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AUTORIA – Mateus. Seu nome significa "dom de Deus". (Mat.9.9-13; 10.3 Mc.2.13-
17 - Lc.5.27-32). Era também conhecido pelo nome de Levi (Associado). Era um
judeu cristão, discípulo e apóstolo de Jesus Cristo. Antes de ser chamado pelo
Mestre, exercia a função de publicano, isto é, coletor de impostos para o Império
Romano. Os publicanos eram tão desprezados pelos judeus que não podiam falar
nos tribunais, nem se aceitava seu dízimo no templo. Sobre sua autoria em relação
ao primeiro livro do Novo Testamento, tem-se o testemunho de Papias, bispo de
Hierápolis (Frígia), do 2o século d.C..
DESTINATÁRIOS - Judeus
PALAVRA CHAVE - cumprir (Mt.5.17). O Novo Testamento não deve ser visto como
oposição ao Velho Testamento mas como seu cumprimento. O verbo "cumprir" e
algumas de suas variações são encontrados em muitas passagens de Mateus. Ele
pretendia mostrar na vida de Cristo o cumprimento das profecias do Velho
Testamento. Sobre a lei, Jesus disse que veio para cumprir e não para revogar. Isso
significa não apenas a obediência de Jesus à lei, mas também indica que, em
alguns aspectos especiais, a obra de Cristo representou o cumprimento último e
definitivo da lei, a consumação. Podemos afirmar isto, principalmente em relação
aos sacrifícios de animais, cuja determinação teve no calvário seu cumprimento
suficiente e eterno.
CARACTERÍSTICAS E CONTEÚDO
Narrações breves – Os fatos narrados são poucos e sucintos, já que a doutrina tem
prioridade.
Sem ordem cronológica – O livro não apresenta fatos e ensinos na ordem em que
ocorreram ou foram ditos. A ordem só é seguida em parte: no início do livro
(nascimento, batismo, tentação) e no final (última semana, morte, ressurreição e
ascensão). No meio, as parábolas, milagres e ensinamentos não se encontram
ordenados cronologicamente.
O evangelho de Mateus contém 6 discursos de Cristo: Mt.5-7; 10; 13; 18; 23; 24-
25.
5 - Os princípios do reino - 12
4 - As censuras do rei 23
7 - O triunfo do rei 28
ESBOÇO COMENTADO - Todo os esboços de livros bíblicos dependem muito de
quem os elabora. Podem ser encontrados diversos esboços de Mateus diferentes
entre si. Isto se deve ao fato de que o texto original não continha divisões em
capítulos, versículos e blocos como temos hoje. Assim, o presente esboço é uma
entre tantas maneiras de se apresentar o evangelho de Mateus. Scroggie trabalhou
sobre o tema do reino. O esboço mostra o conteúdo de Mateus como a
apresentação do reino de Deus na pessoa do Rei Jesus.
Ainda no capítulo 5, Jesus fala sobre o caráter do cidadão do reino de Deus. Logo
se observa que tudo o que ali se encontra é contrário aos ditames mundanos. É por
essa diferença que os discípulos podem ser sal e luz (Mt.5.14). Sendo positivamente
diferentes, poderão ser força de influência. O sal dá sabor e evita a putrefação.
Porém, se o sal vier a cair por terra, será pisado pelos homens. Este é o caso
daqueles servos de Deus que se tornam motivo de escândalo e vergonha para o
evangelho.
Quanto aos discípulos, Jesus os envia para uma espécie de treinamento. São
enviados a pregar o evangelho do reino e operar milagres. Sua missão estava
restrita ao ambiente judaico. Estavam proibidos de se dirigirem aos gentios e aos
samaritanos. Tais pessoas não estavam eliminadas do plano de Deus. Entretanto,
para tudo há um tempo apropriado. Os judeus tinham primazia no objetivo de Cristo.
Por outro lado, os próprios discípulos ainda não estavam preparados para fazer a
obra entre os gentios e samaritanos. Em Mateus 28, Jesus lhes dá a ordem de
pregarem a todas as nações, mas não sem o revestimento do Espírito Santo que
lhes seria dado (Lc.24.49 At.1.8).
As parábolas nos mostram essa mistura até mesmo no reino. Trigo e joio crescem
juntos. O reino é também comparado à rede que apanha toda espécie de peixe.
Contudo, Cristo avisa sobre o juízo final, quando haverá a separação. Isso se mostra
também na parte profética do livro (cap.24/25), quando se fala das virgens prudentes
e das néscias, do servo fiel e do infiel, dos bodes e das ovelhas. Nesse ponto, Cristo
é apresentado como juiz, pois a ele cabe a decisão que separa os bons dos maus.
Apesar de mostrar essa diferença entre as pessoas, Jesus não apresenta tudo isso
como um quadro imutável. Há esperança para o ímpio, o joio, o injusto. A palavra de
Deus, a santa semente divina, nos é enviada com o propósito de nos transportar do
império das trevas para o reino da luz (Colos.1.13). Todos nós éramos, por natureza,
filhos da ira (Ef.2.3), filhos da desobediência (Ef.5.6; Colos.3.6), mas fomos
regenerados pela palavra de Deus (I Pd.1.23). Foi enxertada em nós a semente
bendita do Senhor, por meio da qual somos feitos filhos de Deus (João 1.12).
Outro aspecto abordado por Jesus é o crescimento do reino. Ele começa do interior
do homem para o seu exterior. O reino de Cristo começa nos corações, mas no
futuro atingirá todo o mundo (Apc.11.15). Outra figura para o crescimento do reino é
o fermento, o qual não se vê, mas apenas seu efeito é notado. Nota-se novamente o
aspecto do reino com algo interior, oculto, guardado no íntimo. O mesmo se observa
em sua comparação com a pérola e o tesouro escondido. Nessas parábolas,
acrescenta-se ao reino a característica de grande valor, ao ponto de ser sensata
toda a renúncia que se fizer para alcançá-lo. Tal renúncia não é compreendida pelas
pessoas, pois não estão vendo a pérola nem o tesouro (II Cor.4,2,3,4,7).