Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
SALVADOR
2009
Estudo e avaliação da operação de um sistema de geração eólica
_____________________________
Cristiane Corrêa Paim
Coordenadora do Colegiado do
Curso de Engenharia Elétrica
Comissão Examinadora
_____________________________
Profº. Dr º. Caiuby Alves da Costa (Orientador)
_____________________________
Prof. Bernardo Gustavo Paez Ortega
_____________________________
Prof. Francisco Lisboa
_____________________________
Eng º Antonio Bendocchi
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Palavras-Chave:
LISTA DE SÍMBOLOS
v: velocidade da partícula;
α: latitude;
R: constante do ar;
T: temperatura ambiente;
z: altitude do local;
n: número de registros;
i: identificação do registro
k: fator de forma;
c: fator de escala;
W: oeste;
S: sul;
E: leste;
N: norte;
K: Kelvin;
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 1
CAPÍTULO 2 ....................................................................................................................................................... 4
CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................................................... 15
3. O VENTO .................................................................................................................................................... 15
CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................................................... 32
CAPÍTULO 5 ..................................................................................................................................................... 37
CAPÍTULO 6 ..................................................................................................................................................... 45
6. AEROGERADORES ................................................................................................................................ 45
CAPÍTULO 7 ..................................................................................................................................................... 60
CAPÍTULO 8 ..................................................................................................................................................... 65
8. DIMENSIONAMENTO ............................................................................................................................ 65
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 70
Capítulo 1
1. Introdução
1.1. Objetivos
1.1.1.Objetivos específicos
Os objetivos específicos deste trabalho são a difusão dos conceitos inerentes
ao projeto de sistema eólico de pequeno porte, uma melhor compreensão da
metodologia para a instalação de um aerogerador, análise da geração do sistema e
do consumo de energia, estudo da viabilidade da integração do gerador à rede
elétrica.
1.2. Justificativa
A energia elétrica é um insumo essencial à vida humana. A geração de
energia elétrica, desta forma, faz-se primordial para o atendimento das
necessidades da sociedade que cada vez mais depende de energia. O grande desafio
da humanidade hoje é, contudo, buscar soluções que causem menos impactos
ambientais possíveis ao se gerar energia, uma vez que os padrões atuais de
produção e consumo energéticos baseiam-se em fontes fósseis, responsáveis pelas
emissões de poluentes locais e gases de efeito estufa.
1.3. Metodologia
Capítulo 2
2. Energia Eólica
A faixa atlântica da Bahia possui uma área extensa, sem grandes elevações
e aerodinamicamente rugosa pela densa cobertura vegetal. Na parte central do
estado, surgem chapadões de orientação norte-sul, com grandes elevações e onde
ocorrem algumas áreas importantes de baixa rugosidade. Das chapadas até o vale
do Rio São Francisco, o relevo desce e sobe suavemente, em seguida, para o
extremo oeste, onde há uma extensa área plana com altitudes próximas a 1000m,
recoberta por agricultura intensiva e pouco rugosa. [3]
Figura 2.5 - Principais mecanismos sinóticos de influência nos regimes de vento na Bahia
Capítulo 3
3. O Vento
A terra é uma esfera que gira em torno de seu próprio eixo a uma velocidade
tangencial de 1.600 km/h, no equador. Logo, um objeto situado na latitude 0º tem
uma velocidade tangencial maior que outro objeto situado mais próximo a um dos
pólos. A rotação dos objetos é, contudo, a mesma, alterando-se o raio de giro, já que
ao aproximar-se de um dos pólos, um objeto aproxima-se do eixo de giro.
𝐹𝑐 = 2. Ω. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛 α (3.1)
α = latitude [º]
O efeito da força de Coriolis sobre o vento é fazer com que este apresente
movimentos tipicamente circulares, ou em espirais, em torno dos centros de
pressão, que tendem a provocar deslocamentos de massas de ar entre o equador e
os pólos. A força de Coriolis foi calculada para o local em que o aerogerador foi
instalado. Sabendo-se que a latitude do local é 12º59’, a força é de
aproximadamente 3,28.10-5 N. Uma força baixa tendo em vista a baixa latitude em
que o estamos localizados.
3.3.1.Ventos globais
Norte. Devido à força de gradiente de pressão PH, dada pela equação abaixo, o ar é
movimentado em direção à zona de baixa pressão atmosférica. No entanto, o
movimento do ar faz que a força de Coriolis FC (equação 3.1) aja no sentido do
movimento de rotação da terra e, assim, o ar gira nesta direção até que o equilíbrio
de forças se estabeleça.
