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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA

CENTRO DE PESQUISA DE SOLOS

GESSO AGRÍCOLA NA MELHORIA DO AMBIENTE

RADICULAR DA CANA DE AÇÚCAR E SUAS

IMPLICAÇÕES NA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA

(PROGESSOCANA)

SETEMBRO DE 2008

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1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO - ProgessoCana

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO NO USO EFICIENTE DE FONTES

FERTILIZANTES visando a sustentabilidade de unidades produtivas da agricultura

familiar, considerando indicadores de produção relacionados a unidades do

nutriente utilizado e a DISPONIBILIDADE LOCAL, REGIONAL E NACIONAL DA

FONTE ADOTADA.

Pesquisa e desenvolvimento em fontes alternativas de fertilizantes/nutrientes

(adubação verde, coquetéis vegetais, compostagem, biofertilizantes, resíduos de

origem vegetal e animal de sistemas produtivos regionais, USO DE ROCHAS

NACIONAIS, fixação biológica e química de nitrogênio)

2. TÍTULO
Gesso Agrícola na Melhoria do Ambiente Radicular da Cana de Açúcar e Suas
Implicações na Produtividade Agrícola (ProGessoCana).

3. ENTIDADE COORDENADORA DO PROJETO

3.1. ENTIDADE LIDER


Nome: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla: UFRPE
Endereço postal: Av. Dom Manoel de Medeiros, Campus Universitário de Dois Irmãos,
CEP 52191-900. Recife/PE.
Telefone: (81) 3320.6220
Fax: (81) 3320.6220
Endereço eletrônico: reitoria@reitoria.ufrpe.br

3.2. RESPONSÁVEL PELA INSTITUIÇÃO


Nome: Prof. Valmar Correia de Andrade
Endereço postal: Av. Dom Manoel de Medeiros, Campus Universitário de Dois Irmãos,
Reitoria, CEP 52191-900. Recife/PE
Telefone: (81) 3320.6001
Fax: (81) 3320.6001

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Endereço eletrônico: reitor@reitoria.ufrpe.br

3.3. RESPONSÁVEL PELO PROJETO


Nome: Prof. Dr. Fernando José Freire
Endereço postal: Av. Dom Manoel de Medeiros, Campus Universitário de Dois Irmãos,
Centro de Pesquisa de Solos, CEP 52191-900. Recife/PE.
Telefone: (81) 3320.6220; (31) 3892.8233; (31) 88917474
Fax: (81) 3320.6220
Endereço eletrônico: f.freire@depa.ufrpe.br; f.freire@pesquisador.cnpq.br

4. ENTIDADE EXECUTORA DO PROJETO


Nome: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla: UFRPE
Endereço postal: Av. Dom Manoel de Medeiros, Campus Universitário de Dois Irmãos,
CEP 52191-900. Recife/PE.
Telefone: (81) 3320.6001
Fax: (81) 3320.6001
Endereço eletrônico: reitoria@reitoria.ufrpe.br

5. ENTIDADES PARCEIRAS
Nome: Sindicato das Industrias do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco
Sigla: SINDAÇÚCAR
Endereço postal: Cais da Alfândega, 130 – Bairro do Recife – Recife. CEP 50030-100
Telefone: (81) 3224 7622
Fax: (81) 3424 1717
Endereço eletrônico: sindacucar@sindacucar.com.br
Nível de participação: Apoio Institucional e Financeiro de contrapartida

Nome: Sindicato das Indústrias de Gesso do Estado de Pernambuco


Sigla: SINDUSGESSO
Endereço postal: Av. Cruz Cabugá, 767, 5º Andar, sala 01 – Santo Amaro – Recife.
CEP. 50040-000
Telefone: (81) 3421 2333 R.232/234/235

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Fax: (81) 3421 2333
Endereço eletrônico: presidência@supergesso.com.br
Nível de participação: Apoio Institucional e financeiro de contrapartida

6. RESUMO
Nos últimos anos houve no sistema de produção de cana de açúcar um enorme
avanço no melhoramento genético de variedades, permitindo o desenvolvimento de
plantas adaptadas as mais variadas condições climáticas, com altas resistências a
pragas e doenças e potencialmente produtivas. No entanto, pesquisas na área de
Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas foram subestimadas e relegadas a um
segundo momento. Isto fez com que, mesmo de posse de variedades potencialmente
produtivas, aumentos consideráveis de produtividade não tiveram êxito, pela falta de
desenvolvimento de pesquisas em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, capazes
de gerar informações que pudessem nortear o manejo adequado dos solos para o
pleno desenvolvimento de variedades melhoradas.
Neste aspecto, ações de pesquisa que possam atuar na melhoria do ambiente
radicular da cana de açúcar em solos distróficos e álicos da Zona da Mata do Estado,
como os Latossolos e Argissolos Vermelho Amarelos e os Luvissolos, que representam
94 % dos solos cultivados com cana de açúcar, certamente irão proporcionar um
significativo aumento de produtividade. Assim é que o cálcio pode ser o grande veículo
na melhoria deste ambiente radicular, por sua capacidade eutrófica e, principalmente,
pela responsabilidade deste elemento como neutralizante das atividades nocivas do
alumínio em profundidade. Aumentando-se a atividade das raízes pela exploração de
um maior volume de solo, aumenta-se a eficiência das adubações fosfatadas,
potássicas e nitrogenadas, reduzindo-se custos com insumos.
Assim, o objetivo deste Projeto é gerar informações de pesquisa com o gesso
agrícola da região do Araripe visando contribuir para a reconversão de áreas
impróprias, adaptação de variedades e o aumento da produtividade da cana de açúcar
em Pernambuco, validando e difundindo o uso desta tecnologia na agricultura
Canavieira da Zona da Mata.
O ProGessoCana se propõe a trazer as informações agronômicas necessárias
para a difusão do uso do gesso na agricultura canavieira, proporcionando assim, o
surgimento de uma valiosa parceria entre as cadeias produtivas do gesso do Araripe e
a agricultura canavieira do Estado. Esta “simbiose” sócio-agro-econômica trará

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inúmeros benefícios para ambas as partes, o que dará sustentabilidade ao agronegócio
que surgirá no ex-post ProGessoCana.

7. PERÍODO DE EXECUÇÃO DO PROJETO


Início do Projeto: Primeiro semestre de 2009
Término do Projeto: Segundo semestre de 2011
Duração provável: 24 meses
O ProgessoCana terá seu desenvolvimento dividido em 4 (quatro) FASES:
• I Fase: Duração provável de 3 (três) meses;
• II Fase: Duração provável de 4 (quatro) meses;
• III Fase: Duração provável de 14 (quatorze) meses;
• IV Fase: Duração provável de 3 (três) meses
8. DEMANDA/PRODUTO OU LINHA DE PESQUISA
Produto: Cana de açúcar
Demanda: Validação de tecnologia para pequenos, médios e grandes produtores de
cana de açúcar do Estado de Pernambuco.
Linhas de pesquisa:
• Reconversão de áreas impróprias ou de baixa produtividade agrícola pelo
excesso de alumínio trocável em subsuperfície;
• Adaptação de variedades ao uso do gesso agrícola como insumo promotor da
expansão do sistema radicular;
• Difusão da tecnologia do uso do gesso agrícola.

9. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Segunda economia do Nordeste, Pernambuco tem um PIB da ordem de R$
17 bilhões (2,6 % do PIB nacional), equivalente ao do Chile e superior ao de
Países como Paraguai e Uruguai. Estado onde a economia açucareira foi a mais
expressiva do Brasil, do período colonial ao início deste século, Pernambuco
passa por aceleradas transformações, porém a cana de açúcar ainda representa
40 % da economia estadual.
O cultivo da cana-de-açúcar em Pernambuco, uma das primeiras atividades
de importância econômica no Brasil, compõe o mais antigo setor agroindustrial do
País e ocupa uma posição de destaque na economia nacional. Sua produção é
destinada, principalmente, à indústria do açúcar e do álcool e, dentre os mais

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diversos produtos agrícolas destinados à industrialização, a cana-de-açúcar
destaca-se pela tradição, pela relevância sócio-econômica, pela sua função
energética e pela distribuição geográfica em toda a Zona da Mata do Estado de
Pernambuco.
A cana de açúcar é plantada na Zona da Mata pernambucana a mais de 500
anos, numa vasta extensão de terras denominada Zona Canavieira do Estado.
Próxima ao oceano Atlântico, essa área atinge 12 mil km 2 (12,6 % do território
estadual). É formada por solos com elevados potenciais para a agricultura, não
está sujeita a secas prolongadas e é uma das raras regiões do Estado que
dispõem de rios perenes. Nela estão localizados 56 dos 184 municípios de
Pernambuco. Após a Região Metropolitana do Recife, a Zona Canavieira de
Pernambuco é a região que apresenta a maior densidade demográfica: 212
habitantes por km2 (para o conjunto dos Estados essa densidade é de 72 hab/km 2).
A área plantada com cana de açúcar em Pernambuco é estimada em mais
de 381.500 hectares e na safra 2007/2008 a produção de cana de açúcar no
Estado foi de 21.142.900 toneladas, 12 % superior a safra 2006/2007. No Brasil,
de 1970 a 1996, o rendimento médio da cana de açúcar aumentou 53 %. Em
Pernambuco, no entanto, considerando a safra 2007/2008 este aumento foi de
apenas 8 %.
Nos últimos anos houve no sistema de produção de cana de açúcar um enorme
avanço no melhoramento genético de variedades, permitindo o desenvolvimento de
plantas adaptadas as mais variadas condições climáticas, com altas resistências a
pragas e doenças e potencialmente produtivas. No entanto, pesquisas na área de
Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas foram subestimadas e relegadas a um
segundo momento. Isto fez com que, mesmo de posse de variedades potencialmente
produtivas, aumentos consideráveis de produtividade não tiveram êxito, pela falta de
desenvolvimento de pesquisas em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, capazes
de gerar informações que pudessem nortear o manejo adequado dos solos para o
pleno desenvolvimento de variedades melhoradas mais produtivas.
Neste aspecto, ações de pesquisa que possam atuar na melhoria do
ambiente radicular da cana de açúcar em solos distróficos e álicos da Zona da
Mata do Estado, como os Latossolos e Argissolos Vermelho Amarelos e os
Luvissolos, que representam 94 % dos solos cultivados com cana de açúcar,
certamente irão proporcionar um significativo aumento de produtividade. Assim é
que o cálcio pode ser o grande veículo na melhoria deste ambiente radicular, por

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sua capacidade eutrófica e, principalmente, pela responsabilidade deste elemento
como neutralizante das atividades nocivas do alumínio em profundidade.
Aumentando-se a atividade das raízes pela exploração de um maior volume de
solo, aumenta-se a eficiência das adubações fosfatadas, potássicas e
nitrogenadas, reduzindo-se custos com insumos.
O aumento da eficiência das adubações com a melhoria do ambiente
radicular reveste-se de particular importância, principalmente no caso da cultura
da cana de açúcar, em que os fertilizantes são responsáveis por 20 a 25 % do
custo de produção, o que coloca esta cultura como consumidora de 16,3 % de
fertilizantes no Brasil. Neste contexto estão envolvidos não só aspectos
econômicos, mas também danos causados ao meio ambiente pelo uso
indiscriminado de adubos químicos que acarretam contaminação de lençóis
freáticos e, conseqüentemente, de cursos d’água com sérios prejuízos ambientais
e sociais.
O cálcio pode ser incorporado ao solo por dois processos: calagem e gessagem.
Na calagem utilizam-se os calcários (CaCO3) que se restringem a corrigir o pH e a
elevar os teores de cálcio em superfície, devido a sua baixa movimentação no perfil
dos solos. Na gessagem utiliza-se o gesso agrícola (CaSO4. 2H2O) que além de elevar
os teores de cálcio em superfície, também o fazem em subsuperfície, pela mais
elevada solubilidade deste produto. O cálcio do gesso terá acesso ao alumínio em
subsuperfície, reduzindo as elevadas saturações deste elemento que impedem o
desenvolvimento mais profundo do sistema radicular. É exatamente por este aspecto,
que o gesso, aliado ao calcário, pode melhorar consideravelmente este ambiente
radicular. Particularmente, no caso da cana de açúcar, este manejo calcário/gesso
torna-se ainda mais prioritário, por ser uma cultura em que o sistema radicular forma-se
na fase de cana planta e apenas renova-se nas socarias. Se houver mais espaço
propício a esta renovação, as respostas às fertilizações em socas serão certamente
mais eficazes e transformadas em aumentos significativos de produtividade.
Outro aspecto de relevada importância quanto se melhora o ambiente
radicular da cana de açúcar é permitir às plantas uma maior resistência a
situações comuns de déficit hídrico que ocorrem com freqüência, principalmente
na Mata Norte do Estado. Com isto, aumenta-se, consideravelmente, a eficiência
do uso da água, propiciando ao ambiente radicular uma equação mais simplificada
das adições, perdas, transformações e translocações que exercem as raízes na

