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Em nenhum momento Jesus quis menosprezar seus parentes com essa indagação. Ao
contrário, com a sua infinita sabedoria, desejava despertar o pensamento dos homens
para a grande família universal. Desejava demonstrar que todos somos irmãos, pois
somos filhos do mesmo Criador, devendo ser exteriorizado o respeito e afeto pelos
nossos semelhantes. Estendeu as mãos apontando para os discípulos e disse: “eis
minha mãe e meus irmãos” e finalizou com uma das maiores pérolas de seus
ensinamentos: “porque todo aquele que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu
irmão, irmã e mãe”.
Humildade e Orgulho
Humildade vem do Latim humus que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade
daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem se mostrar ser a
elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia,
respeito, pobreza, reverência e submissão.
Kardec nos diz : "Se o orgulho é o pai de muitos vícios é também a negação de muitas
virtudes e pode-se encontrá-lo na base e como motivo de quase todas as nossas
ações". O orgulho é o maior dos defeitos e o mais difícil de ser combatido, pois ele está
no âmago do nosso ser. Dizem os espíritos superiores que é o último a ser eliminado.
Ele nos faz ter a falsa idéia de que somos melhores e superiores às outras pessoas, e
em alguns casos até mais que o próprio Deus. Ele dificulta muito o aprendizado moral,
pois o orgulhoso não está disposto a se melhorar porque acha que não necessita disto.
Qual a mais meritória de todas as virtudes? Todas as virtudes têm seu mérito, porque
indicam progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência
voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude é o
sacrifício do interesse pessoal pelo bem de seu próximo, sem segundas intenções. A
mais merecedora das virtudes nasce da mais desinteressada caridade. (LE 893)
Jesus não considera a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas
designa como condição única, pois ela abrange todas as outras: a humildade, a
brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e também porque significa a
negação absoluta do orgulho e do egoísmo naquele que a pratica.
13 - Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou
como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. 2. Mesmo que eu tivesse o dom
da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda
a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. 3. Ainda
que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse
meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! ( I - Coríntios -
cap. 13)
Nem pelo tamanho. Nem pela configuração. Nem pelas ramagens. Nem pela
imponência da copa. Nem pelos rebentos verdes. Nem pelas pontas ressequidas. Nem
pelo aspecto brilhante. Nem pela apresentação desagradável. Nem pela vetustez do
tronco. Nem pela fragilidade das folhas. Nem pela casca rústica ou delicada. Nem pelas
flores perfumadas ou inodoras. Nem pelo aroma atraente. Nem pelas emanações
repulsivas. Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas
sim pelos frutos, pela utilidade, pela produção. Assim também nosso espírito em plena
jornada ...
Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que
parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou
expressões individuais percebidas ou apreciadas de passagem, mas sim pela
substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso
concurso no bem geral. "Pelos frutos os conhecereis” – disse o Mestre. -“Pelas nossas
ações seremos conhecidos”- Emmanuel.
Provas voluntárias e verdadeiro cilício
A coragem da fé
Para viver em paz é necessário aprender a conviver com o diferente. Mas viver
pacificamente não é sinônimo de ser passivo. Em certos momentos, a omissão é um
escândalo. Sempre que chamado a dar opinião sobre uma questão ética, é importante
ser honesto, embora mantendo a gentileza. Se a opinião não agradar, paciência. Em
todo e qualquer caso, agir corretamente, mesmo em prejuízo dos próprios interesses
imediatos. Uma vida honrada é o maior e mais corajoso testemunho que um homem
pode dar de suas crenças. (Momento Espírita).
O argueiro e a trave
Dizer para oferecer uma face quando a outra for batida, é dizer, de uma outra maneira,
que não devemos retribuir o mal com o mal, que o homem deve aceitar com humildade
tudo o que faz rebaixar o seu orgulho, que é mais glorioso para ele ser ferido que ferir,
suportar pacientemente uma injustiça que cometê-la: que mais vale ser enganado que
enganar, ser arruinado do que arruinar.
