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GRANDEZAS ESCALARES
A massa M
É, sem dúvida, uma das grandezas físicas básicas mais fundamentais para a
descrição dos fenômenos naturais. O conceito de massa aparece na Física de duas
formas aparentemente sem ligação: o de carga gravitacional, que gera o campo
gravitacional e permite a um pedaço de matéria neutra exercer uma ação de atração
sobre outro sem, aparentemente, tocá-lo; e o de resistência inercial, na 2ª Lei de
Newton.
Do ponto de vista comercial, a grandeza massa é importante uma vez que
caracteriza a quantidade de material vendido ou comprado. Então, um padrão para a
massa se faz necessário. A massa de um corpo expressa em termos do padrão nos diz o
número de vezes do padrão que ela tem, ou frações do mesmo. Existem vários padrões
para a massa, mas o padrão kilograma (kg) é adotado no Brasil. Ele pertence ao Sistema
Internacional de Unidades (SI).
A massa M, juntamente com o comprimento L e o tempo T, é considerada uma
grandeza física fundamental no sentido de que as outras grandezas físicas são definidas
em termos delas. A medida da massa, em unidades de kilogramas (kg), é aceita
internacionalmente pela maioria dos países.
Múltiplos de M:
Submúltiplos de M:
1x10-3 kg = 1 grama = 1 g
1x10-6 kg = 1 miligrama = 1 mg
1x10-9 kg = 1 micrograma = 1 Mg
1x10-12 kg = 1 nanograma = 1 ng
1x10-15 kg = 1 picograma = 1 pg
O comprimento L
C1
P1
∆S=Distância
infinitesimal entre
dois pontos.
∆S2
P2
∆S1
P1
Múltiplos de L:
1x102 m = 1 hectômetro = 1 hm
1x103 m = 1 kilômetro = 1 km
1x109 m = 1 gigametro = 1 Gm
1x1012 m = 1 terametro = 1 Tm
Submúltiplos de L:
1x10-2 m = 1 centímetro = 1 cm
1x10-3 m = 1 milímetro = 1 mm
1x10-6 m = 1 micrometro = 1 µm
1x10-9 m = 1 nanômetro = 1 nm
1x10-10 m = 1 angstrom = 1 Å
1x10-12 m = 1 picometro = 1 pm
1x10-15 m = 1 femtometro = 1 fm
O tempo T
O que é o tempo? Eis uma pergunta que deixa qualquer físico numa enrascada e
a resposta virá sempre acompanhada da descrição de um método e de um mecanismo
utilizados para a sua medição. Conceitualmente, o tempo está relacionado com a
quantificação da espera para a ocorrência de eventos sucessivos. É assim quando vamos
ao médico e esperamos para ser atendidos, na fila do banco, no trânsito quando partimos
de um ponto e queremos chegar a outro, etc. Ou seja, a nossa percepção do tempo está
intimamente relacionada aos processos dinâmicos que nos rodeiam.
Em particular, para a Mecânica, o tempo é uma grandeza fundamental, assim
como a massa e o comprimento, devido ao seu papel na definição de várias grandezas
importantes como a velocidade, a aceleração, a potência, etc.
O sistema SI estabelece um padrão para a quantificação do tempo que é o
segundo (s), definido como o tempo 1s = 9.192.631.770.τ, onde τ é o período da
freqüência da luz emitida numa certa transição dos átomos de césio 133.
