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do Varejo Global
A força dos emergentes
e a reviravolta do setor
A hora e a vez dos emergentes
A Deloitte tem o prazer de apresentar a 13ª edição do Neste ano mais uma empresa brasileira passou
relatório anual da pesquisa “Os Poderosos do Varejo a marcar presença entre os poderosos, a Lojas
Global”, desenvolvida em parceria com a STORES Americanas S.A, que ocupa a 200ª posição. Além
Magazine. disso, a empresa foi classificada na 11ª posição da
lista das 50 empresas de crescimento mais rápido
Esta publicação aponta quais são as 250 maiores entre 2003 e 2008. A Casas Bahia, que já estava neste
redes varejistas do mundo, considerando o último grupo na última edição do estudo, desponta na 39ª
período fiscal avaliado de cada empresa, até junho colocação.
de 2009. O estudo também apresenta um panorama
macroeconômico global e discute os principais “Os Poderosos do Varejo Global” não poderia deixar
desafios, tendências e estratégias que afetam o setor de abordar como as maiores empresas de varejo estão
varejista. aproveitando as possibilidades do comércio eletrônico,
um tema que vem ganhando cada vez mais relevância
A presente edição do estudo indica, entre outros para o setor nos últimos anos. Dos 100 maiores
movimentos, que os mercados emergentes da varejistas, dois terços apostam nas vendas online e, de
América Latina, da Região Ásia/Pacífico e da África/ maneira geral, o e-commerce foi responsável por uma
Oriente Médio vêm vivenciando um período de média de 6,6% do total das vendas dessas empresas.
grandes oportunidades para o varejo, em parte, por O segmento de bens duráveis e produtos de lazer
conta do aumento do consumo interno e também e o de moda foram os que mais se destacaram na
pelo espaço que vêm ganhando nos mercados globais. utilização do canal de vendas online.
Um dos fatos que ratificam essa expansão é o de que Ciente da importância de se acompanhar os
a América Latina foi a região que apresentou maior movimentos de um mercado tão dinâmico como o
crescimento de vendas em 2008. De cada 20 varejistas setor varejista, a Deloitte espera que as informações
do ranking dos maiores do mundo, um é da América contidas neste relatório sirvam de ferramenta
Latina. Além disso, a região já responde por 10,7% do para reflexão e possam, efetivamente, auxiliar as
faturamento do grupo respondente da pesquisa. De organizações do varejo nacional a se integrarem, cada
qualquer forma, o posicionamento dos EUA ainda é vez mais e de modo mais acelerado, à dinâmica da
predominante no ranking, com um terço das empresas economia global.
e representatividade de 41,2% em faturamento.
As empresas são incluídas na lista dos 250 poderosos Com o intuito de fornecer uma base comum para
do varejo global com base nos montantes registrados classificar resultados de empresas não americanas, os
para suas vendas a varejo, que excluem comércio de valores de suas vendas e lucros/prejuízos do período
automóveis, para o ano fiscal 2008*. Várias fontes de fiscal analisado foram convertidos para dólares
informação foram consultadas para este estudo. Os norte-americanos, portanto, as taxas de câmbio
principais dados financeiros e de outras naturezas foram acabaram impactando os resultados. O site www.
obtidos de balanços anuais e relatórios protocolados na oanda.com é a fonte de referência para o câmbio,
Securities and Exchange Commission (SEC) e também com a taxa média diária correspondendo ao ano fiscal
encontrados em comunicados à imprensa. Na falta de usado para converter os resultados obtidos. A taxa
informações publicadas pela própria empresa, foram composta de crescimento anual de 2003-2008 para
usadas outras fontes de domínio público, inclusive vendas no varejo, contudo, foi calculada na moeda
estimativas em publicações especializadas, relatórios local da empresa.
de analistas e vários bancos de dados comerciais.
Também é importante destacar que este relatório
Boa parte dos dados do setor alimentício instalado usa taxas de crescimento compostas, ponderadas
fora dos Estados Unidos foi fornecida pela Planet pelas vendas, em lugar de médias aritméticas
Retail, um dos principais fornecedores online de simples, como medida primária para a compreensão
informações sobre o varejo, com uma base de dados dos resultados financeiros do grupo. Portanto, os
de mais de 1,8 mil varejistas e 4 mil operações em resultados de empresas maiores contribuem mais
mais de 130 países (para mais informações, acesse para o composto do que os resultados das empresas
www.planetretail.net). menores. Como os dados foram convertidos para
dólares norte-americanos para fins de classificação e
As vendas de cada grupo econômico refletem as vendas para facilitar a comparação entre os grupos, as taxas
líquidas consolidadas da controladora do varejista, de crescimento compostas também foram ajustadas
independentemente da controladora ter o foco primário para corrigir o movimento de moeda no período. Os
no varejo ou não. Os dados para lucro e/ou prejuízo resultados compostos geralmente se comportam de
também refletem os resultados da controladora. Para modo semelhante às médias aritméticas e apresentam
varejistas pertencentes a um conglomerado maior, as valores representativos melhores para fins de
vendas no varejo refletem apenas a parcela varejista das referência.