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rizosfera, minimizando possíveis efeitos de déficit hídrico, comuns em veranicos
curtos.
Adicionalmente, é comum na Zona Canavieira a aplicação de vinhaça nas
fertirrigações, principalmente pelos seus elevados teores de potássio. No entanto,
doses elevadas deste subproduto pode permear camadas mais profundas do perfil
do solo e, em alguns casos, provocar contaminação do lençol freático. O uso do
gesso por proporcionar a melhoria do ambiente radicular da cana de açúcar e seu
aprofundamento no perfil, irá permitir a absorção de potássio em camadas mais
profundas, aumentando o aproveitamento deste nutriente nas fertirrigações,
mesmo quando se utilizar doses mais elevadas de vinhaça.
Por outro lado, além do aspecto corretivo do gesso, é fundamentalmente
importante seu aspecto nutricional pelo suprimento de cálcio e enxofre
(macronutrientes essenciais) que o insumo pode proporcionar a cana de açúcar.
Se por um lado a cana planta exporta, em média, 150 kg/ha de cálcio e 60 kg/ha
de enxofre para uma produtividade esperada de 120 t/ha de colmos, por outro, a
cana soca, também exporta, em média, 60 e 50 kg/ha destes nutrientes,
respectivamente, para uma produtividade de 90 kg/ha. Se todo este cálcio pode
ser fornecido por uma calagem, como se maneja atualmente, com o enxofre isto
certamente não acontece. Com a modernização das indústrias de fertilizantes,
tornaram-se comuns formulações mais concentradas, que retiraram o enxofre de
suas composições. Aliado a isto, e mais grave ainda é que, as produtividades nos
últimos anos cresceram, retirando reservas consideráveis de enxofre originalmente
disponíveis às plantas. Especificamente em cana, a prática da queimada por
ocasião da colheita causa uma expressiva volatilização do enxofre contido no
material vegetal, agravando, ainda mais, possíveis deficiências deste nutriente a
curto e médio prazo. A utilização de gesso que contém, em média, 20 % de
enxofre, certamente irá fornecer quantidades adequadas deste nutriente que não
permitam possíveis deficiências com conseqüências na diminuição da
produtividade, mesmo quando se utilize formulações mais concentradas e a prática
da queimada seja indispensável.
Pesquisas em São Paulo já comprovam que o aumento nos teores de cálcio
em profundidade são os maiores responsáveis pelo aumento de produtividade da
cana de açúcar. No entanto, em São Paulo estas pesquisas foram desenvolvidas
com fosfogesso, subproduto das indústrias de fertilizantes fosfatados que,
provavelmente, podem conter quantidades apreciáveis de metais pesados danosos

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ao meio ambiente. Em Pernambuco, o gesso que se dispõe é “in natura”,
diretamente obtido do mineral gipsita.
Neste aspecto, o Projeto ProGessoCana assume uma relevância ainda
maior, por sua abrangência geopolítica e socioeconômica, pois a proposta é de se
utilizar um insumo que já existe no próprio Estado, atrelando-se duas cadeias
produtivas de larga importância na economia de Pernambuco que são: a cadeia
produtiva da cana de açúcar e a cadeia produtiva do gesso do Araripe.
A relevância e a prioridade do Projeto ProGessoCana reveste-se de
essencial importância, porque no momento em que se validar a tecnologia do uso
do gesso em cana de açúcar, haverá uma grande demanda pelo insumo na região
do Araripe, cuja exploração e industrialização é menos danosa ao meio ambiente
do que o gesso calcinado. Na calcinação, principalmente os pequenos e médios
produtores de gesso utilizam a lenha como combustível, o que tem causado sérios
prejuízos às reservas florestais da região. A proposta do Projeto ProGessoCana é
que, através de uma solução comprovadamente viável para a Zona Canavieira do
Estado, possa-se contribuir para a solução de problemas ambientais na região do
Araripe, propondo-se que a maior parte da produção de gesso agrícola passe a ser
feita por pequenos e médios produtores e o gesso calcinado pelos grandes
produtores, pelo fato destes, utilizarem como combustível produtos menos
poluentes, resolvendo, assim, em parte, os grandes problemas ambientais da
região do Araripe.
O Projeto ProGessoCana irá promover dias de campo, palestras, seminários
e simpósios para atrelar o componente de Pesquisa às ramificações necessárias
da difusão de tecnologia. A elaboração de folders e cartilhas pelos próprios
pesquisadores, utilizando dados gerados dentro da própria região canavieira dará
ao ProGessoCana a credibilidade necessária da inovação tecnológica,
influenciando diretamente o agricultor, porque os dados foram gerados em sua
circunvizinhança e, em muitos casos, dentro de suas próprias terras, o que faz
deste agricultor um multiplicador da tecnologia.
A sustentabilidade da tecnologia após o apoio do PROMATA passa
necessariamente por um bom processo de difusão, aliado ao comprometimento de
outros parceiros ligados diretamente ao processo produtivo da cana de açúcar,
como os sindicatos e as associações de produtores. Como o calcário, o gesso terá
sua própria identidade agronômica, podendo se perpetuar como insumo de uso
quase que obrigatório em solos que apresentem elevadas saturações por alumínio

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em subsuperfície, sendo, portanto, o instrumento de reconversão de áreas
impróprias ou de baixa produtividade agrícola.

10. ANTECEDENTES E REVISÃO DE LITERATURA


Diversas regiões brasileiras apresentam problemas com solos ácidos,
resultantes muitas vezes do processo de acidificação progressiva dos solos,
principalmente se tratando de solos de região tropical, como os da Zona da Mata de
Pernambuco. Estes apresentam um acentuado processo de intemperização,
condicionado por condições climáticas que propiciam uma elevada lixiviação de bases,
resultando em solos cada vez mais ácidos. De acordo com Koffler (1986) estima-se
que no Brasil 70 % das áreas cultivadas com cana de açúcar encontram-se em solos
ácidos, com baixa disponibilidade de bases trocáveis.
Nessas condições, um dos fatores que tem limitado o aumento de produtividade
da cultura é o pequeno volume de solo explorado pelo sistema radicular, devido a
presença de uma barreira química provocada por elevada saturação por alumínio em
subsuperfície, impedindo o desenvolvimento das raízes. Em solos de baixa fertilidade
constata-se que o sistema radicular da cana de açúcar explora efetivamente cerca de
60 cm de solo, embora existam resultados experimentais mostrando que a cana é
capaz de explorar profundidades de 120 a 200 cm quando não houver a presença de
barreiras químicas.
A presença de níveis altos de alumínio ou extremamente baixos de cálcio podem
ser fatores limitantes ao aprofundamento do sistema radicular o que é especialmente
danoso em épocas de déficit hídrico. Caires et al (1999), em revisão sobre o assunto,
relatam que as limitações causadas pela acidez do subsolo à produtividade agrícola
têm sido amplamente divulgadas na literatura e esses resultados mostram que as
limitações se dão, sobretudo no crescimento do sistema radicular das culturas com
efeitos diretos na absorção de água e nutrientes.
O teor de alumínio nos solos da Zona da Mata, freqüentemente, apresenta-se
em níveis tóxicos para as plantas. O efeito danoso do alumínio pode manifestar-se pela
limitação do desenvolvimento das raízes que, inicialmente, torna-se mais lento em
alongar e, posteriormente, engrossam e não se ramificam normalmente, dificultando
consideravelmente a adequada absorção de nutrientes e água pelas plantas (Raij,
1988).
Com relação à presença de alumínio dificultando a adequada absorção de água
pela planta, Shigaki (2003), relata que a cultura da cana pode ser severamente afetada

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pela baixa exploração do sistema radicular em solos álicos, uma vez que a cana de
açúcar é uma planta de elevado consumo de água, necessitando de 250 partes de
água para formar uma parte de matéria seca. Assim, em regiões onde ocorre estresse
hídrico, um fator de grande importância para o aumento da disponibilidade de água
para as raízes da plantas é o manejo químico do solo, visando a eliminação de
barreiras químicas provocadas por alumínio que impossibilitam a exploração de maior
volume de solo e, conseqüentemente, maior volume de água pelas raízes da cana.
Para correção de problemas de acidez, sobretudo ocasionada por elevados
teores de alumínio trocável, usualmente utilizam-se corretivos químicos a base de
carbonato de cálcio (calcário). Contudo os efeitos ficam restritos à camada arável ou
superficial do solo, pouco excedendo 15 a 20 cm de profundidade, em vista das
dificuldades encontradas para incorporação mecânica dos corretivos a profundidades
mais elevadas. Segundo Quaggio (2000), nesta situação o uso do gesso agrícola
aparece como solução para este problema devido à sua rápida mobilidade na camada
arável, indo se movimentar para abaixo desta.
Por ser relativamente móvel, o gesso agrícola aplicado na superfície do solo
movimenta-se ao longo do perfil sob influência do excesso de umidade e, como
conseqüência, obtêm-se aumento no suprimento de cálcio e redução da toxidez
ocasionada por alumínio no subsolo. Os efeitos positivos do gesso agrícola observados
nas mais variadas condições de solo e clima são indicativos de que seu emprego pode
constituir uma boa alternativa para a melhoria do ambiente radicular em camadas
subsuperficiais dos solos (Sumner, 1995).

Origem e potencial de uso do gesso na agricultura


O gesso agrícola pode ser considerado um importante insumo para a agricultura,
mas, devido a suas características, tem seu emprego limitado a situações particulares
bem definidas, uma vez que o uso indiscriminado e sem critérios pode acarretar
problemas em vez de benefícios para o agricultor (Nascimento, 2003). Apesar de
diversas pesquisas demonstrarem o potencial da utilização do gesso na agricultura,
existe ainda, por parte de extensionistas e agricultores, muitas dúvidas no que se
refere à utilização deste insumo. Especialmente em Estados como Pernambuco, onde
a utilização de gesso na agricultura ainda é muito incipiente, apesar do elevado
potencial para uso, o desconhecimento dessa potencialidade tem sido um dos fatores
restritivos a sua aplicação no campo.

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Inicialmente é importante distinguir o mineral gesso (CaSO 4.2H2O) e suas formas
menos hidratadas (CaSO4.1/2H2O e CaSO4), que podem ser encontrados em depósitos
sedimentares em diferentes regiões do mundo, do gesso oriundo de processos
industrias.
No caso do processo industrial, o denominado gesso agrícola é o sulfato de
cálcio dihidratado (CaSO4.2H2O), obtido como subproduto da fabricação de fertilizantes
fosfatados. Para a produção de ácido fosfórico, as indústrias de fertilizantes utilizam
como matéria prima a rocha fosfática (apatita, especialmente a fluorapatita) que, ao ser
atacada por ácido sulfúrico + água, produz, como sub-produto da reação, o sulfato de
cálcio e ácido fluorídrico, o gesso (Malavolta, 1992).
Por esse motivo, visando reduzir o acúmulo de resíduos e comercializá-los em
forma de insumo agrícola, há vários anos algumas indústrias de fertilizantes vêm
estimulando o uso de gesso agrícola, também denominado neste caso de fosfogesso.
Este tipo de gesso tem sido o de mais comum utilização agrícola, sendo largamente
utilizado e estudado em diversas regiões do país, especialmente no Sudeste.
O mineral gesso, o qual pode apresentar ótimas condições para utilização na
agricultura, é encontrado em depósitos sedimentares de diversas regiões do mundo. O
Estado de Pernambuco possui, na região do Pólo Gesseiro, uma produção de 2,6
milhões de toneladas/ano, representando 95 % de todo o gesso brasileiro; entretanto,
menos de 1 % deste total é utilizado para fins agrícolas (Nascimento, 2003).
O gesso agrícola é um sal pouco solúvel em soluções aquosas (2,5 g/L), mas
que pode atuar significativamente sobre a força iônica da solução do solo, de maneira
que haja contínua liberação do sal para a solução por longos períodos de tempo. Essa
característica, aliada aos teores de Ca (17 a 20 dag/kg) e de S (14 a 17 dag/kg),
possibilitam o uso do gesso para diferentes finalidades na agricultura (Alvarez V. &
Dias, 1994).

Efeitos benéficos da utilização de gesso agrícola em solos

a) Correção de camadas subsuperficiais de solo visando melhoria do ambiente

radicular
A prática da calagem visando à correção da acidez e neutralização do Al
trocável do solo é realizada incorporando-se o material corretivo à camada arável do
solo (em torno de 20 centímetros). Sendo assim, seus efeitos normalmente restringem-

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se à essa profundidade. Aspectos relacionados a textura do solo, granulometria do
corretivo e intensidade pluviométrica podem, ao longo do tempo, determinar que a
calagem corrija camadas mais profundas com baixos teores de Ca e, ou, elevados
teores de Al trocável.
A presença de camadas subsuperficiais com baixos teores de Ca 2+ e, ou,
elevados teores de Al3+ pode determinar a perda de safras, principalmente em regiões
susceptíveis à ocorrência de períodos de estiagem, uma vez que conduzem ao menor
aprofundamento do sistema radicular, refletindo em menor volume de solo explorado,
ou seja, menos nutrientes e água disponíveis para a cultura.
O gesso agrícola tem despertado interesse por possibilitar o fornecimento de Ca
e a redução da saturação de alumínio em camadas subsuperficiais do solo, devido à
sua maior solubilidade e mobilidade no solo relativamente ao calcário, permitindo que a
cultura desenvolva melhor o sistema radicular, e explore um maior volume de solo.

