Companheiros inmeros asseveram que os postulados ensinados pelo
Espiritismo sendo a verdade, no precisam de defesa. Criaturas comodistas, no obstante bondosas, acrescentam que sendo a caridade a base em que repousa a Terceira Revelao, no se deve chocar, incomodar ou advertir a ningum. A verdade, afirmam, fala por si, no necessita de pessoas que lhe esposem a causa. Entretanto, vejamos dois dos grandes princpios que dignificam a vida: Educao Todos sabemos que a educao realidade inconteste, mas, por isso, no deixa de ter escolas, programas, compndios, professores e especialistas dinamizando o ensino, sem o que a ignorncia contaria com o seu imprio de sombras consolidado na Terra. Justia A justia existe por si, no entanto, por essa razo, no dispensa tribunais, legislaes, juizes e advogados que lhe administrem os recursos sem o que o mundo jamais sairia da animalidade e da delinquncia. Certamente que um orientador ou um magistrado no transmitem a instruo e nem aplicam a lei, fora de golpes ou a golpes de fora, mas se prevalecem da fora moral de que dispem para ensinar e corrigir, clarear e reajustar. Assim tambm a verdade na Doutrina Esprita No raro, aqui e ali, repontam obscuridades e enganos que, se acalentados, criam razes de erros, estabelecendo prejuzos incalculveis nos domnios do sentimento; de outras vezes, idolatria e trama artificiosa se levantam, com meloso enredo, ameaando edificaes morais de elevado alcance, a carrearem absurdidades e discrdias, atravs de mesuras e ardis. Ningum precisa ferir ou impor nesse ou naquele ponto da sustentao doutrinria, mas o esprita tem a obrigao de estudar e refletir, assegurar a limpidez dos ensinos que abraa e garantir-lhes a difuso clara nos alicerces do discernimento e da lgica, sem o que as conscincias humanas, mesmo as que estejam sob os rtulos do Espiritismo, continuaro adstritas ao fanatismo e superstio. No nos cansemos, pois, de trabalhar e servir mas sem deixar de raciocinar e esclarecer.