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MOVIMENTOS SOCIAIS: FACE FEMININA Heleieth Saffioti FS Introdugio Parie-se, nesie ensaio, di premissa de que producto e repro- dugio. constituem faces de um mesmo sistema ‘que_todo modo de produgao_nao_pode inelog de subsisteneta, nem da-reproducig de seres humanos. A espe- cific sistema produgdo-reprodugdo permite no apenas dis- tinguir um modo d¢ produgdo de outro,'coio também compreender ‘e explitar as diferentes manifestages, ao longo da histéria, de um ‘mesmo modo de produslo. Se, por um lado, cabe 20 cientista social 1 descoberta de leis que régem cada modo de produsio, pot outro, do se pode’ ignorar “gut tamer ‘constitul sua funglo revelar € ana- (sat-a diversidade-do teal. Ndo fora a endrine imporlincia devia “sma faelas neo se jstficaria, para um marxista, « pesquisa emp. rice, Isto" posto; fuaterialismo_hisidricg serd aqui utilizdo como pponto de pertida e como métoda de anflise e ndo como sistema de idéias capturado-capturante. Desta sorte, 0 materialismo hist6rico no funcionaré, neste, estudo, como um leito de Procusto, mas como uma Giretriz_metodolégica, altamente estimuladora da imaginaslo socio- Togica. Nao fora este entendimento da dialéjica mater imposstvel sequer a compreensio das jg {anlilisme no periodo contemporaneo.£, pois, Pe tanteuniveso eanesiuse-Gueoe Toned avangar na enflse do teme deste trabalho, tema este localizedo histérica © geograficamente. 143 ° Oe Neita linhe de raciocfnio, podem ser tomados, com grande ad * e im, oxgenizam-se pate enfrentar problemas como a discriminagdg |] ¢ de oportunidade de , 2 dupe jornada"de trabatho. “ElicnecioSccorrente do abstho doméathno-enslusiae a aide sexual do trabalho no seio das familias." Tais movimentos, ainda que gspontEngos, nao se desenvolvem, em suas diretrizes gerais, & 1 parte da aruapio cas instituigdes, 0 gue pode gerar discussSes em } tomo de sua sutonomis, O exame de movimentos de Clubes de Mées, arpor creches, por moradia, por escolas, contra e Ggresije, mostra que %> Gonfronto poder seguirae vitéries parciais ou glebals Por imposiggo de espaco, tais_movimentos serdo tratados em sorjumto. Cuando possvel, procurarsed apontar sua diferenciacao. Todos insurgemse contra 0 espago construldo, contra o insttulde Buscem desenvolver_uma prética instityinte, visando & alteracdo dos 7 Buscem desenvolver_ uma prética instituinte, sritérios de elocacio dos investimentos publicos urbanos, Esta pré- ica, porém, s6_é instituinte quando seus agentes representam uma significativa, ou seja, quando eles amescam a esiruture ticas “instituintes” Potem sfetivamente Tnsfituir. Obviamente, © conceito de poder aqui Wiikzedo néo se restringe aquele proporcionado pelo aparelho de Estedo, mas abarca todas as posigGes sociais a partir das queis seus cu , agentes sociais, sio capazes de alterar corre- lagio de f ices. Obviamer frute dase poder el ido fora do aparelho de Estado é efémero, Mas, muitos destes mo- rmentos efémeros podem se suceder ao longo do processo queigstitui, algo novo. A nivel da capacidade de instituir, os movimentos sociais * aparecemi singgpados, mas as fases de refluxo séo também momentos de _gestacdo de novas formas de solidariedade, de novas estratégias, tenfim, ce novas forgas socials. Ademais, os membros do sujeito c Soletivo instituinte apresentam grande mobilidade. O grau de fluidez destes sujeltos coletivos €. pois, bastante alto. Se, por um lado, esta dimenséo szaduz fragilidade, por outro, é nela que reside a agilidade, a verulidads ea Ginscdade de reoventagia dos Gout ea ‘Ao fim © £0 cabo, a fluidez constitui fonte de vide, na medida em ue estes sujeitos coletivos, quando conseguem insttuir, do passam ata_o ledo_dq instituido. Rigorosamemte, hé duas formas de inst tuir: aquela qde institui a. partir do desfrute Go poder Insuituldo € juela que institui_a partir de posigdes que ameacam o poder Insti tuido, Ore, 58 pode WneaeaT GIR Possivel mnensurar sua magnitude. Mas o poder instituido sente quando, deve cador os angie 158 Bs “Fi Movimentos de mulheres ¢ movimentos eminentemente femini- Ao afirmarem seu direito & alimentagdo, & agua, & luz, 20 esgoto, it direito 4 is j.~ Sas reivindicacdes “especificas” aparecem articuladas a outras? "as mies que_trabalham 1m _direito a crec} assim como os fndios e posseiros, 2 terre”. ‘Ao sarem iy ross minides de uma arma iio righ como une lta de assnatras, as mulheres prover que a prten polien nao é una 160 5 do§ movi 3 Ne Luts por Creches, in wow stribuigSo mesculina e conseguem prestionar ¢ governs. No curse ap 95, as cartncies transformam-se om direitos. que ames: cam romper a instituic&o da cidadania : de 60. As SABs véo, progressivamente, perdendo espaso para as Co- munidades Eclesiais, de Base (CEs), cuje hegemonie jé clara na B Aécada de 70. Apesar do alto grau de misoginia da Igreja Caxdlica, . 