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PoOESIA SEMIOTICA Marcelo Dolabela UNIL-BH Resumo A Poesia Semistica, através da chave Iéxica, trasladou a verbivocovisualidade da Poesia Concreta — construtivista, realizada a partir da letra, da silaba e/ ou da palavra — para a poesia sem palavras do Poema- Proceso. PALAVRAS-CHAVE chave Iéxica, poema cédigo, poesia semistica, poesia sem palavras ORIGEM E PRECURSORES A poesia concreta s6 teve unicidade, de proposta ¢ de praxis, em seu langamento, isto é, na Exposigdo Nacional de Arte Concreta, no MAM ~ Sao Paulo, em dezembro de 1956, ¢ no Rio de Janeiro, em fevereiro de 1957. A partir dai, 0 movimento se fragmenta e se desdobra em outras vertentes: - Ferreira Gullar a “abandona”, criando, em 1959, com Reynaldo Jardim, Théon Sapnidis, Ligia Pape, Ligia Clark, Amilcar de Castro, Franz Weissman e outros, 0 neoconcretismo; — Wlademir Dias-Pino, na mesma época, também se desliga (é expulso? se auto-expulsa?) do grupo e, em 1967, langa 0 poema/processo, ao lado de Alvaro de S e Moacy Cirne; ~os proprios Augusto, Décio & Haroldo, pilares da p. ¢., também, se langam em novas experiéncias. Haroldo de Campos inicia, em 1963, sua viagem neobarroca das Galdxias Augusto de Campos lanca, em 1964, seus poperetos, a partir de conceitos de Waldemar Cordeiro. Augusto define os popcretos: popcretos / colhidos ¢ escolhidos / no aleatério do ready-made / de agosto a novembro de 1964 / por uma vontade concreta (...) / pop em parametros concretos: construgao, intencionalidade critica. / qualificar a quantificagao. quantificar a qualitidade em quantilates quilomiletrilfmetros a vencer. inventariar & inventar. / no escolho da quantidade a qualidade da escolha: 0 olho. / concregdes semantics. AmPos. Poesia 1949-1979, p. 1998-1999 * ALETRIA 46 Décio Pignatari acrescenta: Hi 3 anos se vem fazendo poesia concreta sem palavras: Wlademir Dias Pino, Luis Angelo Pinto, Ronaldo Azeredo ¢ cu. Os ingleses batizaram de poemas semidticos. Augusto prefere chamar os dele de popcretos. Besteira do Augusto... Mas se os chamou, vale, vindo de sua grandeza.? E Décio Pignatari, ao lado de Luis Angelo Pinto, inaugura, em 1964, o pass seguinte da poesia concreta: a poesia semistica. E nesta pluralidade de experiéncias — poesia concreta, neoconcretismo, popcretos, neobarroco, poema-processo —, que a poesia semidtica ou poema semi6tico ou poema-sem-palavras surge. Pegando um pouco daqui, esticando um pouco a corda da experimentagao dali. Sua grande contribuigdo é trazer da semiética — leia-se Charles Sanders Peirce — conceitos para a elaboragao de um novo momento na poesia brasileira. Somando as experiéncias grafico-viso-composicionais de Wlademir Dias-Pino —de A ave e Solida, ambos de 1956 — ea icdnica poesia-sem-palavras dos poperetos de Augusto de Campos, a poesia semiética realiza, através da chave léxica, 0 poema de possibi idades de miltiplas leituras. Derinicoes Augusto de Campos ¢ Haroldo de Campos:? Finalmente, em seus tiltimos desenvolvimentos [da poesia concreta], houve uma ampliagao geral do leque de pesquisas, dentro das premissas do PLANO-PILOTO. Por um lado, deu-se uma integragao dos processos compositivos das fases anteriores. Por outro, radicalizaram-se certos pardmetros, como no caso do POEMA-CODIGO ou SEMIOTICO, em que poeta lida apenas com signos nio-verbais, visando A criagio de novas linguagens, capazes de exprimir percepgdes e situagdes que o sistema fonético ndo consegue apanhar. E o caso também dos poemas POP- CRETOS, que utilizam elementos da comunicagao de massa (recortes de jornais, fotomontagens, etc.), chegando em certos exemplos até a eliminagao da palavra, na criago de objetos ideogramaticos. Em ambas estas hipdteses, tocam-se os limites extremos entre poesia e pintura, conseguindo-se um verdadeiro “intermedium’, através da superagao dos obsoletos preconceitos limitadores de tipo “literério”, (...) Tanto Pound (no seu estudo sobre Camées), como 0 lingiiista Roman Jékobson mostram, que poesia nao é bem literatura. Para a POESIA CONCRETA, 0 poeta — quer lide com a palavra em novas estruturas, quer com signos integrados em outros sistemas semisticos — é, fundamentalmente, como o exprimiu com preciséo Décio Pignatari, um DESIGNER DA LINGUAGEM. Como. 2 PicnaTARI. Informacdo. Linguagem. Comunicagdo., p? + Campos citado por MeNezES. Roteivo de leitura: poesia concretae visual, p? ALETRIA 1098-1999 o “industrial designer”, deve ele empenhar-se em obter a configuragao 6tima de sua mensagem. Novos contetidos exigem novas formas € novas formas podem engendrar novos contetidos. POESIA SEMIOTICA OU POEMA SEMIOTICO OU POEMA-SEM-PALAVRAS Décio Pignatari: Podem ser apenas desenhados — ou montados na forma de objetos. Se as formas usadas se explicam por si mesmas, vocé nao precisa dar 0 dicionatio ou a chave léxica do poema: é 0 caso das colagens em geral ou do uso de figuras de conhecimento geral. Mas se vocé quiser divertir-se criando “palavras analdgicas” e relagdes novas entre elas, entéo a chave léxica deve ser utilizada.* Philadelpho Menezes: A poesia semitica faz parte de uma tendéncia dominante nos anos 60, que buscava a criagao de uma poesia visual sem palavras. (...) A teoria da poesia semistica € perfeita: pensar um poema visual cuja forma brote da propria letra. Isto 6, os diferentes desenhos que uma palavra pode ter determinariam © desenvolvimento do poema visual numa configuracdo abstrata. (..) (o poema semidtico) € composto de figuras geométricas, sem qualquer significado, que vao se entrelagando num desenvolvimento de formas puramente gréficas. Para thes dar sentido, o autor cria ao lado do poema uma “chave léxica”, isto um pequeno glossario das formas visuais que aparecem no poema, atribuindo-lhes um significado, uma palavra correspondente. Através desse proceso, a forma visual pura (0 “fcone”, na teoria semiética) ganha um sentido (0 “simbolo” semistico) Um dos postulados interessantes da teoria semiética é a idéia de que os signos da linguagem possuem seu lado icénico e seu lado simbilico, isto 6, seu aspecto formal e seus significados, mas de tal forma entrelagados que & impossivel separé-los e mesmo distingui-los precisamente. Ora, a poesia semi6tica faz é precisamente o contrario: nao ha nada num tridngulo preto apontado para a direita que dé a ele o significado de “macho”, ou num outro virado para a esquerda que seja “mulher”. A relacao estabelecida na “chave Iéxica” entre as figuras geométricas ¢ as palavras é arbitréria ¢ forcada. O desenvolvimento das figuras geométricas também nao obedece a qualquer necessidade das préprias formas.? PoeMA-CODIGO (VIA POEMA-PROCESSO) Wlademir Dias-Pino: No poema-cédigo néio 6 como no ideograma, que a uniao de duas palavras produz uma terceira em estado poético, mas sobreposiges de formas méveis, revelando uma série estatfstica, de probabilidades de formas. Os 4 PIGNATARI. Concracomunicagao, p? 5 Menezes. Roteiro de leitura: poesia concretae visual, p? 1998-1999 = ALETRIA 48 poemas semiéticos sio uma parcela do poema processo: sua codificagao impée o sentido de matriz ao poema e seu desencadeamento a criacao de séries. A matriz cria as possibilidades de consumo e as séries a participagio, a opgao, © proc combinag’o das so. A matriz é a estrutura imével e 0 processo é a séries. A matriz cria a l6gica, 0 consumo. Cave LExIcA OU CodiGo ou DIcIONARIO Wlademir Dias-Pino: Codigo: estdgio didatico do poema. estagio que se desprende (futuramente) do poema. escolha: tradutor de dados diretos. unidade: ntimero ordinal (das paginas). operagao: retardador de leitura. combinagio: uma relatividade. escala: quando