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— a i , sca) Se Cd TERAPIA SISTEMICA NTU sat rai eATALOGRARICA BOSCOLO Lig BERTAANOD. Fel, “Tei stn nein: mana yo a Ll Bx Poe Beran ate Sra Goa Bx Horse: ra 212 "Stn tontoe 1 Pastrp 2 Piste nd 3 Teg ‘ean BERTRANDO, Po. GARAVELES She eho. ARTESA EDTORA.LTOA ua Ces 13a 28 Perea 'SIOIS172-Beiofaeons wiancoedt comb Apresentaco da edigao brasileira Em 2004, quando comegamos a escrever este lio, a teapia sitmica individual, pelo menos no ambito do modelo de Mio, ea uma daquelasatidades paticadas por todos, discutida por poucos & teorizada por ninguém. Este lio, juntamente a0 convite que Davie Campbell retor editorial da Karnac Books tnha feito a0 primeio autor (Laig Boscolo, fo o nosso ponto de parila: dav cignidade a um modo be fazer terapia ainda semidandesino, numa Epoca em que a trapia sitémica ea, out cour, idntificada como o setting da terapia de fami- la, Assim, desde o inicio, “Terapia Sistica Individual” fi para ns tum fro muito dierenie de nosso trabalho anterior ~ "Os tempos do tempo". Se este ttimo tinha um carter de monogratia muito ater aos spect teins e cultura, além de terapéuticos em sentido esto (como era justcado pela pariculridade do tema “tempo, “Terapia Sitémica Individual” tnha que serum aro mais perto da experéncia lca. Além cst, era um lo escrito tendo em vista certo letor em ‘monte: um trapeut, de orenag So mnisou mencetémica, com menos ‘operéncia espectca que 2 nasa e com deseja de obterconhecimento mundo da terapiainvidl ‘Assim nasceu um lino que, de tudo aque que més escrevernos ‘em anos, é mais pareido a um verdadeiro manual - mesmo que no sea realmente um manual. E um vo que apresenta um metodo 3 tera pin indivdual recolhido no seu consttui-se- uma boa pate desta, pro- ‘veente dirtamente da experéncia pessoal e profsional do primeira autor, mas uma outa e corspieua)realizda durante um projto de Pesquisa no qual colocamas 3 prova as idéas que poucoa pouco sug ‘am de nosso tabaho, Desta natureza dupla deriva, asim, a posiildade de algum ‘equivoco que queremes eliminar na momento de batizat uma nova ta icio, As vezes, dando seminitos ou parcipando de congress pelo ‘mun, encontramos coegas que, quase peindo desculpas, nos com> ies qc ahaa noses rears ma que No poem “par area sie este, a de ut se cada ds us ‘Bran co deco en nose bro ead mits dnc que descremos erm gs cspectcamete a peu qa eno xno edo en {sine nm nhs em mene pop), Asn os ‘Ean de qe 30 kre oes fo, eum conc de qe nett den vo eects crass de a sete de exe pose decodes aberas, que ad oor deer cnse © tga esx pip ode es rap, Een exeaor i elo psa amp 2 lio do roi simi sae 9 remant em uta pa ssi a fama que nace, no os exegams com a so da pct em se co) ea ser cosa spre mas tia ees epic, nena ce tabs ma cosraos o> “eles ile com tepid Acne eda a expec bo rnc: pai Ge deer sada tabi no comet do econo ca ont Coto apererererte ents mde de tp, Panzer tepi setaspca f in pii), em rine lps der smo pra baer em mod ‘Semicon ale cote trope: de fr: de Chl de gupta con ma medi, m by a trp ti por arth Cea qu, com anova ua outa gr sto de coer ponies tana date sia dal ‘endo sis eer is cs amen st props de ‘ero. Os r= eet io fz eco ~ tana vs some Cho comic eta no unc come parte de un ag mas ‘Ss Parae dil ns ostresd er tae din ta) 2 cri, ai Boscolo Paolo Bernd io, maio 2007 INTRODUGAO Foi David Campbell, um cologa de Londres, quem nos sugeriv a iia de excreve um iva sabe a Terapia Sistomica Individual. Ele reve- lou Luigi Boscolo que, por diversas raz6es, 0s piquatas ingeses com formagio em Terapia Sistmica da Fama requentementese vam obr- fos a vatar clientes em sesdesindviduas, 0 que os faa sentra