1 𝛥𝑃
𝑃𝐻= − . (3.2)
𝜌 𝛥𝑋
P H = FC (3.3)
1 𝛥𝑃
. = 2. Ω. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛 α (3.4)
𝜌 𝛥𝑋
α = latitude [º]
3.3.2.Ventos de superfície
Os ventos são muito influenciados pela superfície terrestre até altitudes de
100 metros. A intensidade do vento é reduzida pela rugosidade da superfície da
terra e pelos obstáculos. As direções perto da superfície são diferentes das dos
ventos geostróficos, devido à rotação da terra. [1]
3.3.3.Ventos Locais
𝑚 .𝑉1 2
𝐸= (3.5)
2
𝑑𝐸 𝑚 𝑉1 2
𝑃= = (3.6)
𝑑𝑡 2
Onde:
P = potência disponível no vento [W];
E = energia cinética do vento [J];
t = tempo [s];
𝑚 = fluxo de massa de ar [kg/s];
V1 = velocidade do vento [m/s];
𝑚 = 𝜌 V1 A (3.7)
Onde:
1
𝑃= 2
𝜌 𝐴 𝑉1 3 (3.8)
Onde:
P = potência do vento [W];
ρ = massa específica do ar [kg/m³];
A = Área da seção transversal [m²];
V1 = velocidade do vento [m/s];
Quando analisamos, contudo, o vento que passa pela área varrida pelo
rotor de uma turbina, devemos considerar o coeficiente aerodinâmico de potência
do rotor (CP) e o rendimento do conjunto gerador /transmissões mecânicas e
elétricas (η). O coeficiente aerodinâmico de potência do rotor tem seu valor máximo
teórico, de acordo com a lei de Betz, de 59,3% e varia com o vento, rotação e
parâmetros de controle da turbina. Assim, a potência útil produzida pela turbina
eólica deve ser escrita da seguinte forma:
1
𝑃= 2
. 𝜌. 𝐴. 𝑉1 3 . 𝐶𝑝 . 𝜂 (3.9)
onde:
𝑧
353,4 (1− )5,2624
𝜌= 45271
(3.11)
273,15+𝑇
onde:
Figura 3.5 - Diferentes áreas e suas relações entre velocidade do vento e altura [4]
𝑣2 = 𝑣1 ( 2 )𝛼 (3.12)
1
onde:
𝑉2
𝑙𝑛
𝑉1
𝛼= 𝑍2 (3.13)
𝑙𝑛
𝑍1
Onde:
Figura 3.6 - Variação da potência disponível no vento com a velocidade do vento [1]
𝑄 = 𝐴 𝑣 = 𝐴𝑒 𝑣𝑒 = 𝐴𝑠 𝑣𝑠 (3.12)
onde:
Pt=Pe-Ps (3.13)
onde:
transferência de potência:
2
𝑣𝑒 = 𝑣 (3.14)
3
e
1
𝑣𝑠 = 3
𝑣 (3.15)
onde:
onde:
Sabendo-se que:
𝑚 = 𝜌 𝐴 𝑣𝑒 (3.17)
Onde:
1 2
𝑃𝑒 = 𝜌 𝐴 𝑣 𝑣² (3.18)
2 3
𝑣
Similarmente, considerando-se 𝑣𝑠 = 3, pode-se determinar a potência do
1 2 1
𝑃𝑠 = 𝜌𝐴 𝑣 ( 𝑣)² (3.19)
2 3 3
1 2 1 2 1
𝑃𝑡𝑚𝑎𝑥 = 𝜌𝐴 𝑣 𝑣2 − (𝜌 𝐴 𝑣)( 𝑣)² (3.20)
2 3 2 3 3
Ou:
16 1 16
𝑃𝑡𝑚𝑎𝑥 = 27 2
𝜌 𝐴 𝑣³ = 27
𝑃 (3.21)
onde:
𝑃𝑡𝑚𝑎𝑥 = máxima potência que pode ser extraída do vento por uma turbina
ideal [W];
potência que uma turbina eólica pode extrair da potência disponível no vento. Este
valor, conhecido como Máximo de Betz, é referente a uma formulação realizada pelo
físico Albert Betz em 1919.