Depois da mensagem do Cristo e de Kardec, recebemos também esse ensinamento
através de Gandhi que tornou-se mundialmente conhecido ao expulsar o Império
Britânico da Índia sem disparar um tiro sequer. Ele trouxe o pensamento puro da Índia
da não-violência e que foi inspirado pelo Amor universal.
Quando Ele, Cristo, diz ser "O Caminho, A Verdade e A Vida", deixa claro que a
ascensão espiritual é um Caminho a ser percorrido, e não um processo instantâneo e
automático.
É verdade que isolado na concha milagrosa do corpo, o Espírito está reduzido, em suas
percepções, a limites que se fazem necessários. Dentro da grade dos sentidos
fisiológicos, porém, o Espírito recebe gloriosas oportunidades de trabalho no labor de
auto-superação. Precisa-se compreender que o corpo é o instrumento de manifestação
do Espírito. Não é o corpo que é fraco, quando das quedas morais e, sim, o Espírito.
O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita
depende a perfeita exteriorização das faculdades do Espírito. O homem tem o dever de
velar pela conservação do seu ser. É esta uma lei absoluta, que não lhe é dado ab-
rogar. Mas, não lhe assiste o direito de sacrificar ao supérfluo os cuidados que o Espírito
requer. Disse Jesus: “Nem só de pão vive o homem”. Saibamos, portanto, aliar o
cuidado de que necessita o nosso corpo aos que o nosso Espírito reclama. Amemos,
pois, a nossa alma, porém, cuidemos igualmente do nosso corpo, instrumento daquela.
Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de Deus.
(ESDE Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita).
O reino dos céus é obtido se alguém souber agir como o chefe-de-família, não como os
trabalhadores. Quem é o chefe-de-família? É o Espírito, a individualidade, que sai à
Terra para engajar trabalhadores (personalidades ou personagens, compostas de
bilhões de células) a fim de que trabalhem na sua vinha, ajudando-lhe a ascensão .
Então ocorre que algumas pegam o trabalho pesado durante as "doze" horas, isto é,
um ciclo inteiro de civilização, pois doze é o giro completo do zodíaco. Sofrem o "peso
do dia" e também o "calor do sol", pois tem que desbastar toda a parte grosseira da
hominização primitiva, do trabalho braçal, da conquista pura e simples do pão de cada
dia com o suor real de seu rosto. Os trabalhadores seguintes irão sendo convocados em
períodos posteriores. Mas, à medida que a evolução avança, cada tipo de personagem
dura menos tempo, no fim, o movimento é mais rápido. Assim as do terceiro ciclo
servem ao "senhor" (Espírito) que as engaja, durante nove horas. Os convocados no
sexto ciclo, servirão durante meio seis horas. Os chamados no nono ciclo trabalharão
apenas três horas.
Por aí entendemos certas coisas que constituíam interrogação sem resposta. Por
exemplo, o progresso da civilização, que caminha em proporção geométrica: da
primeira tentativa de vôo do mais pesado que o ar ao vôo a jato transcorreram 50
anos; deste ao vôo espacial, e em visita à lua, dez anos; mais: da primeira experiência
cinematográfica (Lumière, 1900) à televisão (1940) distaram 40 anos. Mas desta às
transmissões através de um satélite (Telstar) transcorrem só 20 anos! Consideremos,
ainda, a diferença entre as personagens nascidas há cinquenta anos e as atuais,
quando o Q.I. sobe em índices incontroláveis. Assim, as últimas personagens utilizadas
na evolução do Espírito, executarão seu trabalho em períodos de tempo muito
menores, embora o serviço realizado seja equivalente (ou até superior) aos dos
primeiros trabalhadores. Daí o salário ser idêntico em valor. Proporcionalmente, o
trabalho executado também foi equivalente.
O reino dos céus, pois, é semelhante a um homem justo, que distribui a cada
trabalhador o salário justo, de acordo com o valor do serviço realizado, e não do tempo
empregado para realizá-lo. Assim, tanto merece aquele que necessita de dez
encarnações trabalhando para consegui-lo, quanto aquele que numa só existência o
conquista, porque seu esforço foi mais intenso. O Espírito é o único que pode julgar, o
único que pode contratar e escolher as personagens de que necessita para
"trabalharem em sua vinha".