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CAMILA ALVES OLIVEIRA

JANE RUSSEL DE OLIVERIA M. MEIRA


PEDRO ARNALDO DE ANDRADE MARTINS

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE EMPRÉSTIMO DE


MÚTUO E COMODATO

ITABUNA – BAHIA
2010
CAMILA ALVES OLIVEIRA
JANE RUSSEL DE OLIVERIA M. MEIRA
PEDRO ARNALDO DE ANDRADE MARTINS

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE EMPRÉSTIMO DE


MÚTUO E COMODATO

Trabalho a ser entregue como


cumprimento de crédito na disciplina de
Direito Civil III, do curso de Direito da
Faculdade de Tecnologia e Ciência, 4º
semestre, noturno, ministrada pelo
Profº. Paulo Sérgio Bonfim.

ITABUNA - BAHIA
2010
INTRODUÇÃO

O presente trabalho propõe uma explanação sobre as especificidades


das espécies do gênero Empréstimo, o Mútuo e o Comodato, que se
encontram previstas no código civil brasileiro. Vale ressaltar que tal estudo não
se objetiva a esgotar tão vasta temática, mas sim abordar seus aspectos
basilares.
De forma sucinta e objetiva, pode-se dizer que tanto o Comodato quanto
o mútuo tem por objeto a entrega de uma coisa, para ser usada e depois
restituída. Pode-se ainda afirmar que o primeiro e empréstimo para uso apenas
e o segundo para consumo.
Nada obstante, faz-se mister um detalhamento maior de seus conceitos
e peculiaridades que se encarregam de diferenciá-los, bem com o do próprio
conceito de Empréstimo.
Segundo Coelho Rocha (2003) o empréstimo “é o contrato pelo qual
uma pessoa entrega a outra, gratuitamente, uma coisa, para que dela se sirva,
com a obrigação de restituí-la”; ratificando que o mesmo pode ser empréstimo
de uso “prêt à usage” (comodato) ou empréstimo de consumo “prêt à
consommation” (mútuo).
Segundo o artigo 579, do Código Civil, "comodato é o empréstimo
gratuito de coisas não fungíveis". É um contrato unilateral por meio do qual
uma pessoa empresta a outrem coisa infungível, a título gratuito, para que esta
use o bem e depois o restitua. É necessário a restituição do objeto, que deve
ser procedida no tempo acordado pelas partes.
Já o mútuo é o contrato de empréstimo de bens fungíveis, onde o
mutuante transfere o domínio ao mutuário que tem o dever de restituir no prazo
coisas do mesmo gênero, qualidade e quantidade, conforme art. 587 CC.
Vistos tais intrótitos conceituais, o presente trabalho passa a explanar
sobre as peculiaridades e especificidades de cada uma dessas espécies de
empréstimo supracitadas.
1. DO COMODATO

Segundo Diniz (2006), o Comodato (commodum datum) é o contrato


unilateral, a título pelo qual alguém entrega a outrem coisa móvel ou imóvel
infungível, ressaltando que a mesma deve ser para uso temporário e restituido
no prazo avençado entre as partes.
Uma característica peculiar do mesmo é que se trata de contrato real,
pois somente perfaz-se com a tradição do objeto; ou seja quando ocorre a
entrega do bem emprestado ao comodatário que passa então a ter a posse
direta, sendo chamado de comodante o que sede a coisa e comodatário que a
recebe.
A supracitada autora adverte para o fato de que o comodante detém a
pose indireta, no entanto, o comodato se trata de direito pessoal e o mesmo
não pode ser confundido com direito real de uso. O Comodato ainda possui
outras características essenciais, tais como: gratuidade do Contrato,
infungibilidade do objeto e a tradição.
A necessidade da gratuidade é inerente à sua própria natureza, pois se
oneroso seria confundido com a locação. Além disso tal característica é
prevista no Art. 579 do C.C.
Diferente do Mútuo, o Comodato pode ser móvel ou imóvel. Porém, a
infugibilidade do objeto pressupõe que a restituição deve ser da mesma coisa
emprestada, pois a mesma é insubstituível e inconsumível. No caso de ser
fungível ou consumível trata-se de contrato de Mutuo.
Faz-se necessária à necessidade da tradição, para seu aperfeiçoamento
torna-o um contrato real. Relevante ressaltar aqui que tal característica o
diferencia do contrato de Mútuo, que será visto decurso desse trabalho.
Em suma, pode-se afirmar que o comodato é também contrato
unilateral, temporário e não solene. Alguns doutrinadores, no entanto,
entendem que o mesmo é bilateral, pois o comodante tem obrigação de
respeitar o tempo avençado em contrato, assim como o comodatário tem suas
obrigações definidas.
Por aperfeiçoar-se com a tradição ele é unilateral. O empréstimo é para
uso temporário, e seu ajuste pode ser por prazo determinado ou indeterminado.
Por não ser exigida forma especial, podendo ate ser verbal ele e contrato não
solene. Pode-se encontrar também na doutrina que o Comodato possui caráter
personalíssimo, pois requer certas condições e qualificações pessoais, até
mesmo justificadas pela sua informalidade.