recesidade de um lo que abordasseo tema da Terapia Sétmica I dividual. Segundo Campbell, est lio deveria propor um modelo de ‘Terapia Sistomica Indica relatvamente breve e transmissive, uti ‘vel em contexts tanto privados quanto patios. ‘Assim, podetiaatar os terapeuas que j conheciam o enfoque sitémico-elacionl e também, eventualmente, aqueles que se inspram ‘em uma tera diferente, por em prdica um novo modelo de consulta €terapia individual experimentado em nosso Centro. Aceitamos de boa ‘vontade o comvite; final, évnhames hi alguns anos ocupando-nos da aplcagio individual do modelo smico desenvohido no campo da terapia faa. (0 objetivo principal que nos fame foi ode descreveraprica terapbuticaesuarlago com as teoras de eeréncia nas dives fases ‘denosso trabalho desde os primérdios da década de 70, quando seg amos os princpios do modelo esratégjco-ssémico desenvohido pelo ‘grupo de Plo Allo, Em uma segunda fase, que envobe a década 1975 1985, as trapaseram condurias segundo 0 modelo sisémico do gu po de Milo, ispizado no pensamenta de Geegory Bateson. Os casos tralados a ptr da metade dos anos 1980 refltem a radical mudanca dde perspectiva teazida pela cibemética de segunda ordem e pelo consitutivsmo que colocou o sistema obserante 90 cenro de nossa tengo ou sea, oterapeuta) ea ato-eflexivdade, No amo decério, ‘am 0 adhento do pos-modemismo e do construtivsmo soil, a aten- {os concent a inggem ema reat Nes teas que fzemos talent descobreme os eos ds perigee lcs de tds ees anos, Hoje ze trp Stemi sinc pir ne mega com o cent em una complea ede ds, emogies, pests, conetadasecusament © explora por dosreectores, por meio do instumento inguin Como 0 pensamento. do terapeutasistémico se bastia na complement dos conceit de casa lear ec, a 'mprtnc d plualidade de pot de isa, privlegand lazer per gontas a dar eps, com o tempo, puso efeto de transmit Zo lente um mado deconetar xs pesos, os aos os pica des, que ber da visio rgd des mer eda realidad qe oc cond Asim ele poe expan profandar ua priser «a posiidade de expermentr ever os ato 8h qu Ie oneernem apart de ura pesca mas arpa, Dese md tect tendo cones reer da arti, pode ier que oc ene setibera de uma sta i,q ches a serembaragon ort de siemo, pra ener em um nova sta gue Ie ofa maior iberdade eatonomia. Em ls css nos quis rtureza © 2 ulin dos poe mas apenas (por exempo m competent bio ces Yo) prexomse a intervenes caacterstis do eno esate Sisémico, os tame, em pos ses, tar oe os pris jrobleras em ena expoacio da hist ed psa” do cet (0s eskados dese exc =a deseo do desenvohient do medeo ea apliagn- que aparece os ts pros caps doi, teram o eft de pet excrecer =a ants ded reese om proce recusament rma) mas tam ‘a preocgparam um po pela ceed ds conde ete a teow asumis em prticn que dels dem, Tl compleeate, que emerge pariculamente di primero aplos, pode er xm late ara agin ores, especie os mas expen, mas para cates pode casa cea dicldade « embarago Aconsehams que lem primeira o os clio presets m Senda Fate, ‘que sio ricos de referéncias teéricas e podem olerecer uma visio de Conjunto do proces teraptio om ete fo nib os diginos somete 20 rapt mais cxperets,mis também aos erapets mas overs qu toda, i poser ana exprénla minima edecjam adgl m conhecmen- {oecpecico da Terapia Sstnic did Ee no um manual que ters o ABC da eri qe supomes cone dolorem im “ino de ees" de intervenes tereptasespeticas. Fants um Fo que coca no cento da cen trap 0 explora, 0 pensar 9 Seti com ao de oda una sre de tists its) oer das por una Tong experi prticae pesquisa tia. Epranos {qe modelo ag expt sje aces ecrament asm due sina de pono de pata para ktor que des consruise ma triad woo. Desctevemosampamente