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O documento discute as bases históricas da epidemiologia, desde suas raízes na Clínica, Estatística e Medicina Social até seu desenvolvimento como disciplina científica no século 20. A epidemiologia se desenvolveu inicialmente para apoiar a saúde pública e prevenção de doenças, mas retornou às suas raízes políticas na saúde coletiva.
O documento discute as bases históricas da epidemiologia, desde suas raízes na Clínica, Estatística e Medicina Social até seu desenvolvimento como disciplina científica no século 20. A epidemiologia se desenvolveu inicialmente para apoiar a saúde pública e prevenção de doenças, mas retornou às suas raízes políticas na saúde coletiva.
O documento discute as bases históricas da epidemiologia, desde suas raízes na Clínica, Estatística e Medicina Social até seu desenvolvimento como disciplina científica no século 20. A epidemiologia se desenvolveu inicialmente para apoiar a saúde pública e prevenção de doenças, mas retornou às suas raízes políticas na saúde coletiva.
O presente ensaio tenta sistematizar uma srie de informaes
esquemticas sobre a histria da Epidemiologia, a fim de compreender a sua evoluo enquanto disciplina articulada ao desenvolvimento histrico dos principais movimentos sociais na rea da sade. Discute-se as razes da Epidemiologia a partir do trip Clnica-Estatstica-Medicina Social, o seu desenvolvimento inicial subsidirio Sade Pblica, a sua constituio ideolgica e o seu avano tcnico no bojo do projeto preventivista. Finalmente, a Epidemiologia moderna vista como uma disciplina que retorna s suas razes histricas e polticas no movimento da Sade Coletiva, opondo-se, a nvel terico, s presses para torn-la um mero instrumento "mtodo-lgico " da pesquisa clnica.
Ao longo do tempo, a epidemiologia foi construda a partir dos conhecimentos
bsicos da Clnica, que abordam os saberes da sade-doena, as causas, os sintomas, a evoluo das doenas e suas teraputicas; da Estatstica, que possibilitou quantificar a ocorrncia das doenas, analisar os riscos ao adoecimento; e da Medicina Social, que permitiu compreender os processos, determinantes e condicionantes sociais, a relao entre o modo de viver, de trabalho e hbitos de vida com a sade e o adoecimento da populao. Por esta razo, autores assumem que a Epidemiologia se alicerou sobre uma trade: Clnica, Estatstica e Medicina Social.
Contribuies da Clnica e Estatstica
Na construo do saber clnico racionalista moderno, que um dos pilares da
Epidemiologia, podemos destacar que leigos e religiosos envolvidos no processo sade-doena buscaram conhecimentos cientficos e mtodos clnicos adequados para se contrapor s prticas at ento adotadas na Idade Mdia. Posteriormente, a medicina, com seu saber tcnico e uma rede de instituies para prtica profissional, ampliou o saber clnico a partir de estudo de casos de pacientes enfermos hospitalizados. E, em meados do sculo XIX, surgem os estudos da Fisiologia Moderna de Claude Bernard, que se estruturam por meio das patologias e suas leses; Louis Pasteur, com suas contribuies na bacteriologia e na compreenso de doenas infeciosas; e Robert Koch descobriu o agente causador da tuberculose
Era necessrio um projeto de quantificao das enfermidades e surge a Estatstica
como pilar para a Epidemiologia, que nasce aps o Renascimento para quantificar o povo e o exrcito.John Graunt, considerado o percursor da Estatstica e da Demografia, por seu tratado com tabelas morturias de Londres, analisou nascimentos e bitos e quantificou o padro de doena na populao londrina. Em 1825, Pierre Louis publicou estudou em Paris, com 1.960 casos de tuberculose e, tambm, foi o primeiro a realizar avaliao da eficcia de tratamento clnico por meio da estatstica. Posteriormente, William Farr, em 1839, criou um sistema de registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra e Pas de Gales, introduzindo sistema de informao em sade. Com a aritmtica mdica de Louis e a estatstica mdica de Farr integrava-se a Clnica Moderna e a Estatstica, mas, ainda assim, faltava a questo social e poltica para possibilitar as transformaes na situao da sade. Contribuies da Medicina Social No final do sculo XVIII, implantou-se a medicina urbana, perodo em que houve predomnio do movimento sanitarista com aes e prticas de saneamento, imunizao e controle de vetores, principalmente destinadas populao pobre e excludos da sociedade.Com a Revoluo Industrial, o desgaste da classe trabalhadora motivou Louis Villerm, na Frana, a investigar condies de vida, trabalho e sade. No final do sculo, o trabalho de Friederich Engels trouxe contribuies para a formulao da epidemiologia cientfica quando revelou as condies de vida e sade degradantes do proletariado urbano. Deste trabalho surgiu o