Múltiplos de T:
3,6x103 s= 1 hora = 1 h
8,64x104 s = 1 dia
3,154x107 s = 1 ano
Submúltiplos de T:
1x10-3 s = 1 milisegundo = 1 ms
1x10-6 s = 1 microsegundo = 1 µs
1x10-9 s = 1 nanosegundo = 1 ns
1x10-12 s = 1 picosegundo = 1 ps
1x10-15 s = 1 femtosegundo = 1 fs
Energia e trabalho
Se você observar com atenção perceberá que todos nós, instintivamente, temos
receio de objetos em movimento. O mesmo acontece com os animais. Atire uma pedra,
ou um corpo material qualquer, em direção a um cachorro ou a um pássaro que eles,
imediatamente, se afastarão da trajetória seguida pela pedra. A explicação para esse
comportamento está na capacidade de provocar estragos que têm os corpos em
movimento. Pode-se, então, associar alguma grandeza física a este poder transformador
dos corpos em movimento? Mais ainda, será possível estabelecer uma expressão
matemática de modo a quantificar essa grandeza física? A resposta a essas duas
questões foi dada pela Mecânica, de onde emerge o conceito de energia cinética, e a
expressão para quantificá-la. Isto é feito utilizando a 2ª Lei de Newton para estabelecer
o chamado Teorema do Trabalho e Energia.
O Teorema do Trabalho e Energia nos diz como se pode calcular a energia
r
cinética de um corpo material de massa M, em movimento com vetor velocidade v .
Pode-se, também, calcular as variações da energia cinética entre dois pontos do espaço,
devidas às forças que agem sobre o corpo. Calculam-se as variações da energia cinética
pelo trabalho que, matematicamente, é definido como a integral da força resultante ao
longo da trajetória seguida pelo corpo, ao sair de um ponto P1 para um ponto P2 no
espaço. Uma vez que as variações da energia cinética do corpo podem ser positivas ou
negativas, o trabalho pode ser positivo (aumento da energia cinética entre os dois
pontos) ou negativo (decréscimo de energia cinética entre os dois pontos).
Para muitas forças, especialmente as forças fundamentais da natureza, o trabalho
negativo que exercem sobre um corpo pode, posteriormente, ser convertido em trabalho
positivo, que resultará no aumento de sua energia cinética. Para esses tipos de forças,
chamadas de conservativas, que, variam com a posição e cujo trabalho exercido sobre o
corpo, quando ele sai de P1 e vai para P2, independe da trajetória, define-se o que se
chama de energia potencial. Sua variação, quando um corpo sai de P1 e vai para P2, é
definida como o negativo do trabalho exercido pela força. Assim, se o trabalho exercido
pela força conservativa for negativo (perda de energia cinética) a variação de energia
potencial será positiva (aumento de energia potencial). Para trabalho positivo (aumento
de energia cinética) a variação da energia potencial será negativa (perda de energia
potencial). Desta forma, pode-se encarar a energia potencial como um reservatório de
energia cinética do corpo, devido à ação das forças conservativas.
A soma da energia cinética e da energia potencial de um corpo material constitui
o que chamamos muitas vezes, por brevidade, de energia do corpo material. No sistema
SI, o padrão de unidades adotado para a energia é o joule (J), que também define a
unidade para a energia por unidade de tempo chamada de watt (1 W = 1 J/s).
Algumas vezes, para a indústria e o comércio, a energia e a potência são
expressas em outras unidades, mais convenientes. Acontece o mesmo para alguns ramos
de Física. Observe os exemplos abaixo.