um tip de terapa qe sind eas cxpermentado, denominads “beve-log tae de una teria pres para ni masque ine sexes, com nes de ds a to semanas eur dg tol no superior um noe mo, Nee To daicaos um amplo wpaco deseo de cs lion, Nee ements peracid: em rine lg ear eons trata cone dos fats spices eemogis que emer no 5 tyra manero maracas der ‘ohaem sein lar examina esata 0 osteo eg do non vio stl: Returmante,@e descob, ni oe ass clinics pesados, os portos de ga com a elaborac e- fen, cando suns propia cones, qe poder ser dleretsdaque- las que rca Esprames que ores des operaio pos transmit com clarezao spit eo modo como rable. Toque cloamas 8 Oca de decease ri siti a pal J stem se tcmoc ent pr con ‘ly ey nan AR, inc Satta 0 Nest do Ceo dee nt {180s emp do ip se, 198) Quo ee conte = Slime oases sn der mar cs dey Bn, ‘Shpriowrvenounecabpeateret 972 tlisposiio deve ser lido como uma investigago que nos permitiu enri- ‘quecer noses experiéniasclinicas e nossosconhecimentos tedrcos Esperamos também que os litores possam sir tio enriquecids como. aconteceu conosco. Exelvro se divide em dua partes, cada uma dels aticulda em lus capitulo. primera parte & dedicad avs aspects teGricos, a se funda pare, 8 apresetagio dos casos clinics (0 Capitul I descreve a evlucio do model tefrcoe as exper- ‘encias relacionadas aoe a pair do uso de um modelo psicodindmico, para chegar, através das fasesestatégic-sistémicas,sistémicas ¢ Consrutsas, até 0 nosso modelo aual, que nos agada define como “epigenetico” (as azdes dso vido 2 uz claramente com ltr) © Caputo i se dstica aos aspectos metodolégicos geais da Terapia Sistemi Individual, ito 6, a moldura em que se desenvohe a terapia. Em se interior, nos ocupamos dos aspectos que diem respeito 8 orgaizagio da terapiandicagbes, diagnstico, objetivo, duracio, 3 Posigio do terapeuta em relagio ao cliente ea reacio com este, e de _questdes mas amplas, como as ressonincas éticase filesfcas" dat ‘apie © Capitulo & dedicado 0 proceso terapéatico: os principio para a conducio das sessdeshipteses,ciculridade,pergunas crcl res), as diversas fases da tropa, desde a avalagSo inci até a sessio finale, por fim, as contribuigiesrecentese etimulantes concerentes 0s aspects linguists (semanticos, trices, hermentutcos da di logo twrapéutico, No Capitulo V0 mas curt, apresentames alguns casos conhs= zd através do método estratégco-sstfmice, com alguma inluénca {onal da década de 70. Captula V, a0 contri, &0 mais longo & apresenta uma série de terapias conduzdas segundo nosso modelo ‘stémico atal de terapia breve-lnga,evidencando, volta e mei, 25- ects especiios do ddlogo terapeutca (a primeia sesso, a cond ‘io, alinguagem, a conclaso da terapa, Poe timo, no Capitulo VI, apresentamos alguns casos clnicos com sess individu, qu revelam ‘os aspects peclires que difeenciam o contexto de consita do con texto da terapia, Para nos refeimos a0 terapeuta, wsamos o gine masculino somente com fim de eitarcomplicagiese confuses ingusticas. Prefe- rimos 0 termo “cliente”, a “paciente” ou “usudrio"; as razées desta esco- tha transparecero a0 longo da letura do lio. Tentamos sr fs a cetos temas que, esperamos, ho de sor com careza no texto, Um deles€ que, na nossa opis, trabalhar com ‘0 modelo sistemico permite uma grande liberdade e estimula a criatvdade, mantendo vivo o iteesse eo entusiasmo por um trabalho {que ainda continua 2 nos gata. Esperames que também o letor fe ‘que um poucocontagado por ele ese encorajeapercorer um camino parecido, porque no existe um lito que poss substi asrflexdes pessoais que cada um faz a panied seu prOpro trabalho © de suas prprias reflexes sobre ele PRIMEIRA PARTE TEORIA Capitulo UMA TEORIA