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Ajpneme iteinal Fedbral COORD. DE ANALISE pE gurisprupgucia 353 EMENTARIO NO 9°90 - 2 08/02/2000 D.J. 12.05.2000 SEGUNDA TURMA IRD: 22: RELATOR : MIN. MARCO AURELIO RECORRENTE: SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BIBLIAS E TRATADOS ADVOGADOS: ANDRE FELIPE GIMENEZ DE OLIVEIRA E OUTROS RECORRIDO: MUNICIPIO DE SAO PAULO ADVOGADO: MATEUS REIMAO MARTINS DA COSTA IMUNIDADE - INSTITUICOES DE EDUCACKO E ASSISTANCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS - IMOVEIS - ESCRITORIO E RESIDENCIA DE MEMBROS. © fato de os iméveis estarem sendo utilizados cone escrit6ric e residéncia de membros da entidade nio afesta s imunidade prevista no artigo 150, inciso VI, alinea “c”, § 4° da Constituigao Federal. > fh lo bo ” be 0 Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do supremo ‘Tribunal Federal, em segunda turma, na conformidade da ata do julgamento © das notao taquigréfivas, por umanimidade de votos, em conhecer do recurso e lhe dar provimento, nos termos do vote do Relator Brasilia, 8 de fevereiro de 2000. NERI DA SILVEIRA - PRESIDENTE RELIO e RELATOR 08/02/2000 Mgnome Teena” Fabrat! 354 SEGUNDA TURMA RECURSO EXTRAORDINARIO N. 221.395-8 SKo PAULO RELATOR RECORRENTE: ADVOGADOS RECORRIDO ADVOGADO: MIN. MARCO AURELTO SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BIBLIAS = TRATADOS ANDRE FELIPE GIMENEZ DE OLIVEIRA E OUTROS MUNICIPIO DE SKo PAULO MATEUS REIMAO MARTINS DA COSTA RELATORio © SENHOR MINISTRO MARCO AURELIO - 0 Primeiro Tribunal Ge Algada Civil do Estado de so Paulo acolheu pedido formlado em apelacao, sufragando tese que assim restou sintetizada: IPTU - IMUNIDADE - Entidade civil declarada de utilidade publica pelos Governos Federal e Estadual. Finalidade filantrépica reconhecida pelo Conselho Nacional de Servigo Social - Countituigéo da Republica que limita o poder de tributar desde que atendidoa oa vequisitos da Lei (art. 150, VI, c) - VedagSes do inciso VI, b e ¢, que compreendem somente o patriménio, a renda e os servigos - Iméveis eleneados (sic) n&o destinados as finalidades essenciais da apelada - Recursos oficial e voluntério providos para denegar a seguranga. (voto 4443) (folha 247) . Exsurgizam embargos declaratérios, rejeitados, a uma 86 voz, pelo Colegiado (folha 283 a 285) No extraordinario de folha 289 a 297, interpogep com alegada base na alinea “a” do permissivo constitucional, art/eia-ce Sgprome Frtienatl” Federal RE 221.395-8 sp 355 com © malferimento do artigo 150, inciso vr, alinea ‘cr, § 4°, da Varta Polstica da Repiblica, isto em face ao ndo-reconhecimento da imunidade pretendida, no obstante © registro de cuidar-se de entidade civil dedicada a desenvolver atividades educacionais ¢ aseistenciais sem fins lucrativos, constituinde os iméveis objeto do Pedido 1esidéncias para membros voluntérios, escritérios e epésitos, relacionados, pois, as finalidades essenciais da Recorrente. A Fazenda Municipal apresentou as contra-razses de folha 302 2 06, discorrendy wobre os requisitos para a aquisicdo da imunidade ¢ sustentando a auséncia de direito da Recorrente © procedimento mediante o qual se admitiu o recurso encontra-se as folhas 319 e 320. A Procuradoria Goral da Repdblica exarou o parecer de folha 329 A 334, preconizando o provimento do recurso: RE contra ac6rd#o que nao reconheceu imunidade tributaéria do imposto predial - IPTU - a imével de propriedade de entidade de cardter eminentemente aesistencial e rucativo, noo termes de seus estatutos. Ofensa ao art. 150, VI, c e § 4° da CF/es. Comprovacao da inexisténcia de fins lucrativos - art. 1° do ketatuto. acérdio em dissonancia/\com a jurisprudéncia do STF. Parecer pelo provfmento do recurso. E o relatério. Ayprme Setteinat Fedbral 356 vorg © SENHOR MINISTRO MARCO AURELIO (RELATOR) - os Pressupostos gerais de recorribilidade foram obscrvades. © documento de folha 20 revela