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Como montar uma biblioteca

Este texto foi retirado da revista Gestão Educacional de setembro.


Dividi em 2 partes, pois é um pouco longo.
"Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 4536/08, que dá
prazo de cinco anos para que todas as escolas públicas e privadas do
País tenham bibliotecas. O projeto do deputado Marcelo Almeida (PMDB-
PR) considera como acervo ideal a média de três livros por aluno
matriculado, mas não fixa prazo para essa meta ser alcançada. Sejam
obrigatórias ou não, o fato é que as bibliotecas auxiliam no estudo e
aproximam escola e aluno. Confira nesta reportagem detalhes de como
montar uma biblioteca para instituições de ensino, tornando-as mais
atrativas e estimulando a leitura.
Para criar um espaço de troca de conhecimento e tornar os alunos
assíduos, a escola pode apostar em algumas estratégias. A
biblioteconomista Andrea de Oliveira Alves, de São Paulo (SP), afirma que
o processo começa com a análise da faixa etária do público e de suas
necessidades. É preciso verificar o perfil dos alunos: a classe
socioeconômica, o nível de escolaridade e se há estudantes deficientes
visuais ou motores.
É preciso contratar uma pessoa para organizar esse local dentro da
instituição. 'O bibliotecário é o mais apto para analisar o público e possui
códigos para catalogação e classificação do acervo' afirma Andrea.
Também são funções desse profissional: desenvolver uma política de
coleção de acervo e usá-la constantemente, organizar os materiais para
que sejam encontrados posteriormente, elaborar e usar vocabulário
controlado de acordo com seus usuários e prestar o suporte necessário na
referência ao usuário, ajudando-o a desenvolver estratégias de pesquisa.
'O bibliotecário também é o mais hábil para contornar qualquer problema
relacionado à falta de estrutura ou de instrumentos para a execução do
seu trabalho. Na falta de um código de catalogação, por exemplo, ele é
capaz de criar um que lhe atenda e sirva aos freqüentadores da
biblioteca', esclarece a biblioteconomista.
Os livros devem atender as necessidades dos alunos: não existem
modelos de bibliotecas prontos. Tudo depende da realidade do público,
porém, tratando-se de uma biblioteca escolar, é indispensável que existam
livros didáticos e de literatura, de acordo com a faixa etária dos
estudantes, para que sirvam de apoio e incentivo à instrução do aluno.
O acesso à informação não pode ser limitado apenas a livros e
materiais impressos. 'Há diversos suportes que permitem uma maior
interação do usuário com a informação, tornando-a mais atrativa, como
suportes virtuais (acessíveis por computador), auditivos e visuais, como
CDs de música e filmes em DVDs', ressalta a biblioteconomista.
Caso exista fácil acesso a computadores e à internet, a biblioteca do
colégio pode incluir em seu acervo materiais cujos direitos autorais já
estão em domínio público. A busca pode ser feita, por exemplo, pelo site
Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br).
A biblioteca iniciante também pode contar com o programa do
governo federal de criação desses espaços, disponível no site do Sistema
Nacional de Bibliotecas Públicas da Biblioteca Nacional (www.bn.br/snbp).
O sistema é válido também para escolas públicas.
O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) sugere que o espaço
destinado aos livros seja 'aconchegante, iluminado, arejado e tranquilo,
permitindo aos frequentadores discutirem e trocar experiências sem
atrapalhar os usuários que precisam de silêncio'. Área para leitura e
cabines individuais ou para grupos também são recomendadas. Como
muitas bibliotecas não dispõem de espaço adequado sequer para seu
acervo, o CFB indica que o bibliotecário estabeleça horários para estudos
em grupo e individuais.
O estudante também deve se sentir confortável, seja no chão – com
tapetes, pufes e almofadas – ou em mesas e cadeiras. As estantes
precisam ser acessíveis e de materiais resistentes. Se forem de madeira,
com tratamento contra cupins e outras pragas que podem atacar os livros.
É indicado que as prateleiras sejam móveis, para que se adequem ao
tamanho dos livros e, assim, proporcionem um melhor aproveitamento do
espaço.
A especialista Andrea ainda defende o uso de softwares de
gerenciamento que facilitam o trabalho de administração do acervo. 'Eles
permitem controle de entrada e saída dos livros, possibilitam melhor
conhecimento dos interesses de seus usuários e evitam perdas e
prejuízos. Também ajudam na pesquisa e conferência do acervo. Para
isso, não há necessidade de grande investimento financeiro, uma vez que
existem softwares gratuitos que atendem as necessidades de bibliotecas
pequenas e médias', lembra. Se a biblioteca não possuir recursos para
adquirir um computador, pode-se recorrer a métodos mais convencionais,
como fichas de empréstimo.
Além da leitura, a biblioteca escolar também precisa ser dinâmica e
oferecer atividades culturais, como grupos de estudo de obras literárias ou
das matérias em estudo. O espaço pode permitir e incentivar o diálogo
entre os alunos, dirigentes, funcionários e professores, além de incentivar
o pensamento crítico. 'Jamais deve ser um lugar repressivo ou de castigo.
Se o professor manda o aluno para a biblioteca como punição ao mau
comportamento, o aluno nunca desejará procurar a biblioteca', lembra
Andrea.
O Programa Nacional do Livro e Leitura disponibiliza em seu site
(www.pnll.gov.br) uma lista de projetos atuantes e seus resultados. São
exemplos como o da Biblioteca Pública Infantil Professora Aglaé D´Ávila
Fontes de Alencar, de Aracaju (SE), que desenvolve o projeto '1, 2, 3...
Era uma Vez', oferecendo leitura, entretenimento e pesquisa ao público
infantil e infanto-juvenil. São realizadas oficinas de narração de histórias,
teatro de fantoches, exposições, oficinas de artes, desenho e pintura,
apresentação de vídeos, concursos e outras atividades culturais. Após a
implantação do projeto em 2007, o número de visitantes por mês saltou de
35 para 400. A quantidade de livros emprestada mensalmente
quintuplicou, passando de 20 para 100. "

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