Resultados obtidos por Caíres et al. (1999), objetivando avaliar a correção de


subsolo ácido com a aplicação de gesso agrícola e seus reflexos na produtividade do
milho, mostraram que houve redução dos teores de alumínio trocável nas camadas
40 – 60 e 60 – 80 cm por meio da aplicação de doses de gesso e que essas doses
elevaram os teores de cálcio trocável em todo o perfil do solo. Os reflexos na produção
foram bastante favoráveis, uma vez que resultaram em aumentos na produção da
ordem de 1.100 kg/ha de colmo.
Uma vez na solução do solo, o íon Ca2+ pode reagir no complexo de troca do
solo, deslocando cátions como Al3+, K+ e Mg2+ para a solução do solo, que podem, por
sua vez, reagir com o SO42- formando AlSO4+ (menos tóxico às plantas) e os pares
iônicos neutros: K2SO40 e MgSO40, além do CaSO40. Em função da sua neutralidade, os
pares iônicos apresentam grande mobilidade ao longo do perfil, ocasionando uma
descida de cátions para as camadas mais profundas do solo (Soprano & Alvarez V.,
1989).
Dentre os cátions que mais se movimentam de forma associada ao sulfato
destacam-se o K+ e o Mg2+. De maneira geral, pode-se dizer que diferentes fatores
condicionam maior ou menor movimentação dos cátions de caráter básico pelo perfil
do solo. Entre eles destacam-se: quantidade de gesso aplicado ao solo; capacidade de
troca catiônica do solo; condutividade elétrica da solução do solo; capacidade do solo
em adsorver sulfato; textura do solo; e volume de água que se aporta ao solo (Alvarez
V. & Dias, 1994).

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Desta forma, para um solo de textura arenosa, com baixa CTC e pequena
capacidade de adsorver sulfato, a movimentação de bases seria, potencialmente maior
que aquela para um solo de textura argilosa com alta capacidade de adsorção de
sulfato e elevada CTC (Nascimento, 2003). Portanto, nestes solos onde o potencial de
movimentação de bases é elevado, o cuidado com a quantidade de gesso aplicada ao
solo deve ser maior, para se evitar o risco de uma movimentação além das camadas
exploradas pelo sistema radicular da planta cultivada.
Dentre os cátions de caráter básico, ao K deve ser dada uma maior atenção,
pois entre os demais, é aquele retido com menor força pelos colóides do solo. A
lixiviação de magnésio tem sido uma resposta freqüente nos estudos com a aplicação
de gesso nos solos. Assim, Wadt & Wadt, (1999) recomendam que quando a aplicação
de gesso for realizada em doses elevadas no solo, devem ser desenvolvidas
estratégias para minimizar as perdas de magnésio trocável. Por essa razão o uso
isolado do gesso não tem sido recomendado e sim em conjunto com o calcário.
Os resultados obtidos por Dal Bó et al (1986), estudando o efeito da adição de
calcário e gesso sobre a movimentação de bases em colunas de solos, mostram que
nos tratamentos com gesso isolado, o deslocamento de magnésio em profundidade foi
muito mais acentuado do que o do cálcio, provavelmente porque a associação do
sulfato com o magnésio é mais solúvel do que a associação do sulfato com o cálcio. O
deslocamento de potássio também se apresentou bastante acentuado. Foi possível
também, constatar que nos tratamentos com a aplicação de gesso de forma isolada
houve elevado aumento da relação cálcio/magnésio nas camadas superficiais do solo,
esse efeito pode causar um desequilíbrio entre cálcio e magnésio na planta e constituir-
se em um sério problema.
Trabalho realizado por Morelli et al. (1992), mostra que a aplicação de doses
combinadas de calcário e gesso agrícola em solo cultivado com cana de açúcar,
resultou em aumentos de produção da cana, com incrementos da ordem de 18 t ha -1
em cana planta. Os dados de produção indicaram que ao longo de quatro cortes, as
melhores produções obtidas foram com a associação calcário/gesso devido ao reflexo
das melhores condições químicas do solo em subsuperfície.
Medina & Brinholi (1998), estudando os efeitos da aplicação de gesso e calcário
no comprimento e diâmetro médio dos colmos, no número de colmos e na produção de
cana de açúcar, constataram que os maiores incrementos de produção são obtidos
com a associação gesso/calcário, os resultados mostram, ainda, que as menores
produtividades foram obtidas quando se fez uso isolado do gesso. Esse efeito negativo

14
do uso isolado do gesso agrícola na produção das culturas, certamente está
relacionado com a perda de cátions das camadas superficiais que acompanham o
sulfato do gesso em seu movimento descendente ao longo do perfil do solo.
A melhoria do subsolo ácido com o uso de doses combinadas de calcário e
gesso se faz sentir na melhoria do ambiente radicular das culturas (Figura 1), seja pela
eliminação do alumínio tóxico ou pelo fornecimento de cálcio para as camadas mais
profundas, e próximo ao sistema radicular das culturas. A presença de cálcio na
solução do solo em contato com as raízes é essencial para a sua sobrevivência e bom
desenvolvimento, uma vez que não há translocação do nutriente da parte aérea para
as porções mais novas das raízes em crescimento.
Normalmente, a aplicação de gesso agrícola não provoca alterações
significativas no pH do solo. Ensaios de campo e em laboratório têm demonstrado que,
caso haja aumento do pH do solo a magnitude desse aumento é da ordem de 0,2 a 0,3
unidade (Nascimento, 2003). Pode-se inferir que existirá alteração de pH em função de
duas reações básicas que ocorrem entre o gesso e a superfície dos colóides no solo.
Na primeira, o Ca2+ desloca Al3+ (cuja hidrólise produz H+) e na segunda, o SO42-
desloca OH- pela troca de ligantes. O pH resultante depende da extensão dessas duas
reações em cada caso particular de solo. Em solos com alto teor de Al, o H + liberado
pela hidrólise pode exceder o OH- liberado, causando decréscimo no pH. Para solos
muito intemperizados, mas com baixos teores de Al, o inverso pode ocorrer. Para
horizontes ricos em óxidos e hidróxidos de Fe e Al, que condicionam alta capacidade
de adsorção de sulfato, possivelmente ocorram pequenas elevações de pH pela maior
liberação de hidroxilas à solução.
Outro aspecto que colabora para que as alterações de pH sejam mínimas
baseia-se no fato de que na faixa de pH dos solos agrícolas o íon sulfato não é um
forte receptor de prótons, como os íons bicarbonato e hidroxila, produtos da
dissociação do carbonato de cálcio presente nos calcários (Alvarez V. & Dias, 1994).
Contrariamente à sua reduzida capacidade de alteração do pH do solo, a
aplicação de gesso pode proporcionar significativa redução no teor de Al e em sua
saturação (m %). A neutralização do alumínio trocável pela adição de gesso ocorre,
basicamente, devido as seguintes reações:
1) Precipitação na forma de Al(OH)3 decorrente da liberação de OH- para a
solução em decorrência da adsorção de sulfato;
2) Formação do complexo AlSO4+ que é menos tóxico às plantas;

15
3) Precipitação de minerais de sulfato de Al, como alunita e basaluminita, por
exemplo, decorrente do aumento da concentração de sulfato na solução.

b) Gesso agrícola como fonte de cálcio e enxofre para as culturas


Considerando a concentração de S presente no gesso agrícola, doses de 100 a
250 kg/ha deste insumo seriam suficientes para corrigir deficiências do elemento para
grande parte das culturas (Alvarez V. & Dias, 1994). Deve-se levar em consideração o
emprego de outros fertilizantes que possuem S em sua formulação, tais como
superfosfato simples (12 % de S) e sulfato de amônio (24 % de S). Outro aspecto que
deve ser levado em consideração na recomendação de adubação com S é que da
mesma forma como observado para a adubação fosfatada, a textura do solo deve ser
considerada: solos argilosos tendem a apresentar maior capacidade de adsorção de
sulfatos, portanto, maiores quantidades de S são exigidas para uma adequada
disponibilidade do elemento para as plantas.
Com relação ao uso de gesso como fonte de Ca para nutrição das plantas,
deve-se considerar alguns aspectos importantes (Malavolta, 1992): existem diferenças
entre as culturas quanto à demanda de cálcio. Plantas como café e tomate são muito
responsivas ao elemento, ao passo que espécies florestais como eucalipto apresentam
baixas exigências de cálcio. As características do solo que podem permitir maior
movimentação de cálcio pelo perfil igualmente devem ser consideradas, uma vez que
excesso de movimentação pode arrastar o elemento para camadas além daquelas
onde se encontra o maior volume de raízes. A descida de Cálcio pelo perfil modifica o
perfil de distribuição das raízes das plantas aumentando o volume de solo a ser
explorado em nutrientes e especialmente em água, como representado anteriormente
nas Figuras 1 e 2.
No entanto, um aspecto importante que não se pode refutar refere-se ao
aumento de cálcio no complexo de troca, promovendo a redução da saturação de Al,
que, para vários autores tem papel mais importante na toxidez em plantas que a
concentração de Al ou sua atividade.

c) Recomendação para aplicação de gesso ao solo


Apesar de boa parte dos mecanismos que envolvem a dinâmica do gesso no
solo ser conhecida, existem, ainda, dúvidas quanto aos critérios a serem utilizados
para sua recomendação e para se chegar à quantidade do produto a ser recomendada.

16
Na literatura podem ser encontrados diferentes critérios, alguns mais empíricos que
outros, mas, que de certa forma, podem auxiliar na resolução do problema.
Com relação aos critérios de quando recomendar sua aplicação visando a
correção de camadas subsuperficiais ou melhoria do ambiente radicular das plantas, a
Comissão de Fertilidade do Estado de Minas Gerais (1999) sugere que o gesso deve
ser utilizado quando a camada subsuperficial (20 a 40 cm ou 30 a 60 cm) apresentar
menos que 0,3 cmolc/dm3 de Ca2+ e, ou, mais que 0,5 cmolc/dm3 de Al3+ e, ou, mais que
30% de saturação de Al3+ (m).
Para se calcular a quantidade a ser aplicada do produto, atualmente existem
algumas fórmulas baseadas nas características químicas e físicas do solo. No entanto,
estas fórmulas ainda necessitam ser amplamente avaliadas em ensaios de campo nas
mais diversas condições de solo e culturas. Portanto, existe, apesar de algum
fundamento teórico, certo grau de incerteza na utilização das fórmulas.
As principais fórmulas atualmente utilizadas são:
1) Petrofértil (citado por Alvarez V. & Dias, 1994) - Para a correção da camada de 20 a
40 cm usar uma das seguintes fórmulas:

NG = (2 – Ca2+) x 2,5 = t/ha de gesso, ou


NG = (Al3+ - 0,5) x 2,5 = t/ha de gesso.

2) Malavolta (1992) - A necessidade de gesso é dada pelas seguintes expressões:

NG = (0,4 x CTC efetiva - cmolc/dm3 de Ca2+) x 2,5 t/ha de gesso, ou


NG = (cmolc/dm3 de Al3+ - 0,2 x CTC efetiva) x 2,5 t/ha de gesso.

Este critério baseia-se na premissa de que para se elevar o teor de Ca ou


diminuir o teor de Al3+ em 1 cmolc/dm3 são necessárias cerca de 2,5 t de gesso/ha e
que o solo deve apresentar, na camada de 20 a 40 cm, um teor de Ca2+ superior a 40
% de sua CTC efetiva ou um teor de Al3+ inferior a 20 % da CTC efetiva.
Posteriormente, pesquisadores, citados por Alvarez V. & Dias (1994),
propuseram, para a cultura de café, que a participação mínima do Ca 2+ na CTC efetiva
da camada de 20 a 40 cm deva ser de 60 %, ou seja:

NG = (0,6 x CTC efetiva - cmolc/dm3 de Ca2+) x 2,5 t/ha de gesso

17
3) Comissão de Fertilizante do Estado de Minas Gerais (1999) - Após serem satisfeitas
as condições que justifiquem a necessidade de utilização de gesso, a quantidade a ser
aplicada baseia-se no teor de argila do solo, ou seja:

Teor de argila Gesso


< 15 % 0,5 t/ha

de 15 a 35 % 1,0 t/ha

de 36 a 60 % 1,5 t/ha

> 61 % 2,0 t/ha

4) Pesquisadores, citados por Alvarez V. & Dias (1994), após desenvolverem amplo
estudo com amostras de 13 solos de cerrado, propuseram o uso de fórmulas que se
baseiam em algumas das características anteriormente citadas como determinantes de
maior ou menor movimentação de bases pelo perfil. Essas equações foram geradas a
partir das premissas de que deva existir em solução, na camada de 20 a 60 cm, uma
concentração de S da ordem de 10 mg/dm3 ou de 0,0788 cmolc/dm3 de Ca2+.
A primeira premissa fundamenta-se na experiência dos autores que afirmam que
essa quantidade de S em solução seria suficiente para que, já no primeiro ano agrícola,
ocorra lixiviação de sulfato e de cátions para a camada de 20 a 60 cm. A segunda, parte do
pressuposto de que existe uma relação entre o S-SO42- retido e o Ca2+ retido (retenção
simultânea) e que a quantidade de Ca2+ retida que equivale a 10 mg/dm3 de S em solução
após a adsorção do S-SO42- é da ordem de 0,0788 cmolc/dm3.

