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  • Texto 02 - Alfredo Suppia - Realismo Na Ficção Científica

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    Alfredo Suppia - Realismo Na Ficção Científica

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    es ates Sg span Ta. 15 Fo 0 7 109 a3 a7 165 200 Apresentagio Feminism, Mester eo filme Ue bala para Jo Barry Keith Grant Fie histrico generico no cinema argentino (1966-1975) Tonio Del Vale Dia Cantar dublar, cra rleturas moderas do musical holiywoodiane classico Padre Maciel Guimantes ‘Questbes de gbneros: videos, documentiriose mulheres no Brasit Gilherte Alcan Sabrinbo Mutheres em crise:0 casamentoe 0 div6rco na fiegao cientica dos anos 1950 Gabriel Camere ‘um mundo de livros filmes: anotages sobre o recente cinema juvenit brasiero “Zale de Pee Bene Western e Cangage: inlvérciase aproximacdes Maro Diino §. Viera Realisma(s)e cinemas) de fede cents: uma intoduglo 20 debate ‘Mj Sappin Sobre os autores REALISMO(S) E CINEMA(S) DE FICCAO CIENTIFICA: UMA INTRODUGAO AO DEBATE* AjedeSuppia Iruradio (0 objeto principal deste trabalho ¢ examinar como dterminados fl mes de pio centifc ve elicionam com os diferentes tpos de realisno ‘inematogdfio, tanto em termor de conte quanto de Forma, nose ‘ido de ustentar que o realismo pode sr esencal para achtengo de um supoto “feito de fso cient, que a prodasSo contemporinen tem ‘estado esttégiasnodiovsuis ealsas, recuperandoe porencializando, desea forma, efeitos de suns que remontam 3 primes elagées ene titra efcgo cent, ainda naterura?” ‘Autores como Dasko Suvi (1979) ou Christine Broke-Rose (1981) Avia o papel do relitmo como um fitor de equlibo no context da © literatura fantistica ou de fegiocletifia. Teoria equivalent poeia ser splicads to extudo do cinema de fio cents com algumas adapta Realms segundo Kart Popper «Raymond Wiliams: ses pars es fncstignae Ate de avanas, comm enabler aguas bass no que di pita ao coneeto de realism em lnhasgeais. Para Kal Poppes“[o] r= alismo é esencial 20 senso comusn (2010, p. 217). Nao obxtante, Popper defend a ese de qu orealismo nfo &demonsteivel nem reftivel, ‘Como guna et oi fra gis aii ‘Saye alone ata ¢ drone enn eri ‘Secs epics to sf ven nom quer € ‘ftv, (Ele compara eu infabide com te ‘sore Rosie o metficar em part cam 0 de ‘ho, Mas ¢ pose debate open dos gues 0 favoree de mote eagade (ovres, 2010p 2178) Popper dicute o relsmo sobretudo no conteto da flo da icin «da lige, seado que a artes no so referidas em seu nso. Conrad, ‘sas obseragSs sobre o realism em iénciapuccem aplcivesguards- dasa devas propogties, a0 debut em tomo do reaismo nas ares ou na Iiteratura. Su considera aera da indemonstabiidade eda iefuabi- Tidade do reaismo como doutin fsa exclarece, em alguma medida, stcrancicncia do terme reaismo aplcado 3 anes (literature cinema, por ‘eempl), bem como a muliplicidade eo ealor dos debates que provoc, Popper suger queso dedi @iefutiel, {sig lar ge 0 eine inde Bporhoe li uo realm no sens ne ‘mor mr trl soo 0 Hen nee Senn ee ease eum xpi coneiel fea emer ua esa cvs do reals Perio, neaa ques como em ingore Sm arnt onc Mr xs rumen feo avo melee etme Pops 201218, Sore engi) ‘A angumentagio de Popper eth francamentebaseada na premisa de ue La] «que procrames zr a tna ¢deareer «(media do po ey) explora raid (3010, 219, fos no origina). O autor sere sue =] quase today, eno todas as rola fica, quimica 00 bois, Fmplicam 0 realism, no sentido de que, se ferem verdadeires, orealsmo também dever ser verdadero" (Poppe, 2010p 219). Dai algumas dens concludes {te oem — mis epsaineat ag es arsina {Geico C vn so pot tishue pnt € drone cnkecinent ey Tnlate aleinece