1 eV = 1,602 x 10 -19 J
1 cal = 4,186 J
1 hp . h = 2,685 x 106 J
1 Btu = 1,055 J
PROBLEMAS RESOLVIDOS
Solução:
M = 4 mg = 4 x 10 -3 g = (4 x 10 -3) (1 x 10 –3 kg) = 4 x 10 –6 kg
L=2m
M 4 × 10 −6 kg
λ= = = 2 × 10 − 6 kg m
L 2m
Solução:
mp 1,69 × 10 −27 kg
= = 1840
me 9,11 × 10 − 31 kg
Solução:
(a) Área da folha: A = a.b = (0,2 m) (0,4 m) = 0,08 m2
Massa M M
σ = = =
Área A a ⋅b
6 Kg
σ = = 75 Kg / m 2
0,08m 2
M M
σ = =
A 4πR 2
6 Kg
σ = = 47,8 Kg / m 2
0,1256 m 2
Solução:
M M M 0,1 2,39 × 10 −2
ρ= = = 3
= =
V 4
π R 3 4,187 R 4,187 R 3 R3
3
2,39 × 10 −2
7,8 × 10 3 = → R 3 = 3,06 × 10 −6 → R = 1,452 cm
R3
Solução:
[ν ] = [L] = m = m / s
[T ] s
[ν ] = [L] = pé
= pé / s
[T ] s
Solução: 1
1s = 9 ⋅ 192 ⋅ 631 ⋅ 770τ τ=
f
1
1s = 9 ⋅ 192 ⋅ 631 ⋅ 770
f
f = 9 ⋅ 192 ⋅ 631 ⋅ 770 / s
Unidade de freqüência no sistema SI: 1 hertz (Hz)
Solução:
(c) 1 ml = 1 x 10-3 l
V 25 ⋅ 200 l
N = número de copos = = = 100 ⋅ 800 copos
1copo 0,25l
(d ) ρ=
M
V
( )(
→ M = ρV = 1000 Kg / m 3 25,2m 3 )
M = 25 ⋅ 200 Kg
Solução:
1 porção: E = 70 kcal = (70) (1 x 103 cal) = 7 x 104 cal
U: energia total que necessitamos
3×U
E = 3% de U = →U =
100 E 100
= (70kcal ) = 2333kcal
100 3 3
( )
U = (2333) 1 × 103 cal = 2,333 × 106 cal
( )
U = 2,333 × 106 (4,18 J ) = 9,767 × 106 J
kW .h
GRANDEZAS VETORIAIS
Posição de um corpo
P
•
Figura 3 − Diferentes origens sobre
o corpo material de referência
fornecem diferentes vetores posição
para a localização do corpo material no
• • ponto P do espaço.
01 02
ri
→ →
Em notação vetorial, os vetores O1P e O2 P são representados pelo módulo
(comprimento), multiplicados por um vetor de módulo unitário na direção dos vetores:
→
O1P = O1P â1 ;
→
O2 P = O2P â 2 .
→ → → •
O1P = O1O2 + O2 P
→ → →
O2 P = O1P – O1O2
01 P 02 P
01 • 01 02 • 02
0
→ →
Observe também na Fig. 4 que o vetor O2 P é a diferença entre os vetores O1P e
→ → →
O1O2 . Por outro lado, podemos imaginar O2 P como a soma entre O1P e o negativo de
→ →
O1O2 . Assim, geometricamente, o vetor - O1O2 é representado como mostrado na Fig. 5,
de onde concluímos que multiplicar um vetor por (-1) inverte apenas o seu sentido.
•
→
→
O1P O2P
O1 • • O2
→
- O1O2
Figura 5 − Construção geométrica para subtrair
vetores.
Existe uma forma conveniente de representar, analiticamente, um vetor em
termos de projeções (componentes). Isto se faz ao longo de retas perpendiculares entre
si, nos chamados sistemas de coordenadas. As componentes de um vetor, para um dado
sistema de coordenadas, são obtidas utilizando a geometria, e são representações
particulares dos vetores. O sistema de coordenadas cartesianas é definido por três eixos
x, y e z, perpendiculares entre si, cuja origem é um ponto escolhido sobre o corpo
material de referência, como se mostra na Fig. 6.
y
y z
x
z
x
z (a) (b) x
(c)
Vê-se na Fig. 6 que dois dos eixos cartesianos podem ser escolhidos livremente,
mas o terceiro é obtido pela regra do parafuso. Assim, o eixo para a direita pode ser x
como em (a) ou y como em (c).
r
Suponha um vetor r no plano. Nesse caso, não é necessário o eixo dos z para
indicar profundidade ou altura e pode-se escolher as direções x e y de diversas
r
maneiras, de modo que as componentes de r irão refletir a particular escolha dos eixos.
Veja a Fig. 7 abaixo.
P
•
P r y
r •
θ
θ y x
x
x = r cosθ
y = r senθ x = r cosθ
r = distância até o ponto P y = r senθ
j
k
i x
z
r y
r = xiˆ + yˆj + zkˆ P
r
r = (x2+y2+z2) 1/2 y
x
z
x
z
Figura 9 − Vetor posição de um ponto no espaço da vizinhança
de um corpo material de referência. O corpo material de
referência não é mostrado na figura por simplicidade.