2 proliferagio das CEBs, grandemente absorvedoras de mulheres, foi o ceminho encontrado para expressar, a_nivel popular, a “oped da Igzsja pelos pobres”, Rigorosemente, esta opcdo pode ter sido felta apenas pela patte inferior de hierarquia de Igreja, pois o topo de sua hierarquia, onde’ reside o poder, continua to vinculada & estrutura de poder quanto antes da emerséncia e divulgacio da Teologia da Libertagio, O tom inguisitério da Congregagdo do Vaticano em seu Glogs” com Frei Leonardo Bet! revela's janes de invrprosic equi dada 2 “opeHo da Ipreje pelos pobres”. A tensfo existente entre a baixe 2 Tie Hearguas Oo Tye pond pela maneira de ci duzir as CEBs. Isto 6, a Igreja orgeniza segmentos do povo, auxi- liendo-o ¢ formular reivindicagSes e a perseguicas; mas, neste pro- c2sso, regula a profundidade das mudangas e determina os termos da interpeneiracSo entre o espago “privada” e 0 espaco “pablico”, inter- pretando, 2 seu modo, reivindicagées de mulheres, Embora’ tenhe havido entre a Igreja e 0 Estado, ao fim e a0 cabo, estas instituigdes resolvem os “conflitos” por meio da composigao politica, uma vez que ambas s&0 Steis, uma para a outra, e que a Igréja de. sela, ndo spenss preservar sua parcela de poder, como twmbém am pligie. Se, de uma parte, & preciso reconhecer que a Igreja tem de- sempénhado papsis fundamentais na defesa dos direitos mais elemen- tares dos cidadéos brasileiros, de outra parte no se pode admitir uma Tealogisrdy Libertagio Marxista, dada a contradic nos termos reseite neste ef Nesta Tinha de raciocinio, mudangas mais profundas s6 podem ser esperadas a partir do momento em que as reivindicagSes de que so portadoras as mulheres forem incorporadas pelas organizagdes de classe. — ate Movimentos sociais centrados na produgéo _Se jé € grande a invisibilideds da participagto da mulher nos movimentes nucleados na reproducao. dominio feminino por exce- lacia, maior € ainds nos movimentos contestatérios do intenso grav or novimentos contestatérios do intenso grav de explorapo operente no espaco da produgio, reino incontestavel- ‘mente mesculino, pelo menos do ponto de vista ideclégico)O exame das préticas femininas desmascara a pretensa invisibilidade da pre- senga ative das mulheres. E sobretudo através do processo de resis. tncla que se tem dado 2 ruptura dos comportamentos femininos em relasdo 20s estere6tipos do apolitcismo, da submissSo ¢ da ap: 162 sia das mulheres, Dada a escessez de espa momentos de participaggo feminine em sindicatos, a realizagto de Congressos femaininos de algumas categotias ocupacionais e a pre- sengs de mulher em greves operérias ¢ em movimentos de confronto com © patréo/Estado na zona rural paulista “No periodo compreendido entre-1970 © 1978 0 nimero abso- Iuto de mulheres sindicelizadas pessa de 317.512 para 876.740, veri ficando-se um aumento de 176,5% (...)..No mesmo petfodo o au f mento da PEA urbana feminina foi de 125% (...). O crescimento correspondents do niimero de homens sindicalizados foi de 87%, en- ‘quanto 2 PEA masculina sumentou em 67%. (...) Estes dados in- icam que _processo de sindicalizacgo foi mais acelerado pare os mulheres do que para os homens no perfodo estudado, incidindo de Forma positiva na tendéncia central.” * Estes dados referem-se & PEA urbana brasileira e a associados a sindicatos de empregedos urbanos. As autoras tiveram 0 cuidado de mostrar ‘os’ difeienies ritmos de sindicelizago de mulheres e homens no Estado de Séo Paulo no Brasil como um todo, Inegevelmente, este trabalho tem enorme im portincia para se mostrerem as mmudances qualitatives resultantes das transformagées quantitativas. Todavia, hi necessidade de noves Investigayar que revelom os distintos ritmos de sindicalizayto~de homens e ‘mulheres nos diferentes. setores industriais, assim como em todos os ramos da economia brasileira, Setores industriais de Ponta, como o metalirgico, apresentam caracteristicos distintos dos apresentados por setores industriais tradicionais. ‘As mmudancas qualitativas operadas na participacfo feminina nos sindicatos urbanos tornam-se péblicas, em Sho Paulo, a partir dos ‘ikimos_anos 70, quando ocorrem congressos de trabalhadoras de algumas categories ocupacionais, acs quais se voltaré mais adiante. Neste momento, a crise econémica jg bastante grave, podendose etectar, também nas zonas_rurais, algumas mudancas na atuagio de mulheres sindicalizadas. Contudo, nfo se rompe — exceto em casos isolados — 4 tute miasculing tbre + Rulhet, como se pode constatar pela fala que se segue. “A mulher, no caso da sindicali- zagio, é mesmo dependeste.’ Meu marido é sécio; é dificil a mulher ser For Sif propria forga.”