ppc em pep (tery perenne pa apni rs irene on mor er hipse ono qa ‘lnc Nao pramur conto eo Ao memo tempo to quest deri ee some opie tet dee undo ob eae apes ‘hor ito Fenmiad pono sso ane como nn Be coc smn ee umn on pr el ane Se um aka et ore 2 20), [As consderses de Popper otis para este abl oa medida em que exanecen algo da indeterminabiidade do realmo, A proposts das tapas posteriores desta investiga, revultntes numa taonomia do allsmo no cinema de Beso entice, acta, portant, a indemonstbil- dade eieefubilidade do realsmo,conforme avertido por Popper, ¢ no pretende, de modo algun, extabelecerhiraquias ou alas no sentido de suger quas filmes seriam mais ou menos relists. Ao contri, este ‘wabulho visa to soment identifar estas suposta eeventualente realists em diferentes flmes defo entific O realismo cinematogré- cofmatioiul conigrtae aqui nts coro “ety” “intense do ‘que propriamente doutin, oso ou politica, O tratamento do elsme como estat ot "inte pode implica isto smu gradinte — a0 cexatamente de lms mais ou menos realists, mas e filmes mas ov menos ngajaos numa inten ou programa reais. Da indemonstabldae eierefubilldade do reasmo (entific eon ‘metafisco) em Popps vale pena passarmes sconsiderasdes de Raymond Willams sobre orealsmo nas artes e,especifcamente, a fco expecla- tia. Em “Utopia ¢ Peso Ciena", Willams reconhece na literatura do stero uma “afi crcl [...]obtida pelo elemento de descontnuidae com 0 reais ‘rdindso (2011, p. 270). Tal obvevago concord pei ‘minareanecipadamente com o modelo teético propos por Darko Suva (1979) para critica da itera de Seo Gens, ‘tem Palsorarcbac (2007), Wiliams exrtina otermo else, bem cece ral realidad, petnde da etinlogia de vocdbuoe para exrinar sus uss e controversias no campo das artes Segundo Willis, “a im Portia hstriea do realne S eoe da ald social fia fen un ‘sentido em gral materia) aba da erat, date edo pensamento™ (2007, .348).0 autor explica que Reale fl una plas nov 0 $19. Er adem rte (hes dca de 190 cng ede» dada de 1850. Deseenoles quit sigiiedoeditingie= @) cro ur sero part denser storcamente dbus dos ea {shee ops sds omit) como umn eo pun 1 Ger cheat anda pene cto descr nn dora do muds Sic ag ine pendent edo opto ena os [Ream com NATURALISMO oo MATERIALIS MO wt a) conn una Seco date eee coat come ci realmente i como sais Se goumtunn que fone vam btn enim ‘me pl emo ¢ cur donk aga spe eres qn veo vs prem © poe {Eines 1860) 6) ome utero pare dee Soe cu ame ade sean ea ere pei ‘Gru do ceaponal de epeenara emake “Compromise de decree steep ras nat {Scuem el como resent exe. (Wit, 207,» Bu Geno oa ara Willams, do surpreendeofto de que tens havo contrvér to violenta emit eae confss,sobretud em relao ao sentido ()-O tuto sblinha que atualment, os eentidos (3) () podem ser descartades, pois) € uma referencia hstrca fsoladae espe, enquanto (i) te tm pita eu sentido ausumido plo matrafimo.O sentido (i, verte Wilarscontnua importante no wo cotidiann (2007,p.344),enquant 0 sentido (x) permanece sna eo 0 mai dif pos {ape tr oan ns te mrt ‘Beme id un sede emaroceate deo ean [he007.9 38) © sentido (in), conformeexpicad por Williams, evoct no apenas Sela de elms tb deforma “uma eas pia que €ndierente fcertumente, devil dos objets da obserasi mas que coneche [pean essncias on entidades morta" (Winans 2007, p.345).O v0 de relzeconno conceber,epiea Willams“. tee inicio no S17 € tor ‘nou comum em menos do S18: ‘um ato da imaginago, que cone 0 aconecimento, io importa quto ft, ou 0 aprxima, no importa quio remot [Johneon, Ramble, 60, £750] (Wintsass 2007p. 345) 'A partidos seats atrbuidos a0 temo relsmo, sbretudo as ates literatura (v)yemerge concep de els como dtd