P1
y • r
∆r
r
r1
• P2
r
r2
x
z
Figura 10 − Representação geométrica para obtenção do vetor
r
velocidade v de um corpo material de massa M quando ele se
desloca do ponto P1 para o ponto P2 no espaço da vizinhança de
um corpo material de referência.
De acordo com os eixos indicados na Fig. 10, podes escrever o vetor diferença
r
∆r , em notação vetorial, como segue abaixo:
r
r2 = x 2 iˆ + y 2 ˆj + z 2 kˆ
r
r1 = x1 iˆ + y1 ˆj + z1 kˆ
r r r
∆ r = r2 − r1 = ( x 2 − x1 )iˆ + ( y 2 − y1 ) ˆj + ( z 2 − z1 ) kˆ
r
∆ r = ∆ xiˆ + ∆ yˆj + ∆ z kˆ
r
Pode-se obter o vetor velocidade v supondo que a mudança de posição do corpo
material de massa M, do ponto P1 para o ponto P2, ocorreu em um tempo ∆t. A razão
r
entre ∆r e ∆t fornece o vetor velocidade como segue:
r
r ∆ r ∆x ˆ ∆y ˆ ∆ z ˆ
v = = i+ j+ k
∆t ∆t ∆t ∆t
r
v = v× iˆ + v y ˆj + v z kˆ
1
r
módulo de v : v = (v×2 + v 2y + v z2 ) 2
r
As velocidades vx, vy e vz são as componentes do vetor velocidade v ao longo
dos eixos x, y e z. Elas informam as taxas temporais das variações de posições nas
direções x, y e z. Por exemplo, pode-se saber, conhecendo vx, vy e vz, em qual das
direções o corpo material de massa M se deslocou mais rapidamente.
Muitas vezes, o corpo ao se deslocar do ponto P2 para um outro ponto P3, o faz
de maneira mais rápida ou mais lenta, em comparação com o deslocamento de P1 para
P2, ou mesmo muda de direção ao fazê-lo. Então, é importante definirmos uma grandeza
r
física que nos informe a esse respeito. Esta grandeza é chamada de vetor aceleração a .
Veja na Fig. 11 como pode-se obter geometricamente o vetor aceleração.
P3
P1 r b) P1 P3
a)
y ∆r1 r y
∆r2 r r
r v2 ∆v
r1 r
r3
P2 r
r v1
r2
x x
z
z
r
Figura 11 − Pode-se obter por geometria a aceleração a de um
corpo material de massa M medindo-se os vetores velocidades
r r
v1 e v 2 associados com as variações de posições de três pontos
no espaço da vizinhança do corpo material de referência (não
mostrado na figura). Vê-se isto em (a) e (b).
∆v x ∆v y ∆v z
ax = ; ay = ; az =
∆t r ∆t ∆t
Módulo de a : a = (ax2 + ay2 + az2) 1/2
OS REFERENCIAIS
R x R’
x’
0 0’
1
A Terra é o corpo material de referência que é sempre utilizado no estudo da dinâmica de outros corpos
materiais de massa M.
uma das forças fundamentais da natureza. Outras como as forças de cordas, as forças de
contato, as forças de referenciais, as forças elásticas e as forças de arraste, estão
presentes em algumas situações, em outras não. Saber as forças que estão atuando sobre
um corpo material de massa M ou um sistema de corpos materiais é o passo inicial para
resolver um problema mecânico, utilizando as leis de Newton. Uma vez identificadas
quais são as forças que atuam sobre o corpo material de massa M, pode-se proceder à
r
soma das mesmas para encontrar a força resultante FR que aparece na 2a a Lei de
Newton.
