Sei sulla pagina 1di 3

Crime de lesão corporal:

Art. 129 CP

As lesões corporais encontram-se na categoria dos crimes contra a pessoa e são definidas,
no Código Penal, como sendo o tipo penal em que é ofendida a integridade corporal ou a
saúde de alguém. São protegidas nessa incriminação, a integridade física e a fisiopsíquica
do ser humano.
O crime de lesão corporal pode ser cometido por qualquer pessoa e, também, contra
qualquer pessoa(crime comum). É também um crime material e exige a produção do
resultado para sua configuração pois ocorre no momento em que se vislumbra à
integridade corporal ou a saúde física ou mental da vítima. Trata-se de crime
plurissubsistente, em que é necessário haver a lesão a incolumidade física do ofendido,
uma vez que não basta a simples conduta do agente.
Levando-se em conta esse aspecto subjetivo-normativo, a lesão corporal se divide em
dolosa, culposa ou preterdolosa, em que a intenção do agente é verificada, a fim de que
seja aplicada a ele uma punição justa.
Não constitui crime a ofensa ocasionada pela própria pessoa a sua saúde ou a sua
integridade física (autolesão). Se alguém lesionar a si mesmo com intuito de obter
indenização ou seguro, estará praticando crime de estelionato, pois o objeto do crime,
neste caso, passará a ser o patrimônio e não a incolumidade física da pessoa humana.
O sujeito ativo do crime de lesão corporal responde por um delito único, ainda que cause
na vítima outras lesões. A consumação se dá com a efetiva ofensa à integridade corporal
ou a saúde física ou mental da vítima. Se tratando de crime material admite a figura de
tentativa, que ocorre quando o agente mesmo utilizando um meio executivo capaz de
efetuar a figura descrita no tipo penal não atinge seu objetivo por circunstâncias alheias a
sua vontade.
Não se deve confundir lesão corporal com as chamadas vias de fato( ou lesões levíssimas)
pois estas são consideradas apenas contravenção penal.
A lesão corporal pode se caracterizar pela omissão, em que se pretende o prejuízo a
incolumidade fisiológica da vítima através da recusa em administrar-lhe alimentos ou
medicamentos. É delito instantâneo que pode ter, eventualmente, efeitos permanentes.
Existe ainda a figura da lesão corporal privilegiada, em que o juiz reduz a pena do agente
quando este cometeu o crime levado por motivo de relevante valor social ou moral, ou
estando sob o domínio de violenta emoção, após injusta provocação da parte ofendida. De
acordo com o estatuto penal, pode o julgador substituir a pena de detenção pela pena de
multa se ocorrer alguma das hipóteses mencionadas ou se houver lesão recíproca, quando
ambas as partes se ferem e apenas uma age em legítima defesa ou quando as duas agem
em legítima defesa ou ainda quando as duas são culpadas e nenhuma age em legítima
defesa.
O artigo 129, parágrafo 8, trata de perdão judicial, em que o juiz deixa de aplicar a pena ao
agente se as consequências da infração cometida o atingirem de maneira tão grave que
tornem a sanção desnecessária.
A ação penal no crime de lesão corporal é incondicionada, quando porém, a lesão for leve,
apesar de dolosa ou culposa a ação penal é pública condicionada à representação.

Tipos de lesões corporais:


Lesão corporal levíssima- A chamada vias de fato, não constitui crime e sim
contravenção penal. É aquela lesão que só pode ser comprovada por prova testemunhal,
não deixa hematomas(tapa, empurrão, puxão de cabelo, etc.).

Lesão corporal leve- Toda lesão corporal que não for grave, gravíssima ou qualificada
pelo resultado. Contudo deverá ser mais grave que as vias de fato.
Os crimes de lesão corporal leve ou culposa pela regra do art. 88 da lei 9.099/95(Juizados
Especiais) procedem mediante representação: Ação penal pública condicionada à
representação do ofendido.

Lesão corporal grave- Serão graves as lesões que tornem a vítima incapacitada para suas
atividades habituais por mais de 30 dias:
- a incapacidade para as atividades normais deve ser comprovada mediante laudo e não
pode ser hipotética. Ex: Alguém que nunca esquiou não pode alegar que não pode esquiar
durante 30 dias.
As que gerem perigo de vida:
- o perigo de vida que agrava a lesão corporal é o real, não apenas o potencial. Deve gerar
uma situação que de fato exponha a vítima a uma possibilidade real de morte.
A diferença deste tipo de lesão para tentativa de homicídios está no dolo específico, ou
seja, na vontade do agente.
As que gerem debilidade permanente de um membro, sentido ou função:
- é a perda permanente do uso de membros( pernas e braços), de um dos sentidos( olfato,
visão, etc.) ou de função orgânica( renal, digestiva, etc.). Neste caso estamos diante de um
crime instantâneo.
As que acelerem o parto:
- lesão corporal grave que leva ao nascimento prematuro de criança viável existente dentro
do ventre da vítima, o agente deve saber que a vítima está gestante sendo que esta
modalidade de lesão corporal admite tentativa.

Lesão corporal gravíssima- Serão gravíssimas as que gerem para a vítima a incapacidade
permanente para o trabalho, enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro,
sentido ou função, deformidade permanente ou que gere aborto em gestante.
- A incapacidade permanente para o trabalho:
é aquela em que é impossível prever quando, ou se, o indivíduo em questão poderá
novamente assumir suas funções no mercado de trabalho. Essa modalidade pode ocorrer
nas versões dolosa e culposa, sendo que na dolosa admite-se tentativa.
Deformidade permanente:
- é o dano estético visível, duradouro e que causa constrangimentos a vítima. O fato de
existirem próteses no mercado não afasta a natureza gravíssima desta lesão. Admite dolo
ou culpa e tentativa na versão dolosa.
Que gere aborto na vítima:
- somente admite-se a forma preterdolosa, pois se o agente agiu com dolo há de se
enquadrar no crime de aborto propriamente dito. Se o agente desconhecia a gravidez da
vítima não será lesão gravíssima. Por não admitir forma dolosa não há tentativa.

Potrebbero piacerti anche