regular a representagio processual, estando a folha 298 a guia comprobatéria do preparo. Quanto a oportunidade da manifestagdo de inconformismo, verifica-se a publicagdo do ac6rdao inicialmente proferido no Diario de 28 de agosto de 1996 - quarta feira (folha 250) - e a protecolizagéo de embargos declaratérios no dia 2 imediato - gunda-feira (folha 251). Pois bem, publicado o acérdao integrativo no Diario de 11 de outubro de 1996 - sexta-feira (folha 286) - deu-se a interposicao do recurso em 25 imediato - sexta-feira (folha 269) valendo notar que a situagio dos autos foi apanhada pela nova regéncia dos embargos declaratérios, no que hoje interrompem © prazo para interposicéo de recurso. Resta examinar a articulada violéncia a carta da Repiblica e, portanto, o enquadramento do extraordinério na alinea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituigao Federal. Os fatos néo podiam estar melhor documentados do que se constata pela leitura do ac6rdio proferido pelo triflnal de Migada civit do Eetado de sto Paulo. consigna a pega fue “os 3 Syne Trabanal Sahral 357 documentos nestes autos estéo a demonstrar que a ora apelada é uma entidade civil declarada de utilidade ptblica pelos Governos Federal @ Estadual e considerada pelo Conselho Nacional de Servico Social como entidade de fins filantrépicos, que se dedica a desenvolve: atividades assistenciais e educativas sem objetivo de lucro” (folha 248). Esse trecho da decisio proferida, sem apontar-se o desatendimento acs requisitos legais - néo-distribuigéo de qualquer parcela do patriménio, de rendas a tStulo de lucro ou participagao Re resultado, aplicagéo integral dos recursos, no Pais, visando a manutengéo dos objetivos institucionais, e manutengio de escrituragdo de receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar a exatidio - artigo 14 do codigo Tributério Nacional, conducente a ilagio de que o 6rgdo revisor viria a confirmar a sentenga do Juizo. Entrementes, percebeu, na destinagio dos iméveis envolvides neste processo, a base para concluir pela incidéncia do tmposto Predial e Territorial Urbano. Eis o fundamento do acérdSo impugnado: Sucede que, dos cinco iméveie elencados (sic) na pega vestibular, 0 primeiro estd destinado a servir de escritério e residéncia para membros da impetrante, © segundo e o quarto a servir exclusivamente de xesidéncia dos aludidos membros, 0 teyAeiro de depésito de materiais, esclarecendo a impetrdnte que no quinto construiré um edificio destinado vir de 4 Sypreme rilianat. 95-8 SP 358 escritério @ residéncia para seus membros ©, ainda, de depésito. E entdo assentou o 6rgao julgador: Vale dizer, nenhum deles constitui patrimdnia relacionado com as finalidades essenciais da apelada, que, como visto, sdo educativas e assistenciais. Neles nao se ministram cursos educativos e, tampouco, se desenvolvem atividades assistenciais; caso contrdério, prova disso existiriam nos autos (folha 249). Atente-se para a ligdo de Rui Barbosa Nogueira contida em parecer existente nos autos: a razio de ser da imunidade constitucional esta, em primeiro lugar, na viabilizagéo da propria atividade que respalda a disciplina da matéria; em segundo lugar, & decorréncia da capacidade econémica do contribuinte, tal como prevista no § 1° do artigo 145 da Constituigdo Federal. ora, o artigo 150, inciso VI, alinea “c", da Constituigdo Federal profbe a instituigao de impostos sobre o patriménio, a renda ou servigos dos partidos politicos, inclusive suas fundacSes, das entidades Sindicais dos trabalhadores, das instituigé de educagéo e de assisténcia social, sem fins lucrativos, desde que preenchidos os requisitos da lei. Esta-se diante de situagéo concreta na qual elvidada a norma no tocante ao patriménio de instituigéo de educagio @ de assisténcia social. Empolgou-se, € certo, o preceito ad 4 4° do 5 Sypreme tutiinal Federal referido artigo, que néo tem o alcance