Sei sulla pagina 1di 28

ENGRENAGENS

I – INTRODUÇÃO

Denomina-se engrenagem, o par de duas rodas dentadas que


trabalham acopladas para transmissão de movimento e torque entre
dois eixos. Na prática, o termo “engrenagem” é também empregado
com sinônimo de “roda dentada”.

A roda dentada menor denomina-se “Pinhão”.

A roda dentada maior denomina-se simplesmente roda. No caso


de engrenagem não cilíndrica, a roda dentada maior denomina-se
“Coroa”.

CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ENGRENAGENS

Para atender as necessidades da indústria mecânica foram


desenvolvidos diversos tipos de engrenagens que podem ser
classificadas sob diferentes critérios. O critério mais utilizado é o que
se apresenta a seguir:

1º - ENGRENAGENS CILÍNDRICAS

Sabe-se que as superfícies cilíndricas são obtidas pela


rotação de uma reta geratriz convenientemente em torno de um eixo.

Colocando-se dois cilindros em contato, segundo uma linha


geratriz comum aos dois cilindros, pode-se obter transmissão de
movimento circular, por atrito, de um cilindro para o outro. Este é o
princípio básico de funcionamento das engrenagens cilíndricas.
01
Engrenagens cilíndricas são compostas por rodas dentadas
de corpo cilíndrico que são classificadas de acordo com o formato dos
dentes em:

a) Engrenagens cilíndricas de dentes retos

• Dentes externos
• Dentes internos

As engrenagens cilíndricas de dentes retos são empregadas


em larga escala na transmissão de movimento entre eixos paralelos.
São as de mais fácil estudo, fabricação e controle. Possuem alto
rendimento da ordem de 98-99% porém são ruidosas em velocidades
elevadas. Transmitem aos eixos de trabalho somente cargas radiais e
por isso necessitam de mancais para esforços apenas radiais.

As engrenagens cilíndricas de dentes retos internos são


empregadas quando o espaço disponível é restrito ou quando não se
quer expor os dentes da engrenagem, facilitando com isso sua
proteção. Neste caso a rotação dos dois eixos do par de rodas tem o
mesmo sentido de rotação.

b) Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais

As engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais são


empregadas geralmente com eixos paralelos podendo, contudo, ser
utilizadas com eixos reversos. São muito usadas quando cargas e/ou
velocidades de trabalho são elevadas. Transmitem empuxo axial ao
eixo de trabalho, porém, trabalham de modo mais suave e silencioso
que as engrenagens de dentes retos. Por transmitirem aos eixos de
trabalho cargas radiais e axiais necessitam, por isso, de mancais para
esforços radiais e axiais simultâneos.

02
2º - ENGRENAGENS CÔNICAS

Sabe-se que as superfícies cônicas são obtidas pela


rotação de uma reta geratriz convenientemente em torno de um eixo.

Em se tratando de eixos concorrentes, colocando-se os dois


cones em contato, segundo uma linha geratriz comum aos dois cones,
pode-se obter transmissão de movimento circular, por atrito, de um dos
cones para o outro. Este é o princípio básico de funcionamento das
engrenagens cônicas.

As engrenagens cônicas são, portanto, utilizadas para na


transmissão de potência entre eixos concorrentes ou reversos. Este
conjunto de rodas dentadas exige grande precisão de montagem,
motivo pelo qual se utiliza usualmente de mancais de rolamento.

As engrenagens cônicas são classificadas de acordo com o


formato dos dentes em:

a) Engrenagens cônicas de dentes retos

As engrenagens cônicas de dentes retos são empregadas


na transmissão de movimento entre eixos concorrentes, porém não
devem ser empregadas em velocidades elevadas.

b) Engrenagens cônicas de dentes inclinados

As engrenagens cônicas de dentes inclinados são também


para transmissão de movimento entre eixos concorrentes podendo ser
empregadas em velocidades mais elevadas que as de dentes retos.

c) Engrenagens cônicas de dentes curvos

As engrenagens cônicas de dentes curvos são empregadas


na transmissão de movimento entre eixos concorrentes podendo ser
empregadas em velocidades bem mais elevadas que os outros tipos.
03
3º - ENGRENAGENS HIPERBÓLICAS

As engrenagens hiperbólicas também conhecidas como


hipóides permitem a transmissão de movimento entre eixos reversos.

