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— É curioso observar o grupo constituído por Jesus, ainda que poucas informações
tenhamos sobre a maioria dos seus discípulos. Pelas Escrituras Sagradas sabemos
que foram discípulos do Mestre, em sua maioria, homens simples do povo embora
do grupo participasse um coletor de impostos ( Mateus). São jovens, adultos e
quase idosos, com características bastante heterogêneas: impetuosidade (Pedro),
desconfiança( Tomé) ; entusiasmo (Tiago, filho de Zebedeu) ; circunspecção (Tiago,
filho de Alfeu); docilidade (João), imediatismo (Judas Iscariotes). Essa miscelânea
torna o Colégio Apostólico uma curiosa representação da variada espécie humana
com suas poucas virtudes e muitas imperfeições. É que o Salvador aposta na
diversidade capaz de fortalecer a unidade em torno de um fim comum.
— "Vós sois a luz do mundo", "Vós sois o sal da terra", "Chamo-vos amigos...", são
algumas das palavras de estímulo e emulação que Jesus utiliza junto aos discípulos
e às multidões. Esse encorajamento se tornará fundamental na hora do
testemunho. É necessário, nos demonstra o Salvador, trabalhar a auto-estima do
grupo para que o desânimo, o conformismo ou a insegurança não comprometam a
dinâmica da tarefa a ser desenvolvida. Os diálogos mais íntimos os desconhecemos
mas temos certeza de sua existência e eficácia pelos desdobramentos posteriores à
crucificação.
Como líder Jesus não se coloca afastado ou superior ao grupo mas nele se
engaja concretizando a idéia de conjunto
— "O filho do homem não veio para ser servido mas para servir".Essas palavras
foram concretizadas no dia a dia dos labores do Evangelho. Jesus não "ordena",
simplesmente. Participa, se envolve com a multidão, faz sua parte contribuindo
para a harmonia da tarefa. Não se isola do grupo mas mantém-se ligado inclusive
afetivamente aos companheiros de lutas redentoras. "Estarei convosco ..." é a
promessa do Senhor.
— "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei"é o novo mandamento. Novo devido
ao modelo de amor que o Mestre exemplificou. Este é o critério de reconhecimento
dos irmãos : o amor recíproco, o esforço para a vivência da legítima solidariedade.
O Messias ainda apresenta inúmeras sugestões no âmbito das relações entre os
discípulos : tolerância, companheirismo, perdão, oração, diálogo são alguns
exemplos que encontramos nas páginas do Evangelho.
"Nisto todos reconhecerão que sois os meus discípulos : se vos amardes uns aos
outros." É a lição da coerência. Se houver o amor entre nós, os que estão "fora"
testemunharão o esforço de vivência evangélica dos seguidores do Mestre. Isso
implica em responsabilidade nos nossos atos, palavras, pensamentos e
sentimentos. Sem esse testemunho não poderemos ser reconhecidos como
verdadeiros cristãos e, por conseqüência, não operaremos nossa tarefa na Terra.
Redação || jornal@feparana.com.br