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We PeANO -DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL DO NORDESTE 1966-1968 CDU-$54.106..077 .1 “1966/68" 888.084, 3(812/814.2) ee CONTEUDO APRESENTAGKO 7 Parte Primeira — INTRODUGKO " IA DO NORDESTE Capitulo 1 Anilise da Economia 28 apitulo HM — Anilises Setorias . pitulo TI — Consideracées Finais e Perspectiv 30 Capitulo TV Grandes Linhas de Aszo 5 Capitulo VI — Recursos Nat au Capitulo VIL — Recursos Humanos 82 Capitulo VIII — Agricultura © Abasteciment 1 Capitulo IX — Industrializagio 19 Capitulo X_ — Programas Especiais 26 LED NY 4862 135, ANEXOS FINANCEIROS. 185 APRESENTAGAO Estas notas pretendem apresentar ao Govérno, ao Congresso ¢ @ optnitio piiblica do Nordeste ¢ do Pais, o ante-projeto do IIT Plano Diretor para reger as ‘atipidades da SUDENE no periodo de 1966 a 1968. Bum trabalho da Secretaria, elaborado com extremos de amor @ causa piibliea, por seu competente e dedicado quadro de téentcos e aprovado pelo Conselho Deliberative da instltuipdo. Trata-se de um documento singelo, sem matores pretenses. Busca ldo 26 — se aprovado, finalmente, como se deseja — assegurar, para a regido, no periodo assinalado (e nela se inctul, com destague, o norte de Minas) uma taxa de crescimento de 7% ao ano, para 0 produto interno, ou sela, quase duas v fm térmos de renda per capita, a mela flzada na Carla de Punta det Este, para téda a América Latina. Mais ainda, 0 Plano almeja diminuir a desigualdade de renda entre 0 homem do Poligono e o brasi mover a tnlegracdo espactat e sctortal da iro do Centro-Sul. Ambiciona pro- onomta nordestina, tigando-a mals estreltamente @ economia nacional. Perseque criar novas oporlunidades de emprégo ¢ ampliar a oferta de alimentos para uma populacdo em crescimento, para wma indistrla em expansio. Mas, acima de tudo, 0 Ill Plano espera eriar condip6es reais para methorar © padrdo material ¢ cullural de vida de uma ‘gente desejosa de progredir e que constilui um téreo da populacdo de todo o Pats. (0 Plano, em sua esséncia, segue a linha geral dos dals Planos anteriores Hé, porém, vartantes e énfases, para adequé-lo mals a realidade da Regido a que se dirige. 0 capitulo dedieado ao balanco da economia, sua estratura alual ¢ fendénela, & uma de suas Inovactes. Outra, é 0 equilibrio dos selores e dos programas no conjunto do Plano. Ble “procura assegurar imporléncia maior @ agrienttara, ao abastecimento, aos recursos hiumanos e ao desenvolvimento industrial, sem prejuizo de prover financlamentos vullosos para prosseguir a ertada politica de investimentos de infra-estratura no selor de transporles ro. ovidrios, energia e saneamento bisico”. A estratégia e os objetivos do Plano buseam despertar a partteipacdo das préprias comunidades no esférgo genuino por acordé-las ¢ desenvolvé-las. E esta preocupacdo consciente é nilo apenas futra linha de ago, mas a garantia de que 0 Plano desce da frieza dos gabinetes dos teorlzadores para 0 ealor da vida das populacdes a que se destina. Intenta: se, assim, assegurar relagées vilais entre as autoridades que elaboram 0 Plano, ee tre eS tecaticlat « eine te aa fque se busea introduzir, 0 Plano considera, pois, o econdmico ¢ 0 social como iqualmente importantes, mas, distintos um do outro. Néle é sempre presente 0 concello do que as modificacGes dos meios econdmicos valem na medida em que permitem atingir fins sociais. E de que 0 progresso econdmico, assim como Influencia o sistema de valores da sociedade em que se atua, déle recede o im pulso ¢ a diregGo aonde deve ser tevado. Em sintese, 0 Plano procura desperiar no corardo do povo a experanca e o deselo de riqueza de melhores dias 0 espirito, os propésitos ¢ a mecdnica do documento reseroam lugar mar- cante para w iniciativa particular ao lado dos investimentos piblicos. Também ressallou a colaborapdo internacional e estrangeira, que se quer ampla, mas sempre em cardter suplementar ao es{6rco nactonal e condiclonada ds conve- nniéncias da regio ¢ do pais. A preco de 1966, © orcamento global eontemplado para o triénio, é de Crs 3.846 bilhoes, dos quails 50% de origem governamental, 35% de procedén cla privada e 15% de fontes internactonais, Anote-se que, em relacdo aos dots Planos anteriores, em térmos relatives, diminuiram sensivelmente os investimen- {os piblicos ¢ aumentaram as contribuicdes do retor privado e extranacional ‘ou infernactonat. Pela primeira ve: se tentou assegurar, num quadro global, 4 lsta de recursos de tdas as fontes, necessérias ¢ suficientes para manler a taza de erescimento econdmico acima assinalada, De todos os dinheitos piibl os arrolados para o Nordeste, no trinio, apenas 19% devem caber 4 SUDENE. Esta, aqui, o que pretenden assegurar foi seu cariter de rato de planejamento e de coordenarlo, descentralizando ao maximo, em favor de estruturas téenicas © administrativas regionais e estaduats, as tarefas executives e de aplicacto de recursos 0 Plano apresenta-se, assim, ordenado, equitibrado, coordenado e ambtctoso Vai, sem ditvida, exigir esforco extraordindrto da Secretaria, dos Governos esladuuts, das comuntdades da regido, para colocé-lo em acdo, part tradusi-to em obras sérias, que beneficiem o mater nimero. A despeito de varios tropecos, muito, porém, jd se conseguta no sentido de flexibitizar as estruturas absorvedoras de recursos. 0 Nordesle esld acordado. © povo sabe o que quer e espera apenas que se the indique o papel que deve desempentar. Ha um Nordeste atirado na lula do desenvolvimento. & um Nordeste 1név0, animado por uma nova SUDENE que outra coisa ndo ambiciona sendo estar @ altara do povo, para 0 qual, em boa hora, foi eriada e a que pretende servir, Esperamos que 0 povo leia ¢ comente éste documento. Que a imprensa ¢ os érofior de classe 0 examinem. Que oferecam sugeslées ao Govérno ¢ ne Congresso para methoré-lo. Procure-se-the, porém, guardar a castnela ¢ a Mistonomia para que a SUDENE dé seu grande passo a frente, na arrancada de enriquecer o Nordeste ea sua gente. (*) Recife, mato, 1965 JORO GONGALVES DE SOUZA PARTE PRIMEIRA Introducéo 0 infefo das atividedes do Banco do Nordeste do Brasil S/A, em 1954, assinala uma nova fase da politica do Govérno Federal em relagio ao Nor | deste (+). Desde entio, as solugdes aos problemas socials e econdmicos desta parte do territério nacional que, em virtude das estlagens periédicas que assolam, se havia constituido cm preocupac’ te do Govérno Central, nio mais se orientariam no sentido de mero “combate is seas", mas vir ser encaradas ¢ reformuladas de um ponto-de-vista da organizagio ecot da Regio. ‘A experitncia operacional do BNB, enriquecida com os trabalhos de pes quisa do seu Escritério Técnico de Estudos Econtmicos (ETENE), nfo s6 jus tificaria, em breve tempo, a nova politicé, mas, traria A evidéncia, também, a necessidade de um érgio de planejamento regional que the conferisse maior A Let nt $.692, de 15 de dezembro de 1959, veto atender a essa necessi dade, insttuindo Superintendéncia do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) € atribuindo-lhe as seguintes finalidades : a) — estudar ¢ propor diretrizes para 0 desenvolvimento do Nordeste b) — supervisionar, coordenar © controlar a elaboracio ¢ execugio de projetos a cargo de érgios federais na regio e que se relacionem cespecificamente com 0 seu desenvolvimento; ©) — executar, diretamente ou mediante convénio, acérdo ou contrato, 05 projetos relativos ao desenvolvimento do Nordeste que Ihe foram