EM EVOLUCAO, 'Nosso modelo stémico ava, em que ps inpiramos na terapia individual, desenvolveu-se através de uma sre de experéncias de pes- ‘quis, consulta e terapa com familias e casas. No inicio utilizamos o tenfoque estratégco-sstémico do Mental Research Insitute (MRI) de Palo Alto nos anos 1971-1975; em seguida,o enfoque sistémico do {rupo de Mido, que veo ase desenvolver na década de 1975-1985, fu sa, 0 mesmo modelo antes enriquecido pelas wntibuigdes do Consrutiismo, da ciberética de segunda ordem e, depois, pelo consrucionismo, pela narativae pela hermenéutica, Todas as cont bigs teicasctadasdeixaram — e no poderia deixar de ser assim — marcas sgificatvas no modelo atl, a0 qual pr esa razio abu imos,além da definigdo de “Sstémico", a defnigo de “epigenico” (vera nota 13 do Capitulo I). ‘0 primero auto, devi a crcunstncias particulars efavord- \eisdo iniio da década de 70 (enaturalmente por sua ade), teve 0 prvilgio de trabalhar durante quase uma década em dois contextos ‘muito diferentes sob o mesmo teto.O primeiro contexto foi o de um Consultério privado de psicanalsta no qual, em uma sl, tés dias na Semana, 0 autor conduzia anlises freudianas clissicas de duragio plurianual e terapias face a face de orientacSo psicodindmica, na frequen de uma ou dua vezes pr semana, por um periodo aprox: rmadb de uma trés anos. Q segundo era o do trabalho do asim cha mado “gupo de Milio” Seini Palazzoli, Boscolo, Cecchin, Prat, {que fazia pesquisa, terapia familiar ede casal em ts sales: uma sala ‘de terapia, onde se reuniam os memlros da fama ou do casal € 0 terapeuta; uma sala de observcio, separada da primera por um es ppelho uniirecional © uma sala de discusses, onde, a final de cada ‘sessio, toda a equipe discutia para chegar a formular a hipdtese sistémica «uma possvelintervenggo para cemunicar 3 familia (Boscolo et ali, 1987) ‘No periodo de trabalho com 0 mevlelo MRI de terapia breve, 0 grupo eve 0 prvlégio de atuar — durante aproximadamente duasse- ‘manas — sob a sypenisio dreta de Paul Watzlawick. Atendamos 2s famias durante dez sess, no miximo, com resultados mals do que satfatrios. Somente poucas familias, em geal aquels com um mem bo psictic cnc, apeesenaram a necessidae de um nimero maior de seses, (efeitos do trabalho solttio com o paciente individual, por um lado, e do trabalho em exjipe com a fama por out, foram tio vaiads que, de inicio, dearam o primeito autor, senio em estado de choque, pelo menos desconcerad ecurieso por entender algo’ Quan do estaa a ss com seu dente no consultrio, nha a impressio de {star em meio a um grande ro, cujas gas coxiam lentamente um a um mar ainda mais longinquo; ao paso que, quando tabalhava com a equipe eas fama, parciashe estar em uma rip comenteza, cus guas sofiam 3s vezes imprevsveis aeleragoes, € que se diva 2 uma meta mas prxima. Esa metfora pode ser tomada de empréstino para iusrar a relaio entre tempo e mudanca, to diferente aos dostipos de ‘experiénia, Em seguida, ela serra de estimulo para que ambos os autores se interessissem poo importante fascnante problema do tem po na terapia (Boscolo Deano, 1993), DDepois de meses de trabalho nos dois contextos diferentes, ope- rando com duasteorias tao distin, € em alguns sentidos anita, seja em relaio & concepco da pessoa humana da natureza dos pro blemas apresentados, soja no tocante aos abjetivos da mudanga e 208 modes de abt, tomou-se muito dif abalhar mantendo-e fel 3s remiss tics aos consequentes tame tons de cada ua das ‘eorias. © mesmo endmeno regisrames a Segui, no inicio da formagio 1 abe dear ga nse pada axe dpi ist ait ‘thd ura tec arma tu pan ch ms ana nude mnt. ‘dcratimlicio dps a qa ome pers do curso de