vendas líquidas consolidadas da empresa. As vendas
de varejo não consideraram operações de serviços Deve-se notar que os dados financeiros usados por
de alimentação e restaurantes, nem outras receitas cada empresa, em um determinado ano fiscal, têm
advindas do atacado ou de transações comerciais entre a precisão da data em que o relatório foi emitido
* Nota: Considerando que empresas (exceto as feitas em lojas de varejo), quando originalmente. Uma empresa pode ter consolidado
as empresas avaliadas neste
foi possível desmembrar. resultados de um ano fiscal anterior para demonstrar
estudo utilizam períodos
diferentes para o início e uma mudança nas suas operações ou o resultado de
término do seu ano fiscal, as Faturamentos por bandeira de franquia, concessionárias uma mudança nas praticas contábeis. Tais situações
referências sobre 2008 (ou
ou autônomas associadas em cooperativas não foram não se refletem nesses dados.
“ano fiscal 2008”) inseridas
neste relatório dizem considerados, nem as operações nas quais a empresa
respeito ao último período tenha participação minoritária. Por outro lado, receitas Como resultado dos fatores mencionados, as taxas
fiscal encerrado até junho
de royalties e franchising fees ou concessão foram de crescimento para empresas individuais podem não
de 2009.
levados em conta. corresponder a outros resultados publicados.
As vendas e os lucros ao longo do ano fiscal 2008 dos O total das vendas dos 250 poderosos do varejo
250 poderosos do varejo global refletem o impacto da global ultrapassou US$ 3,8 trilhões no ano fiscal
diminuição da confiança dos consumidores no mundo de 2008 em comparação com os US$ 3,6 trilhões
causados pela crise financeira que afetou todas os alcançados pelas 250 maiores empresas varejistas
continentes. Da lista das 250 maiores empresas, 61 de 2007. Parte do aumento reflete o crescimento
apresentaram queda nas vendas em 2008, contra nominal das vendas e parte dele deve-se à mudança
44 em 2007. Como os gastos se tornaram muito na composição do próprio grupo das 250 maiores
mais dependentes da receita do que do crédito, os empresas varejistas. Além disso, o aumento no valor
varejistas dos segmentos de vestuário e acessórios, global de vendas em dólares norte-americanos refletiu
eletrônicos e utensílios domésticos enfrentaram o efeito de um dólar mais fraco com relação a muitas
dificuldades. Entretanto, considerando a gravidade da das principais moedas durante 2008.
retração econômica global, o crescimento composto
de vendas no varejo de forma geral não foi tão lento Acompanhando os efeitos da queda nas receitas, o
como poderia ter sido. As vendas no varejo dos 250 lucro líquido caiu de 3,7% no ano anterior para 2,4%,
poderosos, corrigidas monetariamente e ponderadas mostrando uma ruptura na tendência de melhoria
pelas vendas, subiram 6,3% em 2008, comparado a contínua na lucratividade do varejo nos últimos anos.
7,6% em 2007.
Muitos varejistas efetivaram vendas fazendo uso de
grandes promoções, o que prejudicou muito seus
Walmart e Carrefour lideram o ranking resultados. Das 184 empresas que divulgaram seus
resultados, 30 apresentaram prejuízo líquido (mais do
e, apesar dos problemas na economia, que o dobro das 14 empresas não rentáveis em 2007).
metade do grupo dos maiores varejistas Além disso, 123 empresas, (ou dois terços de todas as
que apresentaram relatório), viram suas margens de
divulgou aumentos de vendas maiores lucro cair em 2008.
