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Apesar dos avanos dos ltimos 10 anos, notadamente para a populao de baixa
renda, graas ao maior dinamismo do mercado interno, da gerao de emprego e das
poltica sociais, os efeitos positivos desses programas poderiam ser potencializados se a
economia brasileira no estivesse sujeita racionalidade de curto prazo da acumulao
financeira com base no endividamento pblico interno.
O processo de financeirizao no Brasil tem caractersticas particulares, no
apenas pela proeminncia da renda de juros, mas porque se trata de um pas em que
apenas uma reduzida parcela da populao tem acesso a ativos financeiros. Entre suas
principais consequncias diretas destacam-se: taxas baixas e volteis de crescimento
econmico, endividamento pblico interno improdutivo, e onerosamente financiado em
termos de prazos e de encargos, e a especializao regressiva na indstria de
transformao. Nesse contexto, os resultados empricos mostram que a economia
brasileira no tem sido capaz de explorar suas vantagens competitivas e superar seus
limites estruturais ao desenvolvimento. Permanece dessa maneira, aqum de seu
potencial produtivo, apesar da retrica oficial e miditica acerca das virtudes do atual
modelo econmico brasileiro e da proposio incompatvel com as evidncias empricas
de que o pas, com certeza, lograr em breve o status de desenvolvido.
A metodologia de anlise utilizada combina fundamentos tericos
regulacionistas com os aportes da macroeconomia keynesiana e tambm com as
contribuies dos modelos de crescimento econmico propostos por Kalecki e por
Kaldor. Mobiliza-se o enfoque histrico e institucionalista, uma vez que este parte
integrante das macroanlises regulacionistas, permitindo caracterizar o Estado brasileiro
e a relao salarial como componentes hierarquicamente subordinados na arquitetura
institucional que define o modo de regulao e o seu correspondente regime de
acumulao.