Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Resumo: Aps a abolio da escravatura com a Lei urea, em 1888, os libertos passaram
a fazer parte do regime de trabalho livre. O processo de transio, entretanto, no ocorreu
de forma que protegessem os direitos de trabalho dos antigos escravos. Na procura por
sobreviver, muitos escravos continuavam nas antigas fazendas, procuravam fazendas
prximas ou mesmo optavam pelo trabalho de arteses. Grande dificuldades se deviam a
mo de obra do estrangeiro, que poca, passou a ser a maioria da mo de obra.
As dificuldades demonstram-se nestes trs pontos, onde o liberto lutou para no ser posto
margem da vida econmica ativa, mesmo permanecendo nas ocupaes que foram mais
desagradveis pela escravido. Todo o processo orientava-se, pois, no no sentido de
converter, o liberto em trabalhador livre, mas de mudar a organizao de trabalho
para permitir a substituio do negro pelo branco. O trabalho livre no apenas
expulsaria o trabalho escravo, no regime da livre iniciativa o branco iria, fatalmente,
substituir o negro como agente de trabalho. O grande proprietrio deu preferncia ao
imigrante, nas regies onde isso no aconteceu, que ocorreu em menor escala, teve de
apelar para os libertos ou para a mo de obra nacional. Isso deu origem a movimentos
migratrios, onde negros e mulatos se deslocavam das reas em que sofriam grande
concorrncia do imigrante branco para zonas de lavouras depauperadas. Em resumo, nem
o imigrante substituiu o negro, nem o negro largou sem mais nem menos suas posies
na organizao da economia, as fugas em massa e o deslumbramento com a liberdade e a
abolio do cativeiro incentivaram deslocamentos macios de negros. Todavia, em todos
os episdios desse tipo se fazia sentir o influxo de reguladores econmicos que
compeliam o negro a desenvolver ajustamentos que o reintegravam como arteso,
assalariado, etc. As regies de maior prosperidade econmica eram aquelas onde havia
maior concentrao de imigrantes e maior mobilidade de mo de obra negra.