Sei sulla pagina 1di 97
oy Ar esosndg NOL | ANTONIO CARLOS ROBERT MORAES WANDERLEY MESSIAS DA COSTA GEOGRAFIA CRITICA A VALORIZAGAO DO ESPACO PM SP PATRIMOKIO MUNICIPAL IBLIOTECS CESSIANO RICARBO WPO4-010406414 Segunda edigéo 9149 43183 EDITORA HUCITEC ‘Sio Paulo, 1987 hy | COMPRA © Direitos autorais 1984 de Antonio Carlos Robert Moraes e Wanderley Messias da Costa. Direitos de publicagao reservados pela Bditora de Humanismo, Ciencia e ‘Tecnologia “Hucltec” Lida, Rua Comends: dor Eduardo Saccab, 344 - 04602 - Sio Paulo, Brasil. Telefone: (O11) 616319, Capa: Bstidio Hucitec, reproduzindo detalhe de “A Porsisténcia da Meméria”, de Salvador Dali. ISBN §5-271-0011-8 Foi feito 0 depésito legal SUMARIO Introdugio Hoes 9 1. A renovagio critica da Geografia . 15, 2, ponto de partida: 0 metodo 26 8. Uma teorla marxista da Geografla . 35 4, O marxismo e a tese da “unidade da Geografia” . . 48 5, Uma geogratia da sociedade 60 6, Sociedade eespago. 4 7. Valor & espaco . 93 8. A valorizacso do espaco aa 9. A valorizacdo capitalista do espaco . 149 Bibliografia comentada 187 INTRODUGAO ‘A chamada “crise da Geografia” j@ se arras- ta por mais de duas décadas. Ao longo desse movimento multiplicaram-se as criticas as teorias “tradicionais”, quer a seus pressupostos € resultados, quer a seus fundamentos socials. Hoje podemos dizer que a Geografia tradicio- nal — aquela embasada no positivismo cléssi- co — est arquivada. Sua sobrevivéncla mani. festa-se apenas nos curriculos de areaicas ins- tituigdes de ensino ou, sob forma renovada, na continuidade que estabelece com as propostas geogrdticas contemporaneas orientados pelo Neopositivismo. Mesmo as criticas a estas wl- timas ja se avolumam na atualidade, o que constitui, em ‘ltima instdneia, um fogo cerra- @o a0 movimento de renovacdo consercadora da Geogratia. Entretanto, se hé avango no que tange & critica ¢ & luta ideolégica, a avallacdo do vo- fume e resultado das novas propostas desen- yolvidas no campo do pensamento eritieo nao 6 alentadora. Os esforgos despendidos nfo re- sultaram ainda na constituigéo de uma ampla, SOlida e difundida linha de investigacdo. As Propostas emergentes do movimento de reno- pagdo critica ainda padecem de insuficiéncias 9 ee eee de ordem variada: ora por um excessivo teo- ricismo de tipo esterilizante que enturva ou limita a proposta, ora pela fragilidade de seus pressupostos tedrico-metodologicos ou, ainda, devido ao simplismo € ao espirito dogmatico Enfim, apesar de algumas distinedes de monta — nao estamos negando que alguns autores isoladamente j4 forneceram contribuicoes de real signifieado — o quadro geral da Geogra- tia critica, no que cabe formulagao de novas ptopostas, nao apresenta ainda o dinamismo que_o momento requer. A propria historia da Geografia mostra que uma volta aos estu- dos empiricos nao seria uma boa soluedo para superar a situacdo presente. O caminho para a elucidacdo da teoria é, podemos dizer, teb- rico. Sem pressupostos © instrumentos bem precisados, caminharemos as cegas no trato do mundo empirico. Reproduziremos, assim, 05 equivocos do passado. A eventual “boa in- tencionalidade” de nossos objetivos sociais nao nos salvaria de enveredat novamente pela senda do empirismo. © presente trabalho pretende estimular e contribuir para 0 desenvolvimento das preo- cupacées tedricas dos gedgrafos, orientando-as no sentido daquela elaboracdo que possibilita aprender o movimento da realidade. Nossos objetivos finais — extremamente pretenstosos — sio os de tentar chegar 4 construcio de uma teoria marxista da Geografia, A meta ime- Giata no presente volume 6 bem mais modesta. ‘Tentaremos apenas delinear o trajeto de des- vendamento do objeto geografico A luz de um método especifico: 0 materialismo historico dialético. Assim, estaremos examinando 0 te- mario geogréfico em relacéo aos posiciona- mentos normativos gerais desse método. Tra- balharemos, dessa forma, num nivel bastante 10 i elevado de abstraglo no decorrer de todo o volume. O percurso serd, entdo, essencial- mente tedrico, discutindo questoes bastante gerais, logo, abstratas. O desenvolvimento do trabalho move-se, entdo, pela elucidacéio meto- dolégica de pressupostos, categorias e enca- minhamentos gerais; bases para investigagoes futuras. . ‘No nosso plano de investigacio, a esse volu- me seguiré um outro (j4 em elaboracao) dedi- cado @ algumas conerecdes da proposta aqut apresentada, O trabalho fol pensado, tendo em vista os dols volumes. Cada um possui, entre- tanto, uma unidade interna. O primeiro dis- cute (construindo) a idéia da valorizacio do espago, como objeto préprio da Investigacko geogrdfica, O segundo examinaré o proceso de formacio territorial em diferentes socieda- des contemporaneas. Ao final desse livro, apre- sentaremos 0 indice dos temas que sero tra- tados no seguinte. Aqui, como fol dito, esta- remos discutindo questes bastan‘> abstratas (posturas, fundamentos). Contudo, nossa in- tengo 6 didatica, razdo pela qual tentaremos desenvolver 23 atgumentagdes numa lingua gem acessivel. Por isso, a exposigéio seré quase Coloquial, sem o recurso a citagées ou a notas ao pé da pagina (a bibliografia que nos funda- menta sera detalhada no fim do texto). Nossa intengdo é agregar o maior ntimero possivel de pessoas a essa discussiio, para, através da po- Jémica e do debate, chegatmos & realizacio do ambicioso objetivo que nos anima. A proposta que apresentaremos constitul 0 resultado de um trabalho (de estudo, reflexio @ debate) que data de cerea de sete anos. Re- sultados parciais dessa pesquisa foram expos- tos em dois artigos que publicamos em co-au- toria; “Valor, Espaco e a Questo do Método”, it , 8 8=—St—i‘<‘i‘i;i‘

Potrebbero piacerti anche