4
Os dez primeiros da lista Concentração econômica das dez maiores varejistas
As vendas no varejo ficaram um pouco mais Classificação Crescimento
concentradas nas mãos dos dez maiores varejistas Vendas no varejo
nos 250 maiores Nome da empresa País de origem das vendas no
(US$ milhões)
em 2008. Com vendas somadas atingindo o total de varejistas varejo (%)
US$ 1,2 trilhão, os dez maiores varejistas acumularam 1 Walmart EUA 401.224 7,1
30,2% das vendas dos 250 maiores, um ligeiro 2 Carrefour França 127.958 5,9
3 Metro Alemanha 99.004 5,3
aumento em relação aos 29,6% alcançados em
4 Tesco Reino Unido 96.210 14,9
2007. Apesar dos problemas na economia, metade
5 Schwarz Alemanha 79.924 12,6
do grupo divulgou aumentos de vendas maiores em
6 Kroger EUA 76.000 8,2
2008 do que em 2007. 7 Home Depot EUA 71.288 -7,8
8 Costco EUA 70.977 12,5
Embora a composição da lista das dez maiores 9 Aldi Alemanha 66.063 7,1
empresas varejistas seja a mesma que em 2007, 10 Target EUA 62.884 2,3
ocorreram algumas mudanças nas classificações. O Grupo dos 10 maiores* 1.151.552 6,9
Walmart ainda é o líder incontestável e o Carrefour Grupo dos 250 maiores* 3.818.830 6,3
continuou em segundo lugar, a mesma classificação Participação das vendas dos dez maiores no total de vendas dos 250 30,2
registrada no ranking desde 2000. Embora a Tesco * Vendas brutas, com taxas de crescimento compostas ajustadas de acordo com as taxas de câmbio
tenha crescido três vezes mais que a Metro (14,9%
versus 5,3%), a alemã tomou o terceiro lugar da Participação no ranking por país/região
inglesa no ranking. O Schwarz Group continuou sua
Média de Nº médio Vendas no varejo
escalada para a liderança, tirando a Home Depot Grupo, país Nº de
vendas no varejo de países em de operações no
ou região empresas
do quinto lugar da lista. As vendas da Home Depot (US$ milhões) que atuam exterior (%)
continuaram a cair pelo segundo ano consecutivo, Grupo dos 250 maiores* 250 15.275 6,9 22,9
deixando a empresa em sétimo lugar da lista e a África/Oriente Médio 6 4.864 7,5 8,2
Target caiu duas posições na lista depois de um Ásia/Pacífico 45 9.798 3,4 11,9
Japão 31 9.134 2,6 8,5
ano difícil (crescimento de apenas 2,3%), ocupando
Europa* 96 16.872 11,7 36,2
a 10º posição. Destaque também para a Costco
França 13 31.532 21,8 41,0
que alcançou dois dígitos de crescimento, 12,5%
Alemanha 19 23.988 14,6 42,6
permanecendo na 8ª colocação. Reino Unido 18 15.591 11,8 21,5
América Latina 10 6.327 1,8 13,1
Tendência de desconcentração América do Norte* 93 17.911 4,3 13,4
A quantidade de empresas norte-americanas na lista EUA* 84 18.736 4,6 13,3
dos 250 maiores varejistas e sua participação total nas Os resultados mostram os 250 maiores varejistas com sede central em cada região/país
vendas desse grupo continuaram em queda em 2008. * A média no número de países em que as empresas atuam exclui Richemont (Suíça) e Dell (EUA), cuja
cobertura quase global distorceria a média
No ano de 2006, 93 empresas norte-americanas Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail
faziam parte dos 250 maiores varejistas do mundo; em
2007, esse número caiu para 87 e, em 2008, somente
84 fizeram parte deste seleto grupo.Parte desse
declínio deveu-se à queda do dólar norte-americano
em relação a muitas outras moedas, permitindo que
mais varejistas não norte-americanos conseguissem
uma maior “fatia do mercado”. Adicionalmente,
Os 250 maiores varejistas por região/país de origem O destino das vendas dos 250 maiores varejistas
(%) (%)
3,6 2,4 12,4 2,4 0,8 7,4
4,1
5,6
10,7
5,2
33,6 41,2
7,6
11,9
7,2
7,3
4
18,4 1,7 12,4
Japão Japão
Ásia/Pacífico (Outros) Ásia/Pacífico (Outros)
França França
Alemanha Alemanha
Reino Unido Reino Unido
Europa (Outros países) Europa (Outros países)
América Latina América Latina
EUA EUA
Canadá Canadá
África/Oriente Médio África/Oriente Médio
Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail
6
Em contrapartida, do outro lado do mundo, a Região O Japão representou o segundo maior grupo de
Ásia/Pacífico registrou um crescimento de vendas no varejistas por país de origem (depois dos Estados
varejo acima da média (6,3%), atingindo 7,3% em Unidos). Após vários anos em queda, a participação
2008, apesar do pequeno crescimento do Japão de do Japão na lista das 250 maiores empresas varejistas
1,4%. Mesmo a Região atingindo este crescimento e as vendas se recuperaram em 2008. Das 24
em 2008, é apenas pouco mais da metade da taxa empresas que fazem ou voltaram a fazer parte da
de crescimento alcançada no ano anterior (13,9%). lista dos 250 maiores em 2008, 9 estão baseadas
Importante salientar que muitos dos varejistas no Japão. Mais uma vez, é preciso ressaltar que o
chineses continuaram apresentando um crescimento ressurgimento do Japão no ranking tem muito mais
de dois dígitos em 2008. a ver com a força do iene em relação ao dólar norte-
americano e relativamente pouco com o crescimento
efetivo das vendas dos varejistas japoneses.