atribuidos, nos térmos da legislagio em vigor} 4) — coordenar programas de assisténcia téeni ra, a0 Nordeste rangel- Em atendimento a suas atribuigées, a SUDENE ja elabofou"e pds em execucio, até agora, o To I Planos Diretores, para os periodas, respectivamente, 1960/1962 e 1903/1969. E, nio obstante as dificuldades inerentes as complexas tarefas da programacio econdmica e da sua reslizagio, resultaram, daqueles Planos, efeitos de tal modo estimulantes para o melhor estar da comunidade nordestina que, por si s6s, justificam o planejamento regional como instrumento de ago governamental Com efeito, a SUDENE realizon na regio, até fins de 64, investimentos da ordem de 54,5 bilhoes de eruzeiros, os quais, acrescidos aos investimentos programados, totalizario, no fim déste ano, mais de 100 bilhées de cruzeiros, a pregos correntes. Ao mesmo tempo, gragas aos incentivos fiseais e iis facilida- des de erédito que vem proporcionando aos empreendedores, foram aprovados, pela SUDENE, projetos industriais que possiblitarfo, quando concludes, a eria- ‘do de eérea de 100 mil novos empregos, diretos e indiretos, e atingirio soma aproximada a 200 bilhdes de eruzciros em novas inversbes, jo muito significativos, por sua ver, alguns indicadores do desenvolvi mento econdmico do Nordeste, apds o advento da SUDENE. No giingliénio 1959/1964, 0 consumo de energia elétrica, na Regifo, se elevon de 45 quilowatts/ ano por habitante para 60 quilowatts e, na area servida pela CHEST, aleancou a 90 quilowalts. Criaram-se, com os programas de ensino primdrlo, oportuni- dades de novas matriculas para cérca de 63.000 erianeas em idade escolar © me- Thoraram-se as condigdes de ensino e de aprendizagem para, em nimeros re- dondos, 100.000 escolares Para elevar 0 nivel profissional dos érafos governamentais, foram trei- «das aproximadamente 2.000 pessoas. E, ainda no que toca a oferta de servicos, na regio semi-irida, com o fim de atende populagdes humanas e dos rebanhos. No referente as vias de comunicagio, pavimentaram-se eérea de 600 Km. de estradas ¢ implantaram-se 2.000 Km. de novas rodovias, i as potencialidades do Nordeste em recursos naturais, a SUDENE realizou, até hoje, o levantamento geolgico de 60.000 Km, 4 prospec¢io mineraldgica de 200 ha., 0 levantamento cadastral de todas as ocorréncias de scheclita e de pegmatitos, loealizadas na Paratha eno Rio G do Norte, ¢ claboron a earta geoldgica dos do Vale do Jaguaribe No selor da experimentacio agro-pecuitia, a SUDENE, em cooperasio com agricultores ¢ eriadores, instalou 14.600 ha. de campos de sementes sele- cionadas de algodio, 6.700 ha. de campos de forrageiras (palma e graminea) 40 niicleos de methoramento genético de stinos; em seus campos de experimen: lagi, foram produzidas, ainda, 250.000 mudas de coqueiro 285.000 mudas de plantas frutiferas. Por fim, ressalte-se, como exemplo da acéo proficua da SUDENE, que a ddindmica da economia nordestina — atestada pelas taxas de erescimento da ren- da regional no qiinqaénio — vem contribuindo, ja agora, para alenuar as re- ‘cesses conjunturais da economia do pals. 0 que tem feito a SUDENE, todavia, no se pode avaliar, apenas pelo yolume de investimentos, de origem interna e externa, que tem earreado para 0 Nordeste, de forma ordenada, pelos indicadores e pelos projetos dantes men- wfuraram-se quase 400 posos, in loco, as necessidades de igua das 2 tea | | 1 ‘ { cionados, pelas taxas recentes de crescimento’da economia regional. f ela res- ponsivel, também, por uma nova mentalidade, que se instaurou na Regido, de coordenago dos investimentos piblicos, para aumentar-Ihes a eficicia, © de forientacio dos investimentos privados no sentido de alribuirthes maior rentae bilidade social Abstraindo, por isso, os efeitos meramente econémicos do I ¢ do HI Planos Diretores, que serio focalizados posteriormente, importa sobrelevar que 0 im pacto inovador da SUDENE se faz sentir, também, através de : 4) —a criagio de uma mentalidade voltada para o desenvolvimento, conseqiiéncia do livre debate dos problemas regionals em todas os seus niveis e das facilidades de contatos que eolocaram, em pouco tempo, o Nordeste em ligacio com o resto do pais e do mundo; b) — 0 fortatecimento do espirito empresarial, indispensivel & cont ade do processo de crescimento; ©) — 2 ampliagao dos quadros téenicos requeridos pelo processo de lransformagio social, cujas relagdes se tornam, mals intensas e complexas. ‘radativamente, Importa sobrelevar, igualmente, 0 espirito de trabalho cooperative que a SUDENE vem formando na regio, com 0 propésito de assegurar condigies an eslabelecimento de uma politica de coordenacio e de esforco conjunto, para 0 Nordeste, em ireas especificas, mas, envolvendo, a um s6 tempo, varias entida- des pablicas ou privadas. f sintomitico do avanco, que se logrou neste terre- no, 0 fato de alguns drgios com atuaclo no Nordeste — Comissio do Vale do Sio Francisco, Departamento Nacional de Obras Contra as Sécas, Depat mento Nacional de Obras de Saneamento, Fundagdo Servico' Especial de Satide Piblica — haverem acordado, em recente reuniao promovida pelo MECOR, fem que, sem quebra da autonomia administra 3s, eaberia & SUDENI efinir as linhas gerais para a fixagio das metas prioritirias da agio de cada tum no Nordeste dos mesn 0 MII Plano Diretor, constante do presente documento, reforga a conti- nuidade de agio da SUDENE, ajustada as transformacdes resultantes do proprio processo do desenvolvimento, e descortina outros horizontes melhoria das condigdes sécio-econdmicas das comunidades nordestinas © & integraclo, cada ver maior da economia regional brasileira # relevante assinalar que o seu aparecimento coincida com um momento da vida nacional em que se esti afirmando cada ver mais, no P cia de que o planejamento econdmico e social & instrumento adequado a promover @ melhoria dos padrdes de vida da comunidade brasileira. E em que se vet insistindo, também, na necessidade de integrar-se o planejamento regional no planejamento nacional Quanto a ste iltimo ponto, observa-se que a experiéncia da SUDE! confirma que o desenvolvimento das regides reforga e alarga as possibilidades de desenvolvimento dos paises como um todo e, assim sendo, é valldo afirmar-se que 0 planejamento regional é condigio da maior eficicia no planejamento 8 nacional. Mas, concomitantemente, tal experiéneia sugere que qualquer medida no sentido de integrar-sc 0 planejamento regional no planelamento nacional sdmente é vilida quando se considera, especificamente, os problemas regionals © nfo se procura transferir a decisio sobre os mesmos a entidades alheias a regio. Isso posto, apresenta-se a seguir, uma sintese esquemitica do III Plano Diretor do Desenvolvimento Econdmico ¢ Social do Nordeste, de modo a permi- tir uma visio compreensiva dos seus objetivos, metas, diretrizes c, bem assim, a oferecer elementos de comparagio com os planos anteriores. I — OBJETIVOS GERAIS E METAS GLOBAIS ; 1— Aumentar a renda per capita do Nordeste a um ritmo suficiente para diminuir a desigualdade atual em relagdo ao Gentro-Sul, esta- elecendo-se a taxa cumulativa média anual de 7% para o crescl- mento do produto interno da Reg 2 — Promover a integracio espacial e setorial da economia nordestina, buscando dar-Ihe complementariedade, evitar distorgdes locais de erescimento ¢ integriclo, cada vez mais, na economia brasileira 3 — Griar novas oportunidades de emprégo, a fim de absorver 0 eres elmento da populacio ativa e