5) Dias (1992), utilizando-se de estudo de lixiviação em colunas de solo constatou


correlações estreitas entre as quantidades de Ca e de Mg lixiviadas com diferentes
formas de S no solo. Dentre as formas analisadas, o S disponível em NH4OAc 0,5 mol/L e
HOAc 0,25 mol/L apresentou os valores mais altos de coeficiente de correlação. Assim,
sua determinação no solo pode predizer maior ou menor potencial de movimentação
de bases, resta, para a pesquisa atual, a busca de valores ou concentrações mínimos
para que a movimentação exista.

18
Em Pernambuco, e no Nordeste em geral, os critérios para recomendação das
doses de gesso a aplicar não estão ainda estabelecidos. A carência de pesquisas para
as nossas condições de solo e clima é o principal motivo para essa indeterminação no
melhor critério a ser adotado.
Para a escolha do método a ser utilizado, algumas considerações devem ser
ponderadas. De maneira geral, dependendo das características do solo, as duas
primeiras fórmulas tendem a recomendar quantidades de gesso superiores a 2,0 t/ha, o
que, dada as características do produto e as considerações aqui discutidas, pode
acarretar problemas de perdas excessivas de cátions do solo. Neste sentido, critérios
que levam em consideração as características físico-químicas que normalmente
encontram-se associadas à textura do solo e que podem condicionar a movimentação
de bases, tais como CTC e capacidade máxima de adsorção de sulfato. Por outro lado,
como as quantidades a serem aplicadas não são muito grandes, para que ocorra uma
completa correção da camada, possivelmente deva-se considerar um programa de
correção com aplicações anuais.
Sempre que possível, o gesso deve ser aplicado juntamente com calcário
magnesiano ou dolomítico, como já discutido anteriormente. Amostragens periódicas
das camadas subsuperficiais devem ser realizadas com a finalidade de acompanhar a
movimentação de bases pelo perfil, procurando evitar que ocorra uma drástica
remoção destas no volume de solo explorado pelo sistema radicular das plantas.
Para solos onde existe um bom manejo de resíduos orgânicos e sem a presença
de camadas subsuperficiais com elevado teor de Al3+ e, ou, baixo teor de Ca2+ o
potencial de utilização de gesso seria muito pequeno. Situação semelhante poderia ser
considerada para plantas de ciclo curto com sistema radicular pouco profundo, como
muitas hortaliças. Por outro lado, para culturas perenes já implantadas como por
exemplo, café e citrus, ou para pastagens e cana de açúcar, quando cultivadas em
solos declivosos e ácidos, a mistura gesso+calcário deve ser encarada como uma
possibilidade de carrear cátions para camadas mais profundas, uma vez que a
incorporação de calcário nestes sistemas é problemática.

Diferenças entre os efeitos de gesso e de calcário nos solos


Embora tenham alguns efeitos semelhantes em solos, tais com o fornecimento
de cálcio e alívio de toxicidade de alumínio, deve-se ter em mente que calcário e gesso
não podem ser substituídos um pelo outro aleatoriamente, pois desempenham também
diferentes papéis no solo.

19
No caso do calcário, os íons HCO3- e OH- gerados são responsáveis pela
elevação do pH, devido a serem aceptores dos prótons H+, e pela correção do Al tóxico
(Nascimento, 2003). Estes efeitos, devido a menor solubilidade do calcário, limitam-se,
geralmente, à camada de solo onde houve a aplicação. Perceba-se que o íon HCO3-
reage na solução do solo e perde-se para a atmosfera como CO2, o que deixa o cálcio
sem um ânion acompanhante que o permite deslocar-se no perfil do solo.
O gesso, ao contrário do que pode-se pensar, não deve ser utilizado para
substituir o calcário na correção da acidez do solo. Como o sulfato não é um bom
aceptor de prótons (por ser formador de ácido forte), especialmente nas condições de
solo, os prótons H+ gerados pela acidez não podem ser eliminados (Nascimento, 2003).
O gesso, devido ao ânion acompanhante sulfato, possui a capacidade de deslocar Ca
para as camadas mais profundas de solo; este ânion, por sua vez, pode aliviar a
toxicidade de Al em subsuperfície pela precipitação de sulfato de alumínio. Um efeito
adicional é o fornecimento de dois importantes nutrientes vegetais (Ca e S) a partir da
dissolução do gesso no solo.
Em decorrência das deficiências cada vez mais comuns de S no campo, o gesso
apresenta-se como mais uma boa opção entre os demais fertilizantes existentes no
mercado para fornecimento deste elemento às plantas.

Metodologias de Avaliação do Sistema Radicular


A fim de avaliar os efeitos dos tratamentos calcário/gesso na melhoria do
ambiente radicular, é necessário o uso de uma metodologia de estudo do sistema
radicular. Vários trabalhos têm demonstrado a importância do estudo do sistema
radicular de diferentes plantas, apresentando também várias metodologias para
caracterização de raízes, levando em conta custo, precisão e tempo de análise. Para
Vasconcelos et al. (2003), a forma perfeita de avaliar as raízes não existe, pois a
adequação de um método para o estudo do sistema radicular depende da condição “in
situ”.
Na escolha do método a ser utilizado em um levantamento, além de sua
precisão, devem ser considerados os objetivos da pesquisa e quais os parâmetros que
devem ser quantificados (Jorge et al., 1996).
O método da trincheira ou parede do perfil pode ser utilizado para avaliar a
distribuição de raízes no local em que a cultura está instalada. Foi descrito inicialmente
por Böhm (1979), e consiste em cavar uma trincheira ao lado da planta e remover uma

20
fina camada da parede do perfil, de modo a expor as raízes que podem ser contadas e
registradas através de imagens.
Assim, para a cultura da cana de açúcar, Vasconcelos et al. (2003), estudando
cinco diferentes métodos de avaliação do sistema radicular, recomendam o método do
perfil, com a quantificação de comprimento pelo SIARCS (Sistema Integrado para
Análise de Raízes e Cobertura de Solo) para pesquisas que visam avaliar a
visualização da distribuição do sistema radicular da cana de açúcar, além de que,
quando em comparação com os outros métodos em estudo, o método do perfil, com a
quantificação de comprimento pelo SIARCS apresentou, em geral, os menores
coeficientes de variação, sendo, portanto, um método que supre perfeitamente as
necessidades de avaliação do sistema radicular da cultura da cana de açúcar em
pesquisas com uso de gesso agrícola na melhoria do ambiente radicular.

10.1. EXPERIÊNCIA INSTITUCIONAL E DA EQUIPE EXECUTORA

• Fernando José Freire

Adubação e correção do solo para plantio de cana de açúcar e relações

nutricionais da cultura; Fertilidade do solo; Manejo de solos; Ciclagem de

nutrientes.
- FREIRE, F.J. Sistema para cálculo do balanço nutricional e recomendação de
corretivos e fertilizantes para cana-de-açúcar. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa,
2001. (Tese de Doutorado).
- FREIRE, F.J. Coordenador do Centro de Pesquisa de Solos do Departamento de
Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife: UFRPE/Área de
Solos, desde 2001.
- FREIRE, F.J. Coordenador do Curso Gestão Ambiental e Otimização da Exploração e
Utilização do gesso da Região do Araripe – PE. Recife: UFRPE/Área de Solos, 2003.
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Ciência do Solo, v. 28, n. 1, 2004.
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• Mateus Rosas Ribeiro

Gênese, Morfologia, Levantamento e Classificação de Solos.


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• Clístenes Williams Araújo do Nascimento

Utilização de gesso na agricultura; Estudos de adubação em diversas

culturas; Correção do solo; e Estudos de contaminações provenientes da

utilização de resíduos na agricultura.


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DA UFRPE, 2002, Recife. Anais... Recife: Imprensa Universitária – UFRPE, 2002. v.1.
- NASCIMENTO, C.W.A.; BARROS, D.A.S.; MELO, E.E.C.; OLIVEIRA, A.B. Alterações
químicas em solos e crescimento de milho e feijoeiro após aplicação de lodo de esgoto
(no prelo). Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, 2004.
- NASCIMENTO, C.W.A. Acidez potencial estimada pelo pH SMP em solos do Estado
de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.24, n.3, p.679-682,
2000.

25
• Maria Betânia Galvão dos Santos Freire

Movimentação de cátions nos solos em função da aplicação de gesso;

Correção do solo; Relações nutricionais; Manejo de solos.


- FREIRE, M.B.G.S. Influência da correção da acidez com calcário e gesso na
movimentação de cátions e lixiviação de nitrogênio. Recife: Universidade Federal Rural
de Pernambuco, UFRPE, 1993. (Dissertação de Mestrado).
- FREIRE, M.B.G.S.; RUIZ, H.A.; FERREIRA, P.A.; RIBEIRO, M.R.; VENEGAS, V.H.A.;
FREIRE, F.J. Condutividade hidráulica de solos de Pernambuco em resposta à
condutividade elétrica e RAS da água de irrigação. Revista Brasileira de Engenharia
Agrícola e Ambiental, Campina Grande/PB, v. 7, p. 45-52, 2003.
- FREIRE, M.B.G.S.; RUIZ, H.A.; FERREIRA, P.A.; RIBEIRO, M.R.; VENEGAS, V.H.A.;
FREIRE, F.J. Estimativa do risco de sodificação de solos de Pernambuco pelo uso de
águas salinas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina
Grande, v. 7, p. 227-232, 2003.
- SALDANHA, E.C.M., FREIRE, F.J., ROCHA, A.T., BROGGI, F., FREIRE, M. B. G. S.,
ESPIG, S.A. Diagnóstico nutricional e distribuição de cálcio, magnésio e potássio em
cana-de-açúcar In: XXIX Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2003, Ribeirão
Preto. Anais... Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2003. v.1. p.1 – 4
- LIMA, J. C. P. S., SALDANHA, E.C.M., FREIRE, F.J., SILVA, F. B., FREIRE, M. B. G.
S., QUEIROZ, E. L. B. Recomendação de potássio em cana de açúcar em função do
cálculo do balanço nutricional In: XXV Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e
Nutrição de Plantas, 2002, Rio de Janeiro. Anais... Viçosa: Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo, 2002. v.1. p.1 – 4.
- SALDANHA, E.C.M., FREIRE, F.J., SILVA, F. B., FREIRE, M. B. G. S., QUEIROZ, E.
L. B. Sistema para cálculo do balanço nutricional e recomendação de cálcio e
magnésio em cana de açúcar In: XXV Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e
Nutrição de Plantas, 2002, Rio de Janeiro. Anais... Viçosa: Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo, 2002. v.1. p.1 - 4
- FREIRE, F.J., ALVAREZ V., V. H., FREIRE, M. B. G. S. Sistema para cálculo do
balanço nutricional e recomendação de corretivos para cana-de-açúcar In: III Simpósio
de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRPE, 2002, Recife. Anais... Recife: Imprensa
Universitária da UFRPE, 2002. v.1. p.33 – 33.

26
- FREIRE, M. B. G. S., LIMA JÚNIOR, M. A., FREIRE, F.J. Lixiviação de nitrato e
amônio em solos ácidos e corrigidos da Zona da Mata de Pernambuco fertilizados com
N-mineral In: XXII Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas,
1996, Manaus. Resumos Expandidos... Manaus: Sociedade Brasileira de Ciência do
Solo, 1996. v.I. p.74 – 75.
- FREIRE, M. B. G. S., LIMA JÚNIOR, M. A. Remoção de bases trocáveis do solo com
a aplicação de carbonato e/ou sulfato de cálcio In: XXIII Congresso Brasileiro de
Ciência do Solo, 1991, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo, 1991. v.I. p.78 – 78.

• Alexandre Tavares da Rocha

Doutor em Solos com Tese desenvolvida com o tema desse projeto,

professor adjunto concursado para o Campus de Serra Talhada, próximo a

região do Araripe, na cadeia produtiva de gesso mineral

• Eduardo Cézar Medeiros Saldanha

Mestre em Solos com Dissertação desenvolvida com o tema desse

projeto, atualmente é funcionário da Bunge Fertilizantes.

 Dois alunos de Iniciação Tecnológica Industrial (ITI) que serão indicados e

um aluno de Mestrado que será selecionado para ingresso na UFRPE em

março/2009.