atitude era [owe sentido, Willams advert A hice ¢ pariclamente agua quando omsidernos (co realamo mart tert gulmeste um mor een ate gen. Como ate, dstinge-e do RO- [MANTISMO (oa dessus imagrios ou METICOS (ydcoa quem so do undo rea Ow par eset tim metodo nua ey, um temo elaine = a8 pr geno ny agen a ager 0 reoitcaente {Sinn a deni «apr so vethartes 3 ‘ik, donot realamo- ulnente um erode cen (emg nese ede: (0 qe € dente ou ep ‘Sota € vino apenas spercalmene, em tos de Sortcietsion nd edad iter) em ma ‘Bena ss oe da mesma cbjyssb mas oa eis °F entinetos ines mmmenos isto scais Jaljcmne= usd sie acs oberg coma gue SSoioercmentemprocntdon our to sbaueanete ‘eprom cro ar as sce, de modo (run vealino “de super” pode oa verde perder s- als importantes (0 muna shjelo bane cree, Sci MIDIA) no gual ena REPRESENTAGAO (6) Somes lng oa int ou Be, ¢ ramen “itync dv ojos epresentadr nel Jeo que fo {k"representago neon" eroded, ft mchor das pts uma come asin pectic lan p wa feng ee ot fir tomar amo fea ana de REPRESENTAGAO, (Wises, 207.46 Garo orignal ‘Wiliams observa, ind, a aon de realsmos mai especiaizados, como real picoigco ou realism socialist, Poderamosacrescen- Naiseriinmnsoense: tar ainda oreaismo poetico eo elim marwihos, entre outras mani tage, o que reforga a pluaidae og heterglossa do concit de als [No dmbito dos realsmosespesiaizados’, Wiliams asinala que [a ella ag € vi nfo como uma aparéca tin, etscomo o movimento de fora polis soci ou fs reais ompromine conan decom rene lave deset le, Porano le pode ou inci ‘Mog ou epresetaio relia de tagos eto (Gavrap. 6-347. Giorno rig) Com base ness oberg, perebe-s a mutibilidade eHub edo term realism enquanto categoria esttcn Tendo em vista plural (Se do term —obviamente também no campo do adiovstal — parece Sule pentinente aia propsta de Willams acerca do reaismo enquanto ‘nade atitde gral Tal abode comport ainopeso de mips max rifestagtes do eao ators e prin do cinema do anova, numa tentaiva de maior aderéaca 8 complexidade do conc. Inline, para lem da ideia cde elit como métodoe atid gral gostaria de propor realism no sentido mae ample deinen ou programa, metodo € esos [seas mma ea acerca de um modelo. Ness enti, os vero mes crentalmentectados neste trabalho podem ser representativs de dife- ees intense on programa realists —~ asim jostticadas us substan Ciera estes em termos de méado atta goa Acontrotsin sore a ein na arte prose: Jaabon, Barthes Ca- Em “Do realise na arte” (2013), Roman Jakobson investiga 8 des tizamentos de sentido da adjeivasto “reali, bem como taler o dois principais fitores de fagliasio do selismo enquano categoria extivel © relativsmo ea ambigudade. Ese Jakobson asnala que oemprego der nado do temo “elim, de contesdoextremament vg tev conte ‘quéncis fata aera ena histea da arte (2013, 110) Pa 0 eco dato 0 eins? E mec sia gu ado com seine pours a ‘Sus fckdone posed pin oo mie Ge eoniniien {Decor rans ola qe tops veo Sipe 4 nabdde bon de fsa Erodes sBigalae 1 "Hiatt de um api, de ua tend, to & hana ens a qr toren gta poo ces veri igi 0 2 Chama eit aces uc quem ls pre come ‘conn aga nl Ni primie Ccmnrorgno joa de mani ia Senerronpundoe dosaved sme pes. A st ‘Hae cninde dpedamcrs ne de sed So ‘eo sel As contovssias so param af Jakobuon idence mance par ot sents A e B de realamo, em que Al resume 4 tendénca do atta em ‘eformaroscinonesartisticos em crs, fo interpreted como moe pr ximidade da realidad; A2 representa 0 condo ist 6 a teen con servadorano interior de uma twadiao, toad como fdelidade & realidad; BI pressupce o extn ou observar como “evhiconiria” em rasto de teadgdes arcs qual perebe a deformagio coms uma moe aproxi- ‘masio da realidade, Bnalmente,B2 