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CONVIDADOS AO BANQUETE DAS BODAS

– É o próprio Cristo quem nos convida.

– Preparar bem a Comunhão; fugir da rotina.

– Amor a Jesus Sacramentado.

I. MUITAS PARÁBOLAS DO EVANGELHO encerram uma chamada


insistente de Jesus a todos os homens, a cada um conforme umas
circunstâncias determinadas. Hoje, o Senhor fala-nos de um rei que preparou
um banquete para celebrar as núpcias do seu filho, e mandou os seus criados
chamar os convidados1.

A imagem do banquete era familiar ao povo judeu, pois os Profetas tinham


anunciado que Javé prepararia um banquete extraordinário para todos os
povos quando chegasse o Messias: preparará para todos um banquete de
manjares deliciosos, um festim de vindima, de carnes gordas e medulosas, de
vinhos velhos sem depósito2. Este banquete significa a plenitude de bens
sobrenaturais que a Encarnação e a Redenção nos trariam, bem como o dom
inestimável da Sagrada Eucaristia.

Jesus põe de relevo nesta parábola como muitas vezes correspondemos


com frieza e indiferença à generosidade de Deus: Ele mandou os seus criados
chamar os convidados, mas estes não quiseram comparecer. O Senhor relatou
a parábola com pena, pois tinha diante dos olhos as inúmeras desculpas que
os homens lhe dariam ao longo dos séculos. Os alimentos preparados com
tanto esmero ficam abandonados na mesa do festim e o salão permanece
vazio, porque Jesus não coage ninguém.

O rei enviou novamente os seus criados: Dizei aos convidados: Eis que o
meu banquete já está preparado, os meus bois e animais cevados já estão
mortos, e tudo está pronto; vinde às núpcias. Mas os convidados não fizeram
caso nenhum: foram um para os seus campos, outros para os seus negócios. E
houve quem não só se recusasse a comparecer, mas se se insurgisse contra o
convite, pois alguns lançaram mão dos servos que o rei enviara e, depois de os
terem ultrajado, mataram- nos. Reagiram com violência aos convites do Amor.

Jesus convida-nos a uma maior intimidade com Ele, a uma maior entrega e
confiança. E chama-nos todos os dias para que compareçamos à mesa que
nos preparou. É Ele quem convida, e quem, além disso, se dá a si próprio
como manjar, pois este grande banquete é também figura da Comunhão.

Jesus é o alimento sem o qual não podemos subsistir, é “o remédio para a


nossa necessidade quotidiana”3, fora do qual a nossa alma se debilita e morre.
Oculto sob as aparências do pão, espera todos os dias que nos aproximemos
d’Ele para recebê-lo com amor e agradecimento: O banquete está preparado,
diz-nos a cada um... Mas são muitos os que se ausentam, os que não avaliam
suficientemente o supremo bem da Sagrada Eucaristia; deixam de atender ao
convite do Senhor por motivos banais.

“Considera – exorta-nos São João Crisóstomo – que grande honra te foi


feita, de que mesa participas. Aquele que os anjos olham com tremor e que
não se atrevem a olhar de frente pelo resplendor que irradia, é o mesmo de
quem nos alimentamos, com quem nos fundimos e nos tornamos um mesmo
corpo e carne”4.

Os ausentes são numerosos, e por isso o Senhor espera que ao menos


nenhum dos seus íntimos falte ao festim. Com uma intensidade que nem
sequer podemos imaginar, deseja que estejamos presentes para recebê-lo com
muito amor e alegria. E envia-nos em busca de outros: Ide às encruzilhadas
das ruas e, a quantos encontrardes, convidai- os para as núpcias. Espera
muitos, e envia-nos para que, mediante um apostolado amável, paciente,
eficaz, mostremos a tantos amigos e conhecidos a enorme alegria que é ter
encontrado o Senhor. Foi o que provavelmente fizeram connosco: “Ouvi de
onde fostes chamados: de um cruzamento de caminhos. E o que éreis então?
Coxos e mutilados da alma, que é muito pior do que sê-lo do corpo”5. Mas o
Senhor teve misericórdia de nós e quis chamar-nos à sua intimidade.

II. NÃO PODEMOS apresentar-nos diante do Senhor de qualquer


maneira. O rei entrou para ver os que estavam à mesa, e reparou num homem
que não trazia a veste nupcial. E disse- lhe: Amigo, como foi que entraste aqui
sem a veste nupcial?6

Trazemos dentro de nós hábitos, atitudes, erros e facetas do nosso carácter


que talvez não estejam à altura da subida honra que Jesus nos faz. Temos de
examinar-nos; não nos apresentemos diante do Senhor vestidos de farrapos.
“Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam-se
luzes, música, trajes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que
maneira não deveremos preparar-nos? Já nos ocorreu pensar como nos
comportaríamos, se só pudéssemos comungar uma vez na
vida?”7 Passaríamos a noite acordados, saberíamos bem o que diríamos ao
Senhor, que pedidos lhe faríamos...; todos os preparativos nos pareceriam
poucos... Assim devemos recebê-lo todos os dias.