Capítulo 4
4. O comportamento probabilístico do
vento
40
35
30
Frequência (%)
25
Frequência
20
15
10
-
0-1 1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 6-7 7-8 8-9 9-10
onde:
i = identificação do registro
Como não foi possível obter todos os registros a cada 5 minutos nos meses
estudados, calculou-se a média ponderada dos três meses da seguinte forma:
𝑣𝑚𝑖 ∗𝑁𝑂
𝑉= (4.2)
𝑇𝑁𝑂
onde:
NO = número de ocorrências
∞
𝑉= 0
𝑣 𝑓 𝑣 𝑑𝑣 (4.3)
𝑘 𝑣 𝑘−1 −(𝑣)𝑘
𝑓 𝑣 = ( ) 𝑒 𝑐
𝑐 𝑐
(4.4)
onde:
Figura 4.2 - Função de distribuição de Weibull para alguns valores do parâmetro de forma k
Fonte: Energia Eólica para Produção de Energia Elétrica
𝜋 𝑣 − 𝜋 ( 𝑣 )²
𝑓 𝑣 = 𝑒 4 𝑉 (4.5)
2 𝑉
onde:
Capítulo 5
5. Turbinas eólicas
5.1.1.Turbinas de arraste
As turbinas de arraste têm suas pás empurradas pelo vento, fazendo o rotor
girar. Três tipos de pás de turbinas de arraste são mostradas na figura a seguir: a
plana, tipo cálice e Panemone.
Maurício Nunes Santana 37
Estudo e avaliação da operação de um sistema de geração eólica
A força de arraste provocada pelo vento que flui sobre as pás é expresso
por:
1
𝐹𝑎 = 2
𝜌 𝐶𝑎 𝐴 𝑣² (5.1)
onde:
A = área da pá [m²];
A velocidade das pás em turbinas de arraste não pode ser maior que a
velocidade do vento, fator que limita sua eficiência. Estas turbinas são
frequentemente usadas para bombeamento de pequenos volumes de água com
ventos de baixa velocidade. Apresentam potência de 0,5 kW para um rotor com
diâmetro da ordem de 5m.
5.1.2.Turbinas de sustentação
Figura 5.1 - Fluxo na seção da pá de um rotor de uma turbina eólica de sustentação [1]
onde:
Para evitar que o estol ocorra em todas as posições radiais das pás ao
mesmo tempo, o que reduziria consideravelmente a potência do rotor, as pás
possuem uma torção longitudinal que as levam a um suave desenvolvimento do
estol. O fluxo em torno dos perfis das pás do rotor é deslocado da superfície,
produzindo sustentações menores e forças de arrasto mais elevadas.
As turbinas com controle por estol são mais simples que as com controle de
passo e apresentam certas vantagens, como: a inexistência de sistemas de controle
de passo, estrutura de cubo do rotor simples, requerem menos manutenção devido
a um número menor de peças móveis, permitem um auto-controle da potência.
Figura 5.4 - Curva de potência típica de uma turbina com controle por estol [1]
5.4.2.Controle de passo
Figura 5.6 - Curva de potência típica de uma turbina com controle de passo [1]
Capítulo 6
6. Aerogeradores
6.2.1.Pás/Captador Eólico
As pás do GERAR 246 têm formato torcido estreitando da raiz até a ponta, o
que facilita a partida com vento de baixa velocidade e oferece alto desempenho nas
maiores velocidades, além de baixo nível de ruído.
6.2.2.Alternador
O GERAR 246 tem um alternador do tipo axial com duplo rotor, o que
permite ter uma máquina potente, compacta e resistente. O alternador utiliza
magnetos permanentes feitos com base de neodímio. O alternador do GERAR 246 é
uma máquina para uso em baixa velocidade, permitindo o acoplamento direto ao
catador eólico, o que dispensa o uso de sistemas multiplicadores de velocidade.
O alternador produz corrente alternada trifásica que flui por mei de três
cabos para a base da torre e daí ao controlador de carga.
6.2.3.Leme Direcionador
6.2.4.Cabeça Rotativa
A cabeça rotativa ajuda na fixação no tubo padrão que sempre deve existir
no topo da torre. Os seus rolamentos internos permitem o giro completo, facilitando
o alinhamento do aerogerador com a direção do vento. No interior da cabeça
rotativa é feita a fixação do cabo elétrico que transmite a corrente elétrica do
gerador que gira acompanhando a direção do vento para o controlador de carga.
