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  • Concepção Estratégica Do Exército Brasileiro 2017

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    CAPÍTULO I FUNDAMENTOS E CONDICIONANTES A Concepção Estratégica (CE), como parte do Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx), constitui-se em um embasamento conceitual, decorrente de estudos, análises e avaliações, que indica como o Exército deve ser empregado para cumprir sua missão e, por via de consequência, organizado, articulado e preparado, tudo consubstanciado no Plano Estratégico do Exército (Ex). Missão do Exército Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais, cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social. Para isto, preparar a Força Terrestre, mantendo-a em permanente estado de prontidão. Intenção do Comandante Manter a Força Terrestre pronta para respaldar as decisões do Estado e da sociedade brasileira nos cenários nacional e internacional. Inviolabilidade A Estratégia Nacional de Defesa (END) determina ao Exército Brasileiro “neutralizar a concentração de forças hostis junto às fronteiras terrestres”. Desta forma, partindo de sua articulação atual e em conjunto com as demais Forças Singulares, o EB deve ter capacidade de concentrar as forças necessárias para garantir a superioridade decisiva no combate, mantendo a inviolabilidade do território nacional. Da análise dos diplomas legais vigentes, foram levantadas premissas para a elaboração da presente concepção: 1) buscar a solução no mais curto prazo, quando empregado o poder militar terrestre; 2) possuir estruturas capazes, por mobilização, de completar parte dos efetivos empregados, repor as necessidades das funções logísticas e/ou atuar na defesa territorial em eventual necessidade de sustentar um conflito de longa duração; 3) possuir efetiva prontidão, traduzida por um grupamento de forças, com ciclo específico de preparo, de natureza e efetivos compatíveis para atender às necessidades do País, nas capacidades necessárias às hipóteses estipuladas pelos marcos legais; e 4) ampliar a interoperabilidade com a Marinha e a Força Aérea, uma vez que o Sistema Militar Terrestre operará predominantemente como integrante do Sistema Defesa. Estratégias de Emprego As principais Estratégias de Emprego utilizadas pelas Forças Armadas são aquelas descritas na Doutrina Militar de Defesa, destacando-se as seguintes: Dissuasão, Ofensiva, Presença, Projeção de Poder e Resistência. O Exército prioriza as estratégias da Dissuasão e Presença. Dissuasão No âmbito mundial, o Brasil não é o Estado mais forte, tampouco o mais fraco. Assim, deve-se mostrar aos possíveis agressores, que a resposta será de tal forma violenta e efetiva, que sua vitória será muito improvável e, mesmo nesse caso, suas perdas cobrariam um preço impagável. A Dissuasão é o primeiro combate, evitando crises e permitindo que a sociedade brasileira resista a pressões oriundas de qualquer ator. Presença Caracteriza-se sob dois aspectos fundamentais:  o primeiro, direcionado à expressão militar, no qual a presença militar, no território nacional, tem por finalidade cumprir a destinação constitucional, sendo efetivada pela criteriosa articulação das organizações militares no território e pela capacidade de rápido deslocamento de tropas para qualquer região do País, caracterizando a mobilidade estratégica.  no segundo aspecto, direcionado às expressões psicossocial e política, baseia-se no desenvolvimento da mentalidade de defesa e pela integração da expressão militar à sociedade. As Estratégias da Dissuasão e da Presença estão intrinsecamente ligadas, ou seja, o sucesso de uma contribui para o sucesso da outra. Hipóteses de Emprego (HE) Entende-se por “Hipótese de Emprego” a antevisão de possível emprego das Forças Armadas em determinada situação ou área de interesse estratégico para a defesa nacional. É formulada considerando-se o alto grau de indeterminação e imprevisibilidade de ameaças ao País. Com base nas hipóteses de emprego, serão elaborados e mantidos atualizad

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    Concepção Estratégica do Exército Brasileiro 2017

