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O jornalista deve, antes de tudo, ser um comunicador (Freire, ano). Para isso,
deve-se estabelecer um processo de comunicao entre os interlocutores: o pblico e os
media. Charaudeau (ano) lembra que esse processo requer um contrato de comunicao,
na sua concepo normativa; embora, nem sempre, este seja estabelecido de forma
transparente. Para o autor, necessrio o reconhecimento, por parte dos interlocutores,
das restries situacionais da comunicao. Quer dizer, daquilo que faz com que o
discurso seja sempre limitado por fatores externos e contextuais. No caso dos media, esses
fatores podem ser econmicos ou poltico-ideolgicos, tcnicos, produtivos, etc. Sabe-se,
contudo, que a mdia e o jornalismo (produto do primeiro) so formas de conhecimento
que servem ora para legitimar o pensamento dominante e conservador da sociedade, ora
para dar conscincia crtica ao cidado (Genro Filho, ano).
Esse poder simblico que exerce a mdia (Bourdieu, ano) se torna ofensivo
opinio pblica, na maioria das vezes construdas a partir de critrios determinados por
quem est no poder. Quando tomamos como referncia trs teorias do jornalismo em
especfico, entendemos ainda mais a possibilidade dessa interferncia miditica na
sociedade. A teoria do jornalismo como forma de conhecimento, por exemplo, calcada
por Adelmo Genro Filho (1987)