rete a condigio de um obervador ‘onservador, que v8 a deformacdo dos habitos attics como uma degr- aso da realidad (2013, p. 114) Alem dessa nuances Jakobson dentin sind as possiildades Ce de concepdo do termo aio’ bem com ‘rentals intereinbios,sobreporiges, difrces confuses ene ot ent- ‘ds A,B,C eD.Jakobson mio poupa unico em su testativa de provar 0 1 rs sees aati eg ote : | 2 . rlatvismo da categoria “elim. © tedricoassimala que At, A2,B1 ¢ BZ so totalmente relatos. ‘Asim oe cotnporigo dex eo ali ‘moun Deleon atc Debs em Erno A {es Rano aldo Rei aio a lor ‘Sos mu ode Lane: ip do ane ‘Sto ule psa wr coi um ete ‘Semi. Agee uc set eines Je Racine 0 ‘Stmmmtnem Sober 213 p11) Ramo i concaso de seu exame, Jobson entenci “aa moti em que os tesco ¢ 08 historiadores da are ( vbretao da itera) nd ‘Eeenguem a dierent ogee disimuladas go temo “reas rata no como um sco de profundidade infita onde tudo se og: nee se pose scorer quaker coi (2013,p. 121) ‘Ciow don deslizamentoe «que eth njeitootermo “ealisms Roland ‘Barthes concenta-e nua invesigajso das ransormagécs da categoria a ‘erosimilhanga em va propost de “feito de rea". O ena de Barthes, de 1963, demonstra que ner sempre a verosimilanga eo elmo param ser superpostos —averorsimillansacm rua cep mals antiga ou cscs ‘eta, no undo, reat ao fcral e egia qu hoje tesemos a jugar como real al car cli vie tt om Je uc ral no poder contin a versa [nee poner verossahans nonce do que 0p ‘vel entrant yt ini (do public); Nile {te Nio we deve lars cou como st gn mess, tem tase m cores al ees oh ‘ina apenas aul gue dela aber gue lc 6 o~ Tents m oni porque ela eral no pica 0 qu + Finisar [-] Por es tes fas pre hiring ig oelme moder por ‘so memo bm nace uma nova vessmihags qb prectumente o eaimo (ete eto daar qu st aniages eins plo frente). (Banta, 2012p 1) Similarmente a0 que Jakobson fz com a obra de autores usos, Bas ‘hes examina 0 “no exncial” as narativas de Flaubert ¢ outros autores {do relismoIterdrio do século XX. A investigaso desis cements viral: mente nto essencais 2 murat, desrigbes pormenorizadat de censrios 08 objeto, astra argumentago de Barthes em fivor de um eeito dere" [Ne moment meeno em qos ja denote hs et Ite detent ol nda als finer ne do ue ‘igi oboe de Fob equa port de Mi ‘hele ial do diem mais do qu o eit: ome ek ‘x catepaia doea (no ost oer ong) (qu denn iin; our pala propia care do ‘lgilcado em prove no sé do referent toma eo ‘te meso delim: pre une dre fda ‘mento des rernimangs inconfes te fora ete (toda a bes conte Se moderate O12 p. 90) (© efeito de el de Barthes poderiatazer embutido ems acto do relaivismo realist apontada por kobson, be como a itefuaiidade do reaismo conjuada por Popper (2010). A opiniso de Blas Canettem ensao de 1965, nlp toma ramos muito distant, Segundo Cane (2011, p78 (0 reanmo, ose tt fo um mend pra coogi ‘ relde paso rae Tide tee, os er por {eee nad exci del nem evr de core ete ‘nem de commen mor burg, Et er eae ‘al como a vam alguns espits aber sem precaceos Aboserlo uk Mas eno nto vam ado qu, als het {ol evdament emu po ageless cooteporinest {ecient festa em exer orn Snccrcnte magna Reemerge em Canet a idea de reise Bierkeo enguato mod, ‘como em Wiis (2007, 346) Porém, Canes investiga a transform= {es do concito de elisa Aa das tansormayiestecnogieas nso Suas impresses podem ser partcularmeate des 2 este tao. © ator sublina a inféncia das ici sobre a nojo de reaidade — sobre a nogio de realidad “mais eat’ ‘A ie den eat vide: 2 nia ow mals prin ‘nent sens tt, Os rrances relists do clo Eat cram cn en tom grande empetadas Bal “2. preening ect + eid burn de ‘tania to eta quarto o aol» fia com 0 ino ‘ima Sox amg ease