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    CAPÍTULO I FUNDAMENTOS E CONDICIONANTES A Concepção Estratégica (CE), como parte do Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx), constitui-se em um embasamento conceitual, decorrente de estudos, análises e avaliações, que indica como o Exército deve ser empregado para cumprir sua missão e, por via de consequência, organizado, articulado e preparado, tudo consubstanciado no Plano Estratégico do Exército (Ex). Missão do Exército Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais, cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social. Para isto, preparar a Força Terrestre, mantendo-a em permanente estado de prontidão. Intenção do Comandante Manter a Força Terrestre pronta para respaldar as decisões do Estado e da sociedade brasileira nos cenários nacional e internacional. Inviolabilidade A Estratégia Nacional de Defesa (END) determina ao Exército Brasileiro “neutralizar a concentração de forças hostis junto às fronteiras terrestres”. Desta forma, partindo de sua articulação atual e em conjunto com as demais Forças Singulares, o EB deve ter capacidade de concentrar as forças necessárias para garantir a superioridade decisiva no combate, mantendo a inviolabilidade do território nacional. Da análise dos diplomas legais vigentes, foram levantadas premissas para a elaboração da presente concepção: 1) buscar a solução no mais curto prazo, quando empregado o poder militar terrestre; 2) possuir estruturas capazes, por mobilização, de completar parte dos efetivos empregados, repor as necessidades das funções logísticas e/ou atuar na defesa territorial em eventual necessidade de sustentar um conflito de longa duração; 3) possuir efetiva prontidão, traduzida por um grupamento de forças, com ciclo específico de preparo, de natureza e efetivos compatíveis para atender às necessidades do País, nas capacidades necessárias às hipóteses estipuladas pelos marcos legais; e 4) ampliar a interoperabilidade com a Marinha e a Força Aérea, uma vez que o Sistema Militar Terrestre operará predominantemente como integrante do Sistema Defesa. Estratégias de Emprego As principais Estratégias de Emprego utilizadas pelas Forças Armadas são aquelas descritas na Doutrina Militar de Defesa, destacando-se as seguintes: Dissuasão, Ofensiva, Presença, Projeção de Poder e Resistência. O Exército prioriza as estratégias da Dissuasão e Presença. Dissuasão No âmbito mundial, o Brasil não é o Estado mais forte, tampouco o mais fraco. Assim, deve-se mostrar aos possíveis agressores, que a resposta será de tal forma violenta e efetiva, que sua vitória será muito improvável e, mesmo nesse caso, suas perdas cobrariam um preço impagável. A Dissuasão é o primeiro combate, evitando crises e permitindo que a sociedade brasileira resista a pressões oriundas de qualquer ator. Presença Caracteriza-se sob dois aspectos fundamentais:  o primeiro, direcionado à expressão militar, no qual a presença militar, no território nacional, tem por finalidade cumprir a destinação constitucional, sendo efetivada pela criteriosa articulação das organizações militares no território e pela capacidade de rápido deslocamento de tropas para qualquer região do País, caracterizando a mobilidade estratégica.  no segundo aspecto, direcionado às expressões psicossocial e política, baseia-se no desenvolvimento da mentalidade de defesa e pela integração da expressão militar à sociedade. As Estratégias da Dissuasão e da Presença estão intrinsecamente ligadas, ou seja, o sucesso de uma contribui para o sucesso da outra. Hipóteses de Emprego (HE) Entende-se por “Hipótese de Emprego” a antevisão de possível emprego das Forças Armadas em determinada situação ou área de interesse estratégico para a defesa nacional. É formulada considerando-se o alto grau de indeterminação e imprevisibilidade de ameaças ao País. Com base nas hipóteses de emprego, serão elaborados e mantidos atualizad

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    CAPÍTULO I FUNDAMENTOS E CONDICIONANTES A Concepção Estratégica (CE), como parte do Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx), constitui-se em um embasamento conceitual, decorrente de estudos, análises e avaliações, que indica como o Exército deve ser empregado para cumprir sua missão e, por via de consequência, organizado, articulado e preparado, tudo consubstanciado no Plano Estratégico do Exército (Ex). Missão do Exército Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais, cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social. Para isto, preparar a Força Terrestre, mantendo-a em permanente estado de prontidão. Intenção do Comandante Manter a Força Terrestre pronta para respaldar as decisões do Estado e da sociedade brasileira nos cenários nacional e internacional. Inviolabilidade A Estratégia Nacional de Defesa (END) determina ao Exército Brasileiro “neutralizar a concentração de forças hostis junto às fronteiras terrestres”. Desta forma, partindo de sua articulação atual e em conjunto com as demais Forças Singulares, o EB deve ter capacidade de concentrar as forças necessárias para garantir a superioridade decisiva no combate, mantendo a inviolabilidade do território nacional. Da análise dos diplomas legais vigentes, foram levantadas premissas para a elaboração da presente concepção: 1) buscar a solução no mais curto prazo, quando empregado o poder militar terrestre; 2) possuir estruturas capazes, por mobilização, de completar parte dos efetivos empregados, repor as necessidades das funções logísticas e/ou atuar na defesa territorial em eventual necessidade de sustentar um conflito de longa duração; 3) possuir efetiva prontidão, traduzida por um grupamento de forças, com ciclo específico de preparo, de natureza e efetivos compatíveis para atender às necessidades do País, nas capacidades necessárias às hipóteses estipuladas pelos marcos legais; e 4) ampliar a interoperabilidade com a Marinha e a Força Aérea, uma vez que o Sistema Militar Terrestre operará predominantemente como integrante do Sistema Defesa. Estratégias de Emprego As principais Estratégias de Emprego utilizadas pelas Forças Armadas são aquelas descritas na Doutrina Militar de Defesa, destacando-se as seguintes: Dissuasão, Ofensiva, Presença, Projeção de Poder e Resistência. O Exército prioriza as estratégias da Dissuasão e Presença. Dissuasão No âmbito mundial, o Brasil não é o Estado mais forte, tampouco o mais fraco. Assim, deve-se mostrar aos possíveis agressores, que a resposta será de tal forma violenta e efetiva, que sua vitória será muito improvável e, mesmo nesse caso, suas perdas cobrariam um preço impagável. A Dissuasão é o primeiro combate, evitando crises e permitindo que a sociedade brasileira resista a pressões oriundas de qualquer ator. Presença Caracteriza-se sob dois aspectos fundamentais:  o primeiro, direcionado à expressão militar, no qual a presença militar, no território nacional, tem por finalidade cumprir a destinação constitucional, sendo efetivada pela criteriosa articulação das organizações militares no território e pela capacidade de rápido deslocamento de tropas para qualquer região do País, caracterizando a mobilidade estratégica.  no segundo aspecto, direcionado às expressões psicossocial e política, baseia-se no desenvolvimento da mentalidade de defesa e pela integração da expressão militar à sociedade. As Estratégias da Dissuasão e da Presença estão intrinsecamente ligadas, ou seja, o sucesso de uma contribui para o sucesso da outra. Hipóteses de Emprego (HE) Entende-se por “Hipótese de Emprego” a antevisão de possível emprego das Forças Armadas em determinada situação ou área de interesse estratégico para a defesa nacional. É formulada considerando-se o alto grau de indeterminação e imprevisibilidade de ameaças ao País. Com base nas hipóteses de emprego, serão elaborados e mantidos atualizad