verbal. * a palavra nao é olhada como geradora de leitura. * o sentido de aprendizagem que traz cada poema por ser novo é, principalmente, um problema de leitura. * fronteira do préprio limite do cérebro humano. ** CODIGO: Satélite do grafico: poema. Banda lateral. Parte diddtica do poema. O sentido de aprendizagem em todo o poema. Operagdo: escolha / unidade. Pares de transmissGes / pares abstratos / afins.? COMENTARIO A CHAVE LEXICA Em Comunicacdo poética,® Décio Pignatari cria um exemplo simples ¢ ilustrativo de um poema semiético (ver poemas ao fim do texto). Utilizando como chave Iéxica um retangulo, para indicar a primeira pessoa do singular (= EU), e um coragdo, para indicar a segunda pessoa do singular (= VOCE), “ sgota”, em uma série/linhas de oito, as possibilidades de escrita/leitura do poema: 1" linha: trés retangulos 2° linha: trés coragdes 3° linha: trés retangulos e um coragao 4° linha: um retangulo e um coragao 5° linha: um coragao e um retiingulo 6° linha: um retangulo envolvido, a direita, por meio coragao T linha: um retangulo contendo, a direita, meio coragao 8° linha: um retangulo contendo um coragio, Ainda a comenta Os poemas semidticos nao tém titulo, exceto “womanity”, de Joaquim Branco, ¢ “Epithalamium - II”, de Pedro Xisto. Para a didatica deste trabalho, usei palavras da chave léxica como titulo. Alguns poemas nao trazem — explicitamente — a nomeacio chave léxica, embora tenham este processo de decodificagao, como € o caso dos poemas “terra § Dias-PiNo. Processo: linguagem e comuicagdo, p? 7 ToiDeM. p? § Piawatari. Comunicagdo poética, p? ALETRIA - 1998-1999 homem”, de Luis Angelo Pinto, “viver lutar”, de Anchieta Fernandes, “consoantes ponto de articulagio” e “womanity”, de Joaquim Branco, “fome” ¢ “colo solo sub/ solo”, de José de Arimathéa, “nao sim”, de José Luiz Serafini, “tempo fome”, de Lara de Lemos, “mar torto morto”, “bomba fértil”, “amor medo”, “ver viver” € “resistencia”, de Neide Sa. A poeta Neide 84, ligada ao poema-processo, radicalizando a proposta de chave Iéxica, chega, em dois poemas, aqui chamados, a titulo de didatica, de “sem titulo 1” e “sem titulo 2”, a abdicar da chave léxica e de qualquer palavra-referente, construindo poema de leitura semi6tica, a partir apenas da composigAo/oposi¢io visogeométrica. No poema-processo, a chave léxica é chamada de “animagao semantica”. Augusto de Campos comenta Os poemas-sem-palavras, os “poemas semisticos”, que constituem apenas uma das vertentes da poesia concreta — pois esta, em outros textos, continua a explorar as virtualidades da palavra, com énfase no pardmetro semAntico — tém sido normalmente apresentados, ao lado de poemas- com-palavras, em publicagSes ¢ antologias de cunho internacional. O que distingue da pordugio propriamente pictérica é a clara intencionalidade semantica. Nesse sentido cabe ressaltar que tanto os poemas-objeto “solida™ de Wlademir Dias-Pino como os poemas-cédigo de Pignatari, Luiz Angelo e Ronaldo Azeredo possuem “chaves léxicas” para a sua leitura ou decodificagao. O mesmo ocorre com o poema visual “olho por olho”, que nao necesita de “chave Iéxica” explicita porque se compée de signos extrafdos da realidade cotidiana: um esteira de olhos arrancados a personagens conhecidos conduz a um tridngulo formado por sinais de trénsito, de significado universal: & esquerda, trdfego proibido; no centro, siga em frente; & direita, diregdo tinica a direita; e no vértice superior, termo da viagem, o sinal geral de perigo. Esse poema “inqualificavel” tem, pois, uma seméntica visfvel a olho nu.’ MENSAGEM DIGITAL / MENSAGEM ANALOGICA Décio Pignatari Uma mensagem pode manifestar-se em termos ou quantidades anal6gicas ou digitais. As mensagens de natureza digital so construidas por digitos ou unidades “discretas”, ou seja, por unidades que se manifestam separadamente. (..) [Exemplo:] 0 alfabeto, as notas musicais, o sistema numérico. [Mensagens analégicas] so continuas. Todo sistema analdgico se liga muito mais ao mundo fisico do que ao mundo mental, implicita sempre a idéia de modelo, simulacro, imitagao, bem como a idéia de medicao ou mensuragdo. A mensagem do tipo analégico € menos precisa, porém mais direta ¢ a sua imprecisao nasce do fato de as qualidades continuas terem de ser repartidas em unidades digitais e controladas sensivelmente. [Exemplo:] A régua, a régua de célculo, o termémetro, o rel6gio, o pant6grafo, © mapa, © gréfico (...), linguas orientais — chinés e japonés, etc.” ° Campos. Poesia, antipoesia, antropofagia, p? 1© Pigwatars. Informagdo. Linguagem. Comunicagao., p? 1998-1999 + ALETRIA 49 50 COMENTARIOS FINAIS O poema semiético tr: McLuhan, a poesia ocidental — de Homero 4 poesia concreta — do mundo ada, se pudéssemos fazer uma pardfrase de Marshall analégico para o mundo digital. Quebra e instaura um outro processo de leitura, niio por contigiiidade, mas por montagem, ao feitio dos ideogramas (os ideogramas homem + drvore + sol = leste), das experiéncias de montagem cinematografica do russo Serguei Eisentein e montagem processualista, do poema-processo. Entendendo por montagem eisenteiniana: antes de tudo e acima de tudo, montagem. O cinema japonés esté otimamente provido de empresas produtoras, atores e argumentos. Mas 0 cinema japonés nao tem a menor consciéncia da montagem. Nao obstante, © prinefpio de montagem pode ser identificado como elemento basico da cultura figurativa japonesa. Escrita — porque sua escrita é antes de tudo figural. O hierdglifo. (...) Riscada com um estilete sobre uma tira de bambu, a imagem de um objeto mantinha a semelhanga com o seu original, em todos os aspectos. (...) A questéo € que a cépula (talvez fosse melhor dizer a combinagdo) de dois hierdglifos da série mais simples nao deve ser considerada como uma soma deles ¢ sim como seu produto, isto é, como um valor de outra dimensio, de outro grau; cada um deles, separadamente, corresponde a um objeto, a um fato, mas sua combinagio corresponde a um conceito. Do amélgama de hieréglifos isolados saiu — 0 ideograma. A combinagao de dois elementos suscetfveis de serem “pintados” permite a representacéo de algo que nao pode ser graficamente retratado. Por exemplo: o desenho da gua e o desenho de um olho significam “chorar”; © desenho de uma orelha perto do desenho de uma porta = “ouvir”. (...) Sim, é exatamente isto que fazemos no cinema, combinando tomadas que pintam, de significado singelo e contetido neutro — para formar contextos e séries intelectuais. (...) A tomada no é, de maneira alguma, um elemento da montagem. A tomada é uma célula da montagem. (...) O que, entao, caracteriza a montagem e, conseqiientemente, a sua célula — a tomada (0 plano)? A colisao. O conflito entre dois pedagos, um em oposigdo ao outro. O conflito. A coliséo. (...) montagem como coliséo. (...) da colisdéo de dois fatores determinados, surge um conceito. (...) montagem é conflito. Como a base de toda arte é conflito (uma transformagio “imagistica” do principio dialético). A tomada (plano) surge como célula da montagem. Por conseguinte, deve ser também considerada a partir do ponto de vista do conflito."