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Aula 7 – Área 2
Fernando Umbria
Matriz Energética
Estrutura da oferta de energia - conceitos
O total de energia que movimenta a indústria e demais
setores econômicos do país pode ser mensurado pelo
consumo final
A soma do consumo final de energia, das perdas na
distribuição e armazenagem e das perdas nos processos de
transformação, exportação e importação recebe a
denominação de Oferta de Interna de Energia – OIE
A estrutura da OIE por fonte energética para uma
determinada região ou país é denominada de Matriz
Energética
Os processos energéticos para construir a Matriz
Energética de um país ou região geográfica incluem
produção, transformação, perdas, exportação, importação,
variação de estoques e consumo
Estrutura da oferta de energia - conceitos
Energia primária: derivada de fontes providas diretamente
pela natureza, tais como o petróleo, gás natural, carvão
mineral, resíduos animais e vegetais, energia solar, eólica e
hidráulica, lenha e produtos da cana
Energia secundária: é fornecida por meio dos diferentes
centros de transformação que têm como destino os diversos
setores de consumo e eventualmente outros centros de
transformação. Exemplo: derivados de petróleo (óleo diesel,
combustível e gasolina), eletricidade, carvão vegetal e o
álcool
Centros de transformação: onde a energia que entra
(primária e/ou secundária) e se transforma em uma ou mais
formas de energia secundária com suas correspondentes
perdas na transformação. Exemplos: as refinarias de
petróleo, usinas nucleares, hidrelétricas, carvoarias e
destilarias
Matriz Energética
1973 2009
Cana-de- Cana-de- Outras
Outras
açúcar açúcar 3,8%
0,4% Petróleo
5,6% 18,1%
Petróleo 37,8%
46,5%
Biomassa*
13,9%
Lenha
Gás Hidráulica Carvão Gás
38,2% Hidráulica Carvão Urânio natural 15,3%
Urânio
mineral natural
6,0% mineral 0,0% 1,4%
2,9% 0,4% 4,8% 8,7%
(*)Inclui lenha,
carvão vegetal e
83,3 Mtep outras renováveis 239,7 Mtep
Fonte: EPE
Matriz Energética
Matriz energética – Brasil x Mundo
100,0% 92,8%
Renovável 87,3%
90,0%
80,0% Não renovável
70,0%
60,0% 52,7%
50,0% 47,3%
40,0%
30,0%
20,0% 12,7%
10,0% 7,2%
0,0%
Brasil (2009) Mundo (2007) OCDE (2008)
Em relação ao mundo, os países da OCDE, com apenas 18% da população, respondem por 78% da economia e por
48% da energia.
Os países membros da OCDE são: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coréia, Dinamarca, Espanha,
Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Nova
Zelândia, Noruega, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Checa, República Eslovaca, Suécia, Suíça, Reino
Unido e Turquia.
Fonte: EPE
Matriz de energia elétrica
1973 2009
Import. Outras Petróleo Carvão Carvão
Import. Outras Petróleo
0,0% 0,7% 7,3% mineral 8,3% 1,1% 2,9% mineral
Biomassa 1,7% Biomassa 1,3% Nuclear
0,9% Nuclear 5,4% 2,5%
0,0% Gás
Gás natural
natural 2,6%
0,0%
Hidráulica
89,4% Hidráulica
76,7%
Fonte: EPE
Planejamento de Longo Prazo
Conceito de custos marginais
Custo marginal de expansão (CME ou CMLP): é o custo para
atender mais uma unidade de mercado com uma nova usina.
Tendência a ser crescente.
Custo marginal de operação (CMO ou CMCP): é o custo para
atender mais uma unidade de mercado com o parque existente
Confiabilidade Expansão a
MARGINAIS
CUSTOS
CUSTOS
Custo
total CME
Custo de
investimento
Custo de CMO
operação
EPE ONS
Programação Avaliação
Planejamento Supervisão
Longo Prazo Médio Prazo da Operação dos
da Operação e Controle
(> 20 anos) (10 anos) (Mensal/Semanal Intercâmbios
(5 anos) (Horária)
/Diária) (Pós-operação)
Planejamento da expansão
Operação
Fonte: Aneel
Planejamento da expansão
Operação
Fonte: Aneel
Planejamento da expansão
Projeto
Programa Básico
de Licitação
(ANEEL)
Projeto
Executivo
Operação
Fonte: Aneel
Planejamento da expansão
Plano de Alternativas
Longo Prazo Energéticas e
(MME/EPE) Tecnológicas Avaliação da evolução da demanda que
definirá e justificará a expansão do
Estudos de Estudos de
sistema.