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    di 32

    1

    SISTEMA DE PLANEJAMENTO DO EXRCITO - SIPLEX / FASE IV

    CONCEPO ESTRATGICA DO EXRCITO


    2
    1

    MINISTRIO DA DEFESA
    EXRCITO BRASILEIRO
    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    SISTEMA DE PLANEJAMENTO DO EXRCITO


    SIPLEX / 2017

    FASE IV
    CONCEPO ESTRATGICA DO EXRCITO
    2
    3

    SUMRIO
    CAPTULO I - FUNDAMENTOS E CONDICIONANTES .. PAG 05
    Misso do Exrcito
    Inteno do Comandante
    Inviolabilidade
    Estratgias de Emprego
    Hipteses de Emprego

    CAPTULO II CONCEPO ESTRATGICA DE EMPREGO ... PAG 09


    Operaes no Amplo Espectro
    Operaes Conjuntas
    Operaes Interagncias
    Crises e Operaes de Guerra
    Operaes de No-Guerra
    Grupos de Emprego
    Vocaes Prioritrias para Emprego

    CAPTULO III - ORGANIZAO DO EXRCITO PAG 17

    CAPTULO IV- ARTICULAO DA FORA TERRESTRE PAG 19


    Evoluo para o Teatro de Operaes ou rea de Operaes (TO ou A Op)

    CAPTULO V - PREPARO DA FORA TERRESTRE .. PAG 23


    Prioridades

    CAPTULO VI CONSIDERAES FINAIS .. PAG 25


    4
    5

    CAPTULO I

    FUNDAMENTOS E CONDICIONANTES
    A Concepo Estratgica (CE), como parte do Sistema de Planejamento do Exrcito (SIPLEx),
    constitui-se em um embasamento conceitual, decorrente de estudos, anlises e avaliaes, que
    indica como o Exrcito deve ser empregado para cumprir sua misso e, por via de consequncia,
    organizado, articulado e preparado, tudo consubstanciado no Plano Estratgico do Exrcito (Ex).

    Misso do Exrcito

    Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem,
    salvaguardando os interesses nacionais, cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-
    estar social. Para isto, preparar a Fora Terrestre, mantendo-a em permanente estado de
    prontido.

    Inteno do Comandante

    Manter a Fora Terrestre pronta para respaldar as decises do Estado e da sociedade brasileira
    nos cenrios nacional e internacional.

    Inviolabilidade

    A Estratgia Nacional de Defesa (END) determina ao Exrcito Brasileiro neutralizar a


    concentrao de foras hostis junto s fronteiras terrestres. Desta forma, partindo de sua
    articulao atual e em conjunto com as demais Foras Singulares, o EB deve ter capacidade de
    concentrar as foras necessrias para garantir a superioridade decisiva no combate, mantendo
    a inviolabilidade do territrio nacional.
    Da anlise dos diplomas legais vigentes, foram levantadas premissas para a elaborao da
    presente concepo:
    1) buscar a soluo no mais curto prazo, quando empregado o poder militar terrestre;
    2) possuir estruturas capazes, por mobilizao, de completar parte dos efetivos
    empregados, repor as necessidades das funes logsticas e/ou atuar na defesa territorial em
    eventual necessidade de sustentar um conflito de longa durao;
    6

    3) possuir efetiva prontido, traduzida por um grupamento de foras, com ciclo especfico
    de preparo, de natureza e efetivos compatveis para atender s necessidades do Pas, nas
    capacidades necessrias s hipteses estipuladas pelos marcos legais; e
    4) ampliar a interoperabilidade com a Marinha e a Fora Area, uma vez que o Sistema
    Militar Terrestre operar predominantemente como integrante do Sistema Defesa.

    Estratgias de Emprego
    As principais Estratgias de Emprego utilizadas pelas Foras Armadas so aquelas descritas
    na Doutrina Militar de Defesa, destacando-se as seguintes: Dissuaso, Ofensiva, Presena,
    Projeo de Poder e Resistncia. O Exrcito prioriza as estratgias da Dissuaso e Presena.

    Dissuaso
    No mbito mundial, o Brasil no o Estado mais forte, tampouco o mais fraco. Assim, deve-se
    mostrar aos possveis agressores, que a resposta ser de tal forma violenta e efetiva, que sua
    vitria ser muito improvvel e, mesmo nesse caso, suas perdas cobrariam um preo
    impagvel.
    A Dissuaso o primeiro combate, evitando crises e permitindo que a sociedade brasileira
    resista a presses oriundas de qualquer ator.