vislumbrado. atente-se para o teor: s As vedagdes expressas no inciso VI, alineas “b” e “c*, compreendem somente o patriménio, a renda os servigos relacionados com as finalidades essenciais das entidades nela mencionadas. Cumpre perquirir, entéo, o sentido de patriménio, renda e servi¢os relacionados com as finalidades essenciais das entidades referidas. & incontroverso que a Recorrente tem, nos estatutos, como objetivos basicos: Art. 2° Co) ¢) ensinar, treinar, preparar e equipar homens © mulheres para servirem em uma ou mais responsabilidades cabiveis, como ministros, missiondrios, evangelistas, pregadores, professores, conferencistas e agentes, e autorizar e nomear os mesmos para, publicamente e de casa em casa, pregar e ensinar as verdades da Biblia as pessoas dispostas a ouvir, deixando com elas publicagdes biblicas e convidando-as a participar em estudos biblicos gratuites; a) promover, organizar e supervisionar escolas gratuitas para ensinar a ler e a escrever, estendendo este trabalho aos lares das pessoas interessadas; manter cursos e classes para instrugdo gratuita de homens e mulheres sobre a Biblia, seus fyincipios morais de conduta, sua literatura e sua higtdria, nao se fazendo distingdo quanto a raga, cor, |condigéo social, credo politics ou religioso; ) ) Aporme Sébinal’ Fedral 360 eres eleereen eter (cee cee ee re remenisseacui vain cake reise commen cersegase sstudantes, ‘Gonderenctatas "e prcteesoneg het ne oerecas §eoevas foracii ramet 7a) colepeeteees er oes Glas isel errors e ae 1)" ‘prestar sesisténaia social en asbito Sh pe ey ee Pots bem, glose-se 0 fato de a Corte de origen nfo haver admitido sequer a imunidade no que utilizados certos inévete conc escritéric. Quanto a residéncia de membros engajadoe na abnegadas que se mostram athefas, até mesnc, A vida econémicn, no due esta cobra, passo a passe, © disptndio de mumerazio para natural do que, vieando ao implenento dos objetivos da tnpetrante, o Gries face here tee) cesearete ices (pees eon cetat earner moradia gratuita, bem cono © respective sustento. alcance do § 4* adequaco da iminidade toda ver que se tenha o patrinnio, a venda 08 servigos colocados a dteposigio das finalidades essenciais dae eee eens bee ecto est feet eee Universidade de cla Paulo: Ayprome Gutianal Federal 361 IT - Sem sombra de divida, juridicamente, a expressio ~“finalidades essenciais” dentro desse contexto € sindnima de “fins previstos no estatuto” (fotha 259). © fato, porranta, de os iméveio cotarem destinadus a servir de escrit6rio e residéncia para membros da Impetrante, para missionarios, bem como para depésito de materiais néo os faz sujeitos A incidéncia do Imposto Predial e Territorial urbano. Tal destinacaéo viabiliza a propria atividade da Impetrante. uma coica é verificar-se, tal como retratada no ac6rd&o proferido, a utilizagao dos iméveis como a encerrar o local de trabalho daqueles que estao engajados na missio e a residéncia destes. Outra totalmente diversa diria respeito & utilizagdo dos iméveis para finalidades estranhas aos estatutos da Impetrante, passando esta a ombrear com pessoas naturais e juridicas de direito privado integradas ao mercado, competindo, assim, em verdadeira atividade econ&mica. Conforme salientado por Ives Gandra Martins, em “Comentarios a Constituigéo do Brasil”, Saraiva, n° 6, tomo I, a pedra de toque, o elemento definidor da incidéncia do preceito revelador da imunidade é © fato de no se ter explor ae atividade econémica. Eis o trecho pertinente: Ayme Titinal Sedeenl 21,395-8 SP 362 Ora, © Texto Conotitucional atual objetivou, na minha opiniao, eliminar, definitivamente, tal possibilidade, sendo que a jun¢géo do prinefpio estatufdo nos arts. 173, § 4° e 150, § 4° impée a exegese de que as atividades, mesmo que relacionadas indiretamente com aquelas essenciais das entidades imunes enunciadas nos incs. ‘b" e “ec” do artigo 150, VI, se forem