! E por montagem processualisea, conforme teorizacao de Wlademir Dias-Pino: Compete ao poeta reformular a mensagem massificada pelos donos de informagao. * Diferente do Pop que € apenas uma textura do cotidiano. Vibragoes semanticas: desfocalizagao da leitura / choques informacionais: labirintos de imagens / unidade dinamica: resposta direta do social. * O T EISENSTEIN. O princfpio cinematogrifico e o ideograma. In: Campos (Org.). Ideograma: l6gica, poesia, linguagem, p? ALETRIA ~ 1998-1999 documental do visual: Presente: tornados signos / Instante: planos sucessivos. * Para a facilidade da colagem, estabeleceu-se a codificagao como disciplina. * Razao igual ao visivel. / Desfocar contra a viséio normal biocular / A facilidade da reprodugao criou a apropriagao. * Montagem: realismo dialético. * As livres associagées da manipulagao. * Montagem; © emblematico do instantaneo."” © poema semistico explicita, na pagina ou em outro suporte qualquer — cartaz, postal, dobradura, etc. —, os elementos constitutivos do poema e sua possibilidade de leitura (via chave léxica). Projeto que, nos anos 80, se desdobraria no conceito de poema-montagem ou poesia intersignos, assim definido por Philadelpho Menezes: A montagem, tal como a definia sem sua faceta mais desenvolvida 0 cineasta Serguei Eisenstein, tem por procedimento uma combinagéo formalmente motivada (ao contrério da plasticidade livre da colagem) de dois ou mais dados, e tem por produto a criagio de um campo de significados que uma leitura atenta deve ser capaz de aprender (ao inverso da colagem, onde toda apreensao € sensorial e anti-semantica. Também no poema-montagem outros tipos da poesia visual encontram-se presentes, mas subsumidas numa construgdo visualmente mais limpa. (...) a montagem, comporta leituras de significados mesmo em obra onde nao hé palavras."” Duas diizias de poemas foram realizadas dentro dos conceitos do poema semi6tico, em curto espago de tempo — de 1964, quando Décio Pignatari e Luis Angelo Pinto lancam, no Correio da Manha, em 25 de julho, o “manifesto” “Nova linguagem, nova poesia”, até 1972, quando 0 poema-processo langa seu manifesto- fim “Parada: op¢So tatica”, na Revista Vozes, em dezembro. Porém, 0 poema semiético antecipou — em muitos anos e modos — as experiéncias que s6 seriam possiveis a partir do final dos anos 80, com a utilizagao da informatica ¢ dos recursos de computagao gréfica: escrita holografica, holopoema, video-clipe, poesia-hipertextual, poema-fractal, poesia intersignos, etc. Uma chave léxica, com apenas dois elementos/termos, possibilita uma produgdo infinita de leituras — soma, subtrago, fusao, fragmentagao, exclusao, inclusao, justaposig&o, etc. A linguagem digital j4 est4, plenamente, exercitada. Talvez tenha faltado ao poema semi6tico uma radicalizagdo em sua teoria e praxis, como fizeram a poesia concreta, 0 poema-processo (pés-72) ¢ a poesia visual (pés-poema-processo) em sua multiplicidade de experiéncias e conceitos. Mas o que ficou — teoria e pratica — j4 é suficiente para mostrar que, numa sintese absurda a la Ezra Pound-Benedetto Croce & Harold Bloom, sua abertura de criagdo ainda é um lance de dados com possibilidades infinitas. 2 Dias-Pmo. Proceso: linguagem e comunicagao, p? ‘5 Menezes. Roteivo de leitura: poesia concretae visual, p? 1998-1999 - ALETRIA 51 52 Principais poetas: Wlademir Dias-Pino; Décio Pignatari; Luis Angelo Pinto; Ronaldo Azeredo; Anchieta Fernandes; Dailor Varela; Joaquim Branco; José de Arimathéa Soares de Carvalho; José Luiz Serafini; Jurema Brandao; Lara de Lemos; Pedro Xisto; Neide $4; Sonia Figueiredo; Walter Carvalho, entre outros. ® AgsTRACT Semiotic Poetry, by using the lexical key, has transported the verbvocalvisuality from Concret Poetry — constructivist poetry, performed from the letter, syllable and/or word — into the poetry without words in the Process-Poem. Key-woros lexical key, code poem, semiotic poetry, no-word poetry REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Azevepo Fino, Leodegario de. Poetas do modernismo — antologia critica. Brasilia: Instituto Nacional do Livro, 1972. 6v. Campos, Augusto de. Poesia, antipoesia, antropofagia. Sao Paulo: Cortez & Moraes, 1978. Camos, Augusto de. Poesia 1949-1979. Sao Paulo: Duas Cidades, 1979. 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