    Presena
    Caracteriza-se sob dois aspectos fundamentais:
    o primeiro, direcionado expresso militar, no qual a presena militar, no territrio
    nacional, tem por finalidade cumprir a destinao constitucional, sendo efetivada pela
    criteriosa articulao das organizaes militares no territrio e pela capacidade de
    rpido deslocamento de tropas para qualquer regio do Pas, caracterizando a mobilidade
    estratgica.
    no segundo aspecto, direcionado s expresses psicossocial e poltica, baseia-se no
    desenvolvimento da mentalidade de defesa e pela integrao da expresso militar
    sociedade. As Estratgias da Dissuaso e da Presena esto intrinsecamente ligadas, ou
    seja, o sucesso de uma contribui para o sucesso da outra.
    7

    Hipteses de Emprego (HE)

    Entende-se por Hiptese de Emprego a anteviso de possvel emprego das Foras Armadas
    em determinada situao ou rea de interesse estratgico para a defesa nacional. formulada
    considerando-se o alto grau de indeterminao e imprevisibilidade de ameaas ao Pas. Com
    base nas hipteses de emprego, sero elaborados e mantidos atualizados os planos estratgicos
    de emprego conjunto e os planos operacionais decorrentes, visando a possibilitar o contnuo
    aprestamento da Nao como um todo, e em particular das Foras Armadas, para emprego na
    defesa do Pas.

    A Estratgia Militar de Defesa (MD51 M-03) define as HE com base em cenrios prospectivos
    em que as ameaas so difusas e indefinidas, no apontando inimigos concretos ao Pas. Essas
    HE tambm podem ser consultadas na verso completa da Concepo Estratgica do Exrcito,
    publicada em Boletim de Acesso Reservado.
    8
    9

    CAPTULO II
    CONCEPO ESTRATGICA DE EMPREGO
    Os conceitos abaixo retratam todas as situaes para as quais o Exrcito Brasileiro deve
    estar preparado e, ainda, ratificam os tipos de operaes que podem ser executadas pela Fora
    Terrestre para atender todas as HE.

    OPERAES NO AMPLO ESPECTRO


    Conforme a nova Doutrina Militar Terrestre, tais operaes so sublinhadas pela
    combinao, simultnea ou sucessiva, de operaes em atitude ofensiva, defensiva, operaes
    de pacificao e/ou de apoio a rgos governamentais, como emprego de um conjunto
    interdependente de foras capazes de explorar a iniciativa, aceitar riscos e criar oportunidades
    para alcanar resultados decisivos. A irrefutvel realidade, sobejamente evidenciada no
    cotidiano, indica a premente necessidade de uma Fora Terrestre da Era do Conhecimento, a
    qual deve ser dotada de armamentos e de equipamentos com tecnologia agregada, sustentada
    por uma doutrina em constante evoluo e integrada por recursos humanos altamente
    treinados e motivados.
    Para isso, baseia sua organizao em estruturas com as caractersticas de flexibilidade,
    adaptabilidade, modularidade, elasticidade e sustentabilidade, que permitem alcanar
    resultados decisivos nas Operaes no Amplo Espectro, com prontido operativa, e com
    capacidade de emprego do poder militar de forma gradual e proporcional ameaa.
    OPERAES CONJUNTAS
    As operaes conjuntas (Op Cj) so aquelas caracterizadas pelo emprego de meios
    ponderveis de mais de uma fora singular, com propsitos interdependentes ou
    complementares, sob um comando nico, com representantes das foras singulares no estado-
    maior.
    OPERAES INTERAGNCIAS
    As Operaes Interagncias baseiam-se na interao das Foras Armadas com outras
    agncias com a finalidade de conciliar interesses e coordenar esforos para a consecuo de
    objetivos ou propsitos convergentes com eficincia, eficcia, efetividade e menores custos,
    evitando a duplicidade de aes e disperso de recursos.
    10

    CRISES E OPERAES DE GUERRA


    A Concepo Estratgica de Emprego do
    Exrcito aborda a atuao da F Ter, quando
    empregada no contexto de uma operao
    conjunta, na escalada da crise ou no conflito
    armado/guerra, buscando a deciso rpida,
    no momento e local adequados, com a
    aplicao do poder de combate (PC)
    decisivo. Tem como base os conceitos de
    resposta imediata, de atuao ampliada e
    de esforo total.
    Resposta Imediata Em princpio, proporcionada pelas foras militares localizadas
    na regio ou prxima dela onde ocorre a crise, de forma a garantir a inviolabilidade territorial.
    Visando garantir a resposta imediata, fundamental para a soluo de crises em curto prazo,
    essas foras podero ser empregadas com o mximo PC.
    Atuao Ampliada proporcionada pelo deslocamento de foras militares para a regio
    onde ocorre a crise, principalmente devido a sua mobilidade e/ou posio geogrfica. Tais
    foras, em princpio, devero ser dotadas de elevada mobilidade e flexibilidade. Normalmente,
    a atuao ampliada ocorrer quando uma ao de reforo se fizer necessria; e
    Esforo Total Relaciona-se ao estado de conflito armado/guerra estendendo-se no
    tempo. Caso a situao indique que a crise possa evoluir para um conflito armado/guerra
    de maior durao, ser necessrio buscar a mobilizao nacional e a mxima
    superioridade decisiva sobre o oponente, antecipando-se o deslocamento e a concentrao
    estratgica das foras militares, para solucionar o conflito armado/guerra de forma
    decisiva. A possibilidade de se conduzir um conflito prolongado dever ser evitada.
    Embora vinculadas diretamente s crises, os conceitos de resposta imediata e de
    atuao ampliada tambm so aplicveis nos conflitos armados/guerras que possam eclodir
    repentinamente, sem ter passado pelo interregno da crise. Assim, alm do emprego das tropas
    locais, em uma resposta imediata, outras tropas podem ser acionadas/empregadas
    simultaneamente para a soluo de um conflito, sendo admissvel a passagem de uma situao
    de resposta imediata diretamente para uma de esforo total. Portanto, o emprego da Fora
    Terrestre no est engessado. Esta Concepo permite:
    rapidez na atuao e obteno da iniciativa nos conflitos;
    emprego progressivo ou total da F Ter; e
    flexibilidade e versatilidade nos planejamentos.
    11