São projetadas para grandes variações de velocidade e


também desenvolvem grande capacidade de carga. Por estas
características são largamente empregadas na indústria
automobilística, em carros, caminhões e tratores.

4º - CREMALHEIRA

A cremalheira é um sistema de dentes dispostos em linha


reta e por isto pode ser considerada como um caso limite de
engrenagem cilíndrica, quando o raio do cilindro tende a um valor
infinitamente grande.

Transforma movimento de rotação em movimento de


translação retilíneo e tem sua importância não só pelo uso específico
como também o de forma básica para várias ferramentas empregadas
na usinagem de rodas dentadas.

5º - ENGRENAGENS: COROA - PARAFUSO SEM FIM

As engrenagens do tipo coroa - parafuso sem fim


apresentam dois campos de aplicações importantes:

a) grandes reduções de velocidade na transmissão de


potência.
b) Controle preciso do movimento circular de algum
equipamento, como por exemplo a mesa rotativa de uma máquina
operatriz.
04
05
II – EVOLVENTE

Definição: A curva evolvente é gerada por um ponto de uma reta


que rola, sem deslizamento, sobre uma circunferência.

Na prática, sentido físico, a evolvente é a curva gerada por um


ponto de uma corda que se desenrola de um círculo.

EVOLVENTE Esquema de funcionamento

Sobre o cilindro 1 está enrolada a extremidade de um fio e sobre


o cilindro 2 está enrolada a outra extremidade deste mesmo fio.

Girando-se o cilindro 1, o ponto “P” do fio irá se desenrolando do


cilindro 2 e, após descrever uma trajetória retilínea, irá enrolar-se
sobre o cilindro superior.

Considerando-se que dois planos I e II girem respectivamente


com os cilindros de centros O 1 e O 2 , as projeções do ponto P sobre
estes dois distintos planos, durante seu deslocamento, serão duas
evolventes que terão em cada instante como ponto de tangência a
projeção de P. Estas duas evolventes são as curvas do perfil dos
dentes das duas rodas dentadas de uma engrenagem.
06
1º - TERMINOLOGIA

C
ρP
rb

rP P
αP B

βP
x
O A

a) Circunferência de base: é aquela sobre a qual rola a reta


que contém o ponto geratriz da evolvente.

b) Raio de base r b : é o raio da circunferência de base.

c) Reta geratriz: é aquela que rola sobre a circunferência de


base e contém o ponto gerador P.

d) Raio vetor r p : é aquele que une o centro da circunferência


de base com um ponto genérico P da evolvente.

e) Ângulo de incidência α P : é aquele determinado pelo raio


vetor e o raio que passa pelo ponto de tangência da reta geratriz com
a circunferência de base.

f) Raio da evolvente ρ P : é a distância entre o ponto de


tangência C da reta geratriz e o ponto gerador P na curva evolvente.
07
2º - PROPRIEDADES

a) Qualquer geratriz da evolvente é tangente ao círculo base.

b) O segmento da geratriz entre o ponto gerador P e o ponto


de tangência C é o raio da evolvente no ponto P.

c) A tangente à evolvente é normal à geratriz correspondente.

d) O arco AC é igual ao segmento de reta CP.

e) O raio da evolvente em A é nulo.

f) A direção da evolvente na origem é a do raio


correspondente do círculo de base.

3º - A FUNÇÃO EVOLVENTE “β P ”

Do triângulo retângulo OPC tem-se que: cos α P = r b / r P

então: r b = r P cos α P (1)

Na figura tem-se para os arcos: AB + BC = AC (2)

Pela geração da curva evolvente tem-se: AC = CP (3)

Substituindo-se (3) em (2) tem-se: AB + BC = CP


08
Dividindo-se ambos os membros por r b tem-se:

AB + BC = CP βP + αP = CP
rb rb rb rb

Substituindo-se r P por (1)

βP + αP = CP como: CP = sen α P
r P cos α P rP

então: β P + α P = tg α P

ou: β P = tg α P - α P

O angulo “β P ” é chamado de “Função da Evolvente” e como


visto anteriormente é calculado em função de α P .

A função evolvente pode então ser tabelada sendo de


grande importância no estudo de engrenagens com perfil de dente
evolvente.

