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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA

DA COMARCA DE XXXXXXXXXXX

Fulano, brasileiro, menor impúbere, neste ato representado por sua


mãe Beltrana Maria, brasileira, solteira, fonoaudióloga, portadora da Cédula de
Identidade nº. 99999 e inscrita no CPF/MF sob o nº. 999.999.999-99, residente e
domiciliada na Rua das flores número tal, por intermédio de sua procuradora, com
instrumento de mandato em anexo, vem respeitosamente perante V. Exa. propor a
presente:

AÇÃO ESPECIAL DE ALIMENTOS

contra Sicrano Silva, brasileiro, solteiro, economista, portador da cédula de


identidade 9.999.999 SSP-DF, CPF 999.999.99-99, residente e domiciliado na
Rodovia dos Cravos, nº. 9999, 9, pelos seguintes fatos e fundamentos que passará
a expor.

1. DOS FATOS
1.1. A mãe do autor viveu maritalmente com o Réu pelo período
aproximado de cinco anos, resultando desta união, o nascimento do filho Fulano,
aos 99 dias de Janeiro de 9999, ora autor, conforme doc. 1 (Certidão de
Nascimento), em anexo.
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1.2. O dever de sustento está perfeitamente caracterizado, pois o Réu é
pai do autor, como certifica o doc. 1.

1.3. Desnecessário dizer que, ante a indiferença e o descaso do


Alimentante quanto à sorte do próprio filho, vem o Alimentando passando por
inúmeras privações, pois os rendimentos de sua mãe não são suficientes para
atender a todos os reclamos oriundos da sua manutenção e sustento, necessitando
da colaboração paterna.

1.4. Assim, somente a fixação judicial dos alimentos, com desconto em


folha de pagamento do Réu, poderá atender ao menos as necessidades
elementares do autor, porquanto cabe também ao Pai, ora Réu, esta obrigação que
decorre da Lei e da moral. As despesas mensais referentes, exclusivamente, ao
necessário para os cuidados do alimentando são:
Transporte (gasolina e passagens para a Capital)
Higiene (fraldas, lenços, cremes, óleos, etc...)
Alimentos para crianças da idade (laticínios, farináceos, etc…)
Remédios (a criança está em tratamento)
Educação (lanche, material escolar, etc...)
Babá (a mãe do Alimentando trabalha)
Despesas com vestuário (incluindo prestações)
Lazer (parquinhos, passeios, teatrinhos, etc...)
Alimentos básicos
Total aproximado R$ 999,00

1.5. O Réu exerce a função de ATIVIDADE E LOCAL, percebendo


aproximadamente os vencimentos de R$ 9.999,00 reais mensais, estando,
portanto, dentro de sua possibilidade financeira colaborar no sustento do
alimentando.

2. DO DIREITO

2.1. A fórmula geral de fixação de alimentos é aquela do artigo 1.694


do Código Civil Brasileiro, que estabelece a relação entre a necessidade dos
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alimentados e a capacidade econômica dos alimentandos, guardando-se o devido
laço de parentesco. Neste sentido, não é outra a lição de Orlando Gomes,
elencando os pressupostos da obrigação alimentar:

"a) a existência de determinado vínculo de família entre


o alimentando e a pessoa obrigada a suprir alimentos; b)
o estado de miserabilidade do alimentando; as
possibilidades econômico-financeiras da pessoa obrigada
a ministrar alimentos" (Direito de Família, Ed. Forense, 1986,
página 326)

Extrai-se do artigo 1.696 do Código Civil:

“O direito à prestação de alimentos é recíproco entre


pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes,
recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em
falta de outros.”

E ainda do artigo 1.705 do Código Civil:

“Para obter alimentos, o filho havido fora do casamento


pode acionar o genitor, sendo facultado ao juiz
determinar, a pedido de qualquer das partes, que a ação
se processe em segredo de justiça.”

