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35. CRIMINOLOGIA Vivian Calderoni 1. CONCEITO A Crimvinologiaé uma ciéneiaautdnomasempicia¢ inter: -disciplinar que tem por objeto de estuda quatro elementos: 2) Ocrimes 4) autor do dllito(ocriminoso}: ©) Avitima;e 4) 0 controle soca ‘Vamos compeeender cada um dos elementos da deinigio e"Criminologia’ Auidnoma: A Criminologia guna ciénciaauténona eno ‘uma cigncia auxiiar ao dteto penal, visto que dn metodo € objetos de estudo préprios.E uma ciénca autonoma que tstahelece relagdes com o diteito penal Empirica: A Criminologia & uma cigncia empitica, por: tanto, haseada na obsetvagdo-da selidad, na experiencia Q criminlgo se dedica.anestudo da residade-e partir og odservacio.destae,comhase nea, tentaexplic ‘Vamos alguns exemplos: a escola chamada de Anteopo- logia Criminal (vide item 6.2.1 infra) defendia que o bitipo (0s fatores yendticose fenotipicos) das pessoas indicava se ela «1a criminosa ou no. Lombroso, seu grande expoente, fia Imedigies de crinios, de Isbios, de narir ete. para chegar a0 ‘ipo criminose. Outro exemplo que pode se dado &0 de um estudo exta- Uistico dos crimes mais cometidos em cada reyiso da cidade Provaveliente, a maior quantidade de furtos est nas reas mais densas da cidade. Esse & um bom exemplo do uso da «statistca pela Criminologia, No presente exemplo,o pesqul. sador observa a realidad de distribuigio regional ie crimes ¢ as taxas de cometimento de cada delito por egito da cidade Bara compreender a dindmica criminal noquela clade Anterdisciplinar: A Criminologia é uma cigncia interdisci plinarquese utiliza deoutras igncas, preservancoos métodos Dréprios de cada uma dela. As ciéncias mais comumente tilizadas pela Criminologia slo apsiologia. antropologi, a medicina, a socologia, a estatstica eo direito penal Vamos a alguns exemplos: Num caso hipotétice foi encontrado um cadaver, Presume-se que tenha ocortido lum homicidio. A psicologia‘pode nos dar ferramentas para entender © porqué do cometimento daquele crime. Serd que 0 autordo delito fez sso porcisimese seria um crime passional? Ser que foi para ficar com a heranga? Seri que @ criminoso 'matoutaquela pessoa porque esti em depressio? Serd que exse delinquente é um psicopata, um matador em série? A Sociologia poderia nosajudara entender outros fatores Sera que a vida é um valor banalizado nessa saciedadle e esse Crime & 88 mais um dentre tantos? Sera que esse homicidio &, nna verdade, uma consequéncia cruel da machismo quedomina aqutcla sociedad e a pessoa foi vitima de violéncia domeéstien cometida pelo marido? Seré que priticas de delitos comio esse so socialmente accitas? O dieito penal poderia trazer outros elementos pata com: preensio do crime. Seré que o homicidie decwrreu de legitimns ddefesa? Seré que foi realmente uns homicdio ata condita se cenquacira no crime de lesao corporal seguida de morte? Ou de tortura com resultado morte? Ou de latrocinin?Trata-se de lum homicidio simples? Seria qualificad? A medicina pode ajuaraexclaecet a cits morts: Tria side cenvenenamenta? Asfxialn? Levad un tivo de arma de fog? Ohiclas: Sio quatro os objetosde estuco da Criminologia: ‘crime (também chamacto de deli ou ato dlesviante),oautor do delito (também denominadodedelinquente au autor da a desviante ou criminose), a vitima ea cantrale social (também denominado de instancias de controle). 2.METODO © método da Criminologia&empitio eindutivo.O con {ato com o objeta.éditeo.