Crescimento de vendas e lucratividade, por nível de Os seis varejistas da Região da África/Oriente Médio
globalização (%) incluídos na lista dos 250 poderosos do varejo
7,6
7,3 7,3 também continuaram vivenciando um crescimento em
2003-2008 CAGR*
Crescimento de vendas
vendas bem acima da média em 2008.
no varejo
Lucro líquido Globalização continua avançando
As operações no exterior, ou seja, em outros países
3 que não o da sede da empresa, continuaram a
2,4 contabilizar uma maior participação nas vendas,
1,4 atingindo 22,9% do total de vendas dos 250 maiores
varejistas em 2008, um aumento de 21,3% em
relação a 2007. A média no número de países em
Empresas Empresas que as empresas atuam também apresentou um leve
operando operando em dez aumento de 6,8 para 6,9, excluindo duas, a Richemont
em um país ou mais países
e a Dell, cuja cobertura é realmente global.
*Taxa composta de crescimento anual em vendas no varejo
Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail
17,2
16,7
11,2
8,5 8,9
7,5 7,9 7,8
7,3 7,2 6,8 6,5
6,3
5,6 5,6 5,3
4,5 4,5
3,9
3,2 3,2
2,4 2,7 2,5 2,4 2,3
2,2
1,4 1,5 1,4
0,2
250 maiores África/ Ásia/ Japão Europa França Alemanha Reino Unido América América EUA
Oriente Médio Pacífico Latina do Norte
* Os resultados mostram a taxa de crescimento anual composta/acumulada de vendas no varejo das 250 maiores empresas, de acordo com o país ou região de suas sedes centrais
Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail
8
A importância da diversificação
Os varejistas que foram mais ambiciosos globalmente
e aqueles que operaram em diferentes formatos
Os varejistas que foram mais ambiciosos
desfrutaram maiores taxas de crescimento e
maior lucratividade. A diversificação pode ter um
globalmente e aqueles que operaram
papel especialmente importante em um ambiente em diferentes formatos desfrutaram
econômico difícil, como uma maneira de mitigar o
risco inerente de se fazer negócios em um único local
maiores taxas de crescimento e maior
geográfico ou de uma única forma. lucratividade.
Para manter uma trajetória de crescimento agressiva, a
maioria dos grandes varejistas do mundo desenvolveu Lojas de material para construção, reforma e
múltiplos formatos de vendas. Em 2008, mais decoração estão se destacando de maneira
da metade dos 250 maiores varejistas operaram crescente no mercado global. Em 2008, 43 dos 250
com algum nível de diversificação de formato, em maiores varejistas operaram uma rede de lojas desse
comparação com 119 que operaram com um formato tipo, em comparação a 32 em 2005. Drogarias e
único. Entretanto, mesmo as empresas com uma farmácias estão, pouco a pouco, perdendo espaço.
cadeia diversificada de conceitos de lojas de varejo Menos varejistas entre os 250 maiores estão
tenderam a ter um formato responsável pela maioria operando nesse formato do que anteriormente,
das suas vendas. Somente 34 dos 250 maiores não sendo que supermercados, hipermercados e varejistas
tiveram um formato dominante. que vendem produtos de massa estão, cada vez
mais, fornecendo produtos farmacêuticos,
Diferentemente de 2007, em que os varejistas mais demonstrando ser esta uma tendência do varejo
focados apresentaram maior crescimento de vendas nos próximos anos.