idénticas ou andlogas as de outras empresas privadas, no gozariam da protegao imunitéria. Exemplificando: uma entidade imune tem um imével e o aluga. Tal locagdo néo constitui atividade econémica desrelacionada de seu objetivo nem fere o mercado ou representa uma concorréncia desleal. Tal locagao do imével nao exige, pois, incidéncia do IPTU ou goza a entidade de imunidade para ndo pagar imposto de renda. A mesma entidade, todavia, para obter Fecursos para suas finalidades decide montar uma fdbrica de sapatos, porque o mercado da regido esté sendo explorado por outras f4bricas de fins lucrativos, com sucesso. Nesta hipétese, a nova atividade, embora indiretamente referenciada, ndo é imune, porque poderia ensejar a dominagao de mercado ou a eliminagao de concorréncia sobre gerar lucros ndo tributaveis exagerados se comparados com os seus concorrentes. E realmente assim o &. A condigio imposta pela corte de origem conflita com o preceito constitucional. Os iméveis n&o Precisam estar destinados a cursos educativos, ao desenvolvimento, neles préprios, de atividades assistenciaic. Indispenssvel € que a utilizaco se dé em prol, visando ao implemento, da atividade da instituic&o e isso, conforme j4 ressaltado, ocorre quando se destine @ servir de escritério e de residéncia para membros dela prépria. Por tais raz6es, conheco deste extracrdinaric, no que argiida a ofensa ao artigo 150, inciso VI, alinea *c” 4° da 9 Aypreme Sitanal’ Fedral RE 221.3958 sP 363 Conarituigao Federal, ¢ o provejo para, zeformando o acérd4o de folha 247 & 249, integrado pelo de folha 283 4 285, restabelecer o entendimento sufragado pelo Juizo e que implicara a concg@sdo da seguranga. Bo meu voto. 10 Sepreme Fatinal Federal 364 08/02/2000 SEGUNDA TURMA RECURSO EXTRAORDINARIO N. 221.395-8 SAO PAULO RECURSO EXTRAORDINARIO N. 221.395-8 SAO PAULO Is lo 8 lo © SR. MINISTRO NELSON JOBIM - Sr. Presidente, a recorrente, SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BIBLIAS E TRATADOS, integra © grupo de fiéis “Testemunhas de Jeova”. No art. 2% do seu Estatuto, estabelece os seus objetivos: “art. 2° - A Sociedade, funcionando como associagao sem fins lucrativos, se propée a: a) Pregar as boas novas do Reino de Deus sob Cristo Jesus, em testemunho do Nome, da Palavra e da Supremacia do Onipotente Deus, Jeova; b) visar o aperfeicoamento de homens, mulheres criangas, por meio de obra missiondria crist& e pela caridosa o benevolente instrugdo do povo a respeito da Biblia e dos incidentais assuntos cientificos, histéricos e literdrios; ¢) ensinar, treinar, preparar e equipar homens e mulheres para servirem em uma ou mais responsabilidades cabiveis, como ministros, missiondrios, evangelistas, pregadores, professores, conferencistas e agentes, © autorizar © nomear os mesmos para, publicamente e de casa em casa, pregar @ ensinar as verdades da Biblia as pessoas dispostas 4 ouvir, deixando com elas publicacdes biblicas e@ convicando-as 4 participar em estudos biblicos gratuitos; d) promover, organizar e supervisionar escolas gratuitas para ensinar a ler e a escrever, estendento este trabalho aos lares das pessoas interessadas; manter cursos ¢ classes para instrugéo gratuita de homens e mulheres sobre a Biblia, seus principios morais de conduta, sua literatura e sua histéria, ndo se fazendo distingao quanto a raca, cor, condigao social, credo politico ou religioso; ©) importar, exportar, imprimir e distribuir a Biblia e disseminar em varias linguas as verdades nela contidas; bem como jornais, livros, folhetos, revistas, 366 Ee 365 Ni"2815988 ‘Sho BauLo RECURSO_EXTRAORDINARI impressos, periédicos @ outras publieagées religiosas que contém informagdes e comentdrios sobre 0 estabelecimento do Reino de Jeové Deus sob Cristo Jesus; e importar equipamento necessdrio para cumprir as suas finalidades; f) prover e manter lares e outros lugares para alojamento gratuito de