E, por fim, aponta-se da Lei de Alimentos o desejo do legislador de ver


estabelecido já no despacho inicial um quantum monetário que mantenha o padrão
de vida do Alimentando:

“Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo


alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo

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se o credor expressamente declarar que deles não
necessita.
… “omissis” …
Art. 13. … “omissis” …
… “omissis” …
§ 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à
data da citação”.

2.2. Porquanto não se pode olvidar que na Ação de Alimentos deve


ocorrer a inversão do ônus probatório quanto à capacidade do Alimentante. Ocorre
que ao Alimentando deve caber tão somente evidenciar a ligação parental, pois
não é razoável que também deva informar qual o montante dos ingressos
financeiros do Alimentante, uma vez que tais dados estão naturalmente protegidos
pela esfera da individualidade e privacidade do demandado nesse tipo de litígio.
Assim, é do Alimentante o ônus de demonstrar seus ganhos, para que a Jurisdição
possa fixar em definitivo o valor dos alimentos.
2.4. Mas tal fixação definitiva, instruída pelos dados fornecidos pelo
Alimentante, deve ocorrer sempre em ulterior momento processual, para que não
se retire a vitalidade social da norma.

Neste sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE ALIMENTOS -


FIXAÇÃO PROVISIONAL - ARBITRAMENTO - JUÍZO DE
COGNIÇÃO SUMÁRIA - RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
Sendo os alimentos provisionais fixados através da análise
perfunctória dos elementos probatórios trazidos na inicial pelo
autor, somente por ocasião da instrução processual terá o
Magistrado provas firmes para constatar as necessidades do
alimentado e as possibilidades do alimentante, que conforme a
regra insculpida no art. 400 do Código Civil, são as bases para a
fixação do encargo alimentar. (Agravo de instrumento n.
2002.026799-1, de Guaramirim, data da decisão:
27/05/2003, Rel. Des. Orli Rodrigues)

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2.5. Tendo em vista as peculiaridades do caso concreto, aliado ao
“periculun in mora” e “fumus boni iuris” presentes nitidamente nesta
demanda, merece o Alimentando que seja o Alimentante obrigado a pagar, “in
limine”, uma pensão alimentícia provisória no valor de R$ 510,00 (quinhentos e
dez Reais) até o trânsito em julgado desta ação, assim como determina o Art. 4º c/c
Art. 13, § 2º, ambos da Lei nº 5.478, de 25.07.1968,

3. DO PEDIDO

Diante de todo exposto, requer a Vossa Excelência:

a) Sejam fixados LIMINARMENTE os alimentos provisórios;

b) Seja o Réu citado nos endereços antes indicados, para que, querendo, conteste
o presente pedido, no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria
de fato, por força do art. 319 do CPC;

c) Seja intimado o digno representante do Ministério Público;

d) Seja deferido ao Autor os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos da Lei


1.060/50 e de conformidade com a anexa declaração de pobreza (doc. ....);

e) Seja finalmente julgado procedente o presente pedido, para condenar o Réu ao


pagamento de pensão alimentícia mensal destinada ao filho menor, no equivalente
a 1/3 (um terço) calculado sobre os seus vencimentos líquidos (bruto menos os
descontos obrigatórios), extensivo ao décimo terceiro salário, férias, verbas de
rescisão de contrato de trabalho, quando houver, gratificações e adicionais que
obtiver, a ser descontado em folha de pagamento, mediante a expedição de ofício
à EMPRESA, a ser remetido à conta corrente nº 9999-9, variação 9, Agência 9999-9,
junto ao Banco Redondo, nesta Capital, em nome da mãe do Alimentando,

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condenando-se o Alimentante ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios;

f) Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas: documental,


testemunhal, cujo rol, desde já oferece e que comparecerão independentemente
de intimação, e, depoimento pessoal do Alimentante sob pena de confesso.

Dá-se à causa o valor de R$ 99.999,00, ex vi do art. 259, VI, CPC.

Termos em que,
Pede Deferimento.

Florianópolis, 23 de Junho de 2010.

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Pedro Pissa
OAB/SC – 9999

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