• Análises da previsão legal do Comodato

Art. 580. De acordo com tal artigo, “os tutores, curadores, e em geral
todos os administradores de bens alheios, não podem dar em Comodato sem
autorização especial do juiz os bens confiados a sua guarda”.
Segundo Diniz (2006) trata-se de incapacidade especial para outorga de
Comodato, cuja finalidade se justifica pela necessidade de se preservar os
interesses de determinadas pessoas.
Art. 581. “Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-
á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo
necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e
gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se
determine pelo uso outorgado”.
Fala-se aqui no requisito da temporiariedade, que não havendo tempo
determinado para restituição da coisa, o mesmo se confundiria com contrato de
Doação. No entanto, tal prazo pode ser determinado ou indeterminado, sendo
sempre acordado entre as partes. Há casos em que se fala de tempo
presumido do contrato, no qual se entende pelo tempo necessário para que o
comodatário possa servir-se da coisa emprestada.
Vale ressaltar que o comodante se obriga a não exigir a devolução do
bem antes do prazo convencional ou presumido para o uso adequado e
suficiente da coisa; salvo por necessidade imprevista e de caráter emergencial
reconhecido pelo juiz.
Art. 582. “O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria
fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato
ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário
constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o
aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante”.
Art. 583. “Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com
outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do
comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso
fortuito, ou força maior”.
Art. 585. “Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente
comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o
comodante”.
Tais artigos acima elencados versam sobre as obrigações e
responsabilidades do comodatário, dentre essas citam-se: dever de guardar e
conservar a coisa, responsabilidade pela mora, responsabilidade pelos riscos
da coisa e responsabilidade solidária.
Em síntese, as obrigações do comodatário consistem em:
a) conservar a coisa - O Comodatário deve conservar a coisa como se
sua própria fosse, evitando desgastá-la, todavia não podendo alugá-la, nem
emprestá-la. Responde pelas despesas de conservação. Como possuidor de
boa-fé, tem direito a indenização das benfeitorias e a retenção da coisa.
O código Civil preceitua, que em caso de perigo, preferindo o
comodatário salvar os seus bens, abandonando o do comodante, respondera
pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir o evento a caso fortuito, ou
força maior.
O Comodatário só pode usar a coisa de forma adequada, se fugir do
acordado contratual ou da natureza dela, responde por perdas e danos.
Podendo também dar ensejo a causa de resolução do contrato.
b) A restituição da coisa - deve esta ser restituída no prazo
convencionado, ou, não sendo este determinado, findo o necessário ao uso
concedido. Salientando que todo comodatário que negar-se a restituir a coisa,
praticara esbulho e estará sujeito a ação de reintegração de posse, alem de
incidir em dupla sanção: respondera pelos riscos da mora e terá de pagar
aluguel durante o tempo do atraso.
Em regra, o comodatário não responde pelos riscos da coisa, mas, se
estiver em mora, responde por sua perda ou deterioração, mesmo decorrentes
de caso fortuito. O comodante somente poderá exigir a restituição da coisa
antes de findo o prazo convencionado, em caso de necessidade imprevista e
urgente , reconhecida pelo Juiz.
• Extinção do Comodato