Para que não haja a torção no cabo elétrico durante a mudança de direção do
gerador, o GERAR 246 dispõe de um jogo de escovas que fazem a transferência da
energia do aerogerador para o cabo elétrico.
6.2.5.Controlador de Carga
controlador. Ao ser acionada a chave, aplica-se uma corrente elétrica que flui em
sentido contrário, oriunda do banco de baterias, e através da indução magnética
dos rolamentos do gerador elétrico para-se o aerogerador.
A interação com o usuário é feita por meio de sinais luminosos que indicam
o estado de carga das baterias e componentes que indicam a geração do
equipamento. Abaixo a figura mostra um esquema do controlador de carga. [8]
Figura 6.2 – Painel elétrico aberto. Controlador de carga abaixo ao lado esquerdo
base de neodímio.
Figura 6.4 - Produção mensal de energia em função da velocidade média anual [6]
Este sistema é ainda responsável pelo baixo nível de ruído que apresentam
os equipamentos deste fabricante, mesmo em velocidades de vento muito elevadas.
6.5.1.Performance de um aerogerador
As perdas mecânicas são causadas pelo atrito das partes móveis, como
mancais e ventilação. Devido ao efeito Joule, ocorrem as perdas elétricas causadas
pela circulação de corrente nos enrolamentos, transformando-se energia em calor.
Os fluxos magnéticos no núcleo do gerador provocam perdas por histerese, por
correntes parasitas e por saturação magnética, produzindo calor também.
onde:
𝐸𝐴𝐺
𝐹𝑐 = (6.2)
8760 ∗𝑃
onde:
Tabela 6.5 - Fatores de capacidade do GERAR 246 em função da velocidade média do vento
no local
porte
6.6.1.As baterias
A forma de onda senoidal pura é a melhor opção para utilização das cargas
que serão alimentadas, lâmpadas incandescentes. O tipo de carga a ser atendida e
a forma de onda de saída do inversor devem ser compatibilizadas para evitar
problemas no acionamento destas cargas.
Capítulo 7
7. Montagem de um aerogerador
Figura 7.3 - Cabo elétrico que passa por dentro da torre conectado aos terminais da base.
O aerogerador já vem pré-montado, com os parafusos para a fixação na
torre. Foi feito, então, o encaixe das hélices e aperto da mola central. Passou-se
uma arruela clara no eixo frontal até o final do curso do eixo e colocou-se as hélices
e pinos de fixação. Depois foi passada outra arruela pelo eixo frontal, até que esta
fosse encostada nas bases das hélices.
Em seguida foi colocada a mola e passada outra arruela clara pelo eixo
frontal até que ela encostasse no batente da mola. Depois da mola, fixou-se a nacele
frontal, que possui uma numeração indicando o posicionamento correto. Esta
numeração garante o perfeito encaixe da nacele, facilitando a colocação dos
parafusos de fixação.
Capítulo 8
8. Dimensionamento
inversor seja a da carga mais 20%, logo 320W estaria dentro do limite. Vale frisar
que desprezou-se as perdas no reator eletrônico por serem muitos baixas, porém no
caso de reatores eletromagnéticos serem usados, o cálculo deve ser refeito para um
melhor ajuste.
𝐴 𝑉𝑐𝑎
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖𝑎
= 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐴 𝑥 𝑈𝑠𝑜 𝑑𝑖𝑎
𝑥 𝑉𝑐𝑐 (8.2)
Capítulo 9
𝑖. 1+𝑖 𝑛
𝑅 = 𝑃. [ ] (9.1)
1+𝑖 𝑛 −1
onde:
P = investimento total;
Carregamento de
baterias (R$)
Operação e 13.500
manutenção total
Baterias 4.500
sobressalentes
Capítulo 10
Foi verificado que o custo dos geradores eólicos sofre a influência de fatores
como a característica do sistema e do potencial eólico do local da instalação.
REFERÊNCIAS
[4] ALVES DOS SANTOS, ALISON, Projeto de Geração de Energia Eólica, Projeto
de Graduação, Universidade Santa Cecília, Santos, 2006.
[13]http://www.soltecsolar.es/uploads/media/SOLTEC_Inversors_Studer_02.p
df, acessado em 29/10/2009
[14] Hess et all, Engenharia Econômica, São Paulo: Editora Bertrand, 1992.
[15] www.geotecnia.ufba.br