    OPERAES DE NO-GUERRA
    So empregados os mesmos conceitos de Resposta Imediata, de Atuao Ampliada e
    de Esforo Total, dependendo da necessidade dos meios a serem empregados.
    A situao de no guerra aquela que, embora empregue o Poder Militar, no mbito interno
    e externo, no envolve o combate convencional propriamente dito, exceto em circunstncias
    especiais, onde esse poder usado de forma limitada e seletiva.
    A Doutrina Militar de Defesa detalha os seguintes empregos nas operaes de no guerra:
    Garantia dos poderes constitucionais, da Lei e da ordem;
    Atribuies subsidirias;
    Preveno e combate ao terrorismo;
    Aes sob a gide de organismos internacionais;
    Emprego em apoio poltica externa em tempo de paz ou crise; e
    Outros empregos de no guerra (controle de armas e produtos controlados,
    assistncia a outros Estados, operaes de evacuao de no combatentes,
    operaes de resgate, operaes de salvaguarda das pessoas, dos bens, dos
    recursos brasileiros ou sob jurisdio brasileira, fora do territrio nacional, dentre
    outros).
    12

    GRUPOS DE EMPREGO
    Para que o EB conduza suas operaes, a F Ter organizada em Grupos de Emprego,
    constitudos por tropas com diferentes capacidades para atender aos impositivos das
    hipteses de emprego, minimizando as adaptaes da transio da estrutura militar em
    tempo de paz para o tempo de crise /conflito armado.

    1) FORAS DE EMPREGO ESTRATGICO (F Emp Estrt)


    Foras com poder de combate que possibilitem, nas situaes de crise / conflito
    armado, o desequilbrio estratgico, por meio da dissuaso e da ofensiva. Estaro aptas a
    atuar em qualquer parte do territrio nacional e em outras reas de interesse estratgico do
    Estado brasileiro.
    Sero preparadas para possuir ou receber capacidades / mdulos (modularidade /
    elasticidade) para executar grandes deslocamentos estratgicos compatveis com a dimenso
    continental do Brasil e reas de interesse. Tambm devero ser organizadas para permitir a
    sustentao logstica na ao (sustentabilidade).
    Os Mdulos Especializados tambm constituem as F Emp Estrt, possuindo capacidades
    para agregar poder de combate, de acordo com cada situao. So constitudos por elementos
    de combate, de apoio ao combate e de apoio logstico.

    2) FORAS DE EMPREGO GERAL (F Emp Ge)


    Constituem o grosso das foras do Exrcito e so fundamentais nas Estratgias da
    Dissuaso e da Presena, devendo possuir as seguintes caractersticas.
    Capacidade de serem empregadas em outras reas estratgicas, mesmo que
    parcialmente;
    Participar da resposta imediata, atuao ampliada e/ou esforo total;
    Capacidade de serem reforadas ou de reforar outras tropas por elasticidade
    e/ou modularidade; e
    Sua vocao orientar sua prioridade.
    13

    FORAS DE EMPREGO FORAS DE EMPREGO


    ESTRATGICO GERAL
    Bda Inf Pqdt 15 Bda Inf Mec 10 Bda Inf Mtz

    12 Bda Inf L (Amv) 11 Bda Inf L 4 Bda Inf L (Mth)

    23 Bda Inf Sl 9 Bda Inf Mtz 2 Bda C Mec

    5 Bda C Bld 17 Bda Inf Sl 8 Bda Inf Mtz

    4 Bda C Mec 3 Bda Inf Mtz 7 Bda Inf Mtz

    MDULOS ESPECIALIZADOS: 1 Bda Inf Sl 14 Bda Inf Mtz


    AD/3
    16 Bda Inf Sl 18 Bda Inf Fron
    (Cmdo AD/3, Bia C, 01 GAC 155 AP)