Para a sua representação matemática, as forças, assim como a velocidade e a
aceleração, necessita-se de setas para direciona-las (elementos geométricos) e de
números para o módulo ou intensidade. São, portanto, vetores e para somar forças
utiliza-se a geometria euclidiana, por meio da regra do paralelogramo, ou um sistema de
coordenadas, o sistema de coordenadas cartesianas, por exemplo, para descrever cada
vetor força em termos de suas componentes e através da soma das componentes obter a
força resultante.
r r
Por exemplo, observe a Fig. 13 onde se tem as forças F1 e F2 atuando sobre um
corpo material de massa M.
r r
F2 FR
r
M F1
r
a) F2
M r
F1
r
y F2
r r r
b) F2x=F2 cosθ F1 = F1i + 0 j
F2 y r r r
F2y=F2 senθ F2 = F2 x i + F2 y j
θ x
r r r
F2 x
r FR = (F1 + F2 x )i + F2 y j
F1
r
Figura 14 − Cálculo da força resultante FR utilizando a soma de
componentes ao longo dos eixos cartesianos perpendiculares.
No caso mostrado na figura tomou-se o próprio corpo material
de massa M como o corpo material de referência. O sistema de
eixos cartesianos tem a origem em um ponto sobre o corpo
material de massa M.
F2 y
θ
F2 x x
F1
F1 = F1i + 0 j
F2 = − F2 xi + F2 y j
F2 x = F2 cos θ
FR = (F1 − F2 x )i + F2 y j
F2Y = F2 sen θ
Figura 15 − Forças atuando sobre o corpo material de massa M
r
com uma delas, a força F2 , em outra direção.
Observação importante:
M2
r
F12
G M1 M 2
F12 = F21 =
F21 r2
M1
M
h
Superfície
RT
da
Terra
MT
Considere as situações físicas abordadas neste curso, para as quais h < < RT.
Uma vez que RT = 6370 km e tomando-se, por exemplo, h = 9 km , a altura aproximada
do Monte Everest, calcula-se para a razão h/RT o valor 0,0014, que é pequeno frente ao
valor 1 no denominador da expressão anterior. Portanto, para alturas não muito grandes,
pode-se escrever a força da gravitação entre a Terra e um corpo material de massa M de
uma forma simplificada, o chamado de peso do corpo material de massa M:
r r r r
P = FG = g . M = Mg ;
r GM T
g =g≅ 2
.
RT
r
A grandeza g , cujo módulo é dado na expressão acima e cuja direção é a mesma
da força gravitacional sobre uma massa puntiforme de teste M, é conhecida como
campo gravitacional da Terra. A grandeza física campo é necessária para descrever
como é possível a massa M1 exercer uma força de atração sobre a massa M2 . Se não
existir um campo gravitacional criado no espaço da sua vizinhança, como poderia M1
atuar sobre M2? É por meio do campo gravitacional que M1 atrai M2. Assim, em geral, o
campo gravitacional da Terra, considerando a Terra como uma esfera perfeita com
distribuição de massa uniforme, é dado por:
GMT FG
g (r ) = =
r2 M
r
Na maioria das vezes a grandeza campo gravitacional g será chamada de
aceleração da gravidade, em virtude da aplicação da 2ª Lei de Newton no estudo do
movimento dos corpos materiais em queda livre próximos da superfície da Terra.
Utiliza-se para calcular a força peso de todos os corpos materiais próximos da superfície
r
da Terra o campo gravitacional g uniforme, perpendicular à superfície da Terra, no
sentido de cima para baixo, cujo módulo constante é dado por:
g = 9,81 m/s2.
Forças transmitidas por cordas
a)
r
M F
r
F = Força aplicada
y r
r F
b) M T r
T'
x
r
Figura 18 − Mostra-se na figura a força T aplicada ao corpo
r
material de massa M pela corda e a força de reação T ' aplicada
sobre a corda pelo corpo material de massa M. Pode-se ver que
r r
sobre a corda atuam duas forças: F e T ' .
r
Em (a) aparece a força F aplicada na ponta da corda e em (b) mostra-se a força
r r
T que a corda exerce sobre o corpo de massa M. A força T ' é a força que o corpo
material de massa M exerce sobre a corda. A força resultante sobre a corda é dada pela
soma abaixo:
r r r
FR = F − T '
Se a massa da corda é desprezível (M = 0), utiliza-se a 2ª Lei de Newton para
r r r r
mostrar que F − T ' = 0 , ou seja, F = T ' . Finalmente, de acordo com a 3ª Lei de
r r r r r r
Newton, T = T ' = F . Se a massa da corda não for desprezível, F − T ' > 0 e a força T é
r
menor que a força aplicada F . Se a corda apresentar elasticidade, ou seja, não for
inextensível, o que na prática ocorre em maior ou menor grau, deve-se considerar a
força elástica da corda Fig. 18.
