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O texto discute a cristianização do imaginário indígena pelos missionários na América espanhola nos séculos XVI-XVIII através do catecismo, pregação, imagens e afrescos cristãos. Apesar dos esforços dos evangelizadores, as culturas indígenas mantiveram suas próprias interpretações do sobrenatural ocidental.
Descrizione originale:
Resumo da disciplina de América II, do quarto período do curso de História, da Universidade de Pernambuco, campus Petrolina.
O texto discute a cristianização do imaginário indígena pelos missionários na América espanhola nos séculos XVI-XVIII através do catecismo, pregação, imagens e afrescos cristãos. Apesar dos esforços dos evangelizadores, as culturas indígenas mantiveram suas próprias interpretações do sobrenatural ocidental.
O texto discute a cristianização do imaginário indígena pelos missionários na América espanhola nos séculos XVI-XVIII através do catecismo, pregação, imagens e afrescos cristãos. Apesar dos esforços dos evangelizadores, as culturas indígenas mantiveram suas próprias interpretações do sobrenatural ocidental.
Disciplina: Amrica II Texto: A cristianizao do imaginrio Leonardo Felipe
GRUZINSKI, Serge. A cristianizao do imaginrio. In:____. A colonizao
do imaginrio. Sociedades e ocidentalizao no Mxico espanhol. Sculos XVI XVIII. So Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 271 294.
O texto comea falando que o aspecto mais desconcertante da
Conquista espanhola , provavelmente, a irrupo de outras percepes do real que no eram as dos ndios, assim como hoje em dia no so exatamente as nossas. No entanto, os evangelizadores queriam que os ndios aderissem justamente ao aspecto mais estranho dessa realidade extica, sem referente visvel, sem ancoragem local: o chamado sobrenatural cristo. J a Igreja e os ndios no associavam as mesmas fronteiras ao real. A Igreja, sobretudo, restringia seu territrio e exclua estados aos quais as culturas indgenas concediam um significado decisivo, uma vez que elas encorajavam a produo e explorao das imagens que suscitavam e dos contatos que permitiam estabelecer com outras foras. O catecismo e a pregao foram os principais canais do apostolado dos missionrios, que continuadamente se chocavam com os limites da palavra, sendo que a pregao repetida ano aps ano e a multiplicao das imagens crists contriburam para familiarizar os ndios com o sobrenatural ocidental, ainda que sempre dentro dos limites impostos pela estranheza das palavras, pelo exotismo dos traos e pelo peso das interpretaes indgenas. Os afrescos, as pinturas e as esculturas, em compensao, tiveram uma difuso muito mais ampla. Os afrescos monumentais expunham aos ndios o essencial da iconografia crist. Alguns chegaram at ns. No sculo XVII, um dito da Inquisio determinava o confisco das imagens de piln que os ndios recebiam gratuitamente quando compravam alguma mercadoria e que amontoavam em seus altares, imagens cuja representao , para nossos sentidos, to afastada e to distinta dos originais que existem no cu.... As vises geralmente ocorriam beira da morte e exprimiam reprimendas, avisos, consolao ou mensagens dirigidas ao visionrio ou aos vivos. As vises indgenas existiam, mas ainda no participavam de uma estratgia deliberada de catequese. A instalao do Tribunal do Santo Ofcio (1571), a chegada dos jesutas (1572) e a celebrao do III Conclio mexicano (1585) acompanham a vitria do maneirismo e, posteriormente, de seus avatares barrocos sobre a arte monstica, que morreria com o sculo. J as tradies ibricas e mediterrneas misturavam-se, enfim, com crenas, amuletos e tcnicas divinatrias originrias da frica.