diminulr 0 deficit existente © modi flcar a estratura atual do emprégo em favor dos selores.secundic rio terclério da atividade econdmica 4 — Blevar a taxa de erescimento da produgio priméria (inclusive mic neragio) no sentido de 4) aumentar a oferta per capita de alimentos; b) ampliar, no setor agricola, a capacidade do consumo de produ: tos industriais; ©) expandir a oferta de matérias primas. Alargar as possibilidades de acesso sos beneficios do desenvolvi mento no sentido de propiciar a todos um minimo de oportunida: ddes de realizagio pessoal ¢ ensejar melhores condigdes de mobili dade social 1 — DIRETRIZES GERAIS : 1 — Em relagio direta com o primeiro objetivo : 1.1 — Manter uma elevada taxa de investimentos na Regido 1.1.1 — Promover os meios de captagio das poupancas pri- vadas locals © nacionais; a) conservacio © ame | Dliando a utilizagio do sistema atual de incenti- vos; b) eriando ou estimulando os meios de cap- tacio direta; e) eriando ¢ conservando as eco. nomia externas necessérias 1.1.2 — Manter um nivel de investimentos piblicos na re- ‘sido que permita eriar © fortalecer os estimulos fi atrapio € a orientagio dos investimentos priva- os, suprir as necessidades daquelas areas priow ritérias para as quais a iniciativa privada ndo ma- nifesta interésse ou em que se recomenda a partic ipagio direta do setor pablico 1.1.3 — Atrair e orientar a splicagio de recursos externos, 1.1.4 — Griar uma nova mentalidade empresarial que pos- bilite a participacio mais eficaz da inieiativa privada no desenvolvimento 1.2 — Aumentar a produtividade dos fatores de produto 1.2.1 — Promover o conhecimento dos recursos regionais. 1.2.2 — Melhorar a qualificagio da mfo de obra 1.2.9 — Aperteigoar os métodos de operacio, através da introdusio de inovagdes tecnolégicas © do reequi. pamento técnico das unidades de producto. 4 — Assegurar uma politica de investimentos indus trials que busquem mais altos indices de produti- Vidade do capital ou utilize maior densidade de mio de obra e matérias primas regionais. 1.2.5 — Estimular a coordenacio © a melhoria da capaci dade operacional dos érgios pablicos da ret 1.2.6 — Criar e manter 20 nivel e qu ws economias externas necessirias, dade requeridos Mobilizar as comunidades locais para aumentar a sua consciente participacio no esférco do De- senvolvimento relagio ao segundo objetivo geral 2.1 — Identificar e promover 0 desenvolvimento das areas polos de ereseimento, 15 aa 2.8 24 3— Em — Executar projelos de desenvolvimento integrado. — Realizar a interligagio geogrifica do Nordeste, através dos de transportes e comunicagées no sentido de criar condigées para a integragio do mereado interno e déste com as demais regides do Pals — Distribuir geogrificamente as economias externas, a serem ceriadas, de modo a ensejar a integragio da economia regional relagfo a0 terceiro grande objetivo — Orientar a politiea de investimento no sentido de absoreio de mio de obra nio qualificada desempregada ou subem- pregada Blevar o nivel de qualificacio de mio de obra, adequando @ oferta desta & estrutura de demanda 8.8 — Griar instrumentos reguladores do mercado de trabalho 4 — Em relagdo ao quarto objetivo geral : 5 — Em 5.1 5.2 — Reorganizar a economia agricola ¢ apolar o programa na. onal de reformulaggo da estrutura agriria —Melhorar @ comereializagio da produgio agricola — Ampliar a oferta de terras, pelo deslocamento da frontelra agricola ea melhor utilizagio das terras ndo aproveitadas. — Aument a produtividade agricola pela introduglo de inova g8es teenolégicas adequadas as condigdes regionals — Intensificar a produgio de alimentos para 0 consumo in terno, de matérias primas para indistria regional © de produtos agricolas para a exportagio Felagio a0 quinto objetivo geral : — Dar énfase aos Recursos Humanos, tomados aqui em sua condigio de beneficiirios finais do processo de producio, ampliando a oferta de servicos finais e de cariter social, tais como Edueagio, Saiide, Habitagio, ete — Criar condipdes de melhoria de renda para os artesios, peseadores, pequenos industriais e agricultores mt — 0 mm PL Como continuagio do processo de programacio regional, 5.3 — Promover as medidas indiretas, dentro do Ambito de atua- fo da SUDENE, para a distribuicio da renda. 5.4 — Utilizar 0s incentivos 20s meio de promover a democratizagio do capi festimentos na Regifio, como 7 NO. DIRETOR Iniciado com © Le If Planos, 0 Ill Plano Diretor, mantendo as diretrizes basicas da politica de desenvolvimento dos documentos anteriores, procurard assegurar sua efe- tiva execucio ou corrigilas quando necessirio, e déles se diferencia pela reco- io de novas diretrizes ou pela énfase adotada para algumas outras. De fato, &ste Plano se caracteriza por : a) — énfase dada aos Recursos Humanos, encarados, indissolivelmente, como fatdres de producio ¢ beneficiarios finais do processo produtivo; b) — adopto de diretrizes definidas em problema do emprégo; ©) — maior participaco das comunidades locais de forma decisiva € consciente no processo de desenvolvimento; 4) — maior preocupagio pelos aspectos do desenvolvimento, vincula dos & melhoria das condigdes de bem-estar social; ©) — adogdo de uma metodologia que enfatiza os aspectos espaciais das atividades econémicas na anilise © na solue%o dos problemas regionais; f) — maior importincia 4 participagio do setor privado nas tarefas do desenvolvimento, particularmente, no que tange so. esforgo para aumentar os nivels de investimentos; #) — modificagao significativa na distribuicio dos recursos, seno dig- nos de registro a diminuicdo da participagio relativa dos gastos previstos na infra-estrutura, 0 ineremento nas dotagdes do sctor de Recursos Humanos © a ampliagao dos programas relacionados com a agricultura ¢ a industrializagao; h) — maior descentralizagio executiva das atividades da SUDENE. Implicitamente, que, por motives dbvios, no teve The € devido. levouse ainda em consideracio, no Plano, um problema no contexto dos programas, 0 realee que atual da economia agueareira, no Nor ‘Trata-se da situag: 0 dos Recursos Destinados « Inversées Segundo ax Fontes 1865/1958 ApwmxstRacso RECURSOS NaTURAIS Distmiauigéo seToRIAL 008 RECURSOS OA SUOENE NOS ME MH PLANOS i ia comengtes it Pine. ovetor HiR1H Pion Dirator este, cuja crise se vem agravando consideravelmente. Um grupo de Trabulho, de alvel interministeril, esti se ceupando no momento, sob a coordenseng da SUDENE, da andlise, em profundidade, da questto, Gumpre, todavia, esclarecer que no ¢ alribuigio da SUDENE resolver Problema tio complexo, porquanto © mesmo depende de transformagien Ya, aicals © inadiiveis na estrutura atusl da agroindistria do agdear, "$0 mpi citamente, por isso, foi éle considerado em alguns programas relacionados oon a Agricultura, notadamente os que dizem respelto a novas formas de orem zagio do setor agricola IV — RECURSOS © FINANCIAMENTO Para 4 conseeuglo dos objetivos colimados, 0 III Plano Diretor prevé, Dara o triénio 1966/1968, a aplicacio dos recursos constantes do quadto abaize Aistribuidos segundo as fontes de financismento ee (Em Crs blunses de 1960) DE ORIGEM NACIONAL . I 3.315 1. Setor privado eS 1.380 > indiste 920 Db) agrie 205 2 205 Setor pablico 2 1.935, 4) munietpios 150 Db) Estados See 485 ©) Unito aoe 1.300 DE ORIGEM EXTERNA (*) 5 510 TOTAL | 3.804 (2 Perevaenes «USE 255 mite. 0 volume total dos recursos foi estimado, tendo em vista a taxa de cres- cimento do produto bruto estabelecido como meta a