ministros, missiondrios, estudantes, conterencistas e professores das ‘Testemunhas de Jeovd ¢ fornecer também gratuitamente a tais pessoas alimento e abrigo apropriados, incluindo-se instalar fazendas © promover atividades agropecndrias para tal £im; g) preparar, sustentar, manter e enviar, as diversas partes do mundo, missiondrios, professores instrutores da Biblia, e de literatura biblica;” © acérdao recorrido, na parte que interessa, salienta que, dos iméveis elencados na seguranca, trés deles se destinavam - segundo © euiueule Relator - a moradia dos instrutores, alunos etc. Sr. Presidente, efetivamente essa expressao contida na Constituicdéo, que néo me € muito simpatica, “finalidades essenciais”, pois sempre se refere a juizo de valor, mas, na verdade, o que temos aqui s4o certos im6veis embutidos na infra- estrutura absolutamente necese4ria para 0 cumprimento dessas finalidades. Eles, por si préprios, ndo s&o a finalidade; sao a infra-estrutura indispensével para o cumprimento dessas finalidades. Sem essa infra-estrutura é absolutamente inviabilizada a atividade. © que a lei pretendeu proteger, a Constituicao pretendeu assegurar? A imunidade tributaria no que diz respeito a patriménio, renda e servigo, relacionados com as finalidades. ora, evidentemente o patriménio sempre é infra-estrutura da sua finalidade. 0 patrimonio, em si mesmo, ndo € uma finalidade. Sendo naéo teria sentido a Constituicdo atribuir imunidade a patriménio vinculado ou relacionado com as finalidades essenciais, ou seja, o patriménio é que se relaciona, nao é ele a finalidade essencial. 0 acérdao pretendia, ent&o, que esse patriménio tinha que ‘ — 36% Supreme Fitanal Dedral RECURSO EXTRAORDINARTO N. 221.395-8 SAO PAULO 366 ser da finalidade essencial. Nao, ele era exatamente a infra~ estrutura dessa finalidade essencial. Com essas pequenas observactes, acompanho integralmente o Sr. Relator.. 368 Ayprme Trilenal Fedral 367 08/02/2000 SECUNDA ‘TURMA 8 EXTRAORDINARIO_N. 1 © SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - 0 eminente Ministro- -Relator, em seu douto voto, demonstrou, para os fins a que se refere o art. 150, inciso VI, alinea “ce”, da Constituigdo, que os iméveis em causa possuem inequivoca destinagdéo, associada as finalidades essenciais da parte recorrente, que se qualifica como instituigo de educagao e de assisténcia social, sem fins lucratives © que atende, plenamente, os requisites da lei, notadanente .aqueles consubstanciades no Cédigo Tributario Nacional. A imunidade tributdéria em questdo - considerando-se, especialmente, a natureza da entidade que recorre - representa uma expressiva garantia de ordem constitucional, institufda com a finalidade de impedir que, no ambito de uma repiblica laica, o poder piblico venha a praticar inaceitével censura tributéria sobre as atividades confessionais de uma instituigdo claramente comprometida com a difusao de determinada fé religiosa. Ou — 363 368 Com estas brevissimas consideragSes, acompanho o voto do eminente Ministro-Relator, para conhecer ¢ dar provimento ao presente recurso extraordinario. ~~ # o meu voto. Somme Tetenal Fabra 369 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE A’ RECURSO EXTRAORDINARIO N. 221.395-8 PROCED ‘SKO PAULO RELATOR | MIN. MARCO AUREETO RECTE. | SOCTEDADE TORRE DE VIGIA DE BEBLIAS E ‘TRATADOS ADVDOS. ANDRE FELIPE GIMENEZ DE ObIVEIRA E OUTROS RECDO MUNICIPIO DE S&O PAULO ADV. MATEUS REINKO MARTINS DA COSTA Decisio: Por unanimidade, a Turma conheceu do recurso ¢ lhe eu provimento, nos termes do voto do Relator. Falou, pela Recorfente, o Dr. André Felipe Gimenex de Oliveira, 2". Turma, 08.02.2000 Presidéncia do Senhor Minietro Néri da Silveira. Presentes A Sessio os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Mauricio Corréa e Nelson Jobim Subprocurador-Geral da Repiblica, Dr. Mardem Costa Pinto sa mgt

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