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Após a sanção, a lei já existe e é válida, tendo em vista que a promulgação é ato
declaratório de sua existência. Todavia só terá vigência a partir da data disposta
nela mesma.
Pode ocorrer que a lei não mencione a data a partir da qual vigorará. Neste caso
prevalece a regra geral do art. 1o da LICC (entrará em vigor 45 dias após a data de
sua publicação).
Obs.: Chama-se vacatio legis o período que medeia a data de publicação da lei e
a de sua entrada em vigor.
Poder originário
Publicada a lei, esta passa a ser do domínio de todos, sem exceção. Desta forma,
diz o art. 3o da LICC: “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a
conhece.”
Este princípio está contemplado no art. 2o da LICC, quando menciona que uma lei
só deixa de vigorar quando modificada ou revogada por outra posterior.
A lei nova revoga a anterior quando trata sobre o mesmo assunto de forma
diversa. Assim, nos fatos ocorridos após a sua revogação, a lei antiga não
produzirá qualquer efeito, cessando, desta forma, sua eficácia.
Mas, com relação aos fatos ocorridos anteriormente à edição da nova lei, a lei
antiga poderá continuar produzindo efeitos. Tal fenômeno é chamado de
ultratividade da lei.
Se a lei posterior disser, de maneira expressa, que a lei anterior está revogada,
temos a revogação expressa.
A revogação tácita é a que decorre da vigência de uma nova disposição que colide
com a anterior, sem que seja mencionada a lei nova a revogação da antiga.
Assim, está implícita sua revogação.
Repristinação
Art. 2o, parágrafo 3o, da LICC: “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não
se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”.
Obs.: Tal dispositivo não se aplica às leis temporárias. - art. 2 o, caput: “Não se
destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.”
Exemplo de sistema estático - Um pai ordena a seu filho que estude. O filho lhe
indaga: Por quê? O pai explica: Porque deves aprender. O filho pergunta: por que
devo aprender? O pai explica: Para seres aprovado.(conteúdo)
Exemplo de sistema dinâmico: O pai ordena a seu filho que estude. O filho
indaga: Por quê? O pai explica: Porque deves obedecer a teu pai. O filho
pergunta: Por que devo obedecer a meu pai? O pai responde: Porque teu pai foi
autorizado a mandar pela lei do Estado.(forma)
Antinomia Jurídica
1 Critério cronológico (lex posterior derogat priori) - art. 2o, § 1o, LICC
2 Critério hierárquico (lex superior derogat inferiori)
3 Critério da especialidade - art. 2o., p. 2o., LICC
Obs.: Lei especial é aquela que anula uma lei mais geral ou subtrai de uma norma
uma parte da sua matéria para submetê-la a uma regulamentação diferente
(contrária ou contraditória). Corresponde a uma exigência fundamental de justiça:
tratamento igual às pessoas que pertencem à mesma categoria.
Ao deparar-se com uma antinomia, o aplicador do Direito deverá utilizar as regras
mencionadas, resultando três possibilidades:
1 Eliminar uma das regras, aplicando a outra (antinomia real) => interpretação
ab-rogante => ab-rogação simples
2 Eliminar as duas, aplicando uma terceira (antinomia real) => interpretação
ab-rogante => dupla ab-rogação
3 Conservar as duas (antinomia aparente)
Obs.: Veja-se que, ao notar uma antinomia, um juiz poderá utilizar uma das
regras, enquanto outro utilizará a norma contrária.
Completude
É a propriedade pela qual um ordenamento jurídico tem uma norma para regular
qualquer caso. Uma vez que a falta de uma norma se chama geralmente “lacuna”,
“completude significa “falta de lacunas”. (Norberto Bobbio)
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Art. 4o. da LICC: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais do Direito.
Art. 127 do CPC: O juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei.
O princípio de que o ordenamento jurídico seja completo para fornecer ao juiz, em
cada caso, uma solução sem recorrer à eqüidade é dominante até agora na teoria
jurídica européia de origem romana.