terapia familiar sistémica, com as alunos que antes haviam "ido uma formagio do tipo psicodinamico, De inicio, fcavam descancetades 20 tenar Higa elementos tio heteragineos. Deals, pauco a pouco, comecavam a seorentar dese volvendo uma visio sstémica que, naturalmente, no podia apagar por ‘completo a experéncia anterior. Antes, em cicunstincias paiculares, ‘com o tempo chegavam a vale-se de ambas as tora, conscente ou inconsientemente hoje o deinimos como 0 ‘no dito", como ist ems mas adante,confimand o aforsmo de Gregory Bateson: “dois ‘olhos vem melhor que um, pos wem a dimensio da profundidade’ ‘Ora, a certo pont, para sairdo inguetante estado de dno de se sentir dvidido em dois, Lug Boscolo comegou aitroduzit nas ter as inividuis de orienta psicodinimica amas ideas e tcnicas {o enfoqueesatégco-sstfmico que vinham send utlzadas com fa- inlis e casis, como a prescricio do sintoma, 0 paradoxo, 0 Fe tenquadramento ou redefnigio reraming) lc. A intengio ea ver se se vercavam aquelas mudancasdescontnuas, a sates Selvin Palazzok et ali, 1975), tio imponentese caracterstcas, que sé raras vez eram ‘bseraveis nas teapias psicodinimicas. Nesta, as mudancascostama- ‘var chegar muito mais lentamente, de maneia mas continua, mais pelo ptdprio madelo do que ocasionada por crises. ‘As primeirastentatvastiveram um eeito desastrso! Ao invés de ‘melhor, 0s clients pioravam ou a terapia chegavaa um impase, ob fando oterapeuta a dar marcha rE significative que, em dos casos, 0, ‘lentes verbliaram sua peepexidadee erica, um dels a perguntar se ‘ terapeuta no extavaexperimentando um nove modo de fazer terapia Ul; utr, expressando-se com uma metifora mais bem eloquent: "Esa nd € arinha de seu sco, verdad? Seré que na semana pasada feu anemia saan sets calescom ies thferentes?Esiguicativo~ poder sei aminém dizer “Savio” que 0s, clentes‘cobaiastenham reagido com perplexidade, confusto e ceta rejegio mais ou menos evident dante da inroducio de ideas diferen- tes. O terapeutacompreendeu que, parasatsfazer sua curisidade cen Ica com eses cass, eslava pagando um ato prego a ciagao de um contest confso que minavaa rela terapeutica, Ele extava cometen- do mais ou menos os mesmos eres que, no pasado, os psicanalitas ‘ortodoxosatribuiam aos assim chamados “analitassehagens", Pode se {também acrescentar que o terapeuta havia cometide 0 erro de conduzir| terapasindviuais descritas segundo critérios puramente eléticos, em ‘verde integar, aos pues, e quand o context terapeuticoo permit se, elementos do novo modelo, ‘Asta altura, 6 imponante descrever quais eam, eno, a prin- cipais ierencas entre os dois modelos as dos tips de trap, Natu ralmente, nos imitaremos a mencionar aquoes que, na nossa opin, ram 0s elementos dstntvos e essencias, ¢ nos desculpamos pela exquematizacio excesvae peas events simplificgbes. 1 No madelo psicodinamico, 0 sintoma era considerado 0 vimeno de um confit incansciente,e o objetivo primiro era a resolugio dos conflitos, mais que o desaparecimento dos sntomas. Poe tuto lado, no enfoque estratégico-sitémico, baseado na visio de cau- saldadee cicularidide,osntoma e sua pessstnciaeram consderados dentro de um contexto elacional no qual as “tentativas de solucio” se anveriam no problema. Poranto, o objetivo era romper os patterns rigid ereptitvs com os quis e conecavaosintoma, de mado que surgisem novos pattems mais “funciona 2- Jes primera dstingosugere uma profundadierenca: a Pricanise ve interessva pelos aspectos semdintios da comunicacio, los significados, metiforas,simbols e,sobretudo, pelo pensamento, mais que pela ago, quando a tomada de consciéncia Unsight) era 0 inatrumentoteraptia por excell, Oenfoguc esvatégcr sinc, por sua vez, se baseava em aspectos pragmatics e comporamentas, na aio mais que no pensamento,raz3o pelo qual entre os instruments terapéuticos mas impenantes se uswa a pescrio de comporamentes para mudar condutas no desjsve's. A teoria da “ana peta também onfrmava esa dating entre pensamentoe aco (comportament: segundo ela, um abservador podia ver somente comportamentos & putters comportamentais de conduta, mas mio 0 que acontecia na c= Faas psoas. 