Forças de contato
Quando dois corpos sólidos interagem por contato, sobre as suas superfícies
sólidas aparecem duas forças: uma, perpendicular ao plano de contato (ou à reta
r
tangente ao ponto de contato), que é chamada de força normal N . Ela existe devido à
ação de um corpo sobre o outro. A outra, tangencial ao plano de contato (ou paralela à
reta tangente, no ponto de contato), depende do movimento relativo das superfícies e
sua existência está relacionada com as rugosidades presentes nas superfícies em contato.
r
É a chamada força de atrito Fa . Observe essas duas forças na Fig. 20, quando os corpos
materiais de massas M1 e M2 estão em contato e existe tendência de movimento relativo
entre ambos.
r
N
a)
M1 r
Fa'
r
Fa r
M2 N'
r
N
b) Fa' M1
r r
N' aF
M2
r
r Fa'
N'
r
Figura 21 − Uma força externa Fe é aplicada ao corpo material
de massa M1. Mede-se a intensidade Fe da força aplicada
quando é iminente o deslocamento do corpo material de massa
M1 .
r r
Se o corpo de massa M1 permanecer em repouso, então Fe = Fa .
Variando-se a intensidade Fe anota-se os valores Fa até ser iminente o deslocamento
r
do corpo material de massa M1. Anota-se também o valor da força normal N .
r
Repetindo-se o procedimento para vários valores de N pode-se obter o gráfico
mostrado na Fig. 22.
N3
N2
Fa (N) N1 x
x
x
Fe (N)
r r
Figura 22 − Relação entre a força de atrito Fa e a força Fe
aplicada ao corpo material de massa M1.
r
Na Fig. 22, N1, N2 e N3, são os pontos para os diferentes valores de N , quando a
r
força aplicada Fe é de tal magnitude que o corpo de massa M1 está na iminência de se
r r
deslocar. Fazendo-se um gráfico dos módulos de Fa em função dos módulos de N ,
quando o corpo de massa M1 está na iminência de se deslocar, o gráfico obtido deverá
ser uma reta, cuja inclinação depende das rugosidades das superfícies em contato. A
inclinação deste gráfico é o chamado coeficiente de atrito estático, µ e , e seu valor está
na faixa 0 < µ e < 1. Mostra-se na Fig. 23 o gráfico desse procedimento.
Famáx
Famáx = µeN
µe
N(N)
Forças de referenciais
Y Y'
x x P1
x’
Vt
R X R’ X’
x’ = x – V.t
y’ = y Z Z'
z’ = z
t’ = t
x’ = x – (½)at2
y’ = y
z’ = z
t’ = t.
A quantidade s = (1/2)at , é a distância percorrida por O’, supondo que o corpo
2
ax’ = ax – a
ay’ = ay
az’ = az.
Forças elásticas
r
Suponha que se aplique uma força F a um corpo material de massa M. A força
r r
aplicada pode resultar numa variação dos vetores r e v do corpo material de massa M.
r
Se essas grandezas não variarem com a aplicação de F , existem outras grandezas
r
físicas que podem variar sob a aplicação de F ? A resposta é: depende. Se você
imaginar o corpo material de massa M como uma partícula material, ou seja, um corpo
material de dimensões desprezíveis comparadas às do corpo material de referência, resta
r r
a você explicar o porquê de não haver mudanças em r e v . Ao aplicar o conceito de
partícula material a um corpo, estamos descartando efeitos importantes como a rotação
r
e/ou a deformação do corpo material de massa M, devido a aplicação de F . Se esses
efeitos são verificados, então o estudo da dinâmica do corpo de massa M é um pouco
mais complexo.