O raio genérico da evolvente também pode ser calculado


em função de α P , conforme mostrado na seqüência:

Como ρ = CP e, pela figura tgα P = CP


rb

então: ρ = r b tgα P

09
III – CINEMÁTICA DO ENGRENAMENTO

1º - LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO

Para que o engrenamento seja perfeito, é necessário que:

• Não haja choque entre os dentes em contato

• A relação de transmissão permaneça constante durante


todo o percurso de engrenamento entre os dentes, isto é,
não pode ocorrer deslizamento entre as superfícies dos
flancos dos dentes em contato.

10
As curvas que formam os perfis dos dentes deverão
obedecer a lei fundamental do engrenamento.

Ao observar-se a figura, considere um dente da roda motora


(1) em contato com um dente de roda movida (2) no ponto P.

Estudando-se a velocidade periférica do ponto P como


pertencente a roda motora tem-se:

V1 = ω1 x O1P

Estudando-se agora a velocidade periférica do ponto P


como pertencente a roda movida tem-se:

V2 = ω2 x O2P

A projeção V n dessas velocidades sobre a linha normal às


superfícies em contato deverá ser igual pois se ocorrer:

Vn1 > Vn2 haverá penetração do dente da roda (1) em (2)


ou se ocorrer
Vn1 < Vn2 haverá afastamento do dente da roda (1) em (2)

As velocidades angulares das rodas são:

ω 1 = V 1 /O 1 P e ω 2 = V 2 /O 2 P

Observando-se a figura do engrenamento, pode-se concluir


que os triângulos retângulos O 1 A 1 P e PBB 1 são semelhantes, pois além
de seus ângulos retos nos vértices A 1 e B, possuem seus outros
ângulos dos vértices O1 e P e também dos vértices P e B1
respectivamente iguais. A figura que se segue melhor ilustra estas
identidades.
11
B1

V1
B
O1 . Vn
P

A1

Da relação de semelhança de triângulos tem-se:

Vn = O1A1 Vn = V1 O1A1
V1 O1P O1P

Substituindo-se ω 1 = V 1 /O 1 P tem-se: Vn = ω1 O1A1

Analogamente os triângulos O 2 A 2 P e PBB 2 são também


semelhantes e de sua relação de semelhança extrai-se:

Vn = O2A2 Vn = V2 O2A2
V2 O2P O2P

n
A2
B2

V2
Vn

O2 12
Substituindo-se ω 2 = V 2 /O 2 P tem-se: Vn = ω2 O2A2

Como V n é comum, tem-se: ω1 O1A1 = ω2 O2A2

ou ω 1 /ω 2 = O 2 A 2 /O 1 A 1

Os triângulos O 1 A 1 C e O 2 A 2 C também são semelhantes.

A2

O1 O2
C

A1
n

O2A2 O2C
Portanto, O1A1 O1C

Resultando: ω1 O2C Constante


ω2 O1C

onde: ω 1 = Velocidade angular da roda dentada 1


ω 2 = Velocidade angular da roda dentada 2
O 1 C = Raio primitivo da roda dentada 1
O 2 C = Raio primitivo da roda dentada 2

Ou seja, a relação de transmissão ω 1 /ω 2 é inversamente


proporcional aos raios primitivos.
13
2º - PERFIS CONJUGADOS

Para que a transmissão por engrenamento se efetue com


“relação de transmissão constante”, é necessário que a normal às
curvas dos perfis dos dentes em contato, traçada pelo ponto de
contato, passe pelo ponto de tangência das circunferências primitivas.

Os perfis que obedecem estas condições são chamados de


“conjugados”

• Perfis evolventes - utilização atual


• Perfis cicloidais - utilização no passado

Por ser o mais utilizado pela indústria mecânica mundial,


será objeto de estudo desta disciplina o perfil evolvente.