aleancar e a relago incre mental capital/produto, por sua vez, estimada para a Regido em 2,8 Para a distribuigio pelas possivels fontes de financiamento, fem conta, de inicio, a eapacidade de inversio do sctor privado, avaliada da seguinte forma 4) — para o setor industrial, considerou-se 0 montante dos investimentos Ji programados © a massa de projetos em tramitagio na SUDENE; b) — para os setores agricultura © servigos, estimou-se a necessidade de formacio de capital, compativel com as respectivas taxas his térleas de crescimento, e admitiu-se como suas contribuigSes nos anos futuros: Foram_projetados os investimentos do Setor Pablico, discriminados por Municipios, Estados © Uniio, tomando-se as informagSes referentes aos anos 1963 © 1965, respectivamente, como base. Nestes, a participaglo da B é da ordem de 7 bilhies de crureiros. As hipdteses fundamentals wlilizadas foram as seguintes a) — as taxas historieas de investimento seri aumentadas a partir de 1965, como conseqiiéncia da clevagio do nivel da reccita, gracas & maior eficigncia na arrecadacio dos tributos ¢ A maior + nalidade na formagio da despesa publica b) — 0 volume das arrecadagées se elevario a Cr 850 ¢ Cr6 400 bilhs Fespectivamente, Estados © Municipios; ©) —as inversdes do Govérno Federal, erescerio, em média, relative. mente a 1965, a 6% no ano Nas estimativas dos recursos provenientes de setores « privados, levou-se em conta a existtncia de apreciivel massa de capital, de- corrente da eriagio de numerosos fundos por parte do Govérno Federal, como suporte a0 programa nacional de investimentos. acionais, pablicos A contribuigio externa merece culdados especiais dado so seu eariter de complementariedade © das formas complexas que caracterizam a mobiliza- do disses recursos. Foram consideradas, por um lado, as necessidades da Regifo em mocda forte para pagamento de servigos © equipamentos no estran- seiro, bem como pagamento de servicos pessoais decorrentes de missBes téenieas festrangeiras ¢ internacionais e, por outro, as disponibilidades presumivels dos organismos de cooperacio internacional 20 } ; | } | | | PARTE SEGUNDA A Economia do Nordeste | Capitulo 1 ANALISE DA ECONOMIA SITUAGKO ATUAL Ao término do It Plano Diretor, torna-se cada vez mais evidente a cor rego das disparidades que se vinham acentuando na década dos 50 entre 0 erescimento do Nordeste e 0 erescimento do Brasil como um todo Investimentos macicos do Govérno Federal na regio, através de gran- ‘des emprésas de economia mista, como a CHESF e a PETROBRAS, e a criacao do Banco do Nordeste do Brasil $/A, podem ser encarados, & primeira vista, como (os fatéres que contribuiram para impedir que se agravasse a tendéncia de uma Parlicipacio decrescente da renda regional na renda nacional. Concomitante- mente, os efeitos da nova politica do Govérno Federal para o Nordeste, resul- {antes da ago pioneira do BNB, e, mais diretamente, da SUDENE, permitiram, inclusive, que se invertesse aquela tendéncia de tal modo que, a partir de 1960, a participagio rélativa da renda do Brasil, como um todo, vern aumentando continuadamente y Tabela I Estimativa da Renda ¢ Populagto do Nordeste (1962) raat | rercuptn | onutgta | meng eter | ede perc] Ps oe ' ames fa Nordeste 791] 334 23,5 88 os 518 Resto do Pais 038 1000 Brasil | #3198.@)| 978 3 ; 23 EE a Comparada, entretanto, & renda per capita de outros paises do Conti- nente, a renda por habitante do Nordeste nfo atinge a 50% da do conjunio ia América Latina ¢, a nivel de paises, supera apenas a dos residentes na Bolivia, Haiti ¢ Paragual, € aproxima-se, sem alcangar, da renda média do equatoriane, Por outro lado, a renda nordesting, além de beixa, apresenta uma digiri- } duigio muito desigual, tanto no tocante as unidades politico-administrativas da Fegito, quanto no refente as camadas sociais da populacao, Sob o primeiro aspecto, é ilustrative 0 fato de a renda per capita do Piaul, o Estado menos desenvolvido da Regio, equivaler a 48% da rends média ‘de Pernambuco, o Estado mais desenvolvido. Quanto & distribuiclo de rene elas camadas tla populacto, nio se dispde de dados estatisticos que pertaltens compari-la com maior objetividade. Entretanto, pesquisas sobre 0 abestecs mento alimentar das grandes cidades do Nordeste, realizaias pelo Banco ilo Nordeste do Brasil $/A, em cooperario com a SUDENE, e, para o Recife, tamber Pelo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, revelarum ser’ bastenta clevada a concentragio das familias nos grupos de renda mais baixa t Tal fendmeno merece, sem divida, particular interésse. Com efeito, o Problema da distribuigio da renda emparciha, em magnitude, com o protic ae mma de erescimento da renda, nio s6 por motivos de bemestar social, mas. geal. mente pelos estorvos que uma distribuicéo acentundamente desigual ‘das recclieg da comunidade acarreta a expansio do mercado ¢, em conseqdéncia, 4 propria exDansio © diversificacio das atividades econdmicas, caracteristiess do pre, ceesso de desenvolvimento econdmico, ue toce & composiofo do produto regional, predominam, no Nor- deste, as atividades primérias que, em 1962, representarain 48 por’ cento ae sea valor. No mesmo ano, a indistria © os servicos contribulram, respective, mente, com 17 por eento ¢ 35 por cento do valor da producho regione! | t ae | 1s | TESA TSS WS TOST WH TED 1960 ESTEE Esta composicio do produto se reflete, também, na estrutura ocupacio- A Rends Pet Coli do Nordea, como Fecontogem nal. Pelos dados do Censo de 1960, mais de 60 por cento da populacao second. (Medic don Pertodos mieamente sativa se encontram no selor rural e um pouco menos de 40, por Cento no sctor urbano. Dai porque, apesar do considerivel incremento. que Se vem observando, em térmos absolulos ¢ em térmos relativos na populecta Pertenciam ao quadro rural, contra cérea de 55 por cento, no Brasil. escaltc, 8e porém, que de tOdas as regides brasilciras fol o Nordeste a que apresentea menores taxas de incremento da populacdo rural ¢ da, populaglo arty pectivamente 1,1 e 49), no periodo intercensitirio 1950/1960 Mais do que a situagio atual da economia nordestina, ora descrita de . maneira muito geral, interessa a anilise da sua recente evolugdo, pelos motives que se apreciam em seguida, EVOLUCKO RECENT Com feito, a partir da observagio de que continuam baixos os niveis de ends, nio se pode concluir que as medidas tomadas pelo scior piblice fomo investidor © coordenador dos recursos incentives, além da siteanig fayoravel do comércio externo e da resposta aos incentivos pelo setor indusiriay nfo tenham provocado na regio efeitos capazes de redusirém os desetects regionais. En 2% -_ Apesar das precirias informagSes de que se dispde, & possivel dedusir- se algo a respeito da evolugao da economia nordestina, em relagio 20 sistera econdmico brasileiro A anilise da participagio da renda do Nordeste na renda interna do Brasil poe de imediato em destaque © maior crescimento daquela reste nee Altimes anos. Com relagio & renda per capita do pais, a perceniagen are sentada no perlodo de 1950/1952 foi de 46 por cento, verificandoes uma ne, ducio para 438 por cento no periodo 1953/1956. Ji em 1957/1050: cove per, ‘centage alcanga o mesmo nivel dos primeitos anos desta s superando-a nos anos 1960/1962 com uma participagie de & Tabela II ilustra a evolupio da econon vimento que tiveram nordesti 1960 a 963 pelo menos, mas, também, em virtade da redusie de cect Teleado para a economia brasileira e 0 resto do