Mercado Inventário No PDE promove-se a consolidação das
projeções de mercado, tendo como base
as expectativas de crescimento
Plano de Estudos de econômico do país.
Médio Prazo Viabilidade
(MME/EPE)
Projeto
Programa Básico
de Licitação
(ANEEL)
Projeto
Executivo
Operação
Fonte: Aneel
Planejamento da expansão
Plano de Alternativas
Longo Prazo Energéticas e
(MME/EPE) Tecnológicas
Plano de Alternativas
Longo Prazo Energéticas e
(MME/EPE) Tecnológicas
Estudos de Estudos de
Mercado Inventário
Plano de Estudos de
Médio Prazo Viabilidade
(MME/EPE)
Lista de projetos definidos pelo PDE
Projeto (programa de expansão de referência),
Programa Básico com indicação de custos de referência
de Licitação das usinas para orientação das licitações
(ANEEL)
pelo mercado, e do Custo Marginal de
Projeto Expansão (CME).
Executivo
Projetos para licitação individual (a
critério do CNPE)
Operação
Fonte: Aneel
Plano Energético Nacional (PEN 2030)
Metodologia Geral
fonte: EPE
Cenários
fonte: EPE
Projeções do consumo final de energia
fonte: EPE
Consumo final energético
fonte: EPE
Expansão da geração de fontes alternativas
fonte: EPE
Expansão da geração termelétrica
fonte: EPE
Evolução da Matriz Energética Brasileira
fonte: EPE
Evolução da Matriz Energética Brasileira
Conclusões do PEN 2030 – Tendências de LP
Crescimento significativo do consumo de energia
200
kWh/mês 250 milhões
População
179 . 204
1,2% a.a
178 NCR
180 200 190
. .
Racionamento
a.a 1,5% a.a
160 2 ,2% 150
147
146
152
140 100
69
.
54 2,7% a.a
120 50
26 4,1% a.a.
100 0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
(*) Projeção resultante de modelo de demanda por uso final.
6,7
5,1
4,1 4,4 4,8
Sistemas
Nordeste
Norte
Sul
Brasil
Sudeste/CO
Isolados
-17,2
Nota: considera as interligações de Acre/Rondônia com o Sudeste/CO (2009) e dos sistemas isolada margem esquerda do Amazonas acom o subsistema Norte (2012).
Autoprodução
TWh
Outros Setores
Sucroalcooleiro 37,6
Siderurgia, Celulose e Petroquímica 100,3
23,5
21,4
62,7 23,7
16,1
41,3
14,6
12,9
9,4 53,1
31,9
19
fonte: EPE
Oferta de e.e.
fonte: EPE
Fontes de geração
Estudos de Inventário e
PCH Viabilidade UHE
Projetos Estruturantes/
BIOMASSA Estratégicos EÓLICA
Programa de Incentivos às
UTE Fontes Alternativas NUCLEAR
Projetos em
COGERAÇÃO/ desenvolvimento por REPOTEN-
OUTROS Agentes de Geração CIAÇÃO
fonte: EPE
Resultado das simulações
Risco Anual de Déficit (%)
6,00
SE/CO S NE N/Man
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
CMOs médios anuais (R$/MWh)
SE/CO S NE N/Man
160
140
120
100
80
60
40
fonte: EPE 20
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Acréscimo da cap. inst. por fonte anual
FONTE 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 TOTAL
HIDRO 43 924 1 984 1 733 985 2 461 1 986 5 397 7 342 6 536 29 393
PCH - 1 207 1 103 155 30 414 875 - - - 3 783
NUCLEAR - - - - - - 1 350 - - - 1 350
ÓLEO COMBUSTÍVEL - 799 1 732 1 440 426 3 618 - - - - 8 014
