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PROPRIEDADE
1. PODERES DO PROPRIETÁRIO
2. MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA
2.1. REGISTRO DE IMÓVEIS
2.2. ACESSÃO
Aula de hoje:
2.3. USUCAPIÃO
2.3.1. Introdução
Na maior parte das legislações que tem origem no Direito Romano, usucapião é
empregada no feminino.
2.3.2. Requisitos
a) Posse
b) Decurso do Tempo
É preciso que o indivíduo tenha posse e que essa posse se prolongue no tempo.
Esse termo nos remete a uma comparação. Essa expressão (prescrição aquisitiva)
sugere uma comparação entre a usucapião e o fenômeno da prescrição extintiva.
A usucapião (fenômeno próprio dos direito reais) tem alguma coisa a ver com a
prescrição extintiva?
A prescrição extintiva existe quando alguém perde a sua pretensão porque não a
exerce no prazo estabelecido por lei.
Claro que quando perde o direito, perde também a ação reivindicatória, mas não
porque ela prescreveu, mas porque ele perdeu o direito que ela defende.
Assim, a usucapião tem muito mais semelhanças com a decadência do que com a
prescrição. Portanto, a expressão prescrição aquisitiva não é muito técnica, porque equipara
a usucapião (existe a perda efetiva do direito) com a prescrição (existe a perda da ação e
não do direito), que são coisas diferentes.
Além disso, a pretensão extintiva pressupõe tão somente que o titular da pretensão
fique inerte. Na usucapião, não há só inércia. É preciso que haja a inércia do proprietário e
a atividade do invasor. Se o proprietário ficar inerte, mas ninguém ocupar do terreno, não
haverá usucapião.
Claro que se a pessoa se torna proprietária por usucapião, basta que tenha
preenchido os requisitos, mas é importante ajuizar a ação de usucapião, para que possa
provar para terceiros que usucapi.
• Insuscetíveis de apropriação
São as coisas incorpóreas. Quando tivemos nossas primeiras aulas de posse e de
direito reais vimos que desde o tempo do direito Romano posse e direitos reais só podem
recair sobre coisas corpóreas, tangíveis, suscetíveis de apropriação. Só existe posse e
propriedade no sentido técnico da palavra sobre coisas corpóreas.
Não está certo dizer que uma pessoa é proprietária de um direito autoral, a pessoa
é titular de um direito autoral, do nome...
Essa questão se tornou muito sensível com a questão da usucapião das linhas
telefônicas, que são incorpóreas, de forma que em princípio não se admitia posse de linha
telefônica, não se podendo usucapi-la.
Surgiu uma solução que dizia que a linha telefônica, apesar de incorpores, pode se
materializar no aparelho telefônico. A partir do momento em que se tornou corpóreo, é
possível exercer posse e é possível que haja a usucapião.
Assim, as coisas incorpóreas não podem ser objeto de usucapião porque, antes de
mais nada, não podem ser objeto de posse.
• Legalmente inalienáveis
Também são coisas fora do comércio as coisas legalmente inalienáveis.
Supondo que alguém acabe invadindo a casa, esbulhando a casa. Se esse invasor
permanecer nessa casa por tempo suficiente, ele poderá usucapir?
b) Bens públicos
Não estão abrangidos na categoria de bens legalmente inalienáveis?