11. OBJETIVOS

GERAL

• Gerar informações de pesquisa com o gesso agrícola da região do Araripe


visando contribuir para a reconversão de áreas impróprias, adaptação de
variedades e o aumento da produtividade da cana de açúcar em Pernambuco,

27
validando e difundindo o uso desta tecnologia na agricultura Canavieira da Zona
da Mata.

ESPECÍFICOS

• (E1) Diagnosticar na Zona da Mata Canavieira áreas impróprias ou de baixa


produtividade agrícola, caracterizando os solos física, química e
mineralogicamente, principalmente quanto aos teores de alumínio trocável em
subsuperfície e sua saturação;
• (E2) Avaliar em ensaios de campo a atividade do gesso agrícola na melhoria do
ambiente radicular de diferentes variedades de cana de açúcar;
• (E3) Relacionar características físicas e químicas de diferentes solos com a
neutralização da saturação por alumínio pela aplicação do gesso agrícola.;
• (E4) Avaliar o efeito da granulometria do gesso agrícola na neutralização da
saturação por alumínio em subsuperfície;
• (E5) Avaliar a potencialidade do gesso agrícola como fornecedor de enxofre
para cana de açúcar;
• (E6) Avaliar o impacto ambiental do gesso agrícola da região do Araripe,
comparativamente ao fosfogesso, subproduto das indústrias de fertilizantes;
• (E7) Avaliar possíveis implicações da utilização de gesso agrícola com o
equilíbrio da relação Ca/Mg/K e o deslocamento de nitrogênio no perfil do
solo;
• (E8) Promover dias de campo em propriedades rurais, palestras, seminários
e simpósios em sindicados e associações, visando difundir a tecnologia da
utilização do gesso agrícola na Zona Canavieira de Pernambuco.

12. METAS
As metas do ProGessoCana serão a seguir detalhadas por objetivo
específico e divididas em atividades com seus respectivos indicadores e tempo
para atingí-los.

OBJETIVO ESPECÍFICO (E1)


Diagnosticar na Zona da Mata Canavieira áreas impróprias ou de baixa
produtividade agrícola, caracterizando os solos física, química e

28
mineralogicamente, principalmente quanto aos teores de alumínio trocável em
subsuperfície e sua saturação.

METAS
• Identificar áreas na Zona da Mata Canavieira com solos que apresentem
teores de alumínio trocável em subsuperfície ≥ 1,0 cmolc/dm3 e, ou,
saturação por alumínio ≥ 30 %;
• Identificar áreas na Zona da Mata Canavieira com solos que apresentem as
seguintes classes de teores de argila:
• Classe I – Solos com teores de argila < 15 %;
• Classe II – Solos com teores de argila ≥ 15 e < 35 %;
• Classe III – Solos com teores de argila ≥ 35 e < 60 %;
• Classe IV – Solos com teores de argila ≥ 60 %.
ATIVIDADES
• Seleção prévia das áreas na Zona da Mata Canavieira através de consulta
ao Levantamento Exploratório dos Solos do Estado de Pernambuco
(Jacomine et al., 1973) e, ou, ao Levantamento dos Solos de Referência do
Estado de Pernambuco (Ribeiro et al., 1999);
• A partir dos locais previamente definidos bibliograficamente, contactar as
instituições participantes para intermediar junto aos agricultores a
disponibilização das áreas para caracterização dos solos;
• Abertura de perfis de solo com respectiva caracterização física, química e
mineralógica de seus principais horizontes.

INDICADOR/TEMPO
• Escolha das áreas desejados para realização dos ensaios de campo que
deverá ocorrer finalizando a FASE I do ProGessoCana.

OBJETIVO ESPECÍFICO (E2)


Avaliar em ensaios de campo a atividade do gesso agrícola na melhoria do
ambiente radicular de diferentes variedades de cana de açúcar.

METAS

29
• Historiar na Zona da Mata Canavieira áreas com possíveis experiências de
utilização de gesso agrícola, visando avaliar a atividade da utilização do
gesso agrícola nestas áreas;
• Obtenção de imagens do desenvolvimento radicular da cana de açúcar no
perfil do solo em áreas com e sem aplicação de gesso agrícola;
• Identificar variedades que apresentem uma maior exploração do ambiente
radicular, como resposta a adição de gesso agrícola;
• Determinar a eficiência do uso da água na cana de açúcar em função da
aplicação de gesso agrícola;
• Determinar a eficiência nutricional, principalmente de nitrogênio, fósforo e
potássio na cana de açúcar em função da aplicação de gesso agrícola.

ATIVIDADES
• Contactar as instituições participantes para intermediar junto aos
agricultores a disponibilização de áreas onde houve utilização de gesso
agrícola;
• Abertura de perfis culturais para fotografias digitais do sistema radicular de
plantas de áreas com e sem aplicação de gesso agrícola;
• Análise das imagens pelo Sistema Integrado de Análises de Raízes e
Cobertura do Solo (SIARCS).
• Mensurações da evapotranspiração da cana de açúcar em áreas com e sem
aplicação de gesso agrícola e estimativa do consumo de água dos ensaios;
• Mensurações da matéria seca da cana de açúcar em áreas com e sem
aplicação de gesso agrícola e estimativa da eficiência de utilização dos
nutrientes.

INDICADORES/TEMPO
• Distribuição da percentagem de raízes no perfil cultural de diferentes
variedades de cana de açúcar que deverá ocorrer no período final da FASE
III do ProGessoCana;
• Produção de cana de açúcar que deverá ocorrer no período final da FASE III
do ProGessoCana.

OBJETIVO ESPECÍFICO (E3)

30
Relacionar características físicas e químicas de diferentes solos com a
neutralização da saturação por alumínio pela aplicação do gesso agrícola.

META
• Obter correlações estatísticas com características físicas e químicas dos
solos.

ATIVIDADE
• Análises estatísticas dos dados.

INDICADOR/TEMPO
• Definição de doses adequadas de gesso agrícola que deverá ocorrer no
período final da FASE IV.

OBJETIVO ESPECÍFICO (E4)


Avaliar o efeito da granulometria do gesso agrícola na neutralização da
saturação por alumínio em subsuperfície.

META
• Estabelecer a redução da saturação por alumínio em função da
granulometria do gesso com o tempo de aplicação.

ATIVIDADE
• Amostragens periódicas dos solos para determinação dos teores trocáveis
de alumínio e cálculo da saturação por alumínio em subsuperfície.

INDICADORES/TEMPO
• Determinação de relações granulometria/tempo de aplicação de gesso
agrícola aos 4, 6, 8, 10 e 12 meses. Estes indicadores devem ser obtidos na
FASE III do ProGessoCana.
• Determinação do Poder de Neutralização da Saturação por Alumínio (PNSA)
do gesso agrícola que deverá ocorrer no período final da FASE IV.

OBJETIVO ESPECIFÍCO (E5)


31
Avaliar a potencialidade do gesso agrícola como fornecedor de enxofre para
cana de açúcar.

META
• Estabelecer doses adequadas de enxofre que podem ser fornecidas pelo
gesso agrícola.

ATIVIDADE
• Análises dos teores foliares de enxofre em folhas índices e na matéria seca
da produção de cana de açúcar, e análises de solo para determinação do
teor recuperado de enxofre em função do enxofre aplicado.

INDICADORES/TEMPO
• Determinação do nível crítico de enxofre no solo e em plantas de cana de
açúcar que serão referências para aplicação de doses adequadas de gesso
agrícola que deverá ocorrer no período final da FASE IV do ProGessoCana.
• Produção de cana de açúcar no período final da FASE III do ProGessoCana.

OBJETIVO ESPECÍFICO (E6)


Avaliar o impacto ambiental do gesso agrícola da região do Araripe,
comparativamente ao fosfogesso, subproduto das indústrias de fertilizantes.

META
• Estabelecer o referencial de pureza do gesso agrícola “in natura”.

ATIVIDADE
• Análises dos teores foliares de metais pesados em folhas índices de cana
de açúcar e no solo periodicamente, em áreas com aplicação de gesso
agrícola do Araripe (“in natura”) e com fosfogesso.

INDICADOR/TEMPO
• Estabelecimento de limites de teores de metais pesados toleráveis em solo
e plantas de cana de açúcar com o uso dos insumos que deverá ocorrer no
período final da FASE IV.
32
OBJETIVO ESPECÍFICO (E7)
Avaliar possíveis implicações da utilização de gesso agrícola com o
equilíbrio da relação Ca/Mg/K e o deslocamento de nitrogênio no perfil do solo.

META
• Estabelecer relações catiônicas adequadas quando da utilização de gesso
agrícola;
• Estabelecer o tempo de permanência do nitrogênio em superfície.

ATIVIDADE
• Amostragens de solo periódicas no perfil cultural da cana de açúcar para
realização de análises de cátions, nitrato e amônio.
INDICADOR/TEMPO
• Estabelecimento de relações Ca/Mg/K e teores de nitrato e amônio aos 4, 6,
8, 10 e 12 meses. Estes indicadores devem ser obtidos na FASE III do
ProGessoCana.

OBJETIVO ESPECÍFICO (E8)


Promover dias de campo em propriedades rurais, palestras, seminários e
simpósios em sindicados e associações, visando difundir a tecnologia da utilização
do gesso agrícola na Zona Canavieira de Pernambuco.

META
• Capacitar agricultores e técnicos quanto ao uso da tecnologia da aplicação
de gesso agrícola.

ATIVIDADES
• Realização de dias de campo, palestras, simpósios e seminários divulgando
os resultados do ProGessoCana.
• Confecção de cartazes e folders para divulgação das ações do
ProGessoCana e apresentação dos resultados;
• Elaboração de publicações do ProGessoCana (circulares e boletins
técnicos).
33
INDICADOR/TEMPO
• Realização de dois Seminários para agricultores e técnicos, um no início da
FASE III e outro no final da fase IV;
• Entrega das publicações do ProGessoCana no final da FASE IV.

A seguir apresenta-se um quadro resumo (Quadro 1) dos objetivos


específicos e suas respectivas metas, atividades e indicadores/tempo que serão
desenvolvidas no ProGessoCana.

34
Quadro 1. Objetivos específicos, metas, atividades, indicadores e tempos previstos de execução do ProGessoCana
OBJETIVO META(S) ATIVIDADE(S) INDICADOR(ES) TEMPO
E1 Identificar solos que Seleção e disponibilização das áreas para Escolha das áreas desejadas para FASE I
apresentem elevados teores de caracterização dos solos; realização dos ensaios de campo.
alumínio trocável e, ou, elevada Abertura de perfis de solo para caracterização física,
saturação por alumínio, e com química e mineralógica.
diferentes teores de argila.
E2 Historiar áreas com gesso Disponibilização de áreas onde houve utilização Distribuição da percentagem de FASE III
agrícola; de gesso agrícola; raízes no perfil cultural de diferentes
Obtenção de imagens do Abertura de perfis culturais para fotografias variedades de cana de açúcar;
desenvolvimento radicular da digitais do sistema radicular de variedades de cana- Produção de cana de açúcar.
cana de açúcar; de açúcar .
Determinar a eficiência do uso Análise das imagens dos perfis culturais e
da água e eficiência nutricional mensurações da evapotranspiração e da matéria
de nutrientes na cana. seca da cana de açúcar nos ensaios.
E3 Obter correlações estatísticas Análises estatísticas de dados Definição de doses adequadas de FASE IV
com características físicas e gesso agrícola
químicas dos solos
E4 Estabelecer a redução da Amostragens periódicas dos solos para Determinação de relações FASE III
saturação por alumínio em determinação dos teores trocáveis de alumínio e granulometria/tempo quanto ao Poder FASE IV
função da granulometria do cálculo da saturação por alumínio em subsuperfície de Neutralização da Saturação por
gesso com o tempo de aplicação. Alumínio do gesso agrícola.
E5 Estabelecer doses adequadas Análises dos teores de enxofre nas folhas, na Determinação do nível crítico de FASE III
de enxofre que podem ser matéria seca da produção de cana de açúcar, e enxofre no solo e em plantas de cana de FASE IV
fornecidas pelo gesso agrícola. análises de solo para determinação do teor açúcar;
recuperado de enxofre em função do enxofre Produção de cana de açúcar.
aplicado.
E6 Estabelecer o referencial de Análises dos teores de metais pesados em cana Estabelecimento de limites de teores FASE IV
pureza do gesso agrícola do de açúcar e no solo, em áreas com gesso “in natura” de metais pesados toleráveis em solo e
Araripe (“in natura”). e com fosfogesso. plantas de cana de açúcar.
E7 Estabelecer relações Amostragens de solo periódicas no perfil cultural Estabelecimento de relações FASE III
catiônicas adequadas quando da da cana de açúcar para realização de análises de Ca/Mg/K e teores de nitrogênio.
utilização de gesso agrícola e cátions, nitrato e amônio.
tempo de permanência de
nitrogênio em superfície.
E8 Capacitar agricultores e Realização de dias de campo, palestras, Realização de Seminários para FASE III
técnicos quanto ao uso da simpósios e seminários. agricultores e técnicos; FASE IV
tecnologia da aplicação de gesso Confecção de cartazes e folders para Entrega das publicações do
agrícola. apresentação das ações e dos resultados; ProGessoCana.
Elaboração de circulares e boletins técnicos.