¢ interdiseiphinar ~Eimpitica: A Criminologia exannine a yealdade ndutivo: A Criminologia observa a reaidade para dela extraie wma tear. Ou seja, 0 pesqisaclor vai ao mundo ‘ohhereto ede li retira absragaes econceituagdes. A compre ensio da alse sed partir da obseryagio. Por isso dit-se ‘9¥€.0 contato como objeto dessa. tte Interdisciplinatidade: O.méiodo dla Criminologia éaquele + dlag.ciéncias.que so ulilizadas por gla. Por exemplo, a psicn logia, a medicina, 0 diteto penal, a sociologi, a estatstica & a anttopologia, 3. FUNGOES. A fangao da Criminologia &tragar um diagndstico cien tifico € qualificado sobre seus objetos de estude (0 crime, © criminoso, a vitima e 0 contyole sacial), 0 fim bisico dt Criminologia ¢informara academia, a sociedade eos poderes Pablicos sobre o crime, os criminosos, a vitima eo controle social. O fim titimo da Criminologia é' controle ea preven fo criminal Cabe & Criminologiaa compreensia ds fendimenos rela cionados a0 crime, a0 criminoso, vitina ee controle social Sendo assim, cla € importante fone de informagiio para se pensar extratégias de prevengio criminal. A Griminalogia, por ser uma cigncia,traz mais seyuranga pata se pensar e repensar politicas pablicas, mas deve-se tomar euidadd, pois Crimi ologia nao é uma ciéncia exata ¢ comporta subjetivismos do Pesquisaclor que influenciam sues anilises, 4, OBJETO: CRIME, CRIMINOSO, VITIMA E CONTROLE SOCIAL 4.1. Crime Para o direito penal, crime é wma conduta tipica, anti ridica ¢ culpvel. Para a Criminalogia essa delinigao € insu iente, ji que compreende o crime como wn problema social, 282 VIVIAN CALOEHON! un fendmeno comunitério que deve ter incidéncia alitiva, incidéncia massiva persisténcia espagn-temparal einequivoco sonsenso qyanlo i efetividade da infervengio penal Passarems a compreender cada um desses elementos ‘em separaco. 4.1.1. Incidencia aflitiva De acordo com a Criminologia, para que uma conduta seja considerada crime deve produzir sofrimento. Ou seja, deve causar alguma lesio vitima‘ou 3 comunidade como um todo. Nao senilo razodvel ipficarcriminalmente uma conduta ‘que no proditza dor. & Noonensmentojurdico brasileiro, nem sempre isso corte. Por excinplo gt ARBS/1965 prosbe a utilizario da expressio “cour sinc Ora, a condluta repreendida (nesse caso, 0 empregode uni Ja, matar algun, crime tipiticado no art 121 do CP, pro: uz sofrimentn ede: Ou seja,0 crime de hornicidio preenche fesse requisite da detinigi. ‘expressdo) no produz qualquer sofrimento, 4.1.2. Incidéncia massiva De acordo com a Crintinologta, para ser considerada crime conduta deve acorrer com alguna regularidade e néo apenas isoladamente, Existe um exemplo, no nosso ordenamento, que nao segue ‘essa caracterstica, O crime de molestar celaceo foi tipiticado aps uma pessoa colocar um palito de sorvete na narina de __-uta baleia que tinh encalhado na praia no Rio de Janeiro. A baleia morreu como consequéncia desse ato. Fssa canduta foi Eximinalizadla pela Lei 7643/1987, porém nao tem incidéncia massiva, nde € comum que as pessuas coloquem palitos nas nnarinas de ceticeos Por outro lado, « homicidio tem incidncla massiva, ele ‘core com regularidade 4.1.3. Persisténcia espaco-temporal Para a Criminologia, a conduta deve ocorrer em diversos locais endo serrestria a uma localddade especiticae,além disso, sleve ser mais do que uma moda, deve continuar a ocorrer em diversas periodos. Ou sea, leve persist no tempo e no espago. 4.14, Inequivoco consenso quanto d efetividade da intervencdo penal Para a Crimvinologia, para que wma conduta sejaelencada como crime, dleve-se ter cerleza de que a intervengio penal é ‘a melhor forma, ou, ao menos, combinada com outas, €uma bboa forma de se evitar a pritica da conduta, Um bom exemplo é a criminalizagao do consumo do Alcool, © consumo do alcool ja foi crime nos EVA, no cha: mado periodo da Lei Seca. Deve-se admitir que 6 consumo. de alcool é uma pritica com incidéncia massiva, afitva e ‘com persisténcia espago-temporal, mas a experiéncia norte: americana demonstrou que a criminalizagio nao foi eficaz para o combate da conduta. 