mn Baton da sci Em eu munis sobre rans epesmenta Zola apis for ‘mente algo Clade Berard cits por pga me (he Indion& ede del mine prime) A Inge deserts no eect je ‘Aeyrdgar nai neta plora com la (eet sia ‘ip dedi parr dl o abe o fia de var Gat ‘as geal amir), Conta, hi como car {omen de qu aplo4méoder ov eas enias rowepe sempe xin: dee ent jmaiteve ur i, Gore 3) ‘As plas fins dese texto de Canetti podem ser relacionadas 3s teovas els evndicadas pelo cinems, bem como, em outa che, 20 ‘cinema de igo cents enquanto fantasia contemporinea de ipa realist Tanto em un avo como no ozo (0 zaismo cinematogrio 0 Cinema de fo centicatalver sj vid «alien do seguinte diag- tio de Canetti ‘Maso ue gustaria de acer ag nuendo ea dio cei, des mtodoreticos, sb ead tn ‘el. Os prceineots tien enguato aioe de [bons em que ch vez telnet ‘wm coniem purses eatin da eliade [-}O tor das atid eeonbecientos "spina? dec tp thine, Medes e pense ized an de des cd ‘ez manors Uma pute crescent do rato da te noe ‘tomata por aputhor mais conf que ne O conto Teer sobre tod ¢ quale isa ve de sn exo. Garp at) Ainda segundo Canetti, (o} eminem da cxpeisizaeo cant de on das om oresiments deus Areal ¢ vidi ‘ide apreenelapr deren ean om ae Inesore waded 201,982) (© impacto dessa movado histcca pode asumircontomos dferen= Cindos sobre superficies divers. No cso do pensamento realist em cinema (Sige Kracaver, 1997; Andé Bain, 1991; Stephen Prince, 196), a exa~ ido presupteobjeidade e ager capacidadesttazantes, No aso do ‘nema deg cient, a"alidae” dor dado forest dase para A cspeculgto ea utopia Realiomo «fe cntfca icp cents ereaismo podem ser das eatgorasaparentemeate ‘tances primeira vista 20 um prsma conserva, pir tema “fice cients’ pede se interpreta como im xition, una contradigdo «em termos, Mas recturasconceitanstém aberto novos horiontes nest 15 cos centre aor. popcie teats “ eae lscusioe neste trabalho, tentizemos demoaswar como fio cents ¢ reaismo, especialmente no cinema, podem ser interlependentes, conven «do imbricados hd mito repo. Em outas playa fig cemtfcachega mesmo a depended un eteminado tipo ou nivel de reasmo pars a consecsio de se “fst” ‘Tecursivo Tal eonsatagio emonta a abalhos ds anos 1970, pelo menos Em SF To oer side of rei (1971), Thomas D. Clareson utr atone: inwenigar 4 erature 0 sinema de cso ceneica mostando que, ma tmaiora das vez tl gEnero to identifado com a fantasia nose define tendo em consanteconato como elmo Iris ¢ audiovisual em at ‘arias formas estratéias, Em “Realism and Fantasy’ Jlas Kagactitak (971, p. 29-51) investgs or mecaismos narativseextios da “asia ‘ealsta modemaccdental — 0, simplesment, iene ton. Segundo 0 auc, ‘A cones de dena fanaa ta com a Sa € pr ‘mente eens pelo fo de gue el proce de uns {eon de este pr eet chara "hubs cet Feo — gm out panda modern apap do Tai tino. peimente nim gue cents ua bus ot (deca (Racantese, 97sp A) prosaic sea fans tao ne “to ent pou apes Ake totes inertia de deems spose et ‘ea ate ma ep ei, lei Serve cm ‘eta de tenia de ua vio gral de manda (971, ea) [Em seu exam dos mecanismos Funcionis da “fantasia realist mo- ema’ auto investign 0" principio da premise” (single premix) (p {85-4}, quale efre a narratives em que um nico fat, personage elemento fantitcodesencadeia toda uma sre de eventos logicamente eadeados, m oposiglo 4 naraivas de “sila pris”, povoadas Por diveros fits ou elementos fantisticos.O romance Franken or Te Modern Prometiens (1818) cde Mary Shelley, podria istra o principio da ‘remiss tc. Kayalisi conclu afrmando que". o principio da pre- ‘mss nica fio principal pnp da farts inlnads peels! Fok sravés dese principio que se expresiou, na ear esttica, uma concepgdo