35
13. METODOLOGIA
A prática da calagem visando a correção da acidez e neutralização do alumínio
trocável do solo é realizada incorporando-se o material corretivo à camada arável do
solo, por isso, seus efeitos normalmente restringem-se a superfície.
A presença de camadas subsuperficiais com baixos teores de cálcio trocável e,
ou, elevados teores de alumínio trocável pode determinar a perda de safras de cana de
açúcar, principalmente em regiões susceptíveis à ocorrência de períodos de estiagem,
uma vez que conduzem ao menor aprofundamento do sistema radicular, refletindo em
menor volume de solo explorado, ou seja, menos nutrientes e água disponíveis para a
cultura.
A Hipótese experimental é de que o gesso agrícola irá possibilitar o
fornecimento de cálcio e promover a redução e, ou neutralização da saturação por
alumínio em camadas subsuperficiais, devido à sua maior solubilidade e mobilidade no
solo relativamente ao calcário.
Para verificar a validação desta hipótese e de outros objetivos específicos

decorrentes desta Hipótese, esquematizou-se, a seguir, o material e os métodos que


serão desenvolvidos na pesquisa.

13.1. Material e Métodos

13.1.1. Caracterização física, química e mineralógica dos solos


Após a seleção de 4 (quatro) áreas para instalação dos ensaios de campo,
serão abertos perfis de solo para estudos morfológicos e retirada de amostras nas
profundidades 0-20; 20-40; 40-60; 60-80; e 80-100 cm para realização de análises
físicas, químicas e mineralógicas.
Fisicamente os solos serão caracterizados pela sua granulometria;
densidade do solo; densidade das partículas; capacidade de campo; ponto de
murcha permanente; curva característica de umidade e condutividade hidráulica.
Todas as análises físicas serão realizadas no Laboratório de Física do Solo da
UFRPE e seguirão a metodologia proposta por EMBRAPA (1997).
Quimicamente os solos serão caracterizados pelo pH(H 2O); pH(KCl); Ca2+;
Mg2+; K+; Al3+; (H+Al); P; C; Premanescente. O Ca 2+, Mg2+ e Al3+ serão extraídos
por KCl 1,0 mol/L; O P e o K por Mehlich-1; e o (H+Al) por acetato de cálcio 0,5

36
mol/L, com forme EMBRAPA (1997). O Ca2+ e o Mg2+ serão determinados por
espectrofotometria de absorção atômica; o K + por fotometria de chama; o P por
colorimetria, o Al3+ e o (H+Al) por titulometria; o C por combustão úmida com
dicromato de potássio; e o Premanescente segundo Alvarez V. (2000). Todas as
análises químicas serão realizadas no Laboratório de Química do Solo da UFRPE.
Mineralogicamente as amostras de solo serão previamente preparadas em
lâminas e a fração argila será submetida a difratometria de raiox para identificação
dos principais minerais. As análises serão realizadas no Laboratório de
Mineralogia do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (ITEP).
Estes materiais e métodos descritos atendem o objetivo específico (E1) e
as metas e os indicadores previstos.

13.1.2. Ensaios de campo


Serão instalados 4 (quatro) ensaios de campo, sendo um em cada solo de
classe textural diferente. As classes texturais foram definidas como sendo:
• Classe I – Solos com teores de argila < 15 %;
• Classe II – Solos com teores de argila ≥ 15 e < 35 %;
• Classe III – Solos com teores de argila ≥ 35 e < 60 %;
• Classe IV – Solos com teores de argila ≥ 60 %.
Os tratamentos em cada ensaio consistirão da combinação de 4 (quatro)
variedades, 5 (cinco) doses de gesso agrícola e 3 (três) granulometrias do insumo,
distribuídos em arranjo fatorial (4 x 5 x 3) com 4 (quatro) tratamentos adicionais de
fosfogesso e 4 (quatro) repetições. O delineamento experimental será em blocos
ao acaso. Neste desenho experimental, o número de parcelas será de 256
(duzentos e cinqüenta e seis). Cada parcela terá 8 (oito) linhas espaçadas de 1
(um) m entre si e 10 (dez) m de comprimento, tendo a parcela útil, após o descarte
de bordadura, uma área de 24 (vinte e quatro) m 2. O ensaio, considerando as
áreas destinadas as ruas de circulação, ocupará uma área de, aproximadamente,
2,5 (dois vírgula cinco) ha.
As variedades serão indicadas pela Estação Experimental da Cana de
Açúcar de Carpina (EECC), considerando-se características de adaptação
regional, ciclo vegetativo (precoce, média ou tardia) e melhor desenvolvimento de
sistema radicular.

37
As doses de gesso agrícola que comporão o espaço experimental serão
definidas pelos seguintes níveis da necessidade de calagem (NC): 0,0; 0,30; 0,60;
0,90; e 1,50 da NC. A NC que definirá as doses será calculada pelo método da
neutralização do alumínio trocável ou elevação dos teores trocáveis de cálcio e
magnésio (Recomendações de Adubação para o Estado de Pernambuco, 1998) na
camada subsuperficial em que se pretende reduzir ou neutralizar a saturação por
alumínio. Em todos os tratamentos, os solos serão corrigidos com calcário,
conforme a necessidade de calagem da camada arável, utilizando-se o método da
neutralização do alumínio trocável ou elevação dos teores trocáveis de cálcio e
magnésio. Os insumos serão aplicados em área total, 30 (trinta) dias antes do
plantio da cana de açúcar. A dose de calcário para corrigir o pH da camada arável
e as diferentes doses de gesso serão aplicadas conjuntamente na mesma época.
Os fertilizantes serão aplicados conforme Recomendações de Adubação
para o Estado de Pernambuco (1998).
As granulometrias terão como base a finura do insumo, utilizando-se gesso
agrícola de textura super fina; fina e grossa.
Como tratamento adicional deverá ser utilizada uma única dose de
fosfogesso corresponde a 0,30 da NC, combinada nas variedades indicadas pela
EECC.

38
13.1.3. Planejamento estatístico dos dados
A análise da variância (ANOVA) dos fatores em estudo deverá ser:

Fontes de variação Graus de liberdade


Variedades (V) 3
Granulometria (G) 2
Dose (D) 4
VxG 6
VxD 12
GxD 8
VxGxD 20
Adicionais 3
Fatorial vs Adicional 1
Resíduo 196
Total 255

Os dados deverão ser tratados estatisticamente por meio de teste de médias


quando as variáveis forem qualitativas e por regressões simples e múltiplas,
correlações e contrastes quando as variáveis forem quantitativas.

13.1.4. Distribuição radicular da cana de açúcar


Considerando os resultados satisfatórios de avaliação do sistema radicular da cana
de açúcar, apresentados por Vasconcelos et al. (2003), será utilizado o método do perfil,
com a quantificação de comprimento radicular pelo SIARCS (Sistema Integrado para
Análise de Raízes e Cobertura de Solo) descrito por Jorge et al. (1996).
Através do SIARCS, pode-se avaliar qualitativa e quantitativamente a distribuição de
raízes e a partir de imagens digitalizadas dos perfis pode-se determinar o comprimento, a
distribuição e a área ocupada pelas raízes.
O método consiste na abertura de uma trincheira, possibilitando a análise do sistema
radicular em 5 profundidades (0 –20; 20 – 40; 40 – 60; 60 – 80; 80 – 100 cm), que para
culturas semiperenes e plantadas em linha, como é o caso da cana de açúcar, pode ser
aberta transversalmente à linha, de modo a possibilitar a visualização da distribuição do
sistema radicular.

A trincheira terá comprimento de 120 cm e profundidade de 120 cm. O perfil deve


ser nivelado com o uso de uma pá reta, com a finalidade de facilitar a fixação da tela
reticulada utilizada para obtenção das imagens. Após o preparo inicial do perfil é
necessário um tratamento complementar, que envolve a pintura do perfil utilizando tinta

39
“spray” de esmalte sintético, geralmente de cor branca, visando conferir um bom contraste
entre as raízes e o solo.
Para a obtenção das imagens do sistema radicular dentro do perfil do solo, é
recomendável a utilização de uma câmara fotográfica digital, por ser o meio mais
prático e eficiente para tal finalidade.
Estes materiais e métodos descritos atendem o objetivo específico (E2) e as
metas e os indicadores previstos.

13.1.5. Determinações nos solos durante e após os ensaios de campo


Aos 30 dias após a aplicação dos tratamentos de gesso agrícola, aos 4
(quatro) meses da implantação dos ensaios de campo e a cada 2 (dois) meses serão
realizadas amostragens periódicas dos solos nas profundidades 0-20; 20-40; 40-60;
60-80; e 80-100 cm. Nestas amostras serão determinados Ca 2+; Mg2+; K+; Al3+; NH4+,
SO 42- e N03-. Apenas e somente aos 30 dias após a aplicação de gesso agrícola irá
se determinar enxofre disponível por 4 (quatro) extratores.
Na última amostragem, ou seja, ao final do ensaio, irá se determinar também
Cu, Zn, Mn, Fe, Cd, Pb, Cr e Ni, tanto nos tratamentos com aplicação de gesso
agrícola do Araripe, como nos tratamentos adicionais com fosfogesso.
O Ca, Mg, S, Cu, Zn, Mn, Fe, Cd, Pb, Cr, Ni serão determinados por
espectrofotometria de absorção atômica; o K por fotometria de chama; Al e SO 42- por
titulometria; e NH 4+ e N03- por digestão sulfúrica, destilação e titulação. Todas as
análises químicas serão realizadas nos Laboratórios de Química e Fertilidade do
Solo da UFRPE.
Estes materiais e métodos descritos atendem os objetivos específicos (E3),

(E4), (E5), (E6) e (E7) e as metas e os indicadores previstos.

13.1.6. Determinações nas plantas de cana de açúcar


Serão realizadas determinações de S, Cd, Pb, Cr e Ni na matéria seca de
folhas, colmo+bainha ao final do ciclo da cana de açúcar. Estes elementos serão
dosados por espectrofotometria de absorção atômica.

40
A produção de cana de açúcar será avaliada por Tonelada de Cana por
Hectare (TCH); Tonelada de Pol por Hectare (TPH); Pol por Cento na Cana (PCC) e
Sólidos Totais no Caldo (Brix).
Estes materiais e métodos descritos atendem os objetivos específicos

(E5) e (E6) e as metas e os indicadores previstos.

13.1.7. Cálculo da Eficiência Nutricional


A partir das adubações básicas aplicadas nos ensaios de campo,
principalmente de nitrogênio, fósforo e potássio, e as produções de matéria seca das
plantas nos diferentes tratamentos pode-se calcular a eficiência nutricional.
Estes materiais e métodos descritos atendem o objetivo específico (E2) e as
metas e os indicadores previstos.

13.1.8. Mensurações e cálculo da eficiência do uso da água


Após a implantação dos ensaios de campo, o ProGessoCana irá mensurar
mensalmente a transpiração das plantas de cana de açúcar nos diferentes
tratamentos, a evaporação por meio de tanques classe A e a precipitação
pluviométrica durante todo o período do ensaio. A partir destes dados e a produção
de matéria seca pode-se calcular a eficiência do uso da água.
Estes materiais e métodos descritos atendem o objetivo específico (E2) e as
metas e os indicadores previstos.

13.1.9. Difusão dos resultados do ProGessoCana


Realização de dias de campo, palestras, simpósios e seminários divulgando os
resultados do ProGessoCana, bem como a confecção de cartazes e folders para
divulgação das ações do Projeto e elaboração de publicações, como circulares e
boletins técnicos.
Estes materiais e métodos descritos atendem o objetivo específico (E8) e as
metas e os indicadores previstos.

14. ESTRATÉGIA DE AÇÃO


Os parceiros no ProgessoCana são representados estrategicamente pelos
sindicados das cadeias produtivas da cana de açúcar (SINDAÇÚCAR) e do gesso

41
(SINDUSGESSO). Assim, as ações de pesquisa terão sua difusão mais
consubstanciada, porque à frente do Projeto estão as entidades que representam
seus associados.
A participação do SINDUSGESSO se dará no sentido de fornecer ao Projeto os
insumos necessários ao desenvolvimento do ProGessoCana, intermediando com
seus associados a difusão do Projeto e a importância do gesso agrícola do Araripe
na agricultura canavieira de Pernambuco.
Compreenda-se como insumos, o gesso agrícola em suas diferentes
granulometrias, o calcário e os fertilizantes para realização das adubações básicas
de plantio e cobertura para a cultura da cana de açúcar no desenvolvimento dos
ensaios de campo.
Como ação de difusão, o SINDUSGESSO também deverá coordenar a
realização de pelo menos um seminário para divulgação dos resultados obtidos com
o Projeto.
Por outro lado, a participação do SINDAÇÚCAR deverá ser de intermediadora
entre pesquisadores e seus associados, compromisso já assumido quando da
realização de uma palestra para apresentação deste Projeto no auditório do
SINDAÇÚCAR no início deste ano. Esta participação disponibilizará áreas das
unidades produtoras de cana de açúcar para instalação e acompanhamento dos
ensaios de campo, desde que previamente selecionadas pelos pesquisadores. Todo
o apoio institucional e logístico de implantação e acompanhamento destes ensaios,
envolvendo disponibilidade de maquinaria e mão de obra, é responsabilidade e
contrapartida do SINDAÇÚCAR.
Esta parceria entre a UFRPE e o SINDAÇÚCAR tem-se perpetuado por longos
anos por meio da Estação Experimental de Cana de Açúcar de Carpina (EECC), que
juntas têm executado projetos de grande importância para o Estado, principalmente
no que diz respeito ao melhoramento genético de variedades. Do mesmo modo,
recentemente, o SIDUSGESSO e a UFRPE com o apoio da FACEPE através da
CAPES, promoveram um curso de Gestão Ambiental do Uso do Gesso na
Agricultura, demonstrando, assim, a experiência destas parcerias com a UFRPE na
realização de Projetos de considerável importância para Pernambuco.
Assim como no caso do SINDUSGESSO, o SINDAÇÚCAR também deverá
coordenar a realização de um seminário para divulgação dos resultados obtidos com
o Projeto.