    Cmdo Av Ex (02 BAVEx) 22 Bda Inf Sl 13 Bda Inf Mtz

    Cmdo Art Ex (01 GMF) 6 Bda Inf Bld 2 Bda Inf Sl

    1 BGE/Cia C2/CDCiber 1 Bda C Mec 3 Bda C Mec

    Cmdo Op Esp

    6 BIM/ 1 Btl Op Psico /


    1 Btl DQBRN
    Bda AAAe (01 GAAAe)

    01 BEng Cmb/ 01 BPE

    B Ap Log Ex

    Todas as OM Operacionais, no enquadradas por Brigadas, compem, tambm, as


    F Emp Ge (Grupamentos de Engenharia e Logsticos; Batalhes/Regimentos/Grupos; Cia
    Intlg; Cia Inf; Cia PE).
    14

    VOCAES PRIORITRIAS PARA EMPREGO


    Todas as OM do EB contribuem para a Estratgia da Presena e/ou da Dissuaso. Apesar
    disso, a vocao prioritria dos G Cmdo/GU tem se caracterizado conforme a tabela abaixo e
    serve para que o COTER priorize o preparo das diversas organizaes militares da Fora
    Terrestre.
    O oramento destinado ao preparo limitado, devendo o COTER direcionar os recursos
    financeiros disponveis ao preparo de modo a atender as vocaes das GU, sendo que, em alguns
    casos, deve-se visualizar as OM inclusive dentro das GU, a fim de se racionalizar os recursos.
    Defesa da Ptria: emprego das Foras Armadas que constitui a razo de existir das
    instituies militares. Visa, primordialmente, a garantia da soberania, da integridade
    territorial e patrimonial e a consecuo dos interesses estratgicos nacionais,
    englobando as Operaes Convencionais e as Operaes na Fronteira. Estas ltimas so
    realizadas, rotineiramente, pelas tropas que l se encontram articuladas.
    Operao de Garantia da Lei e da Ordem: consiste em uma operao militar conduzida
    pelas Foras Armadas, por deciso do Presidente da Repblica, de forma episdica, em
    rea previamente estabelecida e por tempo limitado, com o propsito de assegurar o
    pleno funcionamento do estado democrtico de direito, da paz social e da ordem pblica.

    DEFESA DA PTRIA
    G Cmdo / GU GLO ESPECIFICIDADE
    OPERAES OPERAES NA
    CONVENCIONAIS FRONTEIRA
    F Expedicionria
    1 DE X -- X
    e TOM

    2 DE X -- X FTC

    3 DE X X -- FTC

    5 DE X X -- FTC
    15
    DEFESA DA PTRIA
    G Cmdo / GU GLO ESPECIFICIDADE
    OPERAES OPERAES NA
    CONVENCIONAIS FRONTEIRA

    Bda Inf Pqdt X X X Pqdt

    12 Bda Inf L
    X X X Amv
    (Amv)

    23 Bda Inf Sl X X X

    22 Bda Inf Sl X X --

    1 Bda Inf Sl X X --
    Selva
    2 Bda Inf Sl X X --

    16 Bda Inf Sl X X --

    17 Bda Inf Sl X X --

    3 Bda Inf Mtz X -- X --

    7 Bda Inf Mtz X -- X --

    8 Bda Inf Mtz X -- X --

    9 Bda Inf Mtz


    X -- X TOM
    (Es)

    10 Bda Inf Mtz X -- X TOM / Caatinga


    16
    DEFESA DA PTRIA
    G Cmdo / GU GLO ESPECIFICIDADE
    OPERAES OPERAES NA
    CONVENCIONAIS FRONTEIRA

    13 Bda Inf Mtz X X -- Pantanal

    14 Bda Inf Mtz X -- X

    18 Bda Inf Fron X X -- Pantanal

    4 Bda Inf L
    X -- X Montanha
    (Mth)

    11 Bda Inf L X -- X --

    1 Bda C Mec X X -- --

    2 Bda C Mec X X -- --

    3 Bda C Mec X X -- --

    4 Bda C Mec X X -- --

    15 Bda Inf Mec X X -- --

    5 Bda C Bld X -- --
    Ao de Choque
    6 Bda Inf Bld X -- --
    17

    CAPTULO III
    ORGANIZAO DO EXRCITO

    A organizao do Comando do Exrcito denominada Organizao Bsica do Exrcito


    (OBE) e regulada pelo Manual EB20-MF-10.101 - O Exrcito Brasileiro. Cabe ao EME mant-la
    atualizada. Alm do Manual, o Decreto n 5.751, de 12 de abril de 2006, da Presidncia da
    Repblica, regula e aprova a Estrutura Regimental do Comando do Exrcito.
    18
    19

    CAPTULO IV
    ARTICULAO DA FORA TERRESTRE
    A articulao, que de forma abrangente diz respeito localizao das Organizaes
    Militares (OM) do Comando do Exrcito no territrio nacional, condicionada pela evoluo
    histrica do Brasil, por questes econmicas e pela importncia da Estratgia da
    Presena de organizaes militares em todos os rinces em um pas com dimenses
    continentais.
    A articulao atual das OM no impede que elas possam ser empregadas em outras reas
    estratgicas para a soluo de uma crise ou conflito. Por essa razo, o EB tem buscado, em seu
    processo de transformao dotar a Fora Terrestre com caractersticas das tropas modernas,
    destacando-se a flexibilidade, adaptabilidade, modularidade, elasticidade e sustentabilidade.
    20