GÁS NATURAL 1 520 - 216 496 1 579 1 677 - - - - 5 487
ÓLEO DIESEL - 1 024 174 - - - - - - - 1 198
CARVÃO MINERAL - - 350 700 350 360 - - - - 1 760
BIOMASSA 20 655 2 360 59 0 114 - - - - 3 208
EÓLICA - 771 378 - - - - - - - 1 149
FA INDICATIVA - - - - - - - 320 320 - 640
OUTROS - 490 - - - - - 900 - - 1 390
TOTAL 1 583 5 869 8 298 4 582 3 370 8 644 4 211 6 617 7 662 6 536 57 372
NUCLEAR
80 000
FA INDICATIVA
60 000
154 796
EÓLICA
100 833
40 000 BIOMASSA
PCH
20 000
HIDRO
-
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
fonte: EPE
Evolução da participação das fontes
MAI/2008 DEZ/2017
BIOMASSA NUCLEAR FA INDICATIVA GÁS DE
1,0% 2,0% 0,4% PROCESSO
EÓLICA NUCLEAR
EÓLICA
0,3% BIOMASSA 2,2% 0,4%
GÁS DE 0,9%
PCH 2,7% VAPOR
PROCESSO PCH
4,0% 0,2%
0,2% 5,0%
VAPOR GÁS NATURAL
HIDRO 0,3% 7,9%
81,9% GÁS NATURAL ÓLEO
6,8% COMBUSTÍVEL
ÓLEO HIDRO 5,7%
COMBUSTÍVEL 70,9% ÓLEO DIESEL
0,9% 1,0%
ÓLEO DIESEL CARVÃO
1,1% MINERAL
2,1%
CARVÃO
MINERAL UTE
1,4% INDICATIVA
0,6%
75.267 MW
59.472 MW
SUDESTE / CO SUDESTE / CO
59% 49%
fonte: EPE
Evolução da cap. inst. em hidrelétricas
MAI/2008 DEZ/2017
81 GW 110 GW
SUL NORDESTE
NORDESTE
16% 10% NORTE
13%
27%
12.868 MW 10.854 MW 11.524 MW
NORTE 29.664 MW
SUL
11%
15% 16.200 MW
9.024 MW
48.252 MW 52.385 MW
SUDESTE / CO
SUDESTE / CO
48%
60%
fonte: EPE
Emissão de Gases de Efeito Estuda (GEE)
Óleo Combustível Gás Natural
Óleo Diesel Carvão Mineral
TOTAL
50
45 Valor acumulado no período decenal
40 Termelétricas: 296 Mt CO2eq
35
Mt.CO2 eq.
30
25
20
15
10
5
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
fonte: EPE
Diretrizes transmissão
Configuração dos Subsistemas e Interligações:
LEGENDA
SE/CO: Sudeste/Centro-Oeste
N/Man/AP S: Sul
IMP NE: Nordeste
BM N/Man: Norte/Manaus/Macapá
IV: Ivaiporã
TP NE IT: Itaipu
AC/RO/MD TP: Tapajós
IMP: Imperatriz
BM: Belo Monte
AC/RO/MD: Acre/Rondônia/Madeira
SE/CO
IT Interligação Existente
IV
Expansão Licitada
fonte: EPE Expansão Planejada
S
Estudos de expansão da transmissão
Análise de Fluxo de
Potência
Análise de Desempenho
Dinâmico (estabilidade)
Limites de Intercâmbio
nas Interligações
ESTUDOS Análise de
TRANSMISSÃO Confiabilidade
Análise de Curto-
Circuito
Estimativa da TUST
Estimativa de
fonte: EPE Investimentos
Síntese dos investimentos
R$ bilhões %
Período 2008-2017
Oferta de Energia Elétrica 181 23,6%
Geração 142 18,5%
Transmissão 39 5,1%
Petróleo e Gás Natural 536 69,9%
Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural 333 43,4%
Oferta de Derivados de Petróleo 182 23,8%
Oferta de Gás Natural 21 2,7%
Oferta de Biocombustíveis Líquidos(3) 50 6,5%
Etanol - Usinas de produção 40 5,2%
Etanol - Infraestrutura dutoviária 9 1,2%
Biodiesel - Usinas de produção 1 0,2%
fonte: EPE
Notas: (1) Média da faixa de valores; (2) Considerada a Trajetória II de evolução do parque de refino; (3) Estimativa até o ano 2017;
Taxa de câmbio referencial: R$ 2,31 / US$ (Comercial em 31/janeiro/2009)
Balanço Estático
Balanço Estático
O que é?
