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CONTEÚDO

PROFº: PANTOJA
03 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - l
A Certeza de Vencer CT260208
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P or Revolução Industrial convencionou-se designar o


A Revolução Industrial é, de maneira geral,
dividida em duas fases que apresentam
processo de transformações econômicas e sociais,
caracterizadas pela aceleração do processo produtivo e pela características distintas. O estudo do
consolidação da produção capitalista. Tal processo assinala, quadro a seguir possibilitará
ainda, a passagem em definitivo da produção baseada em
relações feudais para a produção em que o capital e o trabalho
uma compreensão melhor
estão definitivamente separados, isto é, a produção capitalista. desta questão.
A introdução do sistema de fábricas e a crescente mecanização
das forças produtivas iniciou-se na Inglaterra, em fins do século
XVIII, espalhou-se, posteriormente, ao longo dos séculos XIX e
XX para vários outros países.
Marx observava que a principal
transformação teria sido a substituição da
ferramenta, até então empunhada pela
mão humana, por mecanismos cada vez
mais complexos, acionados pelo homem
agora transformado em verdadeiro 1ª Fase 2ª Fase
autômato, e capazes de realizar múltiplas (+-1760/80-1860) (+-1860...)
tarefas. Alemanha, norte da
Principais áreas
Assim, a ferramenta, acoplada a um imperialismo mecânico, dá Inglaterra, Itália, Rússia,
de concentração
origem a uma máquina-ferramenta, responsável pelo trabalho Bélgica, França Estados Unidos,
industrial
industrial e por um aumento da produção, cujos limites não são Japão, etc.
mais definidos pela resistência física do operário, mas da Material industrial Aço, Sintéticos
Ferro
própria máquina. básico
As características gerais do novo processo de Principal fonte Eletricidade,
Vapor
produção introduzido pela Revolução Industrial poderiam ser energética Petróleo
apontadas da seguinte maneira: Petroquímicos,
Setor industrial Siderúrgicos,
Têxtil (algodão)
 Produção realizada em grandes unidades fabris, onde predominante Eletrônicos,
predomina a mais intensa divisão do trabalho. Automobilísticos, etc
 Separação entre capital e trabalho, pois o proprietário dos Competitivo ou Monopolista ou
meio de produção (máquinas, equipamentos, instalações, livre-comercial Financeiro (fusão do
matérias-primas, etc) não é o produtor direto. Este, agora Capitalismo (predomínio do capital industrial
completamente expropriado de meios próprios de subsistência, capitalismo com o capital
necessariamente tem que vender sua força de trabalho em industrial) bancário)
troca de um salário. Exploração em Progressiva
 Produção realizada para um mercado desconhecido, cuja larga escala do diminuição da
demanda cresce na proporção em que ocorra um barateamento trabalho infantil e jornada de trabalho.
do custo unitário da própria mercadoria produzida. feminino. Regulamentação do
 Aumento sem precedentes na produção de mercadorias. Jornadas de trabalho feminino e,
 Desenvolvimento de um grupo intermediário, entre o trabalho de até alguns casos,
capitalista e o operário, encarregado de gerir o capital. Condições gerais 16, 18 horas por proibição do
 Concentração da produção industrial em centros urbanos, da classe dia. Reação dos trabalho infantil.
uma vez que as novas fontes de energia, necessárias ao operária trabalhadores Organização dos
funcionamento do maquinismo, libertaram o sistema de fábricas através do trabalhadores em
de fatores naturais, como o vento (energia eólica), queda de movimento Sindicatos.
água (energia hidráulica), etc. Com o emprego da energia luddita e do Organização da
fornecida pela máquina a vapor e, posteriormente, a energia cartismo. Associação
elétrica ou a utilização dos derivados do petróleo, as fábricas Internacional dos
puderam concentrar-se. Trabalhadores com
 O surgimento de um novo tipo de o objetivo de unificar
trabalhador (o operário), que a luta operária e o
trabalha em conjunto no interior das movimento
grandes fábricas, realizando uma proletário
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produção onde predomina a mais internacional.


intensa divisão do trabalho. O Em sua primeira fase, embora algumas áreas da
sistema de fábricas, portanto, França e da Bélgica iniciassem sua industrialização por volta
socializou a produção, muito embora de 1830, a Revolução Industrial foi um fenômeno
tenha sido responsável pela predominantemente inglês. Logicamente que toda uma série
concentração das riquezas nas mãos de fatores determinou o pioneirismo da Inglaterra.
dos capitalistas. Esquematicamente, poderíamos enumerar:

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 Maior “acumulação primitiva de capital” durante a fase de transição feudalismo/capitalismo (século XV ao século XVIII).
 Expropriação dos trabalhadores rurais de meios próprios de subsistência, através do “cercamentos dos campos” (enclosures), e
conseqüente expulsão dos camponeses. O “movimento das cercas” produziu importantes transformações, dentre os quais pode-se
destacar: agricultura voltada para um mercado cada vez maior e realizada segundo
critérios capitalistas; produção agrária transforma-se em verdadeira empresa capitalista,
possibilitando grande quantidade de alimentos às populações urbanas em crescimento;
expulsão dos camponeses e conseqüente liberação de mão-de-obra necessária ao
processo de industrialização.
 Expansão dos mercados consumidores, tanto a nível interno (a Inglaterra ao longo do
século XVII passou de uma população de cerca de 5 milhões de habitantes para mais de
14 milhões), como a nível externo (seu próprio império colonial e também as áreas recém-
emancipadas até então pertencentes à Espanha e Portugal).
 A Revolução Inglesa do século XVII, que eliminou os entraves feudais ao avanço
capitalista no campo, acelerou o processo de cercamentos, possibilitou a tomada do poder
pela burguesia associada à “gentry” e favoreceu a política do “laissez-faire”.
 A revolução técnica que possibilitou a mecanização da produção de tecidos de algodão.
Graças à máquina de fiar, desenvolvida a partir de 1760, foi possível ao operário trabalhar com, vários fios ao mesmo tempo. Dessa
maneira, superou-se o descompasso até então existente entre a produção de fios de algodão, já mecanizada, e a produção de
tecidos. Paralelamente, desenvolveu-se a máquina a vapor, revolucionando os recursos energéticos. Finalmente, o desenvolvimento
dos meios de transportes, com o aparecimento das ferrovias.

Logicamente, todas estas transformações radicais produziram uma sociedade


nova e bastante diferente da existente até então. As implicações da Revolução Industrial
se fizeram sentir em todos os aspectos da vida humana. Em linhas gerais, pode-se
apontar as seguintes transformações:

 Proletarização definitiva dos produtores, diretos. Com o avanço da produção


mecanizada de tecidos de algodão, os tecelões manuais em pouco tempo ficaram
arruinados. Afinal, o que uma máquina de tecer, isoladamente, produzia, equivalia à
produção de 200 tecelões manuais juntos.
 Decadência da indústria doméstica rural, incapaz de concorrer com o nascente
sistema fabril.
 Surgimento das cidades industriais, em decorrência da concentração, não
apenas do processo produtivo, mas, também, de milhares de trabalhadores que
vão formar o nascente proletariado.
 Grande expansão do comércio internacional e crescente divisão internacional do
trabalho, através da incorporação das áreas periféricas (produtoras
de matérias-primas e gêneros agrícolas) às economias capitalistas
centrais, responsáveis pelo processo industrial. Apenas a titulo de
exemplo, pode-se lembrar que a Inglaterra, no princípio do século XVIII
importava cerca de 450 toneladas de algodão; no principio do século
XIX, esse número atingia mais de 25.000 toneladas.
 Revolução nos meios de transporte, com a multiplicação das redes
ferroviárias e das rotas marítimas atingidas pelo navio a vapor.
 Mecanização da produção agrícola, acelerando o êxodo rural e
determinando o aparecimento das grandes cidades industriais. Com
a Revolução Industrial, pela primeira vez na história das sociedades
invertia-se a proporção entre a população rural e a população urbana. Por volta de 1830, na Inglaterra, a população urbana superava
a população rural.
 Integração do processo produtivo fabril ao desenvolvimento cientifico, à medida em que esse possibilitava um maior rendimento e
produtividade da própria produção.
 A ntagonismo entre o nascente proletariado e a burguesia proprietária dos meios de produção. Essa confrontação estará na raiz
dos movimentos operários do século XIX, assunto que será estudado posteriormente.
 Política anexionista colocada em prática pelas potências industriais, sobretudo a partir de 1870. Este novo imperialismo europeu
tinha por objetivo a incorporação de áreas coloniais e a subordinação das
economias dos paises periféricos ao capital.

Pretendia-se a exportação de excedentes de capitais gerados pela


industrialização, além da busca de matérias-primas produzidas a baixo custo,
e da ampliação dos mercados consumidores. Não se tem o objetivo de
esgotar a questão da Revolução Industrial, o que de resto, seria
absolutamente impossivel. Assim, pretendemos aprofundar o problema
referente à formação da concepção capitalista de trabalho, esperando
possibilitar uma visão mais critica da sociedade capitalista a partir do estudo
de suas condições de trabalho. Ao mesmo tempo pretende-se distinguir a
concepção de trabalho para a classe dominante e para a classe dominada,
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identificando como os meios de comunicação veiculam a noção capitalista de


trabalho, enquanto a legitimam.

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