    As caractersticas supracitadas, principalmente a modularidade e elasticidade, permitem


    que determinadas estruturas da Fora Terrestre, que no sejam contempladas com todas as
    capacidades necessrias para enfrentar uma ameaa ou crise/conflito, passem a t-las no
    momento e no local adequados. Desse modo, no imperativo que todas as brigadas sejam
    completas, pois quando houver necessidade elas sero completadas, de forma temporria, com
    OM de manobra, de apoio ao combate e por mdulos especializados.
    Somente aps criterioso estudo, o EB decidir pela implantao de novas OM, pois implicam
    em vultosos recursos financeiros. Quando decidido pelo Cmt Ex, esta implantao ser inserida
    no Plano Estratgico do Exrcito.
    Evoluo para o Teatro de Operaes ou rea de Operaes (TO ou A Op)
    Na ecloso de uma crise/conflito, de acordo com a necessidade, podem ser ativados os
    seguintes Comandos Operacionais, previstos na Estrutura Militar de Defesa:
    Comando do Teatro de Operaes (Cmdo TO);
    Comando da rea de Operaes (Cmdo A Op); e
    Comando da Zona de Defesa (ZD).
    A transio da Estrutura Militar de Paz para a Estrutura Militar de Defesa dever
    ser a mais simples e rpida possvel.
    Os Comandos dos C Mil A podero evoluir para Comandos Conjuntos dos Teatros de
    Operaes/Zona de Defesa (TO/ZD).
    Os Comandos de Diviso de Exrcito (DE) ou os Centros de Coordenao de Operaes
    (CCOp) podero evoluir para Comando da Fora Terrestre Componente ou Comando de Fora
    Expedicionria.

    A Estr C Mil A DE Bda/Cmdo Gp Emp RM


    CMN 22 Bda Inf Sl Macap/AP F Emp Ge 8 RM
    Belm
    23 Bda Inf Sl Marab/PA F Emp Estrt Belm/PA
    /PA
    2 Bda Inf Sl S. G. da
    AMAZNIA (1) Cachoeira/AM
    CMA
    16 Bda Inf Sl Tef/AM 12 RM
    Manaus F Emp Ge
    17 Bda Inf Sl Porto Manaus/AM
    /AM
    Velho/RO
    1 Bda Inf Sl Boa Vista/RR
    21
    A Estr C Mil A DE Bda/Cmdo Gp Emp RM
    13 Bda Inf Mtz
    Cuiab/MT
    CMO F Emp Ge 9 RM
    18 Bda Inf Fron
    OESTE C. Grande (1) Campo
    Corumb/MS
    /MS Grande/MS
    4 Bda C Mec
    F Emp Estr
    Dourados/MS
    Cmdo Art Ex
    Porto Alegre/RS (2)
    F Emp Estrt
    AD/3 (2)
    6 Bda Inf Bld
    S. Maria/RS
    3 DE 1 Bda C Mec 3 RM
    S. Maria Santiago/RS Porto Alegre/RS
    /RS 2 Bda C Mec
    Uruguaiana/RS
    CMS 8 Bda Inf Mtz F Emp Ge
    SUL P. Alegre Pelotas/RS
    /RS
    3 Bda C Mec
    Bag/RS
    14 Bda Inf Mtz
    Florianpolis/SC
    15 Bda Inf Mec
    5 DE F Emp Ge
    Cascavel/PR 5 RM
    Curitiba
    5 Bda C Bld Curitiba/PR
    /PR F Emp Estrt
    Ponta Grossa/PR
    AD/5
    F Emp Ge
    Curitiba/PR
    6 RM (3)
    - -
    Salvador/BA
    7 Bda Inf Mtz
    CMNE Natal/RN 7 RM
    NORDESTE Recife (1) F Emp Ge
    10 Bda Inf Mtz Recife/PE
    /PE
    Recife/PE
    10 RM (3)
    - -
    Fortaleza/CE
    22
    A Estr C Mil A DE Bda/Cmdo Gp Emp RM
    4 Bda Inf L (Mth) 4 RM (3)
    Juiz de Fora/MG Belo Horizonte/MG
    F Emp Ge
    9 Bda Inf Mtz (Es)
    Rio de Janeiro/RJ
    CML 1 DE
    Rio de Rio de Bda Inf Pqdt
    Janeiro Janeiro Rio de Janeiro/RJ 1 RM
    /RJ /RJ F Emp Estrt Rio de
    B Ap Log Ex Janeiro/RJ
    Rio de Janeiro/RJ
    AD/1
    F Emp Ge
    Niteroi/RJ
    NCLEO Cmdo Av Ex
    CENTRAL Taubat/SP (2)
    F Emp Estrt
    1 Bda AAAe
    CMSE 2 DE Guaruj/SP (2) 2 RM
    S. Paulo S. Paulo
    11 Bda Inf L S. Paulo/SP
    /SP /SP F Emp Ge
    Campinas/SP
    12 Bda Inf L (Amv)
    F Emp Estrt
    Caapava/SP
    3 Bda Inf Mtz
    F Emp Ge
    Cristalina/GO
    Cmdo Op Esp
    CMP Goinia/GO (2) 11 RM
    Braslia --
    CCOMGEx (2) Braslia/DF
    /DF F Emp Estrt
    Braslia/DF
    COMDCIBER (2)
    Braslia/DF

    (1) CCOp que, prioritariamente, evolui para Cmdo FTC.


