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Resumo: Curso de Direito Econômico I – por Renato de Freitas S. Machado
Assunto:
CURSO COMPLETO DE
DIREITO ECONÔMICO
I
Autor:
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DIREITO ECONÔMICO
CONCEITO. OBJETO. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA.
Para Washington Peluso Albino de Sousa, Direito Econômico “é o ramo do Direito que tem
por objeto a juridicização, ou seja, o tratamento jurídico da política econômica e por sujeito o
agente que dela participe. É o conjunto de normas de conteúdo econômico que assegura a
defesa e harmonia dos interesses individuais e coletivos, de acordo com a ideologia adotada
na ordem jurídica”
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Ditos princípios é que determinarão a forma de valoração dos fatos econômicos, o porquê de
valorá-los desta e não daquela maneira, a forma de conciliação de fatos aparentemente
antagônicos e eventualmente a prevalência de um deles sobre os demais.
II - Objeto
Por fim, devemos completar a definição de Washington Peluso para incluir no âmbito de
estudo do Direito Econômico a análise do papel do Estado na economia, seu maior ou menor
distanciamento da atividade econômica sua atuação enquanto órgão regulador, órgão
responsável pela defesa da concorrência; ou como agente regulamentador de mercados e
agente econômico. Assim, o Direito Econômico estuda também a relação entre o Poder
Estatal e o Poder Econômico.
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FUNDAMENTOS
Trabalho humano e Livre Iniciativa. A CF art. 170 declara que a ordem econômica é
fundada na valorização do trabalho humano e na iniciativa privada. Quer dizer que consagra
uma economia de mercado, de natureza capitalista, pois a iniciativa privada é um princípio
básico da ordem capitalista. No entanto, embora capitalista, dá prioridade aos valores do
trabalho humano sobre todos os demais valores da economia de mercado. Esta prioridade
tem o sentido de orientar a intervenção do Estado na economia, a fim de fazer valer os
valores sociais do trabalho.
FINALIDADES
I – Soberania nacional
II - Propriedade privada
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O direito de propriedade deve ser exercido de forma a buscar sempre condições vantajosas
para a comunidade, sem contudo sacrificar a própria vantagem individualizada a ponto de se
tornar o próprio direito ilusório. A propriedade vai sofrer restrições por parte do Poder Público
por finalidades de justiça social, quando não estiver cumprindo sua função social.
IV - Livre concorrência
( a ser aprofundado no ponto seguinte)
V - Princípios de integração
Defesa do Consumidor Î Também elencada no rol do art. 5º, tem o efeito de legitimar
todas as medidas e intervenção estatal necessárias a assegurar a proteção prevista. É uma
necessidade, dado o avanço da economia de escala, em uma sociedade de consumo. É o
que vai legitimar o combate ao lucro arbitrário e também ao abuso do poder econômico. A
tutela da livre concorrência, além de proteger as próprias empresas, da concorrência desleal,
deve buscar também a proteção ao consumidor.
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PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE
A LIVRE CONCORRÊNCIA.
A livre concorrência está configurada como um dos princípios da ordem econômica. Ela é
uma manifestação da liberdade de iniciativa, e, para garanti-la, a Constituição estatui que a
lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação de mercados, à eliminação
de concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros (173§ 4º).
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Dessa forma, como afirma Paula Forgioni, a concorrência não deve ser perseguida como um
fim em si mesma, podendo ser sacrificada para que seja atingido o escopo maior de todo o
sistema. O texto da CF 88 não deixa dúvidas quanto ao fato da concorrência ser, entre nós
um meio, um instrumento para o alcance de outro bem maior, de assegurar a todos,
existência digna, conforme os ditames da justiça social. Assim, as práticas de concentração
de mercado não devem ser vistas como um mal a ser evitado e os principais instrumentos
antitruste passam a ser pensados em termos de eficiência alocativa. Uma determinada
prática concentracionista poderá ser autorizada se trouxer benefícios ao mercado. E como irá
se aferir se geraram benefícios? Verificando se está de acordo com os princípios
constitucionais aplicados à ordem econômica: traz-se melhorias ao consumidor, ao meio-
ambiente, ao desenvolvimento tecnológico do país, se vai gerar empregos...
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Como adotamos um regime capitalista, nada mais natural do que afirmar a apropriação
privada dos meios de produção. O sistema da apropriação privada tende a se organizar em
empresas, sujeitas ao princípio da função social, o que é uma tentativa da CF em estruturar
uma ordem social intensamente preocupada com a dignidade da pessoa humana e a justiça
social, um capitalismo social.
Tanto vale falar em função social dos bens de produção quanto em função social da
empresa, como em função social do poder econômico. Assim, a propriedade privada dos
meios de produção e a liberdade de iniciativa só se legitimam quando voltadas à consecução
dos fundamentos e finalidades da ordem econômica descritos na CF. Essas considerações
são importantes para a compreensão do princípio da necessidade que informa a participação
do Estado na economia, pois a preferência da empresa privada cede sempre à atuação do
Poder Público quando não cumpre a função social, imposta pela CF.