3º - ENGRENAMENTO DE DUAS EVOLVENTES

n
α

rb1
α O1

r2 r1
C

O2 α r b 1 = raio do c irc . base 1


rb2 r b 2 = raio do c irc . base 2
r 1 = r a i o d o c ir c . p r im i ti v o 1
r 2 = r a i o d o c ir c . p r im i ti v o 2
α = ân gu lo d e pr essão

14
v 1 = ω 1 .r 1
v = ω 1 .r 1 = ω 2 .r 2 ω 1 /ω 2 = r 2 / r 1
v 2 = ω 2 .r 2

r b 1 = r 1 . cosα
r 2 / r 1 = r b 2 /r b 1
r b 2 = r 2 . cosα

Portanto: ω1 r2 rb2
ω2 r1 rb1

Como se vê, a relação de velocidades angulares depende


exclusivamente das circunferências de base, as quais correspondem
duas curvas envolventes.

Independem, portanto, da distância entre centros O 1 O 2 .

IV – A RODA DENTADA

É possível transmitir forças elevadas entre dois eixos, sem


eventuais escorregamentos que alterariam a relação de transmissão.
Para isto, a transmissão é executada por meio de rodas com dentes
convenientemente perfilados e igualmente espaçados sendo chamadas
de rodas dentadas ou engrenagens.

Durante o movimento, os dentes da roda motora (pinhão)


empurram os dentes da roda movida (coroa) rolando uns contra os
outros.
15
As circunferências que determinam a relação de transmissão
rolam, uma contra a outra, sem escorregar. Estas circunferências são
chamadas de “circunferências primitivas” cujos diâmetros d 1 e d 2 são
chamados de “diâmetros primitivos”.

1 - ENGRENAGEM CILíNDRICA DE DENTES RETOS.

Nomenclatura

p = passo da roda dentada


e = espessura do dente
l = largura do dente
d f = diâmetro da circunferência do pé
d s = diâmetro da circunferência de cabeça
d = diâmetro da circunferência primitiva
d b = diâmetro da circunferência de base
h = altura do dente h = 0,5 (d s - d f )
h s = adendo h s = 0,5 (d s - d)
h f = dedendo h f = 0,5 (d – d f )
a c = vão entre os dentes
a = distância ente os centros de duas rodas dentadas
z = número de dentes
i = relação entre o número de dentes da roda e pinhão i≥1
16
Definições

Passo (p):
é a distância medida ao longo da circunferência primitiva de um
certo ponto, num dente, ao ponto correspondente no dente
adjacente.

Espessura do dente (e):


é o comprimento do arco da circunferência primitiva
compreendido entre os flancos do mesmo dente.

Largura do dente (l):


é a largura da engrenagem medida axialmente.

Circunferência de Pé (d f ):
é a circunferência que passa pelo fundo dos vãos entre os dentes.

Circunferência de cabeça (d s ):
também chamada circunferência de topo, ou externa, limita as
extremidades externas (topos) dos dentes.

Circunferência primitiva (d):


é a base do dimensionamento das engrenagens e seu diâmetro
caracteriza a engrenagem. As rodas conjugadas tem usualmente
seus circulos primitivos tangentes.

Circunferência de base (d b ):
é a circunferência onde a evolvente é gerada.

Altura do dente (h):


é a distância radial entre as circunferências de cabeça e da pé.

17
Adendo (h s ):
também chamado de altura da cabeça do dente, é a distância
radial entre as circunferências primitiva e de cabeça.

Dedendo (h f ):
também chamado de altura do pé do dente, é a distância radial
entre as circunferências primitiva e de pé.

Vão entre os dentes (a c ):


é a distância tomada em arco sobre a circunferência primitiva,
entre dois flancos confrontantes de dentes consecutivos.

2 - MÓDULO

Sendo o passo p a distância medida ao longo da


circunferência primitiva entre pontos correspondentes de dentes
adjacentes e, Z o número de dentes da roda dentada, tem-se na
circunferência primitiva:

2πr = pZ ou πd = pZ

portanto: d = (p/π) Z

A relação p/π denomina-se módulo

m p
π

então d = mZ

18
3 - RELAÇÃO PARA ENGRENAGENS CILINDRICAS DE
DENTES RETOS

SÍMBOLO E DESCRIÇÃO RELAÇÕES


z Número de dentes z = d/m
m Módulo m = d/z = p/π
d diâmetro primitivo d = mz
p Passo p = (πd)/z = mπ
e Espessura do dente e = p/ 2 = (mπ)/ 2
df diâm. da circunf. de pé d f = (d- 2 h f ) = zm- 2 ( 1 ,167 m) = m(z- 2 ,3 34 )
ds diâm. da circ. de cabeça d s = d+ 2 h s = zm+ 2 m = m(z+ 2 )
α Ângulo de pressão α = 14 º 30 ’ ; α = 15 º ; α = 20 º ( ma is usu ai s )
db diâm. da circ. de base d b = d cosα
h altura do dente h = h s + h f = m + (7 /6 ) m = ( 1 3 /6 ) m = 2 ,16 7 m
hs adendo hs = m
hf dedendo h f = h-h s = ( 1 3 /6) m –m = ( 7 /6) m = 1 ,16 7 m
a distância entre centros a = m(z 1 ±z 2 )/ 2 = (d 1 ±d 2 )/ 2 {*}
i Relação de multiplicação i = ω 1 /ω 2 = d 2 /d 1 = z 2 /z 1 = d b 2 /d b 1 = n 1 /n 2

{*} O sinal – é usado para acoplamento interno.

Exemplo:

Um pinhão com 24 dentes, módulo 2 mm, ângulo de pressão 20º, aciona uma
engrenagem de 40 dentes. Calcule:

a) Diâmetros primitivos d 1 e d 2 ;
b) Passo e espessura do dente;
c) diâmetros das circunferências de base d b 1 e d b 2 ;
d) adendo h s ;
e) dedendo h f ;
f) Distância entre centros a
g) relação de multiplicação i;
h) se o pinhão gira a 1750 rpm qual será a rotação da roda e
quais os módulos das velocidades tangenciais nas
circunferências primitivas?
19
EXERCÍCIOS

1) Um par de rodas dentadas cilíndricas de dentes retos, com


módulo 2,000mm e ângulo de pressão α = 20º, foi projetado para
operar uma redução de rotação de n 1 = 1800 rpm para n 2 = 1200
rpm, trabalhando em eixos paralelos com distância entre centros de a
= 60,000mm. Calcular:

a) Numero de dentes z 1 do pinhão e z 2 da roda.


b) Diâmetro primitivo do pinhão d 1 e da roda d 2 .
c) Diâmetro da circunferência de base do pinhão d b 1 e da roda d b 2 .
d) Diâmetro da circunferência de cabeça do pinhão d s 1 e da
roda d s 2 .
e) Quando da montagem, a distância entre centros foi montada
incorretamente com 1,000mm para maior. Calcule os novos
valores dos diâmetros primitivos e do ângulo de pressão.

2) Um sistema de transmissão com engrenagem cilíndrica de


dentes retos, está montado na seguinte configuração:

módulo = 12 mm
pinhão = 16 dentes
roda = 40 dentes
α = 20º

a) calcule: passo: p
distância de centros: a
diâmetros de base: d b

b) na montagem do sistema, a distância entre os centros foi


montada incorretamente com 5,6 mm para maior. Calcule os novos
valores dos diâmetros primitivos e do ângulo de pressão.
20
4 - GRAU DE RECOBRIMENTO

O grau de recobrimento informa ao projetista quantos pares


de dentes se encontram acoplados numa engrenagem. Assim, um grau
um grau de recobrimento igual a 1,9 informa que temos durante todo o
tempo, um par de dentes em contato e 9/10 do tempo um segundo par
está em contato.

O início de engrenamento se dá quando um dente da roda


motora toca na aresta de um dente da roda movida. Como a aresta
está situada sobre a circunferência de cabeça da engrenagem e como
o lugar geométrico dos pontos de contato é a reta de ação, concluimos
que o ponto A 1 da figura abaixo representa o primeiro ponto de
contato. O fim do contato se verifica no ponto A 2 onde a circunferência
de cabeça da roda motora corta a reta de ação. Na figura, em linha
cheia aparece o par de dentes no início do engrenamento e em linha
pontilhada no final do engrenamento.

Os pontos A1 e A2 denominam-se pontos limites. O


segmento A 1 A 2 denomina-se segmento de ação e constitui o lugar
geométrico dos pontos de contato das duas superfícies evolventes.
21
Como já visto, o ponto P genérico de contato das duas
superfícies evolventes se desloca sobre a reta de ação (que é sempre
normal às superfícies, no ponto de contato) com uma velocidade:

v n = ω 1 r b 1 = ω 2 r b 2 = ω 1 r 1 cosα

Um par de dentes permanece em engrenamento durante o


tempo que o ponto P leva para ir de A 1 até A 2 .