pals, a pert do nent Gam, iMlutnela no maior crescimento da renda per capita’ do Nordese cpg de @ populagio desta regio apresentar uma’ tae ne que a verificada para o Brasil, £ conventente obscrrar gue dictonceatt Goleta de dados para os edleulos da renda interna da reeito oe Gsionaram de certo modo as percentagens oblidas, sem contule Ieeaniee, comparagio atual remento menor fas melhorias intro- Tobela It Participardo da Renda do Nordeste na Renda do Brasit ¢ Resto do Pais Percentagens médias nos Periodos ESPECIFICAGKO 1950/ 1960/02 1. Renda interna do Noreste ob | bre renda interna do'Brasi'-- | 104 | 145 | 150 | ang 2. Renda interna total do Nordes- | te sdbre'n renda tatersa dr tee 15 to pale fecal erga eer 3. Renda interna per capita do Nordeste sobre ‘renda “interna er capita do Brasil 3 | 4s | 46 | see 4. Renda interna per capita do Nordeste’ sobre ‘tenda “interna er capita do resto do Pals, 95 | 348 37,1 26 Na série de anos que vai de 1950 a 1962 & possivel distinguirem-se dois subperiodos. No primeiro, de 1950 a 1960, obteve-se uma taxa de eresementa 4m tomo de 2.55% por ano, per capita. A éste se sequiu outro que val de 1960, quando se iniciou efetivamente a recuperagio da grande séea de 1998, até 1962 Neste ultimo periodo aleancou-se uma taxa anual de crescimento’ dare interna per capita de pouco mais de cinco por cento. Na realidade, a registrada até 1963 teve inicio em 1959, Para compreender melhor tal eresch, mento, note-se que, renquanto o Nordeste obtinha essa taxa, a economia bra, sileira, influenciada ainda pelo processo de substituicio de importagaes, crescia ‘em térno de2,9 por ano, que é uma taxa de crescimento significativa, Com a finalidade de melhor apresentar as tendéncias da economia nor destina ¢ brasileira, nos iltimos anos, foi claborada a tabela abaixo, na. qual @ variagao anual dos indices de renda per capita € expressa em tirmos de médias méveis trienais, com 0 objetivo de reduzir as oscilagses anuais Tebela I Indice da Renda Interna per capita do Brasil ¢ do Nordeste (+) (1956 = 100) NORDESTE } BRASIL. | ANOS vanagio | vanagio 1954 90,0 935 = 978 19 908 35 100.0 22 100,0 1008 os | ose 1958, 28 3 | 1959 | 19 990 1960 | 29 1053 | 1901 30 1124 1962 17 1192 6a a) i Para que a economia, em seus aspectos gerais, apresentasse ésse crescie Imento, 0s setores componenies evoluiram como se descrevert a ceouis 4) Setor interno Agropecnéria — A producto agropecudria do Nordeste apresenta Intenso mame de expansio nos anos recentes. Considerado 0 periodo 1955/1902, a tase média anual de erescimento acumulativo é de cérea de 4.79% sa eaace crescimento da producto agricola é superior ao da producto Pea yeits dt ineremento mais baixa da pecuéria concorre pare are ricci cp trodusto agropecudria como um todo. Em 1902, a prodiee aicola spresentiou com relacio a 1955, um incremeato de 43%, enone s ‘aumento da producio pecuéria foi apenss 22%. No gue se refere estritamente A produgio agricole, © quantum da pro- lucia de alimentos apresenta incremento bastante superior ao da product ig iimactzPrimas para a inddstria e para exportagio. Em 1962, a producto do Shimenion mostra, relativamente a 1955, um incremento da ordem de’ 26, porvento,@ aumento da producéo de malériasprimas € de 37%. Verificece, Por couseguinte, uma mudanca na composiedo da preduglo agricola, ex fant, cor eeneres alimenticlos. Abstraido o algodio, que continua aeupsade oy Fe mattt 0 Nalor da producto agricola, em 1960, a cana de agdear ecapory 227 IMEI no valor corrente da producto agricola, com cérea de 11% de Ma Meenas mandioca bavia passado ao 2 lugar. O terceiro produto, em odes soarrarimis de lmpoftincia, era o feo, c om 4° lugar surgia u cane de anon 40% do valor corrente da produgio. saujante © perlodo 1955/1962, nfo hé eumentos significativos na produ: SriMade do setor agricola. 0 crescimento da agricultura do Nordeste nese tien Si intense, através de expansio da area de cullivo e do numero de nessa Saupsdas. A area cultivada com 15 das princtpais culturas do Nordeste someon Sea ae gimire 1985 ¢ 1961. 0 aumento da producto agricola no meme mane, go § de 37.6%. Um tipo de erescimento “eatensivo” fol, portanto, a forsee heey eeiultara responder os estimulos criados, pelas inversbes do. govérne: pela frBorawDes © velo desenvolvimento do setor industrial, Sem “cose seaheres Rrrorivel, por parte da agricultura, nio teria, provivelmente, side peeed dagftmomla nordestina erescer como erescea nos ance recentes, tar Vises tg 48% do produto regional provir désse sctor. Entre 0$ produtos agricolas mais importantes do Nordeste,o sisal & aquéle gala Producio mais rapido se expande no perfodo 1955/1962. Considerndos apenas os principals géneros alimenticios, 0 arroz € 0 produto ie do incremento, A Produeio do cacau deeresce nos periodos mais recentes. Em 1962, fis produsto fisica é 14% inferior a veriticada na média dos anos 1954/1990 Eure os géneros alimenticios, a mandioca & o de ritmo de incremento mals lente, Fim 1962, sua produsio @ apenas 20% superior & verificada na media dos ancy 1954/1956. | fsse aumento foi aproximadamente igual ao que se estima pare a opulacio do Nordeste no mesmo ano. ritmo, Indéstria — Dos setores produtivos da economia do Nordeste, a indis- tra ¢ ainda © de menor signiticacdo, seja como gerador de rends, scla como fonte de emprégo. Entretanto, a répida elevario da renda do Nordeste, nos ditimos anos, fem sido motivada, também, por um intenso erescimento da indistria, o gecl fol propiciado por inversies macicas em infra-estrutura, com a resultante crises de economias externas, e pelos incentivos do setor pablice, Entre 1956 e 1962 0 incremento da produsio industrial, em térmos reais, fol de aproximadamente 54%, © que corresponde a uma’ taxa geom anual de 7,5% Na produgio industrial do Nordeste tém predominado, tradieionalmente, 4 indistria de produtos alimentares ¢ a industria téxtil. Algumas transformater, porém, estio ocorrendo, embora sem moditicacdes significativas ne coteccan do sector seeundatio da regiao. 8 de esperar-se, todavia, que a0 entrarem em funcionamento os grandes Projetos da indistria quimica e siderirgica, a estrutura industrial do Nordects sofrerd transformacées significativas D) Setor externe Com referéncin ao comércio exterior, que desempenha papel relevante na economia nordestina, sobretudo no que diz respelto ao setor primarto, as expos tages totais tiveram um comportamento favorével no perlodo 1990/03, en, Hinuando, assim, s recuperapio ja observada u purtir de 4099. Nao corre, artir dai, grandes oscilacées, havendo mesmo tendéncia ascendente. rele yenos até 1963. Devesse ter presente que, a respeito dessa tendéncla verificada para o total dos bens exportados, se tem observado flutuacses acentuadas para vicics os produtos da pauta de exportacio, quando tomados isoladamente, "0 canny dos mais importantes, € © produlo que sofrea maior redugao na quantidade exportada : mos anos de 1962 e 1963, encarados separadamente, ¢ com referencia 0 ano de 1956, exportou-se apenas pouico mais da ielade 0 algodio © 0 agiicar tiveram aumento considerével no quantum expor ado, em comparacio aos inerementos para o fumo e para o agave, 0 volone das exportagdes déste Ultimo produto no periodo 1996/63 ascendeu em apron ximadamente 20% De modo geral, nos dltimos anos do periodo, 0 Nordeste intensificou as exportagses, tornando-se, por consequinte, mais sensivel as oscilagdes gersl, mente verificadas no comércio de prodatos