O convidado que não tinha o traje nupcial certamente foi à festa cheio de
alegria, mas não teve em conta tudo o que o convite exigia. Não podemos
receber o Senhor de qualquer maneira: sem saber bem o que fazemos, e
sobretudo sem estar em graça. A nossa Mãe a Igreja adverte-nos que
“ninguém que tenha consciência de pecado mortal, por muito contrito que
pareça estar, deve aproximar-se da Sagrada Eucaristia sem prévia Confissão
sacramental”8.

Tão alto dom requer ainda que nos preparemos remota e proximamente do
melhor modo possível: pela Confissão frequente, que é um grande meio de
preparar a Comunhão frequente, ainda que não tenhamos faltas graves; pelas
obras de penitência, que nos purificam; pelos actos sempre multiplicados de
humildade, que amortecem e deslocam o nosso “eu”, e criam espaço para
Deus.

Comungar com frequência nunca deve significar comungar com tibieza. E


cai na tibieza quem não se prepara, quem não emprega todos os meios ao seu
alcance para evitar que o Senhor o encontre distraído quando vier ao seu
coração. Seria uma grande falta de delicadeza aproximar-se da Comunhão
com a imaginação posta em outras coisas. Sabemos que nunca estaremos
suficientemente preparados para receber como convém Aquele que desce à
nossa alma, pois a nossa pobre morada é limitada; mas precisamente por isso
devemos exceder-nos nesses preparativos de pureza interior que estão ao
nosso alcance: “Se qualquer pessoa de alta dignidade ou que ocupa um alto
posto, ou algum amigo rico e poderoso anunciasse que vinha visitar-nos em
casa, com que cuidado limparíamos e esconderíamos tudo o que pudesse
chocar essa pessoa ou amigo! Comece por lavar as manchas e sujeiras quem
realizou más acções, se quer preparar para Deus uma morada na sua alma”9.

III. PREPARASTE A MESA para mim...10 Que alegria pensar que o Senhor
nos dá tantas facilidades para o recebermos! Que alegria saber que Ele deseja
que o recebamos!

“O encontro eucarístico é um encontro de amor” 11. E para podermos


comungar com amor, sempre com mais amor, é de grande utilidade
esforçarmo-nos por viver na presença de Deus durante o dia, procurando a
união com o Senhor no meio dos nossos deveres quotidianos, desagravando-o
sempre que erramos, pondo o coração n’Ele em cada um dos nossos actos, de
tal maneira que o nosso dia seja uma permanente comunhão espiritual.

Ao terminarmos estes minutos de oração, podemos fazer nossa esta oração


que uma noite o Papa João Paulo II dirigiu a Jesus presente na Hóstia Santa:
“Senhor Jesus! Apresentamo-nos diante de Ti sabendo que nos chamas e que
nos amas tal como somos. Tu tens palavras de vida eterna; e nós acreditamos
e conhecemos que Tu és o Cristo, Filho de Deus (Jo 6, 69). A tua presença na
Eucaristia começou com o sacrifício da Última Ceia e continua como comunhão
e doação de tudo o que és. Aumenta a nossa fé [...]. Tu és a nossa esperança,
a nossa paz, o nosso Mediador, irmão e amigo. O nosso coração enche-se de
gozo e de esperança ao saber que vives sempre intercedendo por nós (Heb 7,
25). A nossa esperança traduz-se em confiança, gozo de Páscoa e caminho
contigo para o Pai em marcha acelerada.

“Queremos sentir como Tu sentes, e avaliar as coisas como Tu as avalias.


Porque Tu és o centro, o princípio e o fim de tudo. Apoiados nesta esperança,
queremos infundir no mundo esta escala de valores evangélicos, pela qual
Deus e os seus dons salvíficos ocupam o primeiro lugar no coração e nas
atitudes da vida concreta.

“Queremos amar como Tu, que dás a vida e te comunicas com tudo o que
és. Quereríamos dizer com São Paulo: O meu viver é Cristo (Fil 1, 21). A nossa
vida não tem sentido sem Ti. Queremos aprender a «estar com quem sabemos
que nos ama», porque «com tão bom amigo presente, tudo se pode sofrer»
[...].

“Deste-nos a tua Mãe como Mãe nossa, para que nos ensine a meditar e
adorar no coração. Ela, recebendo a Palavra e pondo-a em prática, tornou-se a
mais perfeita Mãe”12.

(1) Mt 22, 1-14; (2) Is 25, 6; (3) Santo Ambrósio, Sobre os sagrados mistérios do altar, 4, 44; (4)
São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 82, 4; (5) ib.; (6) Mt 22, 11-12; (7) São
Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 91; (8) Dz 880, 693; (9) São Gregório
Magno, Homilia 30 sobre os Evangelhos; (10) Sl 22; Salmo responsorial da Missa da
quinta-feira da vigésima semana do TC; (11) João Paulo II, Alocução, Madrid, 31-X-1982; (12)
João Paulo II, op. cit.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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