Extingue-se o Comodato:
a) Pelo advento do termo convencionado, ou havendo estipulação nesse
sentido, pela utilização da coisa de acordo com a finalidade para que foi
emprestada.
b) Pela resolução, por iniciativa do comodante, em caso de
descumprimento, pelo comodatário, de suas obrigações.
c) Por sentença a pedido do comodante, provada a necessidade
imprevista e urgente.
d) Pela morte do comodatário se o contrato for celebrado “intuitu
personae” , caso que as vantagens dele decorrentes não seja extensiva aos
seus descendentes.
2. DO MÚTUO

Segundo Gonçalves (2007), Mútuo “é o contrato de empréstimo de bens


fungíveis, onde o mutuante transfere o domínio ao mutuário que tem o dever de
restituir no prazo coisas do mesmo gênero, qualidade e quantidade”, em fulcro
com art. 587 CC. Nesse tipo de empréstimo, O mutuário detém o poder de dar
o destino conveniente a coisa mutuada. Diniz (2006) resalta que o mútuo é
contrato de consumo.
Dentre as suas especificidades, os doutrinadores resaltam que trata-se
de um contrato unilateral , já que obriga tão-somente o comodatário ; gratuito ,
porque somente este é favorecido ; real porque se realiza pela tradição, ou
seja, entrega da coisa. e não-solene , pois a lei não exige forma especial para
sua validade , salvo se for oneroso , caso em que se aplicará os preceitos do
art. 1262 , CC – “é permitido , mas só por cláusula expressa , fixar juros ao
empréstimo de dinheiro ou de outras coisas fungíveis”) . quem empresta é o
mutuante , que a toma emprestada é o mutuário.
Nada obstante, pode-se falar em contrato de mútuo oneroso, no que
tange o direito comercial e especialmente no direito bancário. Nele, o capital
emprestado está destinado a emprego do mutuário, ou abertura de crédito, que
se caracteriza como promessa de mútuo, sendo consensual e bilateral nestes
casos, como ocorre com o “Cheque Especial”. O contrato oneroso é o mais
comum na sociedade atual, que visa especular em cima do capital emprestado,
todavia o contrato gratuito é o tradicional desde que surgiu em Roma.
O objetivo deste contrato é facilitar o consumo da coisa pelo
mutuário, para que seja devolvida findo o prazo e não o de transferir o domínio.
Emprestam-se cereais, produtos químicos, gêneros alimentícios em geral e
principalmente dinheiro, sendo que estes somente poderão ser feitos em
moeda nacional, exceto quando a lei dispuser em contrário.

• Objeto e forma

O contrato de mútuo não pode ter como objeto bens imóveis,


mesmo que estes sejam fungíveis. O objeto do mútuo serão então coisas
fungíveis ou fungibilizadas. A fungibilidade dependa da natureza e finalidade
das coisas, exemplo, “quem empresta livro a amigo efetua comodato, quem
empresta livro à livreiro para comercialização efetua mútuo.
O empréstimo em dinheiro tem que levar em conta o valor da
moeda, a correção monetária não é retribuição nem acréscimo ao mútuo, mas
a reavaliação do nominalismo. Será devido a correção sempre que houver
variação sob pena de ocorrer enriquecimento sem causa.
No art. 591 CC, presume-se devidos juros quando o mútuo for
destinado a fins econômicos, trata-se de juros convencionais ou
remuneratórios. A redação é a seguinte: "Art. 591. Destinando-se o mútuo a
fins econômicos, presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de redução,
não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a
capitalização anual."
A taxa não poderá ultrapassar à que se refere o art. 406, redigido
da seguinte forma: "Art. 406. Quando os juros moratórios não forem
convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a
mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional."
O mútuo em geral não exige forma escrita, porém para efeito de
registro, ou de prova deve-se formalizar-se por escrito. Para a prova
testemunhal do mútuo aplica-se a regra do art. 401 do CPC: “Art. 401. A prova
exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda
o décuplo do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram
celebrados.”