42
15. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
FASES MESES
I 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Seleção e disponibilização das áreas, e histórico X
onde houve utilização do gesso agrícola.
Abertura de perfis de solo para caracterização física, X X X
química e mineralógica.
II
Implantação dos ensaios de campo X X X X
III
Abertura de perfis culturais. X X X X X
Análise das imagens dos perfis culturais X X X X X X X X X X
Mensurações da evaporação, transpiração e X X X X X X X X X X X X X X
precipitação.
Amostragens periódicas dos solos X X X X X X
Análises químicas de solo X X X X X X X X X X X X X X
Análises químicas de planta X X X X
Dias de campo X X
Seminário X
IV
Definição da doses adequadas de gesso agrícola; X X X
Determinação de relações granulometria/tempo X X X
Determinação do nível crítico de enxofre em solo e X X X
planta
Estabelecimento de limites de teores de metais X X X
pesados toleráveis em solo e plantas de cana de
açúcar
Palestras, simpósios e seminários X X
Confecção de cartazes e folders para apresentação X X X
das ações e dos resultados
Elaboração de circulares e boletins técnicos. X X X
Publicações em congressos científicos, artigos em X X X
periódicos e elaboração de relatórios

43
16. RECURSOS HUMANOS

16.1. Equipe técnica do projeto

• Fernando José Freire


Função: Coordenador
Vínculo Institucional: Servidor Público, 40 horas com DE
Cargo que exerce e lotação: Professor Adjunto do Departamento de Agronomia, Área de
Solos, Coordenador do Centro de Pesquisa de Solos
Formação Acadêmica: Engenheiro Agrônomo - Doutor em Solos e Nutrição de Plantas
Área de especialização/atuação: Fertilidade do Solo
Dedicação: 18 horas
Atividades:
• Coordenação do Projeto
• Orientação dos alunos de Pós-Graduação envolvidos
• Avaliações de adubações e correção do solo para a cana de açúcar
• Avaliações nutricionais da cana de açúcar
• Interpretação de imagens do sistema radicular da cana de açúcar
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 477.415.114-91
Endereço: Rua Irmã Lúcia, 40/1501 - Casa Amarela
CEP 52060-030
Tel: (31) 3892 8233/(81)3320 6220 Fax (81) 3320 6220
E-mail: f.freire@depa.ufrpe.br

• Mateus Rosas Ribeiro


Função: Colaborador
Vínculo Institucional: Servidor Público, 40 horas com DE
Cargo que exerce e lotação: Professor Adjunto do Departamento de Agronomia, Área de
Solos.
Formação Acadêmica: Engenheiro Agrônomo - Ph.D. em Ciência do Solo
Área de especialização/atuação: Gênese e Classificação de Solos
Dedicação: 12 horas

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Atividades:
• Levantamentos e Classificação de solos
• Interpretações físicas, químicas e mineralógicas de solos
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 002.159.104-00
Endereço: Rua Isaac Markman, 175 Bongi CEP 50751-370
Tel: (81) 3228 2081/3302 1226 Fax: (81) 3302 1220
E-mail: mrosas@depa.ufrpe.br

• Clístenes Williams Araújo do Nascimento


Função: Colaborador
Vínculo Institucional: Servidor Público, 40 horas com DE
Cargo que exerce e lotação: Professor Adjunto do Departamento de Agronomia, Área de
Solos.
Formação Acadêmica: Engenheiro Agrônomo - Doutor em Solos e Nutrição de Plantas
Área de especialização/atuação: Fertilidade do Solo
Dedicação: 12 horas
Atividades:
• Avaliação da utilização de gesso agrícola na cultura da cana de açúcar
• Avaliação da adubação da cana de açúcar com a aplicação de gesso agrícola
• Avaliação de contaminação pela utilização do fosfogesso em comparação ao gesso
de jazida
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 768719754-20
Endereço: Rua Macapá, 278/202 Iputinga CEP 50800-030
Tel: (81) 3302 1236 Fax: (81) 3302 1220
E-mail: cwan@bol.com.br

• Maria Betânia Galvão dos Santos Freire


Função: Colaboradora
Vínculo Institucional: Servidor Público, 40 horas com DE
Cargo que exerce e lotação: Professora Adjunto do Departamento de Agronomia, Área de
Solos.

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Formação Acadêmica: Engenheira Agrônoma - Doutora em Solos e Nutrição de Plantas
Área de especialização/atuação: Química do Solo
Dedicação: 12 horas
Atividades:
• Avaliação da movimentação de cátions no perfil do solo com a aplicação de gesso
• Avaliações nutricionais na cultura da cana de açúcar
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 371351394-53
Endereço: Rua Irmã Lúcia, 40/1501 - Casa Amarela
CEP 52060-030
Tel: (31) 3892 8233/(81)3320 6220 Fax (81) 3320 6220
E-mail: betania@depa.ufrpe.br

• Alexandre Tavares da Rocha


Função: Pesquisador
Vínculo Institucional: Servidor Público, 40 horas com DE
Cargo que exerce e lotação: Professor Adjunto da Unidade Acadêmica de Serra Talhada

Formação Acadêmica: Engenheiro Agrônomo – Doutor em Agronomia-Ciência do Solo


Área de especialização/atuação: Fertilidade do Solo
Percentual de dedicação: 12 horas
Atividades:
• Instalação e condução dos ensaios em campo
• Realização de amostragens e análises de solo e planta
• Realização e interpretação de imagens do sistema radicular da cana de açúcar
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 020663164-23
Endereço: Rua Almirante José Dias Fernandes, 102/101 – Piedade – Jaboatão dos
Guararapes CEP. 54400-300
Tel: (81) 3341 6288/3302 1220 Fax (81) 3302 1220
E-mail: atrocha1@hotmail.com

• Eduardo Cézar Medeiros Saldanha

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Função: Pesquisador
Vínculo Institucional: Iniciativa privada – Bunge Fertilizantes
Cargo que exerce e lotação: Coordenador Técnico da Bunge Fertilizantes
Formação Acadêmica: Engenheiro Agrônomo – Mestre em Agronomia - Ciência do Solo
Área de especialização/atuação: Fertilidade do Solo
Percentual de dedicação: 5 horas
Atividades:
• Realização e interpretação de imagens do sistema radicular da cana de açúcar
• Participação nos eventos para difusão da tecnologia
Dados pessoais: CPF – 026781624-35
Endereço: Av. Afonso Olindense, 192F/12 Várzea CEP 50810-000
Tel: 3272 1224/3302 1220 Fax (81) 3302 1220
E-mail: eduardosaldanha@zipmail.com.br

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17. RECURSOS FINANCEIROS

17.1. Recursos solicitados ao CNPq

17.1.2. Bolsas de estudo


Item de despesa Especificação/Finalidade Quantidade Valor unitário Total
Bolsa de Iniciação 2 Graduandos, por um 24 300,00 14.400,00
Tecnológica período de 24 meses
Industrial (ITI)
Sub Total 1 14.400,00

17.1.2. Diárias de pessoal


Item de despesa Especificação/Finalidade Quantidade Valor unitário Total
Diária Pesquisador Viagens para 64 187,83 12.021,12
caracterização dos solos,
instalação e
acompanhamento dos
ensaios de campo (5
Pesquisadores).
Diária Pesquisador Viagens para 32 187,83 6.010,56
(aluno de Pós- caracterização dos solos,
Graduação) instalação e
acompanhamento dos
ensaios de campo (2
Pesquisadores).
Diária Motorista Transporte dos 21 187,83 3.944,43
pesquisadores, graduados
e graduandos (1 Motorista).
Diária Graduandos Viagens para 32 187,83 6.010,56
caracterização dos solos,
instalação e
acompanhamento dos
ensaios de campo (2
Graduandos).
Sub-total 2 27.986,67

48
17.1.3. Materiais de consumo
Item de despesa Especificação/Finalidade Unidade Quantidade Valor Total
unitário
Cloreto de Potássio Análises de Ca, Mg, Al, preparo Saco 1 600,00 600,00
de lâminas para mineralogia 50kg
Acetato de Cálcio Análise de H+Al 500 g 1 50,00 50,00
Ácido Clorídrico Análises de metais pesados e L 50 14,40 720,00
micronutrientes, P e K
Ácido Sulfúrico Análises de metais pesados e L 50 12,00 600,00
micronutrientes, P e K, e N no
solo
Fosfato de Potássio Análise de P 500g 1 50,00 50,00
Cloreto de Cálcio Análise de P-remanescente 500g 1 48,00 48,00
Dicromato de potássio Análise de C 500 g 1 50,00 50,00
Sulfato ferroso Análise de C 1 kg 1 12,00 12,00
amoniacal
Ácido Ascórbico Análise de P 100 g 1 20,00 20,00
EDTA Análise de Al, H+Al 500g 6 30,00 180,00
Molibdato de Amônio Análise de P 500 g 1 96,00 96,00
Água Oxigenada Análise mineralógica L 5 10,00 50,00
Ácido Nítrico Digestão de planta, análises de L 50 6,00 300,00
metais pesados no solo
Ácido Perclórico Digestão de planta, análises de L 10 300,00 3.000,00
metais pesados no solo
Hexameta fosfato de Análises granulométricas do kg 1 30,00 30,00
Sódio solo
Ácido Fluorídrico Análise de metais pesados no L 2 300,00 600,00
solo
Acetato de Sódio Análises mineralógicas 500g 1 50,00 50,00
Ditionito de Sódio Análises mineralógicas 500g 1 98,40 98,40
Bicarbonato de Sódio Análises mineralógicas 500g 1 20,00 20,00
Acetona Análises mineralógicas L 5 10,00 50,00
Metanol Análises mineralógicas L 3 118,00 354,00
Etanol Análises mineralógicas L 5 15,00 75,00
Cloreto de magnésio Análises mineralógicas 500g 1 30,00 30,00
Acetato de magnésio Análises mineralógicas 500g 1 30,00 30,00
Glicerol Análises mineralógicas L 1 40,00 40,00
Subcarbonato de Análise de P 500g 1 20,00 20,00
bismuto
Hidróxido de Sódio Análise de N kg 5 12,00 60,00
Liga de devada Análise de N 50g 1 200,00 200,00
Acetato de Amônio Análise de S no solo kg 1 30,00 30,00
Ácido Acético Análise de S no solo L 5 19,20 96,00
Fosfato de Cálcio Análise de S no solo Kg 1 30,00 30,00
Sulfato de potássio Análise de N kg 1 21,60 21,60
Sulfato de cobre Análise de N 500g 2 20,00 40,00
Ácido Bórico Análise de N kg 1 20,00 20,00
Fenolftaleína Análise de H+Al 50g 1 50,00 50,00
Azul de Bromotimol Análise de Al 50g 1 50,00 50,00
Erlenmeyer de 250 mL Análises de solo e planta Unid. 50 12,00 600,00
Becker de 50 mL Análises de solo e planta Unid. 10 2,50 25,00
Becker de 100 mL Análises de solo e planta Unid. 10 4,00 40,00
Becker de 500 mL Análises de solo e planta Unid. 10 6,00 60,00
Becker de 1000 mL Análises de solo e planta Unid. 10 12,00 120,00
Pipetas Graduadas de Análises de solo e planta Unid. 10 2,00 20,00
1mL

