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1) O documento discute a diferença entre máquinas de guerra e aparelhos de captura do Estado.
2) As máquinas de guerra são nômades e se opõem aos aparelhos de captura do Estado, buscando desestabilizá-lo sem necessariamente desejar formar outro Estado.
3) O Estado se apropria indevidamente das máquinas de guerra e as perverte, enquanto as máquinas de guerra verdadeiras buscam apenas manter a multiplicidade e resistir à unidade estatal.
1) O documento discute a diferença entre máquinas de guerra e aparelhos de captura do Estado.
2) As máquinas de guerra são nômades e se opõem aos aparelhos de captura do Estado, buscando desestabilizá-lo sem necessariamente desejar formar outro Estado.
3) O Estado se apropria indevidamente das máquinas de guerra e as perverte, enquanto as máquinas de guerra verdadeiras buscam apenas manter a multiplicidade e resistir à unidade estatal.
1) O documento discute a diferença entre máquinas de guerra e aparelhos de captura do Estado.
2) As máquinas de guerra são nômades e se opõem aos aparelhos de captura do Estado, buscando desestabilizá-lo sem necessariamente desejar formar outro Estado.
3) O Estado se apropria indevidamente das máquinas de guerra e as perverte, enquanto as máquinas de guerra verdadeiras buscam apenas manter a multiplicidade e resistir à unidade estatal.
AS MQUINAS DE GUERRA CONTRA OS APARELHOS DE CAPTURA DO ESTADO
Entende-se por aparelhos de captura as armas do Estado, e no as mquinas de guerra, as quais
so nmades. O Estado se articula com aparelhos de captura. Quando o Estado se utiliza de armas de guerra de outra coisa que ele se utiliza. O Estado se apropria da mquina de guerra e faz uma perverso de seus princpios nmades. A mquina social da sociedade primitiva sociedade sem Estado uma mquina de guerra nos termos do Plat de nmero 1227 Tratado de nomadologia: a mquina de guerra se caracteriza pelo elemento que causa fragmentao contnua do espao social, impedindo a formao de grandes aglomerados populacionais e extensas redes de troca que acabam propiciando movimentos de centralizao poltica. o que mantm a lgica da multiplicidade, a possibilidade de cada comunidade diferenciar-se das demais, resistindo seduo da unidade. nesse sentido que Deleuze/Guattari elaboram, em consonncia com o pensamento de Clastres, o conceito de mquina de guerra, diagrama de foras capaz de impedir a cristalizao de unidades polticas e a realizao da forma-Estado, que transcenderia o tecido das relaes sociais.[1] A guerra a que se refere Clastres no o momento da batalha, mas sim, nesses termos, uma disposio segmentaridade de tipo flexvel, inibio de poderes estveis. O ltimo volume de Mil Plats aborda a unidade poltica de Capitalismo e esquizofrenia. Trs dos plats a reunidos (1227. Tratado de nomadologia: a mquina de guerra; 7000 a.C. Aparelho de captura; 1440. O liso e o estriado) definem a mquina de guerra e o aparelho de captura do Estado, bem como a guerra nmade propriamente dita, guerra ou guerrilha sem derramamento de sangue. No texto acima, os autores, com base em Dumzil, definem o aparato de captura, poder mgico do sacerdote de um lado, poder poltico-militar do dspota de outro. So as duas cabeas do Estado. A mquina de guerra exterior ao Estado em que sentido? A mquina de guerra no tem por objeto a guerra. Clastres demonstrou que determinadas sociedades nmades no podem conviver com a presena da forma-Estado. Ele desmente as teses evolucionistas que afirmam que essas sociedades estariam no nvel primitivo da evoluo, e que ainda chegariam ao status de civilidade com a chegada do Estado. Deleuze/Guattari demonstraram no Anti-dipo que o Estado no se desenvolve progressivamente. Juntando s teses de Clastres, os autores dizem, por isso, que nem tudo Estado, justamente porque houve Estado sempre e por toda parte.[2] Da mesma forma que os nmades no precedem os sedentrios, eles sempre existiram. Na construo das muralhas da China, eles sempre estiveram entrando e saindo sem desejarem o Estado. Poltica nmade contra aparato de captura do Estado: (...) o nomadismo um movimento, um devir que afeta os sedentrios, assim como a sedentarizao uma parada que fixa os nmades.[3] No sentido de impor um movimento constante, de introduzir ameaas, velocidades e desvios, que os nmades so considerados, em sua lgica, uma arma de guerra. A arma de guerra est para o Estado assim como a pulso de morte est para a pulso de autopreservao: ameaa de demolio contra a estabilidade das formas fixas. Nomadizar entrar em guerra contra os aparelhos de captura estatal. nessas condies que os nmades inventam a mquina de guerra, como aquilo que ocupa ou preenche o espao nmade e se ope s cidades e ao Estado que ela tende a abolir.[4] Essa propriamente a guerra sem derramamento de sangue, pelo menos quando se remete mquina de guerra. A desestabilizao no programada no interior de um Cerra Maestra esse tipo de guerrilha com mortes visa formao de outro Estado desptico, muito embora eles adotem as estratgias de ataque nmades. Mas o nomadismo, embora aponte suas armas de guerra contra o aparelho Estado, nunca visa formao de outro Estado. A mquina de guerra, nesse sentido, a inveno de uma organizao nmade original que se volta contra o Estado,[5] sem desej-lo. Da dizer- se que uma mquina de guerra no o mesmo que aparelho de Estado; a mquina de guerra no pertence ao Estado. Na verdade, o Estado faz uma apropriao indevida da mquina de guerra.