™ Transformado em érgio assistencial pelos governos militares posteriores 2 1964, 0 sindicato rural dé assisténcia 2 mulher através da filiaggo do homem, seja o pai ou o marido. Na, qualidade de 6rgio politico, que as vezes consegue preservar, feche. as mulheres, porque, ainda mais que o sindicato urbano, esté imbuldo da ideologia segundo 2 qual_a politica constitui atividade exclusiva- 163, 4 mente masculina, Os dados estaisticos revelam uma infime presenga Teminina nos sindicatcs rusis, Todavia, cinda que se debatendo cn suas conadigdes, as mulheres buseam nio apenes ocupar as brechee eventualmente esguecidas ou nlo pereebides pelos homens, mas test bém loream a geracio de novos esacos pate sus participate pol tics. Este fendmeno, entretanto, £6 se tore percepivel ¢ sete, passivel de enélise, na investigac%o concreta das praticas femininas coridunas ¢ de sus contribuigio ‘nos movimentos facials Ade noe verbalizando elementds dt ideoiogia dominante, na qual 2 mulver figu: jassivo, trabalhadoras rurais buscam ampliar sua “parkipago om atidades pollens. No sndcsto weal de meat estdo inseritos atualmente 6.500 tabalhadores, dos quale #:000 tone tiuem a massa dos pagantes” Deses, 800 sao mulheres Els perfec, Portanto, 20% dos membros do’sindicato em dia com suas mensali- dades, Estas trabalhadoras séo, na maioria, volantes da agricultura, contratadas por empresas locadoras de mlo-de-obra. Menos de 1/8 das siciaspagantes do tndieto partici de suas afvidades potions, Isto se dove, em pate, a0 cardior asistenial do sindcato corde este -acenwadamente reforcado pela criacio do Funrural. tencio- Sales concebido pia cqaziar a nun 0 Sop ee parte, as campanhas visando a aumentar a taxa de traball idores rurais sindicalizados dirigem-se_ao chefe da familia e néo as trabalhadoras agricolas. Na histéria do sindicato rural de Areraquara — niicleo impor- tantz na luta pela sindicalizagio rural, pois chegou a ser criada uma central araraquarense na décade de SO —~ somente una mulher ot angou e assumiu um cargo na diretoria do tindleatos No melo oe bano, hsindcstos, embora taro, em que mulheres detde pengaes 4 lideranga, No‘meio rural, este fendmeno @ ainda mais rae Ainda-que| assim seja, € preciso estar atento para as transformag6es: Positivas reveladas pelas praticas femininas, Esta atengao pet Percepcio de que hé trabalhadoras rurais capazes, nfo apenas de ocupar espagos jé existentes, mas também de ‘gerar_espagos_histori- camente inéditos, Além da contribuigao da ideologia e da ‘dupla jor- FRE GE wsbalho para afsxar-ap mulher das avTdades polar nd que se considerar, ainda, a defese que, silenciosamente e as expen- sas do exercicio de seus préprios direitos, as trabalhadoras ‘rivals fazem dos emy 9s de seus maridos. Como o homem continua a ser © legitimo”provedor das necessidades da famflia, reivindicagdes for- ‘ulades por mulheres amesgam a possibilidade de seus maridos pO jerem vender sua forca de trabalho a0 mesmo patrfo e al a outros, 164 Exe fendmeno opera come feio no processo de manifest descontentamento das trabalhadoras rurais. ‘7 Assim, o trabalho de mulheres em sindicatos rurais, via de regra, permanece marginal ou situase no escalfo inferior. Reproduzem-se, desta forma e gra agu- do, os vicios de uma estrutura sindical legal, mas ilegitima. A participacaio da trabalhadora rural no II] Congresso da Contag. reufite impobante- edida or ue Getartinw never horzones para o sindicalismo rural, pode ser encarada como 9 inicio do des: ert da concen feminan sobre» explorato » aie ei? stm. “ida, Deste Congresso, realizado em maio de 1979, que reuniu cerea de 2.000 delegados de todo o pais, participaram 40 mulheres (2.0%) ‘A moaioria deste contingente feminino era composta de assessoras de destas 40 mulheres tiveram direito a voto, em virtude de pertencerem 4 diretoria de sindicatos, na condigéo de presidente, secretiria ou tesoureira. Nao obstante a diminuta representac3o feminine neste Con- Bresso, denunciou-se o fato de 70% dos trabalhadores rurais brasi- Fiver veeeberem: pagareno igual oo inferior 20 sedro minima. ¢ desta proporgo subir a 86% no caso das trabalhadoras. Reivindi- scusscunsSssiis minimo pars opal, independenemente 0 toxo do trabalhador, No caso da agricultura, nfio se pode deixar de mencionar tam- bém a agdo politica de mulheres rios movimentos de paralisacdo do trabalho. fendmeno que nfo consta dos registros oficiais. Na regiéo de Araraquara e na de Ribeirao Preto, as mulheres j4 aderiram, hé tempo, aos movimentos de paralisagio ligesados_por homens profun- damente lesados em seus mais elementares direitos. Embora os movi- mentos de peralisaco nem sempre representem sérias investidas con- tra a domingcao do capital, constituem, certamente, formas, de resis: téncia a0 incremento do grau_de exploracio. Uma experiéncia de luta na regido de Araraquata revela 0 po- tencial de forga representado