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O objetivo desse captulo deixar claro que as foras auxiliares podem ser to
prejudiciais quanto s foras mercenrias. Essas primeiras so, em si, eficazes, mas para
os que dela se valem podem ser perigosas, uma vez que so organizadas, obedientes e
efetivas, no entanto, encontram-se sob o comando de outra pessoa. O que pode favorecer
tambm o surgimento de um terceiro fator, que se juntando as tropas auxiliares, possui a
inteno de atrapalhar os planos no prncipe, o que no seria possvel se o exrcito fosse
unicamente formado pelo povo de sua ptria ou o se fosse formado por mercenrio cujas
condies especficas no so caracterizadas pela presena de um outro lder. Alm disso,
um prncipe prudente preferir perder com suas armas ganhar com as tropas alheias,
colocando-se em risco pois, em caso de vitria, acaba sendo aprisionado por elas, dessa
forma sempre dependendo de suas foras para alcanar xito. Maquiavel ressalta tambm
a maior fora das tropas mistas em relao s tropas compostas apenas por foras
auxiliares, no entanto, as mistas nunca sero mais fortes e confiveis que as formas pelo
exrcito nacional. Portanto, a boa poltica do prncipe sempre consistir em combater
com o exrcito nacional, pois somente com ele possvel estar seguro.
A forma que o prncipe deve se comportar diante seus sditos e aliados exposta nesse
captulo. Maquiavel discorre sobre o reconhecimento dos prncipes a partir de algumas
qualidades, no entanto, ele afirma que no possvel um prncipe possuir todas as boas
qualidades pois as condies humanas no o permitem. Alguns desses vcios podem ser
prejudiciais ao Estado e ao prncipe, devido a esse fato, o prncipe deve aprender a se
conduzir no fazendo o uso da bondade, ou fazendo-o em com virtude e em casos
especficos. Alm disso, ele no deve estar preocupado em realizar prticas escandalosas
para salvar o Estado de vcios, pois so imprescindveis para tal.