sd unidade do mundo!” (1971, p50), Darko Suin(1979,p. 242 passim), pr sta ver, destacs na ertice fog cena seu referencia analigico ao present. Tada ano de Savin base no reconhecimento dove elt do géneroemibuti em seus conceitos de nooum e sua ferns & cognigt (1979, p81). Com iso Suvi lang lar de wna + vee artculass (atic) entre as dimen ‘es reat fantintcn do tet defo catia responsive pea gera= ‘so de uma sinter, bem como a histrcdade do nova e por extesan da rnarativado gener. Adante em sua asl de corte marista-esratualit, Suvin asin que (de ee otto pineal deg tar naan So teem ram alto eg Bs ‘Scns importante Com mado pestemen es 3 omar vnc do qu pens eal {mum coment rendement sme pa tien Para Suvi," sto cenit se distingue pea dominincianarativa hhegemonia de um noown (novidade, nove) fecional, valida pel ig ‘a cognitvs (p.63).O necum poe se qualquer apurlho engenoca, ‘ica enimeno, locaidade espazo-temporal, agentes) ou personages) ue venhalm) a ntoduzir ago novo ou destonhecido no ambiente emp "eo tanto do autor quanto do ear implicit, Em sas prprias para econ cc elitonwnianiane Qyuoatamenta ina posta (nw) plese de rseconhega qu aalegoriadesempenka um papel vial na mimese da fyso ‘enttca (2010, p80), para autora, ago centfca€ mimeae real ¢ to sega, A defnigo de Chu oper numa moldrapouco ual no ttamento da fost centifica, Otro, conforme posto pla autora, ¢ uma qualidade ra- ramenteasocada a0 géneoenquanto a epesentasio mimetic frequen temente considerada uma qualidade antttica da Beso cents (2010, 73), Um segundo fitorprocedente da definisio de Cha diz epeito & tlassificasto dao cietifea como modo em gar de genera. Ela expica «ae pefereapalivra “modo” porque trata de um coneeito mis expaiv «menos determinivel do que o remo “géato"(201,p.73).De acodo com [sl Septic sed“, poe mir una ie Se dermis eens? are Cer, ate cones 8 em po cin ager adn i, peome nce com cr a ofc Fon 2010;p. 73°7) ‘Aida de “toda x quale de “moda” mplica uma nora si Alexie e adapeaia para «anne da fo cent, maleate ter ‘midadae contemporines« ao interest, para além de uma teri ms convencional de gnero tel. Além dso conceit de modo pace at stlaquado 2 uma abordagem da ogo entifica como wm regi de repee- seataglo mais amplo edifiso. ‘Asobseraes de Cha sobre o uso do tempo presente edo clitco em livetsos textos recentes ou contemporineos énepiraorsmas dicate na ‘medida em que sun andl se asserela ums bem- soe buses pop dees demasiado genéricosaplicivels a outros contextos también. Po outro lado, 0 equcionaro realizmo ea fo clentifica nam mesmo owinuum, Chu prope um amiga dea dae categorie nim vist ep, Desa Serr, wea modelo tetico pode or Gti e wl ear coroborr alee eis aqui sugeridas com repo Be articuages eae realm © fs dentin no nema, "No tant, deve- obser o quanto as propose ideas de Chu no confguram,estamente, uma rupura com modelo antecedents senda ‘verdade, ubutrias em larga mea do pensamento de autores como Tho- mas D. Clarion e oppo Darko Suvin— lembreres, por exempt repetdaseferéncae dessa autora estanhamentocoritivo — 0 quae Ihviam langado hz sobre as relages entre reaismo efsiocentifica com butendovsdes conservators e reducionstas que tomavam 0 gener como mera fantasia escapist. A economia proposta por Chu para "mode" eso ‘ent, arial em tomo das qualidaesdeindorasda"imese ie? (Grimms) sobce um vetr realist conauo, vail em ung da bua ‘ov altaintesidade de energia dedicac epresentaso, contin, em aga ‘med, riba de modelos antecedents, sobetudoo de Dako Sun. Em resume modelo roposto por Cha parece apenas revista iia neeriores em autos termot. A propota de wma reviso © mesmo de um svango em slasfo ao modelo de Savin parece contradia plo