cerâmicas de cobertura, tornando possível
uma maior estratificação da cor e caracterização das incisais (HIGASHI et al, 2006).
Segundo Fradeani (1998) a maquiagem deve ser realizada quando a espessura da
faceta é de até 0,6mm e a estratificação, quando a espessura é de pelo menos 0,8mm.
Em 2005 foi lançada uma cerâmica a base de dissilicato de lítio injetável, com
características superiores ao IPS Empress II, o IPS e.max Press (Ivoclar Vivadent,
Liechtenstein). Este sistema de cerâmica injetável apresenta uma diferença no processo
de queima, e suas propriedades físicas e translucidez foram aperfeiçoados, tornando este
sistema viável como cerâmica estética de cobertura (CONRAD et al, (2007).
O IPS e.max têm duas formas de apresentação, a monolítica, que é a mais
comum, onde a cerâmica é moída ou prensada e então corada. Restaurações monolíticas
tendem a ter maior resistência pois somente um material está envolvido e não há
camada de revestimento. Porém a estética adquirida com coroas monolíticas não é tão
satisfatória quanto a adquirida com restaurações estratificadas onde existe um núcleo de
dissilicato de lítio moído ou prensado recoberto por uma porcelana de cobertura com o
mesmo coeficiente de expansão/contração térmica. As restaurações estratificadas têm
melhor estética, porém a resistência é significantemente reduzida (SULAIMAN et al,
2015).

 Cerâmicas reforçadas por alumina, magnésio e zircônia

Em 1965, McLean e Hughes abriram uma nova linha de investigações no mundo


das cerâmicas livres de metal. Eles incorporaram a cerâmica feldspática grandes
quantidades de óxido de alumínio, reduzindo a proporção de quartzo. O resultado foi
um material de microestrutura mista na qual a alumina, ao ter uma temperatura de fusão
elevada, permanecia em suspensão na matriz, e estes cristais melhoraram
extraordinariamente as propriedades mecânicas da cerâmica, porém com uma redução
brusca na translucidez (MARTÍNEZ et al, 2007).
DISCUSSÃO
A odontologia estética se encontra em um grande desenvolvimento, exigindo uma busca
cada vez maior por tratamentos conservadores e em função da grande propagação de um
sorriso perfeito nos meios de comunicação, os pacientes estão mais exigentes em
relação aos resultados estéticos obtidos. Com a proposta de mimetizar a estrutura
dentária, as facetas de porcelana apresentam características ópticas e mecânicas bem
apropriadas na substituição do tecido dentário alterado. É uma ótima alternativa na
reabilitação estética e possibilita reproduzir um sorriso harmonioso e com naturalidade
(CONCEIÇÃO et al 2007; TOUATI et al, 2000).

Estudos clínicos tem confirmado a manutenção da estética, biocompatibilidade e


longevidade das facetas cerâmicas, em períodos maiores há 9 anos (SADOWSKY,
2006). Segundo Gurelet al (2012), vários estudos longitudinais realizados entre 5 a 12
anos demonstraram excelentes resultados, com taxas de sucesso compreendidas entre 85
a 98%. A longevidade e o sucesso das facetas representa a satisfação dos pacientes
submetidos a esses tratamentos. Segundo Peumans et al (2000), 80 a 100% dos
pacientes ficam satisfeitos com os resultados estéticos desse tipo de restaurações. Esses
padrões tem tendência a aumentar com o passar dos anos após a colocação das facetas,
devido à aceitação e habituação dos pacientes ao seu novo sorriso.

Bazone Filho et al (2006), divulgou um alto grau de previsibilidade das restaurações


cerâmicas, indicando-as para restaurações que exigem soluções estéticas superioes. Suas
características, como alta resistência, biocompatibilidade, estabilidade de cor,
coeficiente de expansão térmica próximo ao do esmalte e baixa condutividade térmica
contrastam com o declínio da resistência, contração de polimerização, maior desgaste,
perda de brilho, e textura inicial das resinas. Segundo Conceiçãoet al(2007), em dentes
com extensas restaurações deficientes que envolvem a face vestibular, a obtenção de
uma harmonia de cor e de forma é mais fácil alcançar através de laminados cerâmicos
do que com restaurações de resina composta.

Em um estudo executado por Kamble; Parkhedkar (2013), sobre a reabilitação estética


com facetas cerâmicas em dentes anteriores com alteração de cor, notou-se que as
mesmas são consideradas uma abordagem de tratamento mais conservadora do que
coroas totais, uma vez que o preparo dos dentes para facetas requer um menor desgaste
da superfície dentária do que preparos para coroa total, além das facetas ter uma maior
biocompatibilidade periodontal e estética melhor.

Segundo Pagani et al (2003), os materiais cerâmicos possuem dois problemas


relacionados ao seu uso:a formação de trincas e o desgaste no dente antagonista. O
problema desses materiais ocorre devido à propagação de fendas, através do corpo da
restauração. Mesmo que as porcelanas apresentem alta resistência à compressão, elas
possuem friabilidade devido a sua baixa resistência à tração. Walls et al (2002)
relataram que alguns autores demonstraram em estudos de curto e médio prazo, que as
taxas de insucesso relacionadas a descimentação das facetas ou fraturas da cerâmica, se
situavam entre 0 a 5%. Porém, outros estudos, sobre o desempenho clínico longitudinal
das facetas de porcelana (DUNNE, 1993); avaliação clínica das facetas de porcelana por
um período de 18 a 42 meses (CHRISTENSEN et al, 1991); e observação clínica das
facetas de porcelana por um período de 5 anos (WALLS, 1995),tiveram taxas de 7 a
14%, num período de 2 a 5 anos. Esses estudos recomendam que os fatores de risco
para o insucesso das facetas são a sua cimentação sobre restaurações de resina composta
pré-existentes; colocação por um dentista inexperiente; e o uso das facetas para restaurar
dentes desgastados ou fraturados, em pacientes com parafunções e pouca estrutura
dentária, com muitas áreas de dentina exposta. Um outro risco para as falhas nas facetas
relaciona-se com alterações térmicas associadas ao stress gerado pela contração de
polimerização, em facetas com pouca espessura de material cerâmico e uma grande
espessura de cimento, levando assim à uma possível fratura.
CONCLUSÃO
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