pelas mulheres. Em greve em uma usina de agicar que durou, com pequenos intervalos, 120 dies em virtude do etraso do pagamento de salérios, em um Estado em que aparen- temente inexiste uma tradicfo de lutas sociais rurais, cerca de 750 f ris lutaram corajosamente, em 1982, pelo direito de receberem a re- muneragdo devida pelo uso de sua forga de trabalho. Neste episédio, as mulheres chegaram a assumir posigOes de lideranca. Tomaram a initia de EXgir dos Selores que ContinGavina-Tabslhar uma to. mada de posigdo frente & greve, pressionando-os para que aderissem & greve. Depoimentos de mulheres envolvidas nesta greve, colhidos 165 no cua do movin, vebaizam press Ge muir slant com bativo, “Nés descemos 14, puxamos 08 puxa-saco NO peito e dissemos aa cee singieato val dar alimento pra néls © nlo val 3 oom eoaho pra vooés.” A reve terminou, em uma de Seana a reguleizagio do pagemento parcial dos solrios sepa fon polis, como a readnissio dos empregidos que lideraram 0 movimento de paralisag Foi importante a parscipesé . jortante a participagdo das moore es Ee inda que eles nlo tenham demonstrado ample dominio das estratégl de luta ¢ tampouco tenham sido cape- arr gentar com presto, tos ot Peaches vo carpe 2 smbate. Embora no existisse um projeto comum dos partcipen- sores movimento, que ultrapassasse a defesa imediata do selério, tes Cstheres tomaram a diantlra na lute contra seu inadeguado eh- Guadramento sindical, buscando subsidios em seu cit io Orgio de classe. Ainda que episédica, a _paicipe en em stcso nfo foi epidérmics, podendo alertar ovias tabalhedoras esr seres a servigo da agro-indistria aqucareira: A participagao de imu: Theres nos movimentos de assalariados rurais da regiéo de Gusribe or ramporancamente iniciados em maio de 1984 ¢ com desdobra- mentor aleriores —- nega a ideologia da pessividade feminine. Dife Maetemente das paralisagdes pouco duradouras do trabalho ¢ de greves Teutadas no meio de cansviais, o movimento de Guaribe representa varia contesiagio do exquema de dominaglo-explor a emplratao implan™ aes Ngumsie ban wzio urbano, lutas de trabalhadoras tm produzido efeitos que polem ieF considerados marcos bistéricos na vida do pais espe GVammente de So Paulo, Dentre estes marcos situam-se o { Congresso re Mather Metalirgica (janeiro de 1978)* ¢ « Reunido das Asso- SS des dow Sindicatos de Trabalhadores em Industries Quimicas, em $esP ie 1578 em Sio Pavlo, Certas reivindicagdes destes encontros esigualdades s6cio-econbmicas homens_¢ ‘caminhos, pave sua solugdo, em mais wma tent : ‘paca politico “destinado” questi ferinl xelirio igual para’trabalho igual, creches, estabilidade provisé gestante apés 0 término da licence-maternidade cic. Dentre ov efeitos Sroduzidos por estes encontros hd que se ressalta « publicizagéo: det desigualdades entre trabalhadores € trabalhadoras ¢ 0 represslo” OE Gee Tora alvo suas pariicipantes, Do primeiro congresso mencior nado, relizado pelo Sindicato de MetalGrgicos de S#o Bernardo Diadema, apenas 300 das 800 trabalhadores inserts puderam par ticipar, uma vez que seus empregadores desenvolveram ages inti 166 midatrias,chegando mesmo a_ demic as milances mals ata, A Tlincipel reivincieagdo do 1 Congresso da, Muh MetalSrgisa — principal Tego. de um DeparTamence Feminine Ne Ae fal 8 cone pel civetora, sob a slegavio de gue che DPT mento. pro TEE ee eso dos teabalhadores, Embore sea ise! ST Freed das trabathadoras, mais diseuvel ¢ ainds & ideciséo da dire: Siac findieato. Quanto a0 segundo cOngTESSO $9 referido. as tone do, nett fram isimidadas pelos Sus Patoes, 0 1 FE Fees geguinte resultado: somente 70, das 58 Taig, participa fam eferivernente de sneentr® ML insist ns, Mt QUALLS Ostrow seu SEUNG Com” fresso, recentemente realizado. ; Thegavelmente, {978 representov um TEES histérico importante a respeito do tema agui exeminado AIE de Fatos jé expostos. ha que a reepecjonae@.partcipasao das trabalhadorss greves de masse S$, T978 © 1979, a inclusio de elgumas de Sis reivindicagdes nas cermpahas desenvolvidas por certs sindlesies militéncia feminine cars doe bancavios, a acirrada OPONG:D {Gira por mulheres 8 Dollies edsistencialista implemenced pelo Sindicato dos Trabalhado Polis ie do. Vesturio, categoria ooupscional qual os ele- rmentos femininos Trades domésticas pela cbtensio de sles beneficios ga gadas fomguo Paulo, nas greves de malo de, 1078. cirgieos, € nitida a presenga ae mulher “po SP Fi : Gnhecedora do custo de vi que incentive o compan Spee Sa eg operdria atuante, cepez de enfrentay corajosamente a situa: Gao de greve, embora no fosse es" ¢ ‘comportamento espersdo”, He, Greves da Siemens e da General Electe # contribuigao feminina ao amplamente. majoritaios, « lute das, InP jcios garantidos pela jas por Te Nas Bre tea, Az trabalnadorassotreram forts BreSTS