5 No modelo psicodinmico, interes principal doterapeuta ‘mst em explorar de que mods o dente se eacionava consigo 12) aan mc ecm emp, ambos mb mao ‘mesmo, com 0s outros e,sobretudo, com o terapeuta (0 transfert), mo denets pale ser pons, cba, obs parca Interixzar eos progetores como inimes ov eas, juntos Ssepatados, rn dates, em un lag de amo, de con to et [-] Os membros da fami podem senti-e mais ov menos inclu 0 exis em reac a uma pate da fama ou, eno, fem elagio a tod a aria. p 6) Em nosa opnio, este uhimo aspecto € comproxivel em eeyra nos casos de patoogia grave, como as picses,carateriadas por um sentido de dversidae © de estanheza. Outro conceito de Laing que € signticaivo para nds, enquanto se eefere aos parimettos de tempo © cespago ~ des quais nos ocupames em nosas pesquisasrecentes ~ € 0 que se segue: ami itvozad & um stoma espago empl. O que se intron como “primo” ob “honge" nid” ou “desu” ro est! representadosomerte pa egies espa. Sempre cad presente uma sequécia temporal [1 Come da Sate, a fama Fund sue pé umiesobre a ierivzaioreciprca, por pate deca um de seus menos, ds interivizaces ds demas 7) scans exec do peat de Lang o de incorino errno eterno rig). Alterra) torte ra eure Jo mano een pao mando te os ema dees No que concen an cnt de orstomago€ errirano sar sconce ai ete oc donde Slam mest a pesos nde poeta eter 3 fa in je (ede enn Lag cnarns nee os hs ima sd ail fa" Nos indus gravementepertarbados se averte que 35 ett que podem ser coriderads dliaees esto contd, ‘de maneica ainda recnfcie stuns fairs A re-pojeedo ‘fara no const simplesmente em projetar um abet ter 0" sobre uma pessoa edema. tase da superposigio de um con junto de elas sobte cut: os ei conan poem coesponder fem maior ou menor medida, Somente as cso em que 0 conunts ‘Sim ufientemonte dcndantes soos dor otros a shuag3o 6 ‘i como pita. Em outa plas, a Stuaan ni se considera lta em si mesma (p. 12) sa Ieitura de Laing produziv em nds uma agradive emogSo, como se fos 2 redescoberta de algo familiar que de algum modo co ‘seca, ainda sem o ter tdo ber presente na conscéncia, Como ‘ies que estavam lentes em nossa meméra e que faziam parte do “no-dlito”. Segundo uma perspectva epigentia, o pensamento de ‘utes autores, que sucesshamente e ocuparam dos problemas da rela {io entre 0 see 0 mundo extemo, nos fer exquecer Laing que, no ‘entant, ainda hoje nos parece muito inci. ‘© corsrutvismo, e ainda em maior medida o consrucionismo, cara em crise oconceito de sl como unidade monolticae fav0- receram uma visio do self como comunidad (Gardner, 1993; Minky, 1985). Varela (1985), por excmplo,cré que sea mals apropriada fal dos “set” no plural sees no lugar de sel. ‘Uma concepcio peculiar a de Schwartz (ver Breunlin eal, 1992), que desenvolveu um modelo derominad IS Internal Fail ‘ster, segundo o qual a mente, em vez de ser enidade unitira, € lum conjunto de *sub-mentes ou sub-personaidades”, conectadas en- tees, mas com relativaautonomia, Alm desses conjuntas de partes, pessoa tem um self, uma entidade de nivel diferente do das partes, caja fungio € “dvgr” as partes interas como um maestro de oF- ‘questa dirge 0; mdsicos. Segunda esta complicada teora, self nio se desenvolve através de