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Ineruments = Rew Et oe, Ed lt de For, 27 € ralidade na sala de aula: alguém “fala” sobre isso?! Tania Guedes Magalhaes* Resumo © objetivo deste artigo, que versa sobre a oralidade no ensino de lingua portuguesa, ¢ spresentar resultado parcial de pesquisa desen- volnida atuaimente no NUPEL/UBIE. Nas uimas duas décadas, vi- ros foram os autores que contibuiram para 0 assunto em questao, crientando que, embora a escrita seja central na escola, 3 oralidade deve ser também trabalhada em sala de aula. Contudo, a partir de entrevistas com professores das redes publica e particular de Juiz de Fora, pudemos perceber que a oralidade ainda nao é contemplada na escola, Palavras-chave:oralidade,formacao de professores. Abstract The aim of this paper, which is about oral communication in the teaching of Portuguese Language, isto present the partial results of the research which is being developed presently at NUPEL|FIF. In the last two decades, several authors contributed (0 the topic in ‘question, retaking. spite the fact that the writen communication fs paramount at school, the oral communication should 2lso be worked in classroom. However, from interviews with teachers (rom ‘public and private schools in Jul de Fora, we could notice that the ‘oral communication has not been the prevalence at school as it should be. ey-words; oral communication - formation of teachers "Alguns trechos deste amigo farem pare da pesquisa de Doutorado ‘Gem ttulo) da autor, ainda em desenvolvimento, na Universidade Federal Fluminense, 2 Professora do Colegio de Aplicacio Jo30 XXillDoutoranda em Unga pel UF ea de concentaco “Ungusica e esno de lingua materna’ 1, 2008/2008 . Introducéo Este trabalho & resultado parcial de pesquisa realizada no NUPEL ~ Nacleo de Pesquisa e Ensino em Linguagem, da Faculdade de Educacso da Universidade Federal de Juiz de Fora. Inttulada “Reflexos da formacdo teorica do Professor de Portugués na sua pritica pedagdgica®, a pesquisa pretende investigar os aspectos que podem contibuir para 0 insucesso da educac3o escolar em lingua materna, focando a andlise no conhecimento tebrico do professor sobre questdes de linguagem. Partimos da hiporese de que ha importantes informacdes que possivelmente faltam aos professores, na sustentacdo de uma metodologia capaz de promover efetivamente 0 desenvolvimento de competéncias dos alunos, no que se refere ao uso da lingua portuguesa, nas modalidades orale escrita, dentro do que a sociedade letiada considera desejsvel e mesmo recomendavel, de modo a prepaté-los para a sua partcipacao efetiva nessa Sociedade como cidadaos que constroem, endo apenas obedecem, ‘A partir de entrevistas semi-estruturadas com professoras de Portugues do Ensino Fundamental (I* a 8 séries) de escolas publicas e particulates do ‘municipio de Juiz de Fora, procedemas 2 andlise de quatro assuntos gerais: sgramiética,oralidade, variacdo lingOistica e diversidade. Para cada uma das 25, professoras entrevistadas foram elaboradas 6 perguntas relativas, de modo ‘eral, a sua concepcio de ensino, de linguagem, de gramatica, &s praticas de ‘oralidade desenvolvidas em sala de aula, suas atitudes relativas aos dialetos socials estigmatizados, eventualmente utilizados por seus alunos, perguntas essas reformuladas no momento das entrevistas, de acordo com o desenvolvimento do assunto. As entrevistas foram gravadas em fitas k7 transcritas, refinadas e, posteriormente, voltivamos aos professores para ‘entregar-ihes uma cépia da entrevista, Nessa ocasio, pedimos uma autorizacdo para 0 uso dos dados em trabalhos académicos em geral, ressaltando que suas identidades ficariam preservadas, sem que nenhum dado como nomes pessoais ov das escolas apareceriam nos trabalhos. Esperamos, com o desenvolvimento desta pesquisa, contribuir