FO no ade: fol deosteve bu para abandonerem=na, MEO SPH Oe parte des arte dos companheiros Tmpresas empregadoras, mas também por fee 0 0 Se obstante, conseguiram participar GOs referidos movimentos, 80 Nie ore condiggo de “companbelras”, mas, On agentes. neces coment uanutenggo e contnuidade dos-moviner 58 Também nas Steves de 1979, no ABC paullste, Gparticipagio feminina revestiv-se ‘dc grende importancia. Toma da reproducto, permanecendo gaticias nz nebulosa deste fuséo. Ademais, se o trabalho clandestino grassa no Brasil mesmo no seio da empresa capitalista, € extremamente * dificil legelizé.lo no interior do domicilio. O combate & clandestini- dade do emprego doméstico remunerado tem sido um forte compo- das lutes travadas pelas empregadas domésticas, que jé se orga: nnizaram em associagdes em vérias cidades do. pais. Embora tendo uma curta histéria, séo-tantas as manifestegdes do feminismo no Brasil, que nfo seré possivel mencionar senio algu- mas, que tiveram por cendrio 0 Rio de Janeito e Sio Paulo, Rigorosamente, no se pode falar em feminismo no singular, jd que este wrmo recobre uma gmpla game dé posigGes politicas. Es. quematicamente, poder-se-iam pensar apenas duas postaras: ¢_refor- misie_e a revolucionéria, Todavia, mesmo utilizendo-se este simpli ficaga®, seria impossivel fazer um relato des principais manifestagoes feministas, distinguindo nitidamente seu grau de radicalismo politico, em poucus paginas, Desta sorte, deixase esta tarefa para o leitor. Genericamente, todos os movimentos feministas tém por escopo subverséo_do status yuo,” Mas, como variam o entendimento deste Slate quo e as estretégias pare trensformé-to, numerosos grupos di: vidiram-se ov dissolveramse em decorréncia da falsa questo: prio- rHizagio da luta_de classes ou da luta “especitica” de_muther. Dado ‘© vniverso conceitual com que se trabalhe neste artigo, nfo hé como separar, ngs relacSes sociais, as que dizem respeito 2 uma ou a outra lta. Assim, reformista ou revolucionério, o feminismo mina, em me or ou maior grau, a simbiose patriarcadore-capitalismo. Nesta linha de raciocinio, 0 feminismo s€ constitui, sobretudo em sua vertente revolucjonéria, como o_mais_ambici cial, uma ver “que para alcancar seus objetivos — 2 igualdade socjal entre homens € mulheres — deve provocar a superago do patriarcado-capitalismo, ov seja, constr uma sosiedade poste ne senide-Go-oiirs eliminacéo do sistema de_dominagav-exploragio fundado no sexo, na estrulura ‘& clesies ray Terenas Tala se ~~ Deixando-se de lado produgéo intelectual brasileira sobre a questio feminina, que situa o Brasil dentre os paises pioneiros, pode! © datar 0 inicio das manifestagées feministas em 1972. Efetivamente, 0b 08 auspicios do CONSELHO NACIONAL: DE MULHIERES DO BRAS! realizou'se, no Rio'de Janeiro, entre 23 e 27/10/72, 0 1 CONSELHO CIONAL DE MULHERES que, sob » presidént Ee Aciros da Fonseca, também presidente do CNMB, reuniy feminisias pioneiras e outras estudiosas do assunto. @ fim de darem o impulso inicial a um movimento social que se multiplicaria posteriormente Nio foi pequeiio 0 saldo positive deste encontro, inclusive em termos de mudaneas em leis jf existenes ¢ aprovacio de novas. Na discussie do tema planejamento familiar houve um embate entre, de um lado, trés feministas e, de outro, a representante da BEMFAM. Para este impasse ainda. hoje nfo se tem solugdo, Enquanto es feminisias defendem o_direito_de toda © qualquer mulher-de te? livre_acesso 203 métodos anticoncepcionais, deles podendo se «tilizar livre e cons- ‘Centemente, at agéncias estrangeiras im objetives nitidamente con trolistas, deixando de conécientizar mulher sabre os efeitos cola terais de certos métodos ou o fazendo de forma precéria. © 1 CONSELHO NACIONAL DE MULHERES teve lugar num periodo de governo fortemente_repressivo que, slém de haver interposto um sem niimero de obstéculos & realizagéo do encontro, através do SNL enviou,espiSes para aeompanhar os trabalhos. Posteriormente, & pre ‘sidente foi, varias vezes, chamada pelo DOPS, a fim de prestar de- poimento sobre as discussdes que se travaram durante 0 encontro. Este foi, portanto, o estopim acendido pela ONU, em 1975. Logo em seguida uo Congresso da ONU no México, feministas cariocas realizaram, em julho de 1975, um semindrio sobre a mulher, na ABI, € criaram 9 CENTRO DA MULHER BRASILEIRA (CMB). Men- cionar-se-80 algumas das realizagdes do CMB. Elaborou uma cartilha) @ mulher na Baixada Fluminense, logo apés sua criagio. O livro de Rose Marie Murs Sexualidade da mulher brasileira, foi o resulte- do de uma pesquisa Tinanciada pela Rockfeller Foundation e pelo MEC, através do CMB. Novo financiaitiento Toi obtido pela mesma via, desta vez do INEP, para a realizacio,-jé initlada pot Muraro, de uma pesquisa sobre Familia ¢ classe social