movimento organizado para politizao da medicina, denominado Medicina Social.O termo Medicina Social tem sido utilizado para retratar modos de abordar coletivamente a questo da sade e seus determinantes sociais. Surgiram vrios expoentes na medicina social, como o mdico sanitarista Rudolf Virchow, que identificou que as causas do tifo na Silsia, atual Polnia, eram sociais, polticas e liderou o movimento mdico social na Alemanha.Os avanos da fisiologia, patologia, bacteriologia e microbiologia no sculo XIX fortaleceram a medicina organicista e a abordagem curativista individual, dispensando o conhecimento da vertente social e poltica da sade na poca, pois as doenas infectocontagiosas prevaleciam.O conhecimento bsico sobre as doenas transmissveis cresceu rapidamente entre 1860 e 1900, fazendo com que os conhecimentos da epidemiologia se concentrassem no processo de transmisso e controle de enfermidades transmissveis Em 1831, John Snow, desafiado pela epidemia de clera e por no encontrar relao desta com a teoria miasmtica (teoria que relaciona as doenas qualidade do ar), que predominava na poca, iniciou estudos mapeando onde os doentes viviam e de quem recebiam a gua. Com a Revoluo Industrial, o avano tecnolgico e a especializao dos cuidados de sade encareciam a prtica mdica. Com a Crise de 1929 houve a necessidade de retomar o discurso social, a abordagem da epidemiologia com seu carter coletivo para ampliar o controle social e prover condies mnimas de sade para a populao.No incio do sculo XX, a Epidemiologia foi consolidada como disciplina cientfica com a criao de departamento de Epidemiologia em diversas Universidades pelo mundo. Na dcada de 50, a Epidemiologia se imps ao ensino mdico e de sade pblica como um dos setores de investigao mdico-social mais frutfero, com utilizao de inquritos epidemiolgicos, principalmente relacionados a enfermidades no infecciosas. Nesta dcada surgiram novos mtodos de estudo epidemiolgico, os indicadores de incidncia e prevalncia. Nas dcadas de setenta e oitenta, com o uso da microcomputao e softwares, observou-se avano nas anlises epidemiolgicas, com aprofundamento das bases matemticas, alm disto, o uso da Epidemiologia Clnica para avaliar a eficcia teraputica ganhou destaque. E, na dcada de 90, surgiu a tendncia de uso de estudos ecolgicos, agregados e outros campos, como Epidemiologia molecular, Farmaco epidemiologia, Epidemiologia Gentica e Epidemiologia dos servios de sade. Na primeira dcada do sculo XXI, as pesquisas e prticas da Epidemiologia mantm o foco nas doenas no transmissveis. Autores e epidemiologistas assumem que a tendncia atual da epidemiologia ter maior intercmbio com outras disciplinas, como biologia e cincias sociais, propem modelo ecossistmicos, com conexes estreitas com polticas de sade e responsabilidade social.
Variveis relacionadas pessoa
Ao passo que as variveis populacionais ligam-se, de uma forma ou de outra, como variveis geogrficas que so, ao espao ocupado, as variveis relacionadas pessoa independem do espao e, portanto, no devem ser confundidas com as variveis populacionais.
necessrio esclarecer que a mesma designao pode referir-se, alternativamente, a
uma varivel pessoal ou a uma varivel populacional de mesmo nome. Inserem-se neste caso as variveis raa, etnia, cultura, religio e nvel socioeconmico. Ser considerada uma varivel populacional se a sua funo lgica for a de possibilitar a comparao de grupos populacionais homogneos espacialmente localizados. Tratando-se, no entanto, de estudo descritivo da incidncia de uma doena em uma populao heterognea, em condies tais que os atributos de populao no possam ser tomados como caracterstica de lugar, as mesmas variveis passam a ser pessoais, prprias para caracterizar grupos especficos cujos indivduos componentes estejam dispersos no seio da populao abrangente, heterognea.
Conforme adaptao feita com base em lenicek & Cleroux(1982). As abaixo
discriminadas so algumas das variveis relacionadas pessoa, j aprovadas como epidemiologicamente significativas em estudos anteriores referentes distribuio de doenas e causas de morte: caractersticas gerais idade e sexo; caracterstica familiares estado civil, idade dos pais, dimenso da famlia, posio na ordem de nascimento, privao dos pais, dimenso da famlia, posio na ordem de nascimento, privao dos pais, de um ou de ambos e morbidade familiar por causas especficas, caractersticas tnicas raa, cultura, religio ,grupo tnico e lugar de nascimento. Nvel socioeconmico ocupao, renda, nvel de instruo, tipo e zona de residncia, valor da taxa de IPTU e sinais exteriores de riqueza, ocorrncias durante a vida intra-uterina e ao nascer- idade materna, nmero de fetos gestados,(nico ou gemelar),caractersticas e ocorrncias durante o parto,condies fsicas da m