    (2) Elementos integrantes das F Emp Estrt como Mdulos Especializados a serem estabelecidos
    pelo COTER.
    (3) Ainda enquadram OM operacionais (Emp Ge).
    23

    CAPTULO V

    PREPARO DA FORA TERRESTRE


    O Preparo da Fora Terrestre buscar a obteno de capacidades operativas, seguindo os
    fatores determinantes:
    DOUTRINA, ORGANIZAO (E/OU PROCESSOS), ADESTRAMENTO, MATERIAL,
    EDUCAO, PESSOAL E INFRAESTRUTURA (DOAMEPI).
    As aes a serem realizadas para o preparo da Fora Terrestre so medidas contnuas
    referentes aos campos do pessoal e do material, sobretudo na instruo e adestramento, na
    dotao de meios, na distribuio do pessoal e na mobilizao, com o objetivo de contribuir
    para que as organizaes militares (OM) estejam em condies de participar de operaes
    em ambiente Conjunto, Combinado ou Singular em conformidade com a concepo estratgica
    de emprego. Tais aes sero reguladas pelo Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)
    e devem estar particularmente alinhadas ao Sistema de Emprego (SISEMP) e Sistema de
    Prontido (SISPRON).
    O Sistema de Instruo Militar do Exrcito Brasileiro (SIMEB), o Programa de Instruo
    Militar (PIM) do COTER e os demais Programas de Instruo regularo a obteno das
    capacidades da Fora Terrestre. Os Objetivos de Adestramento (OA) dos diferentes Grupos de
    Emprego sero definidos pelo COTER.
    O Anexo B do Plano Estratgico do Exrcito (PEEx) regular e detalhar os nveis
    de completamento de material das OM operacionais e no operacionais Os rgos de
    Direo Setorial, responsveis pela distribuio de material, devero seguir o
    estabelecido por este anexo.
    O Anexo C do PEEx regular a prioridade de recompletamento de pessoal. Nesse
    documento sero, tambm, estabelecidas prioridades para as OM no pertencentes Fora
    Terrestre.
    24

    PRIORIDADES
    Com a finalidade de melhor orientar os recursos financeiros para o Preparo da F Ter,
    necessrio que sejam estabelecidas prioridades.
    Desse modo, as tropas que receberem prioridade (F Emp Estrt e mdulos especializados)
    devero ter seu preparo completo para atuar em qualquer parte do territrio nacional ou no
    exterior para atender s HE existentes.
    Estas prioridades sero nas reas do preparo,
    de pessoal e de material. As demais tropas tero
    seu preparo regulado de acordo com a
    disponibilidade de recursos financeiros,
    privilegiando, sempre que possvel, a estratgia da
    dissuaso sobre as demais.
    O oramento, os Grupos de Emprego e a
    vocao das Grandes Unidades sero os fatores
    principais para a priorizao do preparo da Fora
    Terrestre.
    25

    CAPTULO VI

    CONSIDERAES FINAIS

    O Exrcito Brasileiro tem por objetivo principal a preparao para o seu emprego operacional
    em qualquer hiptese de emprego e esta Concepo Estratgica busca o cumprimento desse
    objetivo e, ainda, materializa o que a Fora Terrestre tem feito desde outrora, ou seja, o emprego
    progressivo das nossas organizaes militares que estejam mais prximas para a soluo de um
    problema, at o envolvimento de todos os demais meios em pessoal e material, se necessrio.

    As Diretrizes Estratgicas (Dtz Estrt) constituem a parte finalstica do SIPLEx em que as


    ideias, anlises e concepes, at ento deduzidas e elaboradas, transformam-se em aes
    concretas. Indicam o como fazer para a consecuo dos objetivos da Poltica Militar Terrestre
    (PMT), para a materializao da Concepo Estratgica do Exrcito e, finalmente, para a
    implementao do Plano Estratgico do Exrcito.

    Baseando-se nesta Concepo Estratgica, todos os ODS/ODOp iro elaborar suas Dtz
    Estrt, as quais vo concorrer para o cumprimento das finalidades citadas acima. Nesse
    sentido, os ODS/ODOp enviaro suas Diretrizes ao ODG para verificao do alinhamento
    ao SIPLEx, como um todo.

    Por fim, esta Concepo Estratgica permitir ao Exrcito o cumprimento de sua destinao
    constitucional por meio da manuteno da Fora Terrestre em adequado estado de
    prontido, estruturada e preparada para o cumprimento de misses operacionais terrestres,
    conjuntas e interagncias. Tal estado de prontido decorre do contnuo processo de
    transformao, na busca de novas capacidades, sob a orientao das caractersticas
    doutrinrias das foras armadas modernas de flexibilidade, adaptabilidade, modularidade,
    elasticidade e sustentabilidade, as quais permitiro que o EB possa ser empregado para
    enfrentar qualquer que seja a ameaa.
    26

    O EXRCITO BRASILEIRO uma instituio em constante evoluo; preserva os mais


    fortes sentimentos de orgulho por seu Pas e de amor por sua gente; e existe para
    defender a Ptria!

    Braslia, DF, 16 de Outubro de 2017.

    Gen Ex EDUARDO DIAS DA COSTA VILLAS BAS

    Comandante do Exrcito
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