no Brasil. O CMB firmou, em 1984, com a Secretaria jucagao do Municfpié do’ Rio de Janeiro € com 0 Sindicato-dos Professores de Primeiro Grau, um con- vlnio que viea-alevar » eabo o projeto Repensando os papéis sexuais cuja intengio dbvia € combater 0 sexismo nas escolas de 1* grou, Este convénio tem apoio financelio do MEC ee ‘Sob o patrocinio da Casa_da Mulher, criada-rio Rio em 1981 realizou-se, entre 04 ¢ 06/03/83, 9 ENCONTRO DE MULHERES SOBRE SAUDE, CONTRACEPCAO, SEXUALIDADE & ADORTO, do quel porticiparam representantes de dezenas de grupos feministas de todo o pais, além de iniclectusis, politicas € profissionais da Medicine, Deste encontro 169 sairam quatro resolugdes: 1. instituir © dia 22 de setembro como da Lute pelo Aborto; 2. legalizacdo do aborto; 3. planejamento familiar promovido pelo poder piiblico em todos os seus nivei 4. educacto sexual nas escolas. Vérias contribuigées foram ofere das a0 projeto de lei, originariamente elaborado pela Deputada Fe. derel Cristina Tavares, que ampliava o ndmero de circunstancias para © aborto legal, Este projeto aboriou na Cimara Federal. Sexo (finalmente) Explicito, jornal trimestral editado por femi- nistafcariocas desde 1985, d4 conta, simultaneamente, da seriedade € da jocosidade com que elas sabem to bem lidar com as gravissi- mas questdes vinculadas a reprodugio humana, Em Sio Paulo, de um debate orgenizado por $ABs, em 1975, resultou a idéia de se programar 0 ENCONTRO PARA 0 DIAGNGSTICO DA MULHER PAULISTA, realizado em outubro do mesmo ano, na Ci- mata Municipal. Subscreveram a carta:proposta da mulher paulisia, documento produzido pelo encontro, 38 entidades, cuja opinido una. nime caminhava no sentido da criagdo de um organismo capaz de Produzir conhecimentos sobre @ muther brasileira, especialmente a Paulista. Disto resultou a criagio do CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA-MULHER BRASILEIRA (CDMB), em novembro de 1975. Os resul- tados das pesquitas realizedes pelo CDMB foram levados para dls. Yeousslo em SABs, Clubes de Maes e outras entidades de periferia Embora as atividades do CDMB tivessem como fulcro as mulheres, este organismo relutava em se assumir como feminista. Em 1976, 0 CDMB realizou varios encontros destinados a discutir, dentre outros assuntos, a questio da discriminacdo salarial contra as trabslhadoras, sobretudo das que desenvolviam suas atividades ocupacionais a do. micilio. Destas discussdes, surge um grupo integrado por cerca de 40 mulheres dispostas a fundar um jornal, que assumisse a causa femi nista. Nasce, assim, em junho dé 1976, Nés Mulheres, cujo editorial programético era bastante cauteloso no sentido de no isoler a causa feminista. O jornal era vendido através de Clubes de Maes, atingindo realmente as mulheres mais oprimida Na qualidade de 6rgi0 de apoio 80 MoVIMENTO FEMININO PELA ANISTIA, Surgiu, em Londrina, em 1975, periédico RRASIL MULHER Que, # partir do nt 6, desvincula-se do MFA e passa a ser publicado em Sto Paulo, assumindo desde esta edieao uma postura nitidamente ¥ feminista, A Sociedade Brasil Mulher, editora do jornal, passa a tra- g bilhar com Clubes de Maes, com militantes do M.C.C,, ampliando 5 seu reio de acéo através da luta por creches outros equipamentos de consumo coletivo. 170 -Qhomem. PropSese a tratar de assunt Os petiscicos Nis Mulheres e Brasil Mulker tiveram © mesmo destino reservado 2 imprensa iterative: o primeira deiou Se oes publicado em 1978 eo segundo, em 1979. nasce desafiando_o sexismo da linguagem, com a proposta de-~de- bator todos os problemas que afeiama milher,abrindo espapo pera 4 discussio ampla das diferentes posigdes" e dirigindo-se a publicos especificos. Em razBo de iculdades financeiras, sua publicacao foi interrompida com on? 15, de ce a de 1983. Mulherio volta a set publicado emi maiojunho de traz uma novidade= siderados guetos mas- calinos, “como a economia, a politica, o esporte, a policia, trazendo para ai a viséo das mulheres”, assim como, “incorporar no jornal 0 Ponto de vista masculino”, Este foi o'primeiro sintoma indicativo de ue, finalmente, se comeca a trilhar a transigéo do feminismo & pro-x, Blnética das eles de pOnaroe moe 8 preg © 08 de marco comerou a ser comemorado, em 1979, de forma inédita: realizou-se 0 1 CONGRESSO DA MULHER PAULISTA. De forma crescentemente ampliada, realizaram-se 0 11 e 0 II CONGRESSOS DA MULHER PAULISTA, em 1980 ¢ em 1981. Dentro muitas vitérias destes congressos, hé que se destacar ocrescente grau de orgenizagio das mulheres, O u1-cononesso reafizma o carter Temintsn da sbocder gem da problemitica feminine, defende « autonomia dos movimentos de_mulheres ¢ rejeita enfaticamente tentativas de partidos politicos £16 mesmo de_pequénas face6es pOlitioas de cooptacéo destes mo. vimentos, Diferentemente dos dois anteriores, 