primirios tropicals, B de notar, finalmente, que, no periodo estudado, as importagdes do Esterior, pelo Nordeste, decresceram em quantidade ¢ valor. Isto se deven, em grande parte, a0 fato de o Nordeste ter aumentado, considerivelmente, ag suas importages do Centro-Sal do pals. caPtruLo ALISES SETORIAIS 1. SETOR INTERNO a) Agropecudrta Segundo as estatisticas disponiveis, a produgo agropeeudria do Nordeste, térmos reais, eresceu 4 taxa média anual acumulativa de 5,0%, no decénio 1962, © 4,7% quando se considera apenas 0 periodo 1985/1962. ‘A taxa de 47% ‘a0 ano, para a producio agropecuiria, resulta da compensagio das taxas de 5.2% para a produpto agricola propriamente dila e 29% para 4 produgdo pecuaria, em 1955/62. A produpio pecuiria tem mostrado, portanto, tum ritmo de ineremento inferior a0 da produglo agricola, reduzindo a taxa de erescimento da produgio agropecuiria total Para possibilitar uma comparacio, convém referir que a produgio agr! cola do Brasil, em térmos reais, cresceu & razio média de 4,0% entre 1947 € 1954, € 4.8% no periodo 1955/60 Dada a importaneia da agricultura na economia do Nordeste (48% de pare ticipagio na renda interna regional), foi o aumento da producio agricola um ddos varios fatéres que permitiram a essa regio elevar sua posicio na renda interna do Brasil, a partir de 1960 __Avanilise do erescimento da produgio agricola revela que a producto de géneros alimenticios eresceu mais que produgio de matérias prime para 4 indistria © a exporiagio.Rsse fat, que pode ser observado através da Ten hela V, devese aque @ expansio da irea de caltivo temte verllicade. em maior excala nas calturas de gincros limenticios. Desea forma, © arron, cule ado principalmente nas Areas de expansio da fronicira agrcsle, calse oo produtos importantes da agricultura do Nordeste, o que apresenta @ maior incre mento entre 1955/02. Por outro lado, as eulluras dle malcrias priman, pratica, das com maior sentido comercial, tase detrontado com prevos to predvtor ae declinam em tlrmos reais, pelo menos até 1962, © quantum da producso de alimentos, segundo a Tabela V, cresceu 40 longo de todo o periodo 1952/02, com excegio do ano de 1958, marcado pela firregularidade climitica. Em 1962, a quantidade de alimentos € de 2% maior ue a produzida em 1965, ano tomado como base em virtude de suas caracte- Fisticas de normalidade. Como o ineremento demogritico entre 1958 c 1962 se estima em 17%, resta uma ampla margem para fazer frente A demanda adicio- 0 saat nal gerada pela clevacio da renda, através dos coeficientes de clasticidade renda da procura. Conquanto as informagées sire ereseimento ¢ distribuigto da renda no Nordeste ndo possibilitem conclusses seguras, 0 ritmo de ineremento da pro- dugao de alimentos nfo seria insatisfatorio, se os excedentes pudessem fluir nor- malmente de sclor rural para os centros urbanos da Regio ¢ ser armazenados para prover as necessidades da entressafra. que se pode afirmar, com base nas fstatisticas disponiveis, ¢ que o aumento dos precos dos alimentos a0 consu- midor nas grandes cidades do Nordeste nfo se deve inteiramente & escassez de produeio, mas, em boa parte, & distribuicdo e A comerclalizacio. As elevadas perdas de comercializaga0, os custos de transportes, os lucros dos intermedi- Hos © © nimero déstes, muito concorrem para 6 aumento dos precos dos ‘géneros alimenticios ao consumidor. 0 erescimento da producto de gtneros alimenticios nfo se verifica com ‘a mesma intensidade para todos os alimentos, como demonstra a Tabela VI. 0 faamento da producto de mandioca, por exemplo, 6 inferior ao da propria po- pulagao do Nordeste, no periodo 1955/62. Esse é 0 alimento mais consumido hha Regifo, constituindo a base da alimentagio preponderantemente energética das camadas da populacio de niveis mais baixos de renda. 0 erescimento {da producio désse género alimenticio ¢ insuficiente, razio pela qual 0 seu pre¢o fo produlor é 0 que apresenta o maior aumento, em térmos reais, relativamente A média de 1954/1956. como se pode ver na Tabela VII. 0 fellfo, o arroz eo milho sio 0s alimentos cuja producio tem creseido rapidamente. exame dos dades sbhre 0 comércio de cabotagem evidencia que, até anos recentes, o Nor- deste apresentou saldos favordvels de exportacio sdbre importacio para fel arroz ¢ milho, como se pode inferir da Tabela VII As exportasdes e importacoes de alimentos, por parte do Nordeste, sbmente poderiam ser determinadas com seguranga através de um levantamento de coméreio por vias terrestres, para o qual nfo existe registro eslatistico. Entre tanto, caso 0 Nordeste apresente, de fato, em anos normals, saldos de exporta- go de alguns géneros alimenticios, como indicam os dados da Tabela VIII, stbre coméreio de cabotagem, isso se deverd as caracteristicas do sistema de Aistribuigio e comereializacio, coadjuvadas pelos seguintes fatBres : concen tracio da oferta agricola no tempo; perecibilidade dos géneros; falta de capa- teldade fisica de armazenagem; e, sobretado, inexisténcia de uma soma de capi- lal de giro necessario 4 formacio de estoques, na safra, ¢ sua manutencio para fas necessidades de todo ano. Sio principalmente ésses fatbres que provocam 4 elevagio dos precos dos géneros 20 consumidor, na entressafra, ainda que a safra haja sido abundante. No periodo 1952/62, o crescimento da agricultura do Nordeste foi de tipo “extensivo”, tendo como fatOres a expansio da area das culturas ¢ 0 ‘aumento na mio'de obra ocupada. A area ocupada pelas 15 prinelpais culturas dda Regio aumentou em 3456 entre 1955 © 1961, enquanto a producto agricola total, no mesmo periodo, eresceu em 37%. O exame dos rendimentos fisicos, por unidade de drea, pode ser realizado, por cultura, na Tabela I at Como demonstra a referida Tabela, nio houve modificacdes substanciais rodutividade, deve-se a falta de inversdes para clevar a eapacidade de produ. tividade, em certas areas, seja pela agregacto de novas terras (como no Estado do Maranhio), seia por possiveis melhoramentos tecnologicos, fol ‘negativa mente compensado pelo desgaste a que a exploragto continuada ¢ irracional submete a mafor parte das terras do Nordeste © tipo de crescimento extensivo, experimentado pela agricultura do Nor- deste, no periodo considerado, simente fol possivel gracas a existéncia de ceria ‘margem de terras para expandir a drea em cultivo. Outra condicao importante, tendo-se em vista a sua rapidez, € que o desenvolvimento dos setores urbanoy no vem apresentando condigdes para absorver com a devida intensidade a mio de obra do setor primério © aumento da producio agricola, a niveis mais ou menos constantes de Produtividade, deve-se 4 falta de inversbes para elevar a capacidade de proda. G0 dos fatdres terra e mio de obra Apesar da existéncia de certos estimulos, como os representados pela elevgcio dos precos dos. produtos agricolas nos mereados, as inversdes ‘mie se Fealizam em virtude de virios obsticulos, que residem principalmente na estrutura agriria ¢ no sistema de comercializacto, A estrutura agréria da Regio desestim Delos seguintes motives « la as inversdes na agricaltura ) a falta de segurangs, que tem caracterizado alé 0 presente as rela- ‘ees com os proprietarios, desencoraja os nio-proprietirios (rendeiros, parcel. Fos, ete.) a realizarem melhorias na capactdade produtiva, desde que no ha ga Tantias para usufruir os resultados. Ademais, na hipdtese da realizagio de me. Ihotias, o proprietirio, através da pereepeio de parte