e lucratividade, em 2008 ocorreu o oposto. As
empresas com múltiplos formatos aumentaram as Formatos operados pelos 250 poderosos (%)
vendas muito mais rápido do que seus concorrentes
Supermercados 103
com um único formato. É importante destacar
que os varejistas que operaram em formatos mais Hipermercados 84
10
Ranking Empresa (origem) Vendas Ranking Empresa (origem) Vendas
(US$ milhões) (US$ milhões)
12
América Latina América Latina
Os varejistas latino-americanos também continuam Classificação Classificação Vendas
ganhando espaço na lista dos 250 maiores. Em País de
na América nos 250 maiores Empresa no varejo
origem
2008, a região foi representada por um total de dez Latina varejistas (US$ bilhões)
empresas, sendo oito em 2007. As Lojas Americanas, 1 80 Cencosud 11.226 Chile
do Brasil, e a Distribución y Servicio (D&S), do Chile, 2 92 Grupo Pão de Açúcar 10.047 Brasil
3 104 Soriana 8.672 México
foram incluídas no ranking. A D&S, contudo, foi
4 131 Casas Bahia 6.524 Brasil
uma adição temporária, uma vez que a empresa foi
5 134 Falabella 6.410 Chile
comprada pelo Walmart em fevereiro de 2009. A
6 168 Comercial Mexicana 4.746 México
Cencosud, do Chile, desbancou o Pão de Açúcar, 7 190 FEMSA Comercio 4.276 México
do Brasil, da primeira posição, deixando o varejista 8 200 Lojas Americanas 3.886 Brasil
brasileiro em segundo lugar na região. É importante 9 202 D&S 3.849 Chile
ressalvar que este estudo foi finalizado antes do 10 218 El Puerto de Liverpool 3.637 México
anúncio da fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e Nota: Este estudo foi finalizado antes do anúncio da fusão entre o Grupo Pão de Açúcar
a Casas Bahia. e a Casas Bahia
Para a análise deste estudo, são considerados quatro Bens de consumo não duráveis
setores: bens de consumo não duráveis, bens duráveis Produtos alimentícios e outros bens de consumo
e produtos de lazer, moda e diversificados. Uma não duráveis continuam predominando entre os
empresa é designada para um setor específico se mais poderosos. No total, os 134 varejistas de bens de
da metade das vendas derivar de uma categoria de consumo não duráveis representaram mais da metade
produto de definição abrangente. Se nenhum dos três dos 250 maiores e foram responsáveis por mais de
setores específicos cobrir ao menos 50% das vendas, a dois terços das vendas do grupo (67,7%). Além de
empresa é considerada diversificada. serem mais numerosos, esses varejistas também
são os maiores, registrando uma média de vendas
Crescimento de vendas e lucratividade por setor (%)
de US$ 19,3 bilhões em 2008. Entretanto, esse
grupo é o setor menos dispersado geograficamente,
8,6 8,3
concentrando suas operações em uma média de 4,5
7,5 7,6 7,5 países. Apesar disso, as operações no exterior geraram
6,3 uma participação relativamente alta, de 21,7% no
total das vendas dos varejistas de bens de consumo
4,7
4,1 não duráveis.
3,1
2,4 2,7
2,2 2,1
1,8 Em épocas difíceis, mais consumidores deixam de
se alimentar fora do lar. Consequentemente, o setor
-0,6 de bens de consumo não duráveis desfrutou de um
250 maiores Moda Bens de consumo Bens duráveis e Diversificados crescimento de vendas em relação ao ano anterior
(todos os setores) não duráveis produtos de lazer de 8,6% acima dos outros grupos de produtos.
2003-2008 CAGR*
Entretanto, a lucratividade sofreu com o resto do
Crescimento de vendas no varejo setor varejista na medida em que os consumidores
Lucro líquido procuraram por ofertas no período. A margem
*Taxa composta de crescimento anual em vendas no varejo
composta de lucro líquido do setor caiu de 3,0% em
Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail 2007 para 2,2% em 2008.
* A média no número de países em que as empresas atuam exclui Richemont (moda) e Dell (bens duráveis),
cuja cobertura quase global distorceria a média
Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail
14
Grande parte da mudança na classificação dos dez A queda nas vendas atingiu cinco dos dez maiores
maiores varejistas por setor de produto primário é varejistas de bens duráveis e produtos de lazer em
resultante de alterações na classificação de alguns 2008: Home Depot, Lowe’s, PPR, Kingfisher e Toys “R”
poucos varejistas. A reclassificação da Metro tirou a Us. A DSG, em sétimo lugar em 2007, saiu da lista dos
empresa da primeira posição entre os dez maiores dez maiores devido a uma combinação de crescimento
varejistas de bens de consumo não duráveis, deixando de vendas negativo e desvalorização da libra esterlina.
o lugar para a Auchan, que foi incluída na lista O varejista do setor de eletrônicos Yamada Denki e a
daquele setor como a “número um”. Todas as dez Amazon.com, ambos figurantes dessa lista de líderes
maiores empresas varejistas de bens de consumo não do setor em 2007, subiram duas posições. A Staples
duráveis registraram um sólido crescimento. retornou à nona posição entre os dez maiores.