0 111 coNGRESSO decide @bntinuar discutindo a questo da organizaca6 das mulheres no inter- regno, de modo a'evitar que. estas fossem mobilizadas apenss na casio da reslizagio do encontro. Esta grande promessa, contudo, ‘nunca se concretizou, porque as filiagdes partidigjas e as campanhas eleitorais realizadas com vistas & eleic&o ce produziu fissures no_seio dos movimentos de mulheres, Alid—éte mesmo faio Toi ‘andemente responsvel pela progressiva dissolucéo da Frente de Malheres Paulistas, que mantinha uma casa, em S40 Paulo, destinada as suas reunides @ @ outros eventos. Desde 1981 esta casa era partilhada pela Pré-Mulher, entidade feminista nascida em 1977 e que vem realizando um trabalho res- peitdvel. Este foi, alids, um dos poucos “grupos feministas que nfo implodiram em conseqiigncia da eleigo de 1982. Dentre as muites realizagbes desta entidade, cabe ressaltar 0 1 ENCONTRO NACIONAL DE SAODE DA MULHER, ocorrido no perfodo 15-18/11/84, em Sio Paulo, im zg Embora a eleigdo de 1982 tenha provocado lutas intestinas ¢ implosdes, néo responde por todas elas. O sos MULHER, nascido em So Paulo em 1978, morre prematuraménte em T9B3. Ao mesmo tempo, vo nascendo outras entidades, como a REDE MULHER € a ORGANIZAG20_DE MULHERES AUTONOMAS, assim comO continuam lutando-gruper JF-antigos, Tomo @ Associagio de Donas-de-Casa muitas outras organizagées femininas © feministas. Um grupo de mulheres pemedebistas gestou 0 CONSELHO ESTA: DUAL DA CONDIGAO FEMININA, ctiado a 04/04/83, A mesma idéla coneretizou-se em Minas Gerais, Dentre outras atividades do CECF, convém enumerar os seguintes projetos: 1. A Satide da Mulher ¢ a CLT em dois filmes para a mulher trabathadora; 2. Perfil da mulher frabathadora no Estado de Sdo Paulo; 3. Apoiando (projeto exe- cutivo destinado a apuiar o trabalhador volante no local de trabalho); 4. Creches nas empresas; 5. Violéncia; 6. Banco de dados; 7. Se- mana da mulher em Sorocaba; 8. 10 ancs de uma polifica de saiide ara a mulher; 9. Acompanhamento da implantagao do programa de satide da mulher. Em 1980, duas advogadas feministas, Florisa Verucci e Silvia Pimentel, elaboreram um anteprojeto de reforma_do Cédigo Civil brasileira no que tange diretamente & mulher. SugestOes foram incor poradas a este documento, como fruto da ampla discussio em torno dele realizada, em todo 0 pais, durante cerca de um ano. A versio final deste anteprojeto foi encaminheda ao Congreso Nacional, tendo sido aprovada pela Camara dos Deputados, no primeiro semestre de 1984, ¢ estando aguardando, agora, aprovacio por parie do Senado, As alteragies propostes atingem, fundamentalmente, 0 conceito de chefia da sociedade conjugal, s capecidade para a administrecio dos bens do cassl, o-exeretcia do pélvio poder. além da eliminaeio-cos artigos muis rengusos Conclusées Em todas as sociedades centradas na propriedade privada dos meios de producéo, io. O MPC tornow mais ‘GET esta pereepsao, na medida em que introduziu mudanges radi. cals no proceso de produgio, separou radicalmepte — e nio apenas do ponto de vista geogréfico —9 locus da producdo do locus produ gerou a dona-decash A slocaahe MITRE majoritdria Gems etos oe Feprodugio, eniretanto, néo justifica, na ané- 172 lise sientificn, a presengu exclusive de prétices masculinas no dmbito da produc, desconsiderando que nesta esfera também hé contin. gentes femininos ativos, do mesmo modo que os homens participa, de diferentes formas, no campo da reprodugio. A concepsto do MPC aqui adotada grou posstvel_eliminar _iavisibilidade feminina nos movimentos sociais, sejam eles consi Gzrados nucleados na esféra da reprodugdo ou na da produgio. O recurso a dados estatisticos. que revelam um fantéstico crescimento da PEA feminina entre 1970.¢ 1982, deriva da crenca em mudangas qualitativas pertir de mudangas quantitativas Rigorosamente, todos os movimentos sociais. yinculam-se_& uni- dade srodueae-repraducdo? Tao-somente para efelio de andlise, foram ee ue, apenas aparentemente, se dirigem, com exclusividade, a0 aparelho da produgdo ou ao aparato da reproducio, © exemplo do MFA mostra, com veeméncia, que mulheres podem obter grandes vitdrias politicas em nome do exercicio de papéis que tradicionalmente The si atribuidos. pela _sociedade: mae, esposa, filha, irma ete. Convém lembrar, como ilustrago exemplar da I6gica contraditéria do MPC, que as Locas ‘de la plaza de mavo constituiram © Sinico grupo social"capaz de resistir & ditadura argentina, contes- tandoe aif seu fim ¢ continuando, no governo que a sucedeu, a re- clamar justiga, Tratase de um caso tipico em que 0 feitigo se volta contra 0 feiticeiro, Cabe ressaltar a importincia do papel desempenhado pelo Estado na unidade producloreprodugto. Ne qualdade de "@io-Tmpar. | cial”, 9 Estado disciplina as relagSes entre as categorias