4.2. Criminoso Para a Criminologia, o criminoso pode ser analisado sob Baia clase méda Ne \raathadores pobret hnigrane BL A partir dessa divisio da cidade, os teéricas comegaram a estudar a criminalidade em cada dtea, As estaisticas mostea ram que o indice de criminalidade era maior nas Seas mais ppréximas ao Loop e menor nas deeas mais distantes. ‘importante destacar que a escola de Chicago nfo segue wun terminism ecolbueo, Pura esa escola, oto di pes ‘sare em dteminaa ad ede Ca ove ido enconteragonasandlsnasnaoe deter Ou sea, morar em determinads regito no & avanti de que ind cometerdeitos ou no Na area dois degradacdo da moradiae da qualidade de vida muito alta li residem pessoas mito diferentes ~ oque {ornava muito dificil a criagio delagos desolidariedade social entre eas. Deacordo coma escolade Chicago, esses elementos favoreciam a solugio de contlitos par meio do cometimento ded chegados. Conccitos principais: Do que acabamos de estudar, podemas exe os incipais desta escola (i) O conceto AStendencia yradiente (gradicn fendency), ou sea, quanto mais afastada do Loop menor a tendéncia a ser 1 comaltas taxasde criminalidade i) eo conccito de gu lesorganizagao social. Nas areas de maior taxa de delingu: éncia encontram-se as piores condigdes de vida, Sio as reas mais desorganizadas socialmente, Por isso, 0s autores dessa escola falam que « crjuninalidade urbana est estreitamente selacionada coma desorganizaGio socal ain ceece terete eo elzacdo socal so etre efiulnGgenorauede Pas lluicig dastanas de criminal 2 cidade degraded tocupas po enclaves nc-e aines, ‘pate. ‘Suas ese [da escola de Chicago] consistem em que exista lum claro paralelismo entre 0 pracesso dle criagdo dos novos centros urbanosea sua criminalidade, a criminalidade urbana (larament diferenciada, sob todos os pontos de vistn, da queé Prodtuzida fora dos nicleosurbanos). A cidade ‘produ’ dein ‘Gutacla. Dentro da grande cidade pode-se verifcar inclusive ‘existéncia de zonas ou areas muito definidas (0 gangland, delinquency areas), onde aquela [erininalidadel se concent A teoria ecoldgica explica este efeito crimindgeno da ‘utunde cidade, valendo-se dos conceites de desoiganizacio € gantigio inerentes aos modernos nicleos urbanos ¢, sobre, tudo, invocando o debilitamento do controle social nestes 0 _piicleos. A detetioracio dos “srupos pumacios" (Familia et), @ modificacio ‘qualittiva’ das relates inierpessoais que se tomnam superficias a alla mobiidale, residnci, a crise dos se familiares, a uperpapulacio,»tentadora proximidade ds dgcascomerciaiseindustriais onde se acumla Fiquera © citadoenfraquecinenta do controle steal eran ‘um melo desorganizado e crimindgeno.™ en 2 stelagdies que as pessoas. fundamentais para a compreensi Ascilados sio diferentes entre si ea relacio de seus morado zona da cidade, Nas prandes cidades hi uina perda deidentidade, os indivi- «duos se ransformam cm andnimos, que no sio conhecidos nem conhecem a grande maioria dos demiais moraclores da cidade. Por muitas vezes ndo conhecem nem os morados do ‘mesmo prédio ov da mesma rua. Esse ananimato gera wma forma diferente de se relacionar com a cidade c enfraquece 4 pertencentea uma comunidade ou grape, se sente como ui individua SngilarcaulOnomo nadinimica sevidssinesdve grande, Asdliferentes formas de adaptagio das pessoas as cidades em uma mesma consequinea ereniTtadoraTmpleagao TOT social das pessoas em um permanente processo titerativo fon acide: Nas pander ndader ae ‘nonimato.“A ruptura das relagbes anteriores eo enfraqueci= ‘mento das restrigdes dos grupos primarios, sob a influéncia

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