16
Moda Diversificados
Classificação Classificação nos 250 Vendas no varejo
O grupo do setor de diversificados, que vende uma
Empresa País de origem ampla gama de produtos e frequentemente opera
no setor maiores varejistas (US$ milhões)
1 35 Macy’s 24.892 EUA em diferentes formatos, foi representado por 22
2 42 TJX 19.000 EUA empresas. As empresas varejistas alemãs Metro e
3 45 J.C. Penney 18.486 EUA Tengelmann foram reclassificadas nesta edição do
4 48 Kohl’s 16.389 EUA estudo, saindo do setor de bens de consumo não
5 54 Inditex 15.048 Espanha duráveis e entrando para o setor de diversificados. A
6 55 Gap 14.526 EUA
Metro vendeu sua rede de supermercados Extra para a
7 60 H&M 13.821 Suécia
Rewe, enquanto a Tengelmann diluiu sua participação
8 63 Isetan Mitsukoshi 13.723 Japão
Holdings na rede de supermercados A&P nos Estados Unidos.
9 64 LVMH 13.660 França Nos dois casos, os bens de consumo não duráveis
10 71 Arcandor 12.640 Alemanha não representam mais a maior parte das vendas
desses varejistas. A inclusão dessas duas empresas
Diversificados no grupo de diversificados ajudou a impulsionar a
média de vendas no varejo desse setor, ultrapassando
Classificação Classificação nos 250 Vendas no varejo
Empresa País de origem US$ 16 bilhões; porém, o crescimento das vendas foi
no setor maiores varejistas (US$ milhões)
1 3 Metro 99.004 Alemanha insignificante, 1,8%, assim como foi a margem de
2 10 Target 62.884 EUA lucro, de apenas 2,1%.
3 20 Sears Holdings 46.770 EUA
4 41 El Corte Inglés 20.048 Espanha Com esta nova classificação, a Metro assumiu o
5 58 Tengelmann 14.293 Alemanha primeiro lugar no grupo de diversificados. A Marks
6 70 Otto Group 12.812 Alemanha & Spencer, quarto lugar no ano anterior, não é
7 74 Kesko 11.604 Finlândia
mais considerada parte desse grupo. A empresa
8 95 J. Front Retailing 9.571 Japão
foi realocada em 2008 como um varejista do setor
9 97 Lotte Shopping 9.140 Coreia do Sul
de bens de consumo não duráveis. A Tengelmann,
10 118 Hudson’s Bay Trading 7.591 EUA
outro varejista de bens de consumo não duráveis
reclassificado, ocupa o quinto lugar. Incluída pela
primeira vez entre os dez maiores varejistas do setor
de diversificados está a norte-americana Hudson’s Bay
Trading Company (HBTC), criada em julho de 2008
como a empresa controladora para os ativos de varejo
da NRDC Equity Partners. A NRDC adquiriu a Hudson’s
Bay Company, do Canadá, e fez sua consolidação com
a Lord & Taylor e a Fortunoff.
Dos 24 varejistas que ingressaram na lista dos tão surpreendente que 17 dos recém-chegados
250 maiores em 2008, 9 são empresas japonesas. à lista operam supermercados e outros formatos
Entretanto, conforme observado antes, isso se de lojas de alimentos. Três dessas empresas – FDB
deve basicamente à força do iene em relação ao (Coop Danmark), KF Gruppen e Coop Norge – são
dólar norte-americano durante o ano fiscal de “novas” porque operaram independentemente como
2008. Considerando que os varejistas do setor cooperativas nacionais. Por vários anos, elas estiveram
de alimentação cresceram mais rápido que os de subordinadas à Coop Norden, que agora se converteu
outros setores no período analisado, talvez não seja definitivamente a uma empresa de compras.
Classificação
nos 250 maiores Empresa País de origem Formato predominante
varejistas
63 Isetan Mitsukoshi Holdings Japão Loja de departamento
96 The Great Atlantic & Pacific Tea Company EUA Supermercado
118 Hudson´s Bay Trading Company EUA Loja de departamento e desconto
121 FDB Dinamarca Supermercado
154 KF Gruppen Suécia Supermercado
171 Don Quijote Company Japão Loja de desconto
172 Coop Norge Noruega Supermercado
192 DCM Japan Holdings Company Japão Construção, reforma e decoração
200 Lojas Americanas Brasil Loja de departamento e desconto
202 Distribuición y Servicio D&S Chile Hipermercado, centro de compras
215 Izumiya Company Japão Hipermercado, centro de compras
216 Kwik Trip EUA Loja de conveniência
221 Maxima Grupè Lituânia Supermercado
222 Joshin Denki Company Japão Aparelhos eletrônicos
223 Iceland Foods Group Reino Unido Supermercado
225 O’Reilly Automotive EUA Outras especialidades
226 The Game Group Reino Unido Outras especialidades
238 The Maruetsu Japão Supermercado
240 The Golub Corp./Price Chopper Supermarkets EUA Supermercado
241 BIM (Birlesik Magazalar) Turquia Loja de desconto
244 Valor Campany Japão Supermercado
247 Izumi Company Japão Hipermercado, centro de compras
248 Nonggongshang Supermarket Group China Hipermercado, centro de compras
250 Best Denki Company Japão Aparelhos eletrônicos
Fonte: dados publicados pelas próprias empresas e pela Planet Retail
18
O tema do ano: comércio online
A utilização de múltiplos canais continua em É importante salientar que esses resultados devem ser
forte crescimento à medida que mais empresas interpretados com muita cautela devido à pequena
desenvolvem o varejo eletrônico (e-commerce). amostra de dados em alguns setores, mas, em geral,
Neste ano, o estudo “Os Poderosos do Varejo o comércio eletrônico foi responsável por uma
Global” mostra até que ponto os 100 maiores média de 6,6% do total das vendas desses varejistas
varejistas apostaram nesse canal de vendas cada em 2008. Por setor de produto, as vendas online
vez mais importante. A análise baseia-se somente representaram, em média, 24% das vendas de bens
nas empresas que têm informações disponíveis de duráveis e produtos de lazer. Isso inclui, porém, a
vendas online para 2008, mais as empresas que Amazon.com, a Dell, a Office Depot e a Staples,
não operaram um site para transações em 2008 e, que juntas distorcem drasticamente os resultados.