Se o corpo material de massa M não girar, mas a deformação do corpo tiver de
ser considerada, então se deve encarar o fenômeno da elasticidade dos corpos sólidos. A
deformação é uma mudança nas dimensões do corpo material provocadas por forças
externas aplicadas a ele. Todos os corpos materiais sólidos são, em maior ou menor
grau, deformáveis sob a ação de forças externas. A grandeza da deformação de um
sólido depende da intensidade das forças elétricas de coesão entre seus átomos ou
moléculas. A ligação metálica,por exemplo, é uma ligação forte eletricamente e os
metais, como o aço e o cobre, por exemplo, são pouco deformáveis. Por outro lado, a
borracha comum, que tem ligações moleculares fracas, é muito deformável.
Quando se deforma um corpo por tração (ou compressão), a curva obtida em um
gráfico da força de tração (ou compressão) em função da deformação apresenta uma
região linear inicial, na qual a deformação x é proporcional à força de deformação,
seguida de uma região não-linear onde a proporcionalidade não é mais verificada e
constituem a chamada região elástica. Se a força aplicada continuar aumentando, ocorre
a ruptura do material. A curva obtida para o ensaio típico de um material sob tração é
mostrada na Fig. 25 para FT versus x.
FT 2
FT 1
FT (N )
x
FT1 = Força no limite da proporcionalidade
FT2 = Força no limite do regime elástico
Fe = - Kx
onde K é a chamada constante elástica. O sinal negativo indica que a força elástica Fe
tem sentido oposto ao do aumento (x > 0) ou decréscimo (x < 0) das dimensões do
corpo na direção x.
Um dispositivo muito usado quando se deseja aplicar a um corpo material de
massa M uma força elástica é a mola. É também muito útil para modelar a elasticidade
dos materiais, a oscilação dos átomos em torno de suas posições de equilíbrio nos
materiais sólidos, devido à agitação térmica, os campos elétricos e magnéticos, etc. Uma
mola ideal possui massa desprezível e constante elástica K. Quando um corpo de massa
M é ligado a ela, uma força Fe = - Kx é exercida por ela sobre o corpo. Mostra-se essa
situação na Fig. 26 abaixo.
Fe = -Kx
M
K
x = deformação da mola
Far = - bvn
Amortecedor
Far
v
M
Far = −bv
Figura 27 − O dispositivo conhecido como amortecedor aplica
uma força de arraste ao corpo material de massa M ao qual ele
está ligado que é proporcional à velocidade do corpo material.
PROBLEMAS RESOLVIDOS
Solução:
Uma vez que o corpo material de massa M se deslocou em linha reta, a distância
r
percorrida por ele é o módulo de R :
r
R = R = 32 + (− 1) = 10 = 3,16 m.
2
Solução:
r
r2 = x 2 iˆ + y 2 ˆj + z 2 kˆ .
r r r
O vetor diferença é dado por: R = r2 − r1 .
r
( ) (
R = x 2 iˆ + y 2 ˆj + z 2 kˆ − x1iˆ + y1 ˆj + z1 kˆ . )
A distância, quando o corpo material de massa M se desloca em linha reta, é o
r
módulo de R :
r
R= R = (x2 − x1 )2 + ( y2 − y1 )2 + (z2 − z1 )2 .
Solução:
r
r dv r r
a= → adt = dv ;
dt
v r t r t r r t
∫vo
dv = ∫0
adt = ∫
0
− gj dt = − gj ∫ dt ;
0
v − vo = − gtˆj → v (t ) = vo − gtˆj .
r r r r
r
Como o corpo está caindo, vo = −vo ˆj , que substituída na expressão anterior
fornece a equação horária do corpo material de massa M em queda livre:
v (t ) = −(vo + gt ) ˆj .
r r
Módulo de v (t ) : v(t ) = vo + gt .
r
r
r dr r r
v= → v dt = dr ;
dt
t r t r
r
∫ v dt = ∫ dr → ∫ − (vo + gt ) j dt = ∫ dr ;
r r r
0 ro 0 ro
t2 t2
r − ro = −(vo t + g ) ˆj → r (t ) = ro − (vo t + g ) ˆj .
r r r r
2 2
gt 2 ˆ
r (t ) = y o ˆj − v o t +
r
j;
2
gt 2 ˆ
r (t ) = y o − v o t +
r
j.