da colheita, como renda dda terra, se beneficiaria sem haver eontribuide para as referidas melhorias € b) © pagamento da renda da terra, sobretudo em pequenas exploracbes, de produtividade reduzida, deprime a renda dos nao-proprictiries (rendciron, Parceiros, ele.), mantendo-os a um nivel de vida em que 0 esférgo para sebre: viver elimina as perspectivas de progresso ©) 0 contexto em que se insere o Ia ‘indio habitua © proprietirio 4 viver das rendas reeebidas de parceiros. Isso 0 torna avésso is responsabilic dades administrativas, que so pressupostos de uma produgio agricola, racional, Tevando-o a tranferir a parceiros e “rendeiros” 08 riscos ¢ custos das culluras, sobretudo anuais Outro importante obsticulo ao desenvolvimento da agricultura do Nordeste € provocado pelo sistema de comercializacio. Por constituir setor de erescimento Induride, © progresso da agricultura é determinado, em grande parte, pelo ue ocorre fora da agricultura. Sabe-se que um dos estimulos ao aumento da roduc agricola deriva do incremento da demanda, gerado pela industrialle zacio € pelo desenvolvimento das atividades urbanas, Para que ésses estima 32 Jos, sob a forma de elevagio nos prepos agricolas, possam operar, & necessario ‘que alcancem 03 produtos agricolas. Mesmo atingindo os agricultores, tals festimulos se defrontam com alguns fatdres que emprestam rigide: a oferta agricola, como é 0 caso da estrutura agriria, entre outros. Mais grave se tora a questio, quando os estimulos, representados por maiores precos 20 nivel do consumidor final, sio intereeptados pelo sistema de comertializacao. Bste ox absorve na forma de maiores lucros, impedindo-os de chegar aos agricultores, AAs deficiéncias do sistema de comercializaclo ¢ distribuigio constituem, portanto, sério obsticulo ao desenvolvimento da agricultura, Para que 0 prot Gutor agricola se disponha a realizar melhorias ou comprometer recursos ema inversdes, é imprescindivel que Ihe seja assegurada a possibilidade de vender os seus produtos a precos compensadores, pois disso, bisicamente, depende a ren. fabilidade de seu esforco. A comercializagio também prejudica o desenvolvi- sarece © abastecimento de ainda quando 2 produedo alimentar esti em mento da economia como um todo, pois reduz e ef alimentos aos centros urbanos, cerescimento. Tabata TV Niimeros indices da produedo real agropecudria (1952/61) NOMEROS INDICES (1955 = 100) 1 | Tar 1 | | bse | | | secoung | Ystam zona | axensnero vacuima | DA'moougio | ‘ncesroat E | bs a pe | zal ous a iss | 25 4 | oy ap ie | os oo | Daa 1985 1000 we) cS ise | i013 ims | G35 is | 20 mse | COR is | sa ast | (} ate i850 13 wo | Soe ise iar ion | te 4901 ties 1302 ° ice 1319 it | a 8 Ponte doe dadoe Mics + Anvdrio Rata neo Drasl — IBGE — Servge de Batata da Pro- ‘tue ~ Maruti ~ Grupo de Proeramacio Agri da SUDENE, 33 ee e Tobia ¥ A ata INDICE DE QUANTUM DOS PRODUTOS ALIMENTICIOS E DAS MATERIAS a = 2G PRIMAS PRODUZIDAS NO NORDESTE. (1) 5 oat (1982/1962) 2 i INDICES (BASE : 1955 = 100) | sed PR LIMENTICH | MATERU uM R 83,9 798 2 i i : 101,8 95,9 = < 1145 1100 é Bos 88,6 95,6 s s s - s —_-—~ }j caté 100) 1A 0 cr 133 162 100 QUANTIDADES DO NORDESTE, 1952 1954 1956 1958 1959 1960 1901 1962 esproirieacirs 0 conincro Exports, Importagio Salto (3) Exportagio Importagao Saldo Exportagio Importagio Salo Exportagio Importag Saldo Salo Exportasio Inport Saldo Exportagio Importagae Saldo Exportagai Importacio Saldo Exporta Tmportay Exportacio Importagao Saldo TEXPORTACOES SORTADAS E IMPORTADAS, PELOS poRTOS DE ALGUNS GENEROS ALIMENTICION QUANTIDADES (4 1.000 10m Derontacoes + SSO SS SMS TSE 38 "PAIS CULTURAS DO NORDESTE (1) ICOS MEDIOS (TON/HA) DAS 10 P g\/323 a ale] s cB caer a 2 gfe NOMEROS f 101 98 11 99 te me casio: b, Indastria Historicamente, a inddstria constitui uma atividede importante na form: ‘elo econdmiea do Nordeste. Note-se, por exemplo, a existéncia de uma Indus, tria de produtos alimentares de vulto, como a do agiicar, desde bpocas rennin da historia da Regito. 4é no século XIX, existia no Nordeste uma indiistria t8xtil de apreciével eapacidade de producto, embora nio tenha sido capaz, em época recente, de acompanhar 0 progresso teenolégico. A politien de incentivos A industrializacse, por parte da SUDENE, encontrou, assim, no Nordeste, uma base industrial made Aespresivel, comparando-se essa Regio com outros paises ou regides de carat, teristicas semelhantes. Os efeitos dos estimulos & industrializagio eriados, no Nordeste, pelo BNB ¢ posteriormente pela SUDENE, comecaram a ser sentidos a parlir de 1900, ¢ ainda mais fortemente a partir de 1963, época da aprovagio de II Pla, no Diretor. Nerificase que a experitncia da SUDENE, em virtude dos dispositivos legais insttuldos, inieialmente com a sua constituigdo, através da Lei nt 2.602/99, © posteriormente, ampliados nos I ¢ II Planos Diretores —— Leis n's 3.905/¢1 6 4289/63 — coufirua a hipotese de que a crlagio de incentives ca sua corele Administragio permite atrair investimentos privados para 0. Nordeste cc, nivel cépar de influir positivamente para elevacio da renda edo emprége na Regiio, Assim € que a posicio relativa do Nordeste nos Investineney Iindustriais do Pats tem aumentado ¢ a SUDENE vem seado crescentemonta chamada a analisar novos projetos industriais que Ihes slo apreseatados, con, forme se percebe na indieagio constante da tabela onde estio configtratos © projetos até agora aprovados por esta Superintendéncia, de 1960 4 1904, ¢ compreendem investimentos destinados & modernizagio c/ou ampliagao "de indidstrias existentes ¢ a instalagio de novas unidades industvigis Conforme se esclarecerd oportunamente, nfo se pode afirmar, entretanto, que tsse processo de promocio industrial, Jd tenha aleangado was tea og ue o seu prosseguimento independa dos subsidios governameatals. © desenvolvimento industrial do Nordeste encontra-se ainda em fase inci= lente. A industrislizacdo tem-se processado sobretudo através da_substitulgie de imporingdes, quando a amplitude do mercado regional permite prodesin iva mos de economicidade, os bens industrials que o Nordeste compraria ao Gentro-Sul © a0 Exterior. © tempo decorrido desde 0 inicio de uma polities de industrializagio mais agressiva nio permitiu, ainda, que as inversoes de maior parte maturassem de modo a crescer o produto industrial da, Regilo. Os efeitos de tais investimentos t#m-se manifestado principalmente através des mecanismos do multiplicador, expandindo a demanda moncliria do. Nordeste Na Tabela XI, com informacdes sobre a estrutura da indistria, estabele- cose comparacio entre os anos de 1958 ¢ 1962. Em principio, observe-se que 39 tma_anilise de apenas dots anos nfo permite conclusses seguras. Tels limi: teobes todavia, nfo invalidam os dados da tabela, como fonte de infocan tes sobre a indistria nordestina, 138.390.670 A Indistria mals impartante do Nordeste, do ponto de vista de parti pesto na produclo e no valor agregado do selor industrial, & a de proteins slimentares. Quanto 4 participacio no volume total de emprégo, enieciunee & indistria texill tem a primazia. Seguemse, em ordem de imporiicce a” erescente, a indistria quimica e a de minerais nao meriiecs Os dados comparados nio revelam mudangas de significagio na estrutu: a da indistria do Nordeste, desde que nio houve ainda tempa pare © ree, Facto dos grandes investimentos. £ de suporse uma aparente clerapin i Produtividade da mio de obra do selor téxtil. Enquanto 0 volume de onoron 30,392.577 NE NO PERIODO 1960.64 g fal 2) dearetce de 37% para 31% s0bre 0 total do setor secundisie eS, 5 eet =e ES to alor da produto e eleva de 28 parn 20%, uo valor area wena a eS Ses Pa = deat 27%. Entretanto, 36 a consulta a outros indicadores permitiria eovchuin, cote a se} 25 8, 28 =a Guranct, se houve moditicagdes significalivas nas teenicas de prodector ae 5 BS gact| Sea ate Z8 Bie] distria text z/2| #6) = #3 3 | Crs telaco no total de india words, 6 interesante observer que Ele a} ‘a média de emprégos por estabelecimento com cinco e mais pessoas reduziu-se Siena isa de 1 para 29 emprésos. de 1958 para 190; enconety eaae a aa se * oe “180 gava 88. Por outro Indo, deflacionando-e a produeae indacrity a a - 3 =] sala de produto indusriat dn Fandagio ttio Verges oleae oe es Z3 g 2 : ‘ 1962 um ‘rescimento da ordem de 48% aproxinalamest wa goa eae 28 Z aoe ks ' Anoese, abe, que neste memo periods vole an arta a ea & gados, ressalte-se) cresceu a 74%, no mesmo periodo. 