portanto, não fizeram vendas online. Dos 100 Excluindo essas quatro potências do varejo eletrônico,
maiores varejistas, 69 foram incluídos na análise, os números descem para 5,1% para as nove empresas
pois as vendas online não estavam disponíveis restantes incluídas neste setor. Para o setor de moda
para outras 31 empresas. (composto de apenas seis empresas), as vendas online
representaram 5,2% das vendas. O setor de bens de
consumo não duráveis representa o menos adepto
ao e-commerce. Para as empresas desse grupo, uma
O comécio online já é responsável por média de apenas 0,9% das vendas foi gerada por
varejo eletrônico.
6% do faturamento total dos varejistas
brasileiros (similar ao resultado dos Olhando os dados por região geográfica, a Europa
lidera esse canal de venda, com uma média de vendas
250 maiores varejistas – 6,6%), ficando online de 4,1%. O e-commerce foi responsável por
2,5% das vendas para os varejistas norte-americanos,
em terceiro lugar entre os canais de excluindo os quatro gigantes do varejo eletrônico
venda relacionados aos resultados das citados acima. Com a inclusão dessas empresas, o
número sobe para 12%. A Região Ásia/Pacífico ficou
empresas. Em primeiro lugar estão para trás, registrando uma média de vendas online
de somente 0,8% do total das vendas. Entre as 100
as lojas físicas e, logo em seguida, as maiores empresas do ranking, apenas três são latino-
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Grandes tendências para o varejo em 2010
Para o setor varejista de luxo, esse ambiente será muito 4) Globalização dos varejistas norte-americanos
dificil. Apelar para o consumidor movido pela aspiração A globalização do setor varejista norte-americano
exigirá uma maior concentração na questão de valor esteve em curso há décadas e agora ganhou novo
agregado. Dessa forma, é possível que haja necessidade fôlego. Os varejistas norte-americanos enfrentam um
de uma maior segmentação do mercado por parte dos ambiente econômico interno muito mais desafiador
varejistas e fornecedores de artigos de luxo. do que qualquer coisa que já tenham experimentado
no passado recente. Considerando as experiências
Além disso, os vendedores de artigos de luxo ruins de muitos varejistas globais e as fortes
desviarão seu foco para mercados emergentes, como oportunidades que existiam internamente, muitas
a China e o Brasil. Nesses mercados, os novos ricos empresas de varejo se concentraram, nos últimos
são especialmente atraídos por marcas de luxo e anos, no mercado doméstico dos Estados Unidos.
podem ser mais facilmente fisgados, em comparação No entanto, no curto e médio prazos, o mercado
com famílias semelhantes em mercados desenvolvidos. doméstico crescerá lentamente e o consumidor será
provavelmente mais volúvel. Portanto, para atingir um
3) Globalização de varejistas emergentes crescimento sólido, os varejistas norte-americanos
Qualquer discussão sobre o futuro do consumidor terão necessariamente de ganhar uma fatia do
requer necessariamente uma análise criteriosa dos mercado em casa ou encontrar novas oportunidades
grandes mercados emergentes. Muitos varejistas em outros mercados.
desses mercados estão rapidamente se tornando
concorrentes de grandes redes varejistas globais. Não Os candidatos mais prováveis para expansão global
apenas estão bem equipados para competir com os são varejistas especializados e não aqueles que
gigantes em seus mercados domésticos como estão vendem alimentos, produtos de massa ou lojas de
se tornando competitivos fora de seus países. Diversos departamento. Os varejistas especializados baseados
varejistas de mercados emergentes já foram bem nos Estados Unidos são bem desenvolvidos, muitas
sucedidos em mercados emergentes vizinhos, seja vezes nitidamente diferenciados, possuem recursos
na Ásia Oriental, na África, no Oriente Médio ou na financeiros significativos e estão enfrentando uma
América do Sul. saturação e um crescimento lento do mercado interno.