recuto con tant concep de esanhamento cogntv, Além dis, os agureatos Chu sao fequentemente vos, suas andes consideragbesexcessiva- ‘mente generalists airs seletivas, Pawel Frei (2011), em resenha ovo de Chu, observa ilo apenas a infuéncia do vis etraniaisa sobre © tabalho da autora, mas também a asinca de uma resto mais apo fandadaeabrangente a reipeito de modelos tesco contemporiacos, Ease tutor aponta una sia de defcénias no que diz espeito is principals ees, ‘aos arguments, bem como a metodo empregado por Chu — resultado, tale, de um esogo de investigaio exessvamenteambicoso (FRELIE, 2011, 9.29), Propostas mais pomisorastalverpossam ser lcalinadas em taba thor bem menos ambiciowos que ode Ch. Em “Oa the ‘Double Vision of Reals and SF Extangement in Wiliam Gibsous Bigend Trig’ uae ‘Tomberg (2013) examina deidamente "dupa arial" entre realism fcgto centifica (manifnta o estranhamento cognitive), tomande como objeto os vos Zw History (2010), Spat Country (2007) Putters Rea oe (2003) do excitor William Gibson, Segundo Tomberg, na ross da rs obras eupractadas ax tendéncias tenérieas do relma eda fo centifica tem convergido qultaivamen- ‘e:0 mesmo texto, ¢ todos 0 motivo 1 presente, comportam-se come Pluses tanto do ponto de vista do cotidlno quanto do estranhamento ogitvo (Tomberg, 2013, p. 263). A convergénca expects entre reali 1 tne cneaapte eds eects cetampai mo eso cents, debut pr ese autor ¢admiidamene afta por {ois fatores omtemporineos enize tos: (1) 0 recnfeinent tere ti tano recente, das posges elativas da Bo cinta € do alin tno cisterna contemporineo de géneos, e (2) uma cera “condi” do Faurono present, Sobre esse segundo fitor,Tombeng ita ts autre: be tin Cacery-Ronay Je para gem o fra fem “colapsado ao presen” (varie Fn, Veronica Hollinger, segundo a qual “Ta}fyiocieitics fa leratura da dang mas a muaaoga € exatamente 0 que deine fprcente hoje: Prtant 1 feo entice nfo mais get o atu como garde diferenga gift” (2006,p. 453). Ballard ator dod owtic de que Talos ancxamor o fut em 2085 ppt presente. cons? heramcate uma das divas alteativasabertas a nie" (opud ToMEaG, 2013, . 25) “Holliger antecede Tombergem sua proposta de uma dpc kuna vida do romance Pater Reogiton, tanto como cso centfica comm Tealito mainstem, Nara por meio de ores no tempo presets a tora dene romance rancor nm pasado prétimo,o anode 202 - © no to fru ptximo,fequentade por otros romance de Gibson. Tomber porn ex expanc a proposta de Hollinger (de Patra Region ata log igen de Gibson), bem como amplfiaa adie de uma ental ‘Convergci entre reaismo feo ientifinnaiteratura contemporines Porous verso autor explca que (se So cata o aso ti comaent do ‘Seats como plo poor nu oni de eso” ‘relimo tr pe represented au que eno € (6 ‘cli resend jo seta pou a em “veto pn ago gu sed (fare mas pote (Grameen 2013,p 279) Teg. eas Tila gd xp egos po ie an ne ee sents 204 Mea de fcr fl, prposta por Cscrery-Ronay e citadn por Tomberg, ‘trea uma eondigho “na qual um tempo fare mais aldo daqucle em que existimos eesothemes, infect o presente hospedeiorprodusindorse em smalacos at destruc todos o¢crnsitos[dromye] da imaginago hhospedeint (1992, p 26). A diagnose ctrl de Cscvery-Ronay iste, «om iro x condo ps madera jt sponta por Pedic Jameson = Peemanéncia de um eterno” presente, er com a tual cao da ego ‘entitfica de representa nossa inepacidae de imaginar un fare quali tivamente nov (1982, p. 15), ara firsdamentar sua sndise da obra de Wiliam Gibson, Jak Tom- beng remete também ao modelo tirco proposto por Sex Young Cha (2o10), 0 ator esplica que a proposta de Chu bateiase na nogio de Cal Freedman de que quslquer tipo de representasio contém necesariamente ‘cognigdo © estranhamento em alguma medida, ¢ dessa manera, qualquer ‘ipo de rereentasio sera minimamente realist tato quanto mini ‘mente “ieci-fecional”. Canforme visto anterinmente, Ch ste rele mo ¢ fio cinta no mesmo exo de representa com base em seus ‘especivs" gras de intensidade™ Em resume Tombergsentena (sao «em Chu) que, "fahum nivel esrtamentepodtic, ent, reso © FCyem Princpio nfo poem ser diferencias" (2013, p. 272), [io estou convencido de que elim fgio dentfen posam see situador num mesmo eo de representaso tratados como una questi de gr embor admita qu o abo de Chu Tomber jam particular. ‘mente elucidativos no que se ere andlie da sticulago etre reasmo € feyo cinta e&superago da vehasatinomia ene os dis ermos. Een Principio, incino-me a prefers um modelo qu, de fata considererealsmo « feo cienfea como categoria gradatias,porém aganizadas em tora ‘al mud of rai) 0 coher tsmagico «0 bones ‘evento eee so rede como apreem 2 un mcm com dom da segunda vio eum exon, rerenamene (1997, 9.92) Ve a pena notar que éustamente sobre o cinema do braicro Al berto Cavalcanti, autor de Filme « Reldade (1977), que Kracauerfun- damenta seu argumenta. © epiio em question filme Dead of night "The vetiloqusts dunany, digido por Calan. O normatvismo de Kracauer pode « deve ser tus mioucossmenteexruinado num 4 ‘undo momento, mas sua invocagio nest trabalho ven ajuda a exclarecer (0s Seguntsarpector: (1) embor alee menos fequent csfisticad que sua contraparte litera a disusto see elmo eft oa ealsmo © eso centifcaemergi no campo dos etads de cinema hi tempo rod ‘eh desde pelo menos os anos 1960 (lembemos de Kracauer e Met, entre ‘utes; ¢ 2), ao conto do que te veifcs no tmbito ds ecudos br sileros de cinema e audiovisual, a puriciorealismo/Fantasia ot reabsol Figo ietia € muito mai dir, revit reltivza ene or autores strangers que se debruaram sabre o tema Cones ina om bac de ms tasonamis do realise cinema de fie entfce ste waatho pretends estabeleer um Bame entre o studs ber tos € os estuos de cinema e audiovisual no que di reseito a yma and se mais detida da contoveriaenvolendo realismo ¢ cso cetica — Primeiramente no campo da Reso centifca Incr, depois no da fsto ‘entific audioveul. Una segunda capa desta pesquisa consentrase- sobre lmograias espeiicas, 0 send de identicarem quai mes pode ‘mene a problema apresentada PPranto, tomando por base a furablidadee malebidade da cate- sora reams aplicada sates em ger « 0 cinema, em partic, 1 surpreende que dferesesestatégias realists posam ser observa no ‘nema de Beso cientiea mandil de divertos perodos. Por explo, 0 194 Cae chentpscore nonin: egos omens cenamncscneneeaee realismo autentitrio de inpirsde documenta presente em fines am Plamente baseador em sonar enti, como noe casos de A Mulier na fa (Fits Lang, 1929), Denton men (eving Piel 1950),0% Panta ‘Bur (Pavel Kloshantex, 1962), pode, nalmente, deriva um realism autem ticattio de emul document, comm aa oa de Peter Watkins rete de The wargame (1965) 08 no cinema de Neil Blomkamp, como er ive in Joburg (2005) 04 Disric 9 (2009). ‘Out tip de ealsme cinematogriioobservivel no cinema desi Senta remete ao persareno do eco facds André Bazi, Exerplox {ko realism baziiano presents no cinema contemporieo de iso cen- tifa poderam ser asim enconrados na bea de Alfonso Cuan como em Files da Esperanea (Chile of men, 2008) ox Grvidade (Groviy, 2013) ‘A aplogia da profundidade de campo e do plano-equénca(auslmente favoreidos por inovagiestcnogias, come aeamera digital que dispensa 1 peicl)paoceconimar-e no cinema de Cuatin. "Ainda otto mata de estate realist pode ser observa no

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