Define-se grau de recobrimento “R” como sendo a relação


entre o tempo que um par de dentes permanecem e engrenamento e o
tempo entre dois inícios de engrenamento sucessivos. De forma que:

R Tempo para o ponto de contato percorrer o segmento de ação


Tempo entre dois inícios de engrenamento sucessivos

Chamando de t 1 o tempo dado pelo numerador tem-se:


t 1 = A 1 A 2 /v n
Chamando de t 2 o tempo dado pelo denominador tem-se:
t 2 = P/v
pois este é o tempo necessário para que o dente seguinte (por ex. da
roda 1) venha se encontrar na posição de contato A 1 , de seu
antecessor. A distância entre dois dentes sucessivos é o passo, que
deve ser dividido pela velocidade ”v” na circunferência primitiva , sobre
a qual o passo é normalmente medido.

Então:

R t1 A1A2 ÷ p A1A2
t2 ω 1 r 1 cosα ω1r1 pcosα

Observando-se a próxima figura, determina-se o valor do


segmento de ação:

A1A2 A 1 C + CA 2 (A 1 B 2 – CB 2 ) + (A 2 B 1 – CB 1 )
22
Observando-se o triângulo A 1 O 2 B 2 obtêm-se:

A1B2 [(r s 2 ) 2 – (r b 2 ) 2 ] 1 / 2 e CB 2 r 2 sen∝

Observando-se o triângulo A 2 O 1 B 1 obtêm-se:

A2B1 [(r s 1 ) 2 – (r b 1 ) 2 ] 1 / 2 e CB 1 r 1 sen∝

Como: CB 1 + CB 2 (r 1 + r 2 )sen∝ asen∝

Portanto:

R 1 [(r s 2 ) 2 – (r b 2 ) 2 ] 1 / 2 + [(r s 1 ) 2 – (r b 1 ) 2 ] 1 / 2 - asen∝


pcos∝

Nas engrenagens de dentes retos o grau de recobrimento


não pode ser menor que 1 a fim de garantir a continuidade do
movimento. Praticamente deve-se evitar que R < 1,2. Quanto maior o
valor de R, maior a suavidade de funcionamento da engrenagem,
menos vibrações e ruídos. Contudo geralmente R é menor que 2.

23
5 - ENGRENAGENS CILINDRICAS DE DENTES HELICOIDAIS

Engrenagens com dentes helicoidais são usadas em


sistemas mecânicos que exigem alta velocidade e baixo ruído.

A formação da superfície evolvente do dente reto é


esquematizada como sendo um cilindro de base (com diâmetro do
circulo de base) rolando sobre um plano. Uma linha desse plano,
paralela ao eixo do cilindro, gerará a superfície de um dente de
engrenagem cilíndrica de dentes retos evolventais.

A figura (a) abaixo mostra a formação da superfície


evolvente em esquema semelhante ao mostrado na formação do perfil
evolvente que é um fio desenrolando-se de um aro. Neste caso é como
se uma folha de papel plana desenrola-se do rolo de papel. Uma linha
no papel, paralela ao eixo de giro do rolo, descreve em sua trajetória
uma superfície evolvente.

Se a linha geradora for inclinada em relação ao eixo de giro


do rolo, será gerada uma superfície evolvente de um dente helicoidal.

Figura a superfície evolvente de um dente reto.


Figura b superfície evolvente de um dente helicoidal.

24
Roda dentada helicoidal
A

B
pc β
pc
β
pn pn

C
pc = Passo circular
pn = passo normal
β = ângulo de hélice ou ângulo de inclinação

Pelo triângulo retângulo ABC tem-se:

cosβ = p n /p c ou p n = p c cosβ

Observando-se o perfil do dente helicoidal por um plano de


corte normal ao dente, e também por um plano frontal da roda (região
lateral) teremos:

No plano normal mn = módulo normal


No plano frontal mf = módulo frontal

Pela definição de módulo tem-se: m = p/π

Portanto: m n = p n /π e m f = p c /π
Ou: pn = mnπ e pc = mfπ
como: p n = p c cosβ m n π = m f π cosβ
então: m n = m f cosβ ou m f = m n /cosβ