2 ee: —_ | S Pe spS a| hora 1958 tenha sido um ano anormal para a economia nordestina | eee | = Podese verificar que © erescimento industrial se esta procestundy dene as g & 82 88 5 i Bio tem Implicado, lé 1962 pelo menos, em ume maior diaewan ane ee e So gig) 408 2 lesimentos industrials em termos relaivos: de profane ae oe cae = anata, we 2 ‘ft Glonat ait Producto industrial, € certo, mas com um ndmero mals que propor z i: tional de estabelesimenion g aasieuaua =e a om reterénla ao problema do volume de emprtse, as atirmages aio 5 5s Yilidas quando se relaciona 1956 com 1962. Neste perlelo, 0 aemaetes 0 z 7 git Broduslo cresceu x 45%, os esabelecimentos em 30% C0 vals ort 2 | 2: ae te concen escrrese orem, que a partir de 1957 houve algumas modificaptes E é 3 { Ba conccituacdo de estabeleclmentos indusiriais, 9 que de carlo moda, Meee, BS | eft F a| a 3 Z| pau I I & | ke coor 2 8261 YNLLSHCUON VIL mx Pre vunanisa 2 Tabele XI (Cont) “ Bste tipo de erescimento da producdo industrial, com poupanca no vo: lume de emprégo, além de nio distribuir progressivamente 0 produe Bio apresenta condigées para absorver 0 excedente de mio de obra fente no meio wrbano, problema que tenderi a agravar-se, nos proxies snoe, tanto pela migrasio rural-urbana como pelo creseimento vegclativo dav pone, Ingdes das cidades 2. Selor Externo A exportasio nordestina apresentou maior constincia no seu compor- famento no perfodo 1956/1963 do que nos snas anteriores, sobretudo os com. reendidos entre 1948/1956. Sido nitidamente ascedentes suas tendénclas, fea caracteristica evidencia-se quando se leva em consideracao a instabilidade oe ralmente verificada no coméreio internacional Primério, principalmente das resides tropicals. Jé com respeito as impor lagdes a tendéncia observada ¢ de acentuado declinio. A tabcla seguiate ron firma as observagies anteriores. ira os bens originados no setor Tabela XO Indice do Comércio do Nordeste com 0 Exterior (1) Nee rears foomes | avian) a 1 ee 1957 | 129,3 133,3 1961 | 160,1 83,1 1963 | 1511 849 | PONTE: SEAL (1) lta partir doe valores em dtr 6 Dois"sio 0s fatOres principais a que se deve tal comportamento das exportagies a) melhoria nos pregos de alguns produtos no comércio internacional provocado quer pelo aumento da demanda externa, quer pela quebra de equilibrio do mereado externo por circunstincias politicas, como 0 caso do acicar cubano. b). taxas de cimbio favoriveis ao exportador da Regiio. Na verdade, com referéncia a Gste Gltimo, houve um incremento mais significative nos {indices da taxa média de cimbio e nos indices de prego dos principals pro- utes da exportacio que nos indices dos pregos por atscado (exclusivo ¢ do café), os quais, supde-se, representam os pregos internos para 0 conjunto da economia brasileira. sse incremento foi real, mesmo no caso dos produtos eujos pregos internacionais foram reduzides, como 0 eacau © algodio. Res: salte-se sinds que tais elementos sio vélidos apenas para o periodo anterior a 1964, pois a partir dai o setor externo nordestino preseneiow mudangas. im- portantes nas suas tendénctas. Tabela Xa Indices da Taxa Média de Cambio e do Preco de alguns produtor de Exportacto do Nordeste (em Cr e USS) ixpice | ixpice | ixorar no aeco | ixprce 00 rauco | ixpice no wRECO Dx taxs loo MMEco) 00 AGCCAN | MEDIO BO CACAU |StBDIO DO ALCODSD Ax 0 aor be| Pon ar i a @) | Gre | ens | uss | cas | ust | cas | use i cari) { | | i 1950 | 1000} 1000 | 1000) 1000 | 100.0) 1000 | 100.0 | 1000 1957 | 110.3) 1143 | 1541 | 122.2 | 1988] 1195 | 1795 | 1749 1958 | 1204] 1308 | 1299/ 87,5 | 1553 | 1623 | 1835 | 1925 140,3 | 592, 1959 | 200.8 139 | so2| 2290 1960 74 | ant | 1039 | sues | 126.7 1961 sso srt) sa. | 7198 | 1304 1962 1048 | 5315. | ss [1.0055 | 126,7 1908 13555 |1.221,3 | ost | 2002 | 850 A significagio désse incremento da taxa de eimbio pode ser resumida 4) atuou como incentivo importante para o aumento das exportagdes regionais, compensando, inclusive, a reducio dos precos internacionais de alguns produtos; b) representou uma transferéncia de recursos para o grupo exporta- dor pelo aumento dog pregos relativos dos seus produtos em comparaciio com fs pregos de conjunto da econon ©) implicou em uma mudanga nas tendénelas anterformente ve- rificadas de transfertnelas de recursos do Nordeste para o Centro-Sul, reallzada através do procedimento, adotado por aquela regido, de ulilizar internamente © saldo comercial obtido nas transagSes com o Exterior Sio relevantes os problemas das transferéncias para a compreensio désse importante setor da economia nordestina, F a mudanga de tendéncia verificada para as transferéncias que devem ser entendidas, nfo como uma cessio de recursos fie sicos, ou como fluxo monetirio de um setor a outro, mas como um ganho obtido nna relagio de troea motivado pela alteragso relativa dos precos, adotando-se a metologia do diagnéstico que serviu de base a0 I Plano Diretor da SUDENE, festima-se em 142 milhoes de délares a transferdneia de recursos para o Nordeste nos periodos 1956/63 — origem dessa trensferéncia encontra-se no aumento do poder de compra da regio, fundado, por sua vez, na desvalorizacio da moeda Implieita nas texas de cAmbio que Ihe foram favordvels. & importante assinalar que no periodo 1948/36 a reducio do poder de compra, desfavordvel a0 Nordeste, foi calculada em 167 milhdes de délares. & provivel que parte substancial dessa vantagem do exportador nordestino tenha sido empregada na ampliacio da area cultivada para a produgo de bens exportaveis, 0 que, diante da contragéo recentemente observada no coméreio, exterior de alguns’ produtos, como 0 agear, ter concorrido para agravar a crise parcial do setor externo. Outro tipo de transferdncia fol a verificada em relagio ao exterior. Aliés, foi dito anteriormente, e a segunda tabela desta secgio confirma que a melhoria dos precos dos produtos exportados sobretudo se verificou em relagio aos precos internos, motivada pelas novas taxas de cimbio adotadas. No que se refere aos pregos internacionais dos principals produtos, obser- ve-se que somente 0 agave ou sisal, nos quatro dltimos anos de perfodo, supera- ram 0 nivel aleangado em 1957, de acdrdo com os dados da Os demais produtos, de modo eral, tiveram seus presos reduzidos; 0 cacau de 693 dolares por toneladas em 1957 alcanga 582 em 1963, a céra de carnaiba, de 1560 reduz-se para $99 d6lares, a mamona de 254 cal para 226, para os a

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