• Obrigação das partes

O mutuante entrega o bem ao mutuário, porem não se pode dizer


que é uma obrigação do mesmo já que a tradição da coisa integra a própria
natureza do contrato. A responsabilidade pelos vícios da coisa entregue só
pode ser cobrado, juntamente com perdas e danos no contrato de mútuo
oneroso, exceto quando dolo do mutuante ao mutuário no gratuito.
Durante o empréstimo o mutuante não pode dificultar ou impedir a
utilização do bem mutuado, tendo como direito principal exigir apenas a
devolução no prazo acordado, no prazo presumido.
No caso de mudança econômica na situação do mutuário,
posterior a celebração do contrato, o mutuante pode exigir garantia de
restituição do bem, se esta não for feita de forma eficiente considera-se o
tempo de empréstimo vencido.
O mutuário tem a obrigação de devolver o bem no tempo e forma
acordados, pagará os juros se estiver convencionado. O mutuante não poderá
ser obrigado a receber a coisa em partes se não tiverem acordado ou com
previsão legal.

• O mútuo feito a pessoa menor

O artigo 588 trata do mútuo feito a pessoa menor, dispondo que feito a
pessoa menor, sem prévia autorização de seu responsável, não poderá ser
reavido do mutuário ou de seus fiadores. Sua função é proteger os menores da
exploração de usurários.
O artigo 589 trata das exceções a regra do art. 588, ou seja, quando o
mútuo pode ser reavido do menor ou de seus fiadores. As exceções se
apresentam quando ausente a malícia do mutuante em valer-se da
inexperiência do menor, não fugindo o novel inciso IV desta regra ao autorizar
o mutuante a pleitear a restituição do capital mutuado se este reverteu em
benefício do menor.

• Juros

O mútuo que estabelece juros, no atual código civil, é aquele com


finalidade econômica. Eles podem ser devidos a empréstimo de dinheiro ou
outras coisas fungíveis. Como já apontamos os juros tem seu limite no art. 406
do CC.
Os juros são os proveitos auferidos pelo capital emprestado. Podem
ser compensatórios, quando são frutos do capital ou moratórios, provenientes
do atraso no cumprimento da obrigação. Normalmente os compensatórios são
acordados anteriormente no contrato e, nada impede que os moratórios
também o sejam. O presente código com a finalidade de não obter
enriquecimento ilícito por nenhuma das partes admite a reavaliação do valor da
moeda e a intervenção judicial par isso.
Em matéria de juros usa-se também o decreto n.º 22.626/33 que proíbe
juros superiores ao dobro da taxa legal. Por essa norma se admite juros de até
12% ao ano. Em seu art. 4º o decreto proíbe a capitalização (juros sobre juros),
tendo sobre essa vedação também um posicionamento do STF em sua súmula
121: “ é vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente
convencionada.” A tentativa constitucional de restringira a taxa de juros acabou
caindo por terra, já que até mesmo os Estado fixa taxas de juros bem maiores
do que as permitidas, tendo por base o direito econômico, e a falta de lei
regulamentadora.
O presente código permite a capitalização anual, em seu art. 591: “Art.
591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os
quais, sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art.
406, permitida a capitalização anual”, e por várias leis, tais como, decreto-lei
167/67 dos financiamentos rurais, decreto-lei 413/69 industriais, que permitem
a emissão de cédulas com capitalização semestral. Podemos concluir portanto
que a jurisprudência proíbe a capitalização por convenção.

As instituições financeiras estão fora do sistema de juros do código


civil e da lei de usura, pois subordinam-se a política financeira Oficial. Súmula
596 do STF: “As disposições do decreto nº 22.626/33 não se aplicam às taxas
de juros e aos encargos cobrados nas operações realizadas por instituições
públicas ou privadas que integram o Sistema Financeiro Nacional.”