de sexo | entre as classes sociais, de modo a criar as condigdes para que a classe dominante cumpra sua missio hist6rice. Talvez valha a pena aponter difezengas no campo do opositor. Q Estado, na traducdo governo em vdrios niveis, constitui 0 tinico interlocutor dos movimentos sociais nucleados na eproieTy TOTES, na me- dida mesma em que gapte tributos, que devem ser devolvidos & po- lagdo inclusive sob s Torna de equipamients de Consume colic. - Os movimentos socials centrados na pr tem, as vezes, dois fo Brasil, € freqiiente @ presenca do ‘positores: 0 patito © 0 Estado. Estado enguanto iieHocutor este tipo de movimentos, 8 que, de ‘um lado, ele geupa um enorme espaco na economia nacional na qua- Jidade de empresério capitalistg , de outro, ele desempenha ampla- “mente 0 papel _do_préprio capitalist, nfo apenas na condigo de mediador, mas como 0 érglo dotado.de poder legitimo para admi -nistrar praticamente todos os precos, af incluso 0 de forga de tra * 173 HA conjunturas nas quais emergem movimentos cujo opositor é bastante difuso. Um movimento caracteristico deste tipo foi o M.C.C. Lutavase contre © alto custo de vida, mas quem personificava a ca- restia? Tratave-se do pattéo ou do Estado? Ainda que nebulosamente, fs duas personagens eram percebidas pelos stores saciais. Uma delas, porém, necessitando preservar sua imagem de “juiz imparcial”, podia intervir na situagao: 9 Estado. E por isto que o abaixo-assinado é en: caminhado ao representante deste aparelho. A proporcao que o Estado sumenta seu grau de intervencionismo, mais se legitima como O Ope ‘STaP Toe Soviet toes meno daniels Denar Re produ Os movimentos sociais, momentos fragmentados da lute de cla ses, passam, pois, a0 longo da histéria, a percorrer meandros cuja existéncia no poderia ter. sido antecipada no século XIX, quando Marx mostrou a i tre 0 proletariado ¢ 2 burguesia. Agora, o8 figurantes aperecem travestidos: a. Durguesia fantasiada de Estado e os diferentes setores do proletariado realizando aliangas instéveis e ef€meras, na tentativa de avancar no processo politico através de conquistas parciais, em torno das quais é possivel mobilizar parcelas de assalariados néo-iguais. O_objetivo imediato, entretanto, os equaliza em medida suficiente para torné-los capazes de conseguir seja a escola, seja 0 asfelto, seja a casa propria. Esta ténue e proviséria igualdade responde, certamente em grande parte, pela ambigiidade dos movimentos sociais. Nio €, portanto, a ambi Siidade feminina que s difunde nos movimentos dos quais partici pam mulheres. £20 préprio movimento social, cujos atores apre- sentam heterogeneidades_de varias naturezas, que a ambigiidade € inerente, {2 pexitango em movimentos sociais mistos, femininos e feministas, ‘as mulheres tém conttibuido enormemente para a coletivizaclo dos espagos escondidos. Neste processo, poem a pu a onipreschiga do po Iifico, abalando i dicotomia “privado_versus piblico”, na medida em que nel ‘2 “privado” € apresentado como a auséncia do politico &o “public ‘com _ locus privilegiado do politico A descoberta da Snibitienca do pollen salvar sela 0 grande resultado contempordneo Ges lutas fominines, pois @ paiit Gla podem’ ser proSlemeieaaas outs tom x razio”, “trabalho remunerado’ x tra- alo” gatuito", “mulher reprodutora, x horem produtor”, “mulher passiva hone ativo” cic, 7 Tanto a nivel da prética politica em movimentos so is, quanto a nivel da produgio cientifica, sao mulheres que empunham a_pi ssareta no proceso de demolicéo do patriarcado-capitalismo, A hist 174 Mes © patriarcado € capaz de se fundir, também 97 outros sist i Tm, a0 MPC. Do sp ida, sobrevivendo, aim, 20 de. prod © reproduay Sra expectaive_de_unibo de sodas meee deme smo sé poderé ter m a_demoligfo_do patriarcado-capital 2 7 & nae realiza or_homens € mul Theres que, tiverem sou snide ovo so a de tne SEL OLD Notas Josele Eons. sa Moniete du pr comuiste, Union C on. Ka, Manse PE" gels Lldéloge Allemand 28 tr epgels, Fy LOrigine de la Famille. de 'o Proprité ™ ‘2. Seffioti, H. 1. B., A Mulher na soc de Classes: M it Ree eee sociales, 1957, Pais. P- 5. a et no 4A eee sia autores apreeanta proposta interest fe eae ETRE ai ante gr eset nae oan te pe ee Fe a Eplebiace ies Mer os, relagées entre Homens ¢ Mulheres nas sociedades de a meant. des Rates ett HOEY ls, « ‘Sai Be ros ints fomen’s ual Incorporation in the our Daring apd Cas of Wome Une, 7 gr, eo apres," i PE cat fi, ae net eda Tova ch ae Sn» Ty of cn Poy aay Eee, 2 afr rary end the Cae Sout Sosiaa Feminine gah Bueratin, Monibly Review Pre N ae PPE ore Hac opt 162 ve Seeer ner tree sm comocet t oven eseqUene exploragto de force de oves a ‘ deve ler Women, Men, an formas assumides pelo trabelho feminine que id the International 175

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