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Para Diogo de Figueiredo, mina é uma universitas juris, que abrange a jazida, a concessão e
as diversas servidões administrativas que foram instituídas para a construção de edifícios,
instalações e vias necessárias ao bom êxito dos trabalhos de lavra.
Lavra: É a exploração econômica da jazida, lugar onde se realiza a exploração da mina. Art.
36 Cód. Minas: “conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento industrial
da jazida, desde a extração das substância minerais úteis que contiver, até o beneficiamento
das mesmas”.
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Intervenção no domínio econômico: Não raro se emprega tal expressão num sentido
amplo, abrangendo todas as formas de atuação do Estado na economia. José Afonso da
Silva faz a distinção entre a participação e a intervenção propriamente dita, consistindo no
Estado como agente normativo e regulador da atividade econômica, compreendendo as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento: Estado regulador, Estado promotor e
estado planejador da atividade econômica.
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Assim, pouco ou nada resta para as demais pessoas federativas, o que denuncia claramente
a supremacia da União como representante do Estado-Regulador da ordem econômica,
apesar de haver competência concorrente para legislar sobre direito econômico, produção e
consumo e meio-ambiente.Nestes casos, a competência da União encerra a produção de
normas gerais, cabendo às demais entidades políticas a edição de normas suplementares.
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4. Coibição de abusos: Deve-se garantir a repressão aos atos abusivos, a punição de seus
autores e o respectivo ressarcimento e a atuação preventiva para evitar a ocorrência de
novas práticas abusivas.art. 4, VI.
7. Melhoria dos serviços públicos: Tanto a área privada quanto a pública estão obrigadas
a prestar serviços eficientes e seguros. Art. 4 VII
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Antonio Herman Benjamin: “é todo aquele que, para seu uso pessoal, da sua família ou dos
que se subordinam por vinculação doméstica ou protetiva a ele, adquire ou utiliza produtos,
serviços ou qualquer outros bens ou informação colocados à disposição por comerciantes ou
por qualquer outra pessoa natural ou jurídica, no curso de sua atividade ou conhecimento
profissionais”.
CDC art. 2: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou
serviços como destinatário final.”.
Pessoa Jurídica:
É certo que pode ser considerada consumidora em relação à outra, apesar de haver corrente
minoritária defendendo o oposto. A jurisprudência se inclina pela possibilidade,mas tal
condição depende de 3 elementos:
a) Os bens adquiridos devem ser bens de consumo e não de capital. (deve ser, portanto
destinatária final, o que também é requisito para o consumidor pessoa física).
b) Deve haver entre fornecedor e consumidor um desequilíbrio, que favoreça o primeiro.
Se ambos estiverem em pé de igualdade aplica-se o CC. Uma boa parte da doutrina
não entende necessário que haja este desequilíbrio.João Batista de Almeida entende
que o CDC contempla tanto a pessoa física como a jurídica, não se excluindo
nenhuma das duas por terem capacidade financeira. A diferença que haverá para o
consumidor hipossuficiente é que terá benefícios especiais, tais como a inversão do
ônus probatório. Ainda assim, há quem entenda que esta hipossuficiência requerida é
probatória (menor capacidade para produzir determinada prova) e não financeira.
c) Deve se observar se determinada pessoa jurídica contratou um serviço ou adquiriu um
produto para satisfazer necessidade imposta por lei ou pela natureza do negócio
(requisito elencado pelos autores do CDC).
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Contudo, não há que se fazer distinção entre uso pessoal e profissional. Ex: advogado que
adquire livro, médico que adquire instrumentos – são consumidores. O critério é o de
ausência de finalidade de intermediação ou revenda. Já se decidiu que empresa de celulose
que adquire formicidas para aplicação em suas florestas é consumidora.
Além disso, pressupõe-se, para ser considerado consumidor, que adquira de fornecedor,
estando os dois conceitos intimamente conexos. Se adquire produto ou serviço como
destinatário final, mas não adquire de pessoa que se caracterize como fornecedor, não se
constitui relação de consumo e não será regida pelas normas do CDC.
1. A Coletividade de consumidores
É natural que se previna o consumo de produtos nocivos e perigosos, beneficiando-se
abstratamente as universalidades e categorias de potenciais consumidores, ou, já provocado
o dano conferir-lhes instrumentos jurídico-processuais para que possam obter a justa e mais
completa reparação dos danos.
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2. Bystanders
Ex: automóvel com defeito vem a provocar acidente, atropelando terceiro; acidente ocorrido
com antena de celular que vem a cair, atingindo pessoa que não tem telefone celular.
Exige-se a simples exposição à prática, mesmo que não se consiga apontar concretamente
um consumidor que esteja em vias de adquirir ou utilizar um produto ou serviço.
Um juiz ou promotor não pode esperar o exaurimento da relação de consumo para atuar
nestes casos. Por tratar de atividades que trazem enorme potencial danoso, de caráter
coletivo ou difuso, é mais justo e econômico evitar que o gravame venha a se realizar.
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Bibliografia:
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