• Extinção do Mútuo

O normal da extinção de um contrato é o cumprimento. O contrato de


mútuo geralmente estabelece tempo para cumprimento e extinção do contrato,
neste somente pode ser exigida restituição findo prazo, ou as partes acordarem
para rescindir o contrato.
Como regra geral os prazos beneficiam o devedor, em silêncio do
contrato valem-se as regras do art. 133: “Art. 133. Nos testamentos, presume-
se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor,
salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias,
resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os
contratantes”, podendo neste caso o devedor restituir a coisa antes do prazo,
para que tal direito seja afastado deve o contrato estabelecer o prazo em favor
do credor, exigindo, por exemplo, os juros durante o período de empréstimo.
Não havendo previsão no contrato o art. 592 especifica situações de
extinção contratual: “Art. 592. Não se tendo convencionado expressamente, o
prazo do mútuo será:
I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim
para o consumo, como para semeadura;
II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro;
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer
outra coisa fungível”.
O descumprimento de cláusula contratual também pode ser causa
de extinção. O mútuo não possui cláusula de restituição da coisa antes do
prazo na hipótese de necessidade imprevista e urgente, por causa da natureza
fungível das coisas emprestadas.
Se não foi estabelecido prazo para o mútuo cabe ao mutuante que
efetive denúncia vazia ou imotivada do contrato para que obtenha a restituição.
Havendo prazo e não pedindo a restituição ao seu final o contrato passa ater
prazo indeterminado.
Diniz (2006) ressalta o vencimento antecipado da dívida, previsto no Art.
590, no qual o mutuante poderá exigir uma garantia da devolução de outra
coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, se, antes do vencimento o
mutuário vier a sofrer notória mudança em sua situação econômica.

.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após aludidos os aspectos basilares do empréstimo de Mútuo e


Comodato, percebem-se diversas semelhanças e diferenças entre os ambos,
dentre as quais podem-se citar a dependência da temporariedade , pois caso
contrário se , se o caráter perpétuo vigorasse , configurar-se-ia uma doação,
entre as seguintes diferenças embasadas nas lições de Washington de Barros,
Maria Helena Diniz e Carlos Roberto Gonçalves
a) Mútuo é empréstimo de consumo ( “prêt à consommation” ) ,
enquanto o Comodato é de uso ( “prêt a usage” );
b) Mútuo tem por objeto bens fungíveis ( podem ser substituídos por
outros de mesmo gênero , qualidade e quantidade ) , enquanto Comodato,
bens infungíveis ( são encarados de acordo com as suas qualidades individuais
, em espécie ) ;
c) Mútuo acarreta transferência de domínio , o que não ocorre no
Comodato ; em que se tem apenas uma transferência da posse ;
d) o mutuário desobriga-se restituindo coisa da mesma espécie ,
qualidade e quantidade , enquanto o depositário só se exonera restituindo a
própria coisa emprestada ;
e) o mutuário assume os riscos pelo extravio , danificação ou perda da
coisa emprestada ( “res perit domino” ) , o que não ocorre com o
comandatário , de modo que , se o bem se perder por força maior ou caso
fortuito , o comodante é quem sofrerá com isso .
f) permite a alienação da coisa emprestada , ao passo que o
comodatário é proibido de transferir a coisa a terceiro, pois poderá incorrer nas
penas do crime de estelionato ( art. 171 , CP – “disposição de coisa alheia
como própria” .
a análise de ambos contratos de empréstimo é bastante relevante, pois
tais contratos fazem parte do cotidiano e das relações interpessoais, que
carecem, portanto, de uma atenção maior quanto as suas características e
benefícios.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

DINIZ , Maria Helena , Curso de Direito Civil Brasileiro – 3 volume – São


Paulo : Saraiva , 2002 .
__________________. Código Civil Anotado. São Paulo: Saraiva, 2006.

GONÇALVES , Carlos Roberto , Direito das Obrigações ( Parte Especial ) –


São Paulo : Saraiva .

MONTEIRO , Washington de Barros , Curso de Direito Civil – 5 volume –


São Paulo : Saraiva .

RODRIGUES, Silvio – Direito Civil - vol. 3 - São Paulo: Saraiva , 2003.

DA INTERNET:

http://www.advogado.adv.br/artigos/2000/barroso/comutuodifer
Acessado em 20 de Maio de 2010.

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3750
Acessado em 20 de Maio de 2010.

http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/36/CONTRATO_DE_MUTUO_FINA
NCEIRO_INDIVIDUAL
Acessado em 20 de Maio de 2010.

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