2
Solução:
r
(a) yo = 0; vo = vo ˆj = 2 ˆj m/s; g = 9,81 m/s2.
r = y (t ) j = y o + vo t −
r ˆ gt 2 ˆ
2
( )
j = 2t − 4,905t 2 ˆj .
v
0 = (vo − gt ) ˆj → t = o → t =
2m / s
→ t = 0,204 s ;
g 9,81m / s 2
t2
y = yo − (vo + g )
2
0 = 1 − 4,905t 2
t = 0,45s
Solução:
vx = 22,22 m/s.
vy = 0,556 m/s.
r r
Módulo de v : v = v = (22,22 )2 + (0,556)2 = 22,23 m/s
θ = 1,43o.
6. Dois carros trafegam em sentidos opostos por uma estrada, sendo VA = 110
km/h a velocidade do carro A indicada no painel de mesmo. A velocidade
indicada no painel é a velocidade do carro em relação à superfície da Terra, o
corpo material de referência privilegiado . A velocidade do carro B indicada no
seu painel é VB = 90 km/h. Determinar a velocidade do carro B segundo o
motorista do carro A.
Solução:
(u ) = (u )
'
B x B x − VA .
(u )
'
B x = velocidade do carro B medida pelo observador no referencial que se
movimenta com velocidade VA (observador no carro A).
(u B )x = velocidade do carro B medida pelo referencial em repouso (cujo módulo é
indicado no painel do carro B).
(u )
'
B x = −90km / h − 110km / h ;
(u )
'
B x = −200km / h .
Solução:
r
F1 = 10iˆ + 0 ˆj N;
r
F2 = 0iˆ + 5 ˆj N;
r
F3 = −3iˆ + 0 ˆj N;
r
FR = (10 + 0 − 3)iˆ + (0 + 5 + 0 ) ˆj N;
r
FR = 7iˆ + 5 ˆj N.
r
Módulo da força resultante: FR = FR = (7 )2 + (5)2 = 8,6 N.
r
Direção que FR faz com o eixo dos x:
FRy 5
tgθ = = → θ = 35,5o .
FRx 7
PROBLEMAS PROPOSTOS
2. Uma caixa de água, cilíndrica, cujo raio da base é R = 0,5 m, tem capacidade
para 1000 l de água. Qual a sua altura?
Resposta: h = 1,27 m.
Resposta: (a) 58,3 m/s; (b) Aproximadamente 31o, a partir da direção original de
deslocamento.
5. Suponha que uma pessoa de 70 kg está dentro de um carro que se desloca a 100
km/h. O carro pára bruscamente num tempo de 0,5s. Calcular:
(a) A desaceleração média do carro.
r
(b) O módulo, a direção e o sentido da força de referencial Fr sobre a
pessoa que está dentro do carro.
r
Dados: As forças de referenciais Fr surgem quando o observador sobre o corpo
material de referência acelerado estuda a dinâmica de um corpo material de massa M no
espaço da vizinhança do corpo material de referência ou sobre ele próprio. No presente
problema, o carro que desacelera é o corpo material de referência. O corpo material de
massa M é o próprio observador dentro do carro.
Módulo da força Fr : F = M .a . A aceleração a é a aceleração do corpo material de
referência.
Direção e sentido: A direção de Fr é a mesma da aceleração do corpo material de
referência. Entretanto, o sentido é oposto.
(a) A mínima força horizontal que se deve aplicar para por a mesa em
movimento.
(b) A força horizontal aplicada para deslocar a mesa com velocidade
constante.
Resposta: µe = 0,4.
Resposta: µe = 0,58.