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5) Mídias sociais e varejo deixar de oferecer uma categoria ou uma gama de
Como ocorre com a maioria das novas tecnologias, as produtos pode ser tão importante quanto introduzir
redes sociais estão tendo um grande impacto sobre o uma nova. No futuro, os varejistas inteligentes deverão
setor varejista. O primeiro efeito disso é a necessidade se orgulhar de quantas unidades mantidas em estoque
de uma maior transparência. Os consumidores eliminaram e da natureza focada de sua oferta.
demandam mais acesso a informações sobre os
varejistas, seus produtos e preços. Essencialmente, O fortalecimento da fidelização dos clientes dependerá,
é uma grande mudança na relação entre varejistas e cada vez mais, da capacidade do varejista de
consumidores, pressionando os preços para baixo e demonstrar que entende as preferências e o estilo de
reduzindo as margens. Em segundo lugar, as redes vida do consumidor e consegue antecipar mudanças
sociais exercem um efeito sobre a experiência de nesses atributos. Uma demonstração fundamental
compra compartilhada. Os consumidores buscam, desse entendimento é eliminar o que o cliente não quer
cada vez mais, dicas e recomendações sobre ofertas e se concentrar no que é importante para ele. Atingir
e novos produtos, bem como relatos de experiências esse objetivo não é simples: envolve não só o uso da
ruins. Os consumidores estão efetuando compras tecnologia da informação para monitoramento do
virtuais com seus amigos, aguardando aprovação, comportamento do consumidor, mas também o uso
validação e opinião instantâneas. A referência pessoal da comunicação nas redes para entendimento das
está voltando no mundo virtual. preferências e hábitos dos consumidores.
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Consumidor quer: serviço com excelência Consumidor quer: valor
Estratégia varejista: modelo de atendimento Estratégia varejista: pricing
e gestão do capital humano
O consumidor, ao tomar a decisão de compra de um
Nem sempre o consumidor quer ter um vendedor produto/serviço, automaticamente e sem perceber,
que o acompanhe o tempo todo pela loja, mas, ao realiza uma análise, em milésimos de segundos, e
mesmo tempo, quando desejar uma explicação ou chega a um resultado individual de valor. A grande e
suporte, quer ser prontamente e muito bem atendido. inquietante questão é saber o que cada consumidor
É paradoxal, mas o varejista deve saber compreender considera na sua análise.
qual o perfil do consumidor para que esta solução
seja encontrada. Não é possível dizer com 100% de certeza o que
se passa na cabeça de cada consumidor, embora
O consumidor atual é muito bem informado, conhece alguns especialistas sobre o tema comentem que
as características do produto/serviço que deseja são experiências já vivenciadas somadas ao valor da
comprar e, muitas vezes, dependendo da fidelidade imagem que possui da marca, preços de referência
da marca, até melhor que o próprio vendedor da loja. de produtos/serviços similares e o desejo/necessidade
de adquirir o produto/serviço. É importante lembrar
Para responder a isso, o segredo está na definição que o conceito de valor para o cliente é a equação
do modelo de atendimento e na gestão do capital do conjunto de benefícios versus custo percebido por
humano. Trabalhar o desenvolvimento da equipe ele mesmo.
significa conseguir equalizar com eficiência o mix
de ferramentas existentes para a gestão do capital Varejistas devem fazer uma análise criteriosa ao
humano (treinamentos e desenvolvimento, programa definir sua estratégia de pricing e, com base no
de recompensas, remuneração e bônus, gestão de pacote de benefícios que entrega ao cliente (serviços,
talentos, programa de aconselhamento, ambiente de atendimento, qualidade do produto, ambiente de loja
trabalho, ações das lideranças, perspectiva de carreira, etc.), deve buscar o preço que melhor irá satisfazer seu
entre outros). público-alvo e garantir o ponto ótimo de vendas.
A agregação de serviços, hoje ainda uma opção, em Além de uma importante estratégia de imagem,
breve será uma necessidade vital para a sobrevivência as práticas de reciclagem e preservação do meio
e o crescimento das empresas varejistas. Os altos ambiente vêm ao encontro de uma busca natural das
índices de competitividade, a crescente falta de tempo empresas neste momento por redução de custos.
do consumidor, os novos canais de venda e o interesse
pela otimização dos investimentos feitos nos pontos-
de-venda impulsionam os varejistas em direção à
constante busca de alternativas para o aumento das
receitas.
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