Modelo quantitativo simplificado para análise da
expansão da oferta e dos requisitos de energia elétrica
no SIN
Faz a comparação entre a energia assegurada
disponível (aquela que pode ser contratada) e os
requisitos de carga própria de energia (demanda
efetiva)
Considera o SIN supondo transmissão plena (sem
restrições entre subsistemas)
Subsistemas não levam em conta os intercâmbios
Balanço Estático (PEN 2009 – ONS)
70.000
60.000
Eólicas
50.000
Pequenas
Hidráulicas
40.000 Pequenas Térmicas
Térmicas
30.000
Hidráulicas
20.000
10.000
‐
2010 2011 2012 2013 2014
392.688
388.204
375.000 6,2 6
378.359
5,9 5,8
5,3
4,7 4,5
357.514
350.000 4,1 4
3,8
3,5 3,5
345.512
2,7
330.598
325.000 2
GWh
307.529
306.987
300.000 0 %
293.226
292.188
-1,1
284.522
283.257
275.000 -2
273.280
257.330
250.000 -4
243.074
225.000 -6
200.000 -7,9 -8
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
fonte: EPE
Mercado das distribuidoras (cativo)
Consumo por classe
180.000
RESIDENCIAL
INDUSTRIAL
160.000
COMERCIAL
OUTROS
140.000
120.000
GWh
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009
fonte: EPE
Mercado das distribuidoras (cativo)
Consumo por classe
50%
45%
200.000
40%
150.000
RESIDENCIAL
INDUSTRIAL 100.000
35%
COMERCIAL 50.000
OUTROS
0
30% 2007 2008 2009
RESIDENCIAL INDUSTRIAL COMERCIAL OUTROS
25%
20%
15%
10%
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
fonte: EPE
Mercado das distribuidoras (cativo)
Tarifa Média Brasil
R$ 300 300%
R$ 250 250%
R$ 200 200%
R$ 150 150%
R$ 100 100%
R$ 50 50%
R$ 0 0%
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Tarifa média (R$) Variação tarifa média (%) INPC (%) IPCA (%) IGP-M (%)
fonte: Aneel
Mercado livre
fonte: CCEE
Mercado livre
fonte: CCEE
Mercado livre
fonte: CCEE
Mercado cativo x mercado livre - contratos
Mercado Livre – consumidores livres e especiais
Mercado Livre – desconto no uso dos sistemas
Leilões de energia elétrica no SIN
Leilões realizados
fonte: CCEE
Leilões no ACR
Montantes negociados e preços médios
fonte: CCEE
Leilões de energia nova
fonte: CCEE
Contabilização e liquidação na CCEE
Contabilização e liquidação
Montantes de energia contratados devem ser registrados
mensalmente na CCEE
A partir de medições de geração e consumo de energia,
CCEE faz a alocação dos montantes efetivos, fazendo os
ajustes do MRE e descontando as perdas verificadas (50%
para cada segmento)
Tendo como base a energia alocada, a CCEE faz o
comparativo com os contratos registrados e verifica
eventuais diferenças
Diferenças verificadas são liquidadas juntamente com o
ESS e penalidades por insuficiência de lastro (geradores) e
de cobertura (consumidores)
O processo de liquidação também compreende o cálculo
das garantias e o rateio de inadimplências
Processo de liquidação financeira
Pagamento e recebimento dos resultados do sistema de
contabilização: informa a posição devedora ou credora de cada
agente no mercado Spot
É um processo multilateral: transações são realizadas entre o
sistema e o conjunto de agentes, não sendo possível a
identificação de contrapartes
Liquidação e Custódia
Instituição
Financeira
AGENTES
AGENTESDA
DE AGENTES
AGENTESDA
DE
MERCADO
CCEE $ $ MERCADO
CCEE
DEVEDORE
DEVEDORES ORDEM DE ORDEM DE
CREDORE
CREDORES
S DÉBITO CRÉDITO S
MAPA
MAPADEDE
LIQUIDAÇÃO
CONTABILIZAÇÃO
DA CCEE
DO
MAE
fonte: CCEE
Mecanismo de Realocação de Energia - MRE