49
Continuação...
Item de despesa Especificação/Finalidade Unidade Quantidade Valor Total
unitário
Pipetas Graduadas de 5 Análises de solo e planta Unid. 10 5,00 50,00
mL
Pipetas Graduadas de Análises de solo e planta Unid. 10 10,00 100,00
10 mL
Pipetas Graduadas de Análises de solo e planta Unid. 5 15,00 75,00
50 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 5,00 25,00
1 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 7,00 35,00
5 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 10 10,00 100,00
10 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 15,00 75,00
50 mL
Pipetas volumétricas de Análises de solo e planta Unid. 5 20,00 100,00
100 mL
Balão Volumétrico de 50 Análises de solo e planta Unid. 10 12,00 120,00
mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 10 19,20 192,00
100 mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 5 24,00 120,00
500 mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 5 33,60 168,00
1000 mL
Balão Volumétrico de Análises de solo e planta Unid. 3 48,00 144,00
2000 mL
Bureta de 100 mL Análises de solo e planta Unid. 2 96,00 192,00
Proveta de 1000 mL Análises de solo e planta Unid. 10 24,00 240,00
Proveta de 100 mL Análises de solo e planta Unid. 5 10,00 50,00
Funil de Buchner Análises de solo e planta Unid. 1 60,00 60,00
Tubo de digestão Análises de solo e planta Unid. 40 14,00 560,00
Lâmpada de Catodo Análises de Zn em solo e planta Unid. 1 1800,00 1800,00
oco-Zn
Lâmpada de Catodo Análises de Cr em solo e planta Unid. 1 1800,00 1800,00
oco-Cr
Lâmpada de Catodo Análises de Ni em solo e planta Unid. 1 1800,00 1800,00
oco-Ni
Lâmpada de Catodo Análises de Ca em solo e planta Unid. 1 1200,00 1200,00
Oco-Ca
Lâmpada de Catodo Análises de Mg em solo e planta Unid. 1 1200,00 1200,00
Oco-Mg
Cartucho de impressora Análises de dados Unid. 5 120,00 600,00
HP- Preto
Cartucho de impressora Análises de dados Unid. 2 120,00 240,00
HP- Colorido
Papel A4 Análises de dados resma 10 13,00 130,00
Disquetes de 1.44MB Análises de dados cx 10 12,00 120,00
CD gravável Análises de dados Unid. 10 3,00 30,00
Sacos de Plástico Coleta de solo kg 10 15,00 150,00
Sacos de Papel Coleta de planta Cento 10 10,00 100,00
Etiquetas Coleta de solo e planta Unid. 10000 0,01 100,00
Papel de Filtro Coleta de solo e planta cx.c/50 10 156,00 1560,00
Barbante Coleta de solo e planta rolo 5 5,00 25,00
Fita Adesiva Coleta de solo e planta rolo 5 3,50 17,50
Pincel para retroprojetor Coleta de solo e planta Unid. 10 2,00 20,00
Cavalete Flip Shart Dias de Campo Unid. 2 75,00 150,00

50
Continuação...
Item de despesa Especificação/Finalidade Unidade Quantidade Valor Total
unitário
Cartolina Dias de Campo Unid. 50 1,00 50,00
Gás Acetileno Análises no Absorção Atômica cilindro 2 250,00 500,00
Gás Butano Análises no Fotômetro de Bujão 2 30,00 60,00
Chama 13Kg
Sub-Total 3 22.694,50

17.1.4. Serviços de Terceiros (pessoa física e pessoa jurídica)


Item de despesa Especificação Quantidade Valor unitário Total
Software SIARCS Obtenção das 1 5.000,00 5.000,00
imagens do perfil
cultural da cana de
açúcar
Software Windows Processamento de 1 500,00 500,00
dados
Software Microsoft Processamento de 1 700,00 700,00
Office dados
Serviços Gráficos Confecção de variada 10.000,00 10.000,00
pôsteres, cartazes,
folders, boletins e
circulares técnicas
Manutenção de Manutenção dos - 5.000,00 5.000,00
equipamentos equipamentos já
existentes e
aqueles a serem
adquiridos
Análises Análises das 60 5,00 300,00
mineralógicas lâminas da FASE I
do ProGessoCana
Sub-Total 4 21.500,00

17.1.5. Equipamentos

Item de despesa Especificação Quantidade Valor unitário Total


Câmera fotográfica Obtenção de 1 1.000,00 1.000,00
digital imagens do perfil
cultural da cana de
açúcar
Computador com Trabalhos com 1 1.500,00 1.500,00
monitor, teclado, e imagens
estabilizador
Impressora jato de Impressão de 2 500,00 1.000,00
tinta imagens do perfil
cultural da cana de
açúcar
Notbook Trabalhos com 1 3.000,00 3.000,00
imagens
Sub-Total 5 6.500,00

Total = Subtotal 1 + Subtotal 2 + Subtotal 3 + Subtotal 4 + Subtotal 5 =

51
Total = 14.400,00 + 27.986,67 + 22.694,50 + 21.500,00 + 6.500,00 = 93.081,17
TOTAL DE DESEMBOLSO DO CNPq – R$ 93.081,17

17.2. Recursos de contrapartida

17.2.1. UFRPE

17.2.1.1. Obras civis e instalações


Item de despesa Especificação Quantidade Valor unitário Total
Laboratórios de Necessários para a - - 600.000,00
Química, Fertilidade, realização das
Física e Mineralogia análises de solo e
do Solo. planta.
Infraestrutura do Auditório, salas de - - 250.000,00
Centro de Pesquisa aulas, sala de
de Solos. informática,
biblioteca setorial.
Sub-Total 6 850.000,00
17.2.1.2. Equipamentos e material permanente
Item de despesa Especificação Quantidade Valor unitário Total
Espectrofotômetro Análises de Ca, Mg, metais 1 60.000,00 60.000,00
de Absorção pesados e micronutrientes
Atômica em solos e plantas.
Espectrômetro de Análises de macronutrientes, 1 80.000,00 80.000,00
Plasma metais pesados e
micronutrientes em solos e
plantas.
Equipamento de Preparo de lâminas para 1 150.000,00 150.000,00
micromorfologia micromorfologia
Microscópio Análise de Mineralogia 1 50.000,00 50.000,00
petrográfico
Cromatógrafo de Análises bioquímicas 1 40.000,00 40.000,00
Gás
Auto-Analisador de Análise de N 1 60.000,00 60.000,00
Nitrogênio
Sub Total 7 440.000,00

17.2.1.3. Bolsas de estudo


Item de despesa Especificação Quantidade Valor unitário Total
Bolsa de Mestrado Aluno envolvido em 12 meses 24 1.200,00 28.800,00
do projeto
Sub Total 8 28.800,00

17.2.2. SINDUSGESSO

52
17.2.2.1 Materiais de consumo
Item de Especificação Unidade Quantidade Valor unitário Total
despesa
Gesso Agrícola Utilização nos tonelada 30 75,00 2.250,00
ensaios de
campo.
Calcário Utilização nos tonelada 20 60,00 1.200,00
ensaios de
campo.
Fertilizantes Utilização nos Saco 50 kg 50 75,00 3.750,00
ensaios de
campo.
Sub Total 9 7.200,00

17.2.3. SINDAÇÚCAR

17.1.3.1. Serviços de Terceiros (pessoa física e pessoa jurídica)


Item de despesa Especificação Quantidade Valor unitário Total
Trabalho de Preparo do solo nos 40 horas 25,00 1.000,00
máquinas ensaios de campo.
Mão-de-Obra Plantio, tratos Salário 18 meses 478,73 34.468,56
culturais e colheita.
4 trabalhadores
Sub Total 10 35.468,56

Total de Contrapartida = Subtotal 6 + Subtotal 7 + Subtotal 8 + Subtotal 9 + Subtotal 10


Total de Contrapartida = 850.000,00 + 440.000,00 + 28.800,00 + 7.200,00 + 35.468,56
Total de Contrapartida = R$ 1.361.468,50

Total do Projeto = Desembolso + Contrapartida


Total = 93.081,17 + 1.361.468,50
Total do Projeto = R$ 1.454.549,60

53
17.3. Cronograma de desembolso

ITENS DE DISPÊNDIO FASE I* FASE II FASE III FASE IV TOTAL (R$)


1. Despesas Correntes
1.1. Material de Consumo 6.808,35 4.538,90 9.077,80 2.269,45 22.694,50
1.2. Serviços de Terceiros 3.000,00 5.000,00 5.500,00 8.000,00 21.500,00
1.3. Diárias 13.993,33 9.328,89 4.664,45 - 27.986,67
Sub-Total 23.801,68 18.867,79 19.242,25 10.269,45 72.181.17
2. Despesas de Capital
2.1. Equipamentos 6.500,00 - - - 6.500,00
Sub-Total 6.500,00 - - - 6.500,00
3. Bolsas de Estudo 3.600,00 3.600,00 3.600,00 3.600,00 14.400,00
Sub-Total 3.600,00 3.600,00 3.600,00 3.600,00 14.400,00
TOTAL GERAL (R$) 33.901,68 22.467,79 22.842,25 13.869,45 93.081,17
* Previsão de desembolso para o início de cada uma das fases, previstas no item 7 do Projeto, sendo: Fase I – início
no primeiro mês de vigência do ProGessoCana; Fase II – início no quarto mês de vigência do ProGessoCana; Fase III
– início no oitavo mês de vigência do ProGessoCana; e Fase IV – início no vigésimo segundo mês de vigência do
ProGessoCana.

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18. RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS
A reconversão de áreas impróprias, a identificação de variedades mais adaptadas
a explorar um maior volume de solo e a difusão de um insumo ainda incipiente para a
cultura da cana de açúcar na Zona da Mata de Pernambuco terá uma repercussão muito
significativa na agricultura canavieira. Contraditoriamente, quando fala-se em redução de
insumos na agricultura, principalmente corretivos e fertilizantes, justamente este Projeto
vem, em Tese, recomendar o uso de mais um insumo. No entanto, a utilização do gesso
agrícola pode revolucionar o processo produtivo, por sua condição não de corretivo, mas
de condicionador de solo. Esta condição por si só, o torna favorável ao ambiente por sua
atuação no incremento da eficiência do uso da água e, mais favorável ainda, por sua
capacidade de aumentar a eficiência dos fertilizantes, minimizando o uso indiscriminado
destes insumos. Pode-se, então estimar, que a utilização do gesso na agricultura
canavieira irá favorecer o meio ambiente, reduzir custos de produção e aumentar a
produtividade agrícola. Portanto, estes seriam os benefícios diretos da utilização deste
insumo.
Em outro contexto, durante muitos anos criticou-se a Zona da Mata de Pernambuco
pela monocultura da cana de açúcar. Porém, muito tem-se feito para diversificar a
agricultura nesta região, principalmente durante a entre safra da cana. Quando então se
propõe uma tecnologia que enaltece a reconversão de áreas impróprias, a adaptação de
variedades e o aumento de produtividade da cana de açúcar, como isto pode aumentar a
oferta de alimentos e, ou, alterar a geração potencial de empregos na Zona da Mata ?
Acredita-se que é difícil imaginar uma Zona da Mata mais desenvolvida e com uma
agricultura diversificada sustentável, sem uma agricultura canavieira forte, com adequada
relação benefício/custo, proporcionando mais empregos e aumentando a renda per capita
dos trabalhadores para que eles possam canalizar recursos para uma agricultura familiar
que proporcione a tão desejada diversificação agrícola na região, porém de forma
sustentável, capaz até de ofertar alimentos e complementar renda na entre safra da cana
de açúcar.
Outro aspecto de grande importância no Projeto é que, pela maneira como ele está
sendo planejado, já o credencia como grande multiplicador de tecnologia, porque a
pesquisa se dará a olhos vistos, ou seja, dentro das comunidades, facilitando
imensamente seu aspecto difusor.
O ProGessoCana não apresenta impactos ambientais negativos ou desfavoráveis,
muito pelo contrário, como tem-se afirmado em citações anteriores. Para favorecer ainda

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mais este aspecto, este insumo é proveniente de um minério, a gipsita moída, ou usando
um termo mais adequado, é o próprio minério sem nenhum tratamento químico adicional,
ou seja, é o gesso “in natura”.
O ProGessoCana se propõe a trazer as informações agronômicas necessárias
para a difusão do uso do gesso na agricultura canavieira, proporcionando assim, o
surgimento de uma valiosa parceria entre as cadeias produtivas do gesso do Araripe e a
agricultura canavieira do Estado. Esta “simbiose” sócio-agro-econômica trará inúmeros
benefícios para ambas as partes, o que dará sustentabilidade ao agronegócio que surgirá
no ex-post ProGessoCana.

19. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO


O ProGessoCana se desdobrará em 4 (quatro) FASES com os indicarores já
definidos no item 12 (doze), inclusive com o tempo necessário para atingí-los.
Da forma como o ProGessoCana está definido, sugere-se para acompanhamento
do Projeto a apresentação de relatórios parciais ao final de cada FASE, para que possam
ser avaliados. Concomitantemente à apresentação de relatórios parciais, pode-se planejar
o cronograma de desembolso aliado às diferentes FASES do Projeto. Desta forma, a
avaliação desfavorável de um relatório parcial, pode refletir no bloqueio da liberação de
recursos da FASE seguinte.

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20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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21. PALAVRAS-CHAVE

• Cana de Açúcar
• Gesso
• Sistema Radicular
• Relações Nutricionais

22. DATA DE ELABORAÇÃO DO ProGessoCana

Recife, 29 de Setembro de 2008.

Fernando José Freire

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