Para o diâmetro primitivo tem-se:


d = mz
no caso do dente helicoidal, o diâmetro primitivo é:
d = mfz ou ainda d = (m n /cosβ)z
25
6 - RELAÇÕES PARA ENGRENAGENS CILINDRICAS DE
DENTES HELICOIDAIS

SÍMBOLO E DESCRIÇÃO RELAÇÕES


z Número de dentes z = d/m f
m n Módulo normal m n = m f cosβ = (d/z)cosβ = p n /π
m f Módulo frontal (circunfer) m f = (d/z) = m n /cosβ = p c /π
d Diâmetro primitivo d = m f z = m n z/cosβ = p c z/π
p Passo circular p c = m f π = p n /cosβ = (πd)/z = πm n /cosβ
p Passo normal p n = m n π = p c cosβ
ec Espessura circular do dente e c = p c / 2 = (m f π)/ 2
en Espessura normal do dente e n = p n / 2 = (m n π)/ 2
df Diâm. da circunfer de pé d f = d- 2 h f = d-( 14 / 6 )m n = m n [(z/cosβ) - 2 ,334 ]
ds Diâm. da circ. de cabeça d s = d+ 2 h s = d+ 2 m n = m n [(z/cosβ) + 2 ]
hs Adendo hs = mn
hf Dedendo h f = (7/6) m n = 1 ,167 m n
α Ângulo de pressão α = 14 º 30 ’ ; α = 20 º ( ma is usu ai s )
β Ângulo de helice/inclinação cosβ = m n /m f = p n /p c =m n z/d
a Distância entre centros {*} a = (d 1 ±d 2 )/ 2 = m f (z 1 ±z 2 )/ 2 = (z 1 ±z 2 )m n / 2 cosβ
i Relação de multiplicação i = ω 1 /ω 2 = d 2 /d 1 = z 2 /z 1 = n 1 /n 2

{*} O sinal – é usado para acoplamento interno.

Exemplo:

Para uma roda dentada com 32 dentes, módulo normal mn= 2 mm, e ângulo
de inclinação 19º 30’, calcular:

a) módulo frontal m f
b) diâmetro primitivo
c) diâmetro da circunferência de cabeça
d) passo normal
e) passo circular
26
EXERCÍCIOS

1 – Um par de rodas dentadas helicoidais deve efetuar a redução de


1650 rpm (pinhão), para 300 rpm (coroa), entre dois eixos paralelos
que distam a = 229,500 mm, entre seus centros de giro.
Sabendo-se que o modulo normal é m n = 4,000 mm e, o passo circular,
p c = 13,8655 mm, calcular:

a) Ângulo de hélice β.
b) Número de dentes Z 1 e Z 2 .
c) Diâmetros primitivos d 1 e d 2 .
d) Módulo frontal m f .
e)Passo normal p n .

2 – Um conjunto de transmissão por engrenagem externa helicoidal


sofreu avarias em seus dentes. Para fabricação de um novo conjunto,
foram obtidas as seguintes informações:

• Diâmetro da circunferência de cabeça d s

do pinhão d s 1 = 125,260 mm

da roda d s 2 = 206,540 mm

• Distância entre centros a = 160,400 mm

• Número de dentes do pinhão Z 1 = 28 dentes

Através das informações obtidas calcular:

a) O módulo normal m n
b) Os diâmetros primitivos d 1 e d 2
c) O número de dentes da roda Z 2
d) O ângulo de inclinação β
e) Qual a rotação da roda para 1680rpm do pinhão?

27
3 – Duas engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais devem ser
substituídas por engrenagens helicoidais. As retas foram cortadas por
um fresa de dentes normais, ângulo de pressão 20º, módulo 3,000 mm,
tem relação de velocidades 1,75 : 1 e a distância entre eixos de
132,000 mm.

As engrenagens helicoidais devem ser cortadas com a mesma


fresa, manter a mesma distância entre eixos e, a mesma relação de
velocidades.

Determine para o par helicoidal:

a) O novo número de dentes Z 1 ’ e Z 2 ’.


b) Ângulo de hélice β.
c) Os novos diâmetros primitivos d 1 ’ e d 2 ’.
d) Os novos diâmetros de cabeça d s 1 ’ e d s 2 ’.

28

Potrebbero piacerti anche