para a fotmacio de professores nao s6 pels deteccao de problemas e dificuldades no trabalho com a lingua portuguesa pela escola, mas também com sugestoes a partir de estudo dos principais tecricos e intervencbes, proxima fase da pesquisa Nosso foco de interesse, neste artigo, & 0 trabalho com a oralidade na sala de aula, que agora passamos a apresentar. A pesquisa em questo ests sendo desenvobasa pelo Nupel desde 0 2° s om duracio a8 0 2 semeste de 2006. Ineganes.Abgal Guedes Mog Campos Perambuco (coordenadora, Lucia FM. Cyrana, Mana Luiza Scafio «Tania ‘Guedes Magataes, Insane = Re Et Ysa Ed, ur de Fon, #8, 45-81, 2005/2006 Por que oralidade na escola? Para falarmos de formacio de professores de lingua, toma-se necessirio, retomarmos alguns pressupostos basicos que alicercam todo o trabalho de leitura, producdo de texto e anilise lingUistica, em cujas priticas 0 ensino de lingua Portuguesa deve ser centrado, conforme nos esclarece Geraldi (2004: 88), Em se tratando disso, consideramos que uma concepcio de linguagem* adequada para o trabalho pedagdgico com a oralidade® seria aquela que a percebe ‘como processo interacional, levando em conta a situacdo de comunicac3o, os interlocutores e as aces que se produzem pela linguagem. A adogao de tal ponto de vista promove uma mudanca de postura, fayorecendo uma pratica pedagogica de lingua materna em que no caibam mais apenas exercicios de metalinguagem, ‘A alta de uma concepgao de linguagem solida pode ser uma das causas das difculdades em trabalharmos a oralidade na sala de aula. Além disso, a auséncia de objetivos de ensino de lingua bem definidos e da compreensto sobre a natureza da linguagem oral, bem como do que selao continuum fala/escrita, também ocasionam ‘uma grande defasagem no trabalho escolar com a lingua falada. Ainda existe hoje uma supervalorizacdo da escrita na escola, levando a ‘uma posicao de supremacia das culturas letradas ou até mesmo dos grupos que dominam a escrita, dentro de uma sociedade desigual. Dessa forma, o trabalho {que desprivilegia a oralidade acaba por ser preconceituoso e desvalorizador da cultura oral que o aluno traz de seu meio. Consoante Corréa (2001: 136), ndo existem textos somente orais ou somente escritos. Se entre os objetivos do ensino de lingua portuguesa cenglobamos o desenvolvimento da competéncia comunicativa dos usuarios da lingua (TRAVAGLIA, 2000: 17), como podemos ignorar o trabalho com a coralidade na sala de aula? Se entre esses objetivos englobamos também proporcionar 20 aluno a capacidade de “transitar”pelas diversas instancias socials via linguagem, em que medida 0 trabalho exclusivo com a manifestacdo esctit da lingua promove um ensino eficientee, consequentemente, uma compreens3o slobal do que seja realmente a linguagem? Os modos de enunclacao da lingua (fala e escrita) se entrelacam. Fundamental, dessa forma, que a escola no desconsidete nem trate como inferiores as manifestacSes orais de linguagem, conforme por muito tempo se fez. Ao contrério do que se pensava sobre a fala - cadtica e no passvel de estudo e sistematizacao -,a Linguistica trouxe-nos contribuicdes que mostraram sua estrutura e organizacao. A partir do surgimento, no campo dos estudos linguisticos no século XX, das novas pesquisas referentes a lingua falada, uma nova fase na LingUlstica se Instaura, trazendo dos meios académicos, aos cursos de formagdo e alguns Para mais devahes sobre “concencdes de linguagem’, ver Tala (2000, p. 21) e Gera (2008 039). * Estamos considerando oralidade como pritica social e fala como modilidade de uso da Vingua (cl Marcuschi, 2001, p. 25], ou se, a fla € uma forma de producio textual scursiva para fins comunicatwes na modaldade oral Insert fe Et Peg Ed ue For, 7 « 8 2.6561, 2005/2006 j ; i

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