estigios nem representa o resultado de wma introjecto, mas ests presente desde 0 comeco com todas as suas pacidades de guia das sub-personalidades. O objetivo da terapia se- ria ajudar o cliente areorganizar seus stemasinternos, a fim de que ‘self cumpra sua funglo de gua eas outras partes colaborem com cle, Todavia, 0 modelo nos parece bem mats concretista, cheto do {que Bateson tera definido como *principios dormitves’ ‘Karl Tom (1995) propis um modelo que aresena alguns pon {sd convergéncia com ode Laing, mas dentro de um marco diferent, ‘consrucionismo socal. Napriticaerapéutica de Tora, presta-se muita tengo a0 self como comnidade de outros self interaizados,revelan- {do uma concepcio plraita e mapa. Ao mesmo tempo, segundo 0 auto 3 identidade do indduo ze efunde na comunidad por mo de sus interivizaies presents nas pessoas que rodeiam, Dessa mane a, 2 dltica entre mundo interna e mundo externa se complexica em uma visio batesniana na qual oslfpodera se “calocar” nos cruitos relexvos que unem os diverss mundosinternos externas em wma, comunidad, ‘No que nos diz respeto, no dogo teraputcopeeerimos usr 4 metfora dis “vazes™ nternas, que cada um tem dento desi, e que ‘menial de distuncbese patolgis, mas também ao uso de ntervengbes capazes de madara organizacio patolégica do sistema. Na cibemétca de segunda ordem, o dbservador esti conectado recusivamente 20s tema observado, seus preconceitose teorasentram em suas descr bese explicacies, conduzindo, dessa maneia, construc (ou inven cchegou a desenvolverse no tempo, abrindo-se a uma perspectva epigenica que acta ~ mais do que eet — 0s modelos massif ‘os para nds aos quai estamos expsts. Oquendo implica que ans ponios de referinca do ps modemismo no tenham adquiio impor- tac para nds. Eire eles, considramosrelevantes,sobetudo, dus oi tentagdes com muitos potos de contato ene si~ que enratam em cena onc dos anos 90: 0 corstruionsmo socal a nara (0 constracinismo social (© construconismo deixouaberta a dicotomia entre obsevador ce observado,concebidos come sees distinos (Frogger, 1995). Asim, a perspectivassmica se deslocou de uma visio extema (ousght) para {uma visio interna (night) do individu. A supeacto dessa dicotomia requeria uma mudanca na perspectiva, vinda a posteriori, do ‘onsratvsmo 20 constrcionsmo social ‘0 consracionisma soca, que em nossa opin est conquis tando ~em divetsos ambientes teraputias - uma pascio de preemi néncia acentua 0 aspect de intercmbio e de nese socal do conhe- Cimento ja implicit, ainda que nio sufcientemente desewolido, no ‘onsruivsm Lynn Hoffman (1992), teria terapeuta muito atenta 3s ‘murdancas eisemalpicas,sintetiza da seguinte maneia a dierengas entre os dois modelos, quase homdfonos ind que mis pose qn eco temene canal consent) iy anes 8 poszpscn bem drat Hun een ann fa de Jas qesinam aia dt de gue eso rd eal ape posse con com coer cet To comes ‘Stems pelo consis te mene mage SO ‘Seman ono ua mig ecu Sein sv reps econ tan rns mo moat en 6 Mio em seu pro sine mca, o tein So Corcoran as cnc eles tert den sol © comin atv ng {rms conetnet- stern cosconits oa _evoluem no espago entre as pessoas, no dominio do “mundo comum” ‘aud ‘danga comm’ Somente através conser contin com ‘os nimos ond deserve um Sendo de deta ou uma vx inema (8) Em outros termos, enquanto 0 cansutvsm pie em tlevo & ‘observadore seus cnstrutos mena, 0 construcianismo socal poe em primeito plano a ideia de relates, mas vistas sob uma cca dierente ddaquelaadotada pels primitia teovias cibernéticas, ita é,ndo mais ‘como expresses de estruturas ou pater de conduta, mas de sistemas engage e significado, Esa mudanca também pode ser encontraa, als, os ests de Bateson (1972) sugidos ns anos 60, nas quai, 20, Se perguntaro que ea a mente, escreveu fainaeaacneeeee ‘Mas no 6 assim que o aciental médo v8 a sequénda dos ‘eventos que caracterzam a derbada dane le i" cot 3 nave” e, asi, cb que exe um agente delimitado- oe" = que ‘edizou uma ao “nasa” bem delta sobre um objeto bem ‘elintade. p39) [Neste exemplo, Bateson pode ver a acio ou d ponto de vista do ‘observadr(o homer ou do ponto de visa “meta, que considera que a ‘mente & imanente no complexo das sequéncias de ages. Esa visio em dois nveis nos permite ver, a cet nse, 0 indvidvo como observador (consrutvsmo) logo, pasando a outro nies € a0 da mente imanente nositema,conetaroobsenador ao obserad (cnstcionisme).O exer plo do homem que corta a drvore, que nos pareceu um dos mais ‘esclarecedores, mostra em primeiro lugar arelacao complementar entre “aus pea asada cua, em senda hp, pe em ev ‘ncaa dierengs ee oobsenador que descreve eum visi ds el ‘hes nas qua os cbsewadores ext mess (embedded. siiicavo tue, desde o ponto de vista tric, ocontutvsmo exe vinclado 20 Cogito, que 6 uma teoriapsicogia individual, enquanto © Consens ext lial 3 pala soa Anarava [Noss interese pela sativa deriva de nosas pesuisas sobre 0 tempo ea linguagem nas relagbes humans Boscolo e Berrando, 1993; Boscolo et ali, 1991) e, a seg, de contats com outros colegas como Michael White, David Epston, Halene Anderson, Harold Goolshan, Carlos Suz, lynn Hoffman, Tom Andersen e muitos utes, Foi a pasagem de ura perspectiasincinica, baseade na de terminago dos patterns relacionaisno tempo presen, caracterisica do perfodo estatégico-sitémico, para uma perspectia diacrdnica, a qual tos conduziu,sobretudo, altura de Bateson, de De Saussure (1992) € ‘de Bruner (1986, e ue pouco a pouconoslewou adesenvoher particu Tar interes plas histas, como elas se consroem e so consid. ‘Asim como a abertura da caixa pret, nos meados da década de 70, despertou nosso interesse pelos signiticados, assim a abertura do fenquadamento temporal do presente para o pasado e o futuro nos festmulou 2 tabalhar as conexoes de eventos e igncados no tans odo tempo. Sentimos curosade em saber como os clientes conectam (05 fatos e signficados de seu passado para explicar, de maneira igs de ree ede vtncnere a papa npc 45 de sorter do sand ere dem a he {b breed ser Fate gps ae te ‘tin ca ale ts pw una race clo. ‘ei ial na recor ds Hts ae do aaa, Si le tans aa lil el ero lane a recompesigio das muitase imeconeiveis“hstirias"produzidis por Sua poi dso. (p27) 'No campo da psicanslise alguns autores jeri, 1989) mostram seu descordo com um naratismo excesinamente ensolvente que, de certo modo, conduit a um intreseexchsivo pels sgnificads emer sgentesro aqui agora de relacio, excindo todas stpologasreudianas € pls feudianas, como também outros aspectos meto-dlogcos. ‘Uma andoga evelugo e consequentedivsio do campo foram ‘também observadas no interior das teraplas cognitive, traicionalmente consieradas menos abertas a uma orienacio de tipo hermenutico, Villegas (1994) demonsou que, entre as décadas de 1980 « 1990, tam lag os terias da ea cognitive haviam comecado ase intresar pela terapia como criago de naragbes compartihads,abandonando a ra clcional psig de once terapeutica em favor de um modelo bem nas daltico. Os temas trazdos ples pacientes So desconstuidos in ‘alment, para depois serem reconstruidos, até fazer delesnaragBes {que possam proporcionar aos clientes metifcas mais adequadas para construe “aoa represetacies des mesmos no passa, no presente © no futuro" (35). ‘A peculaidade dos ogrtvisas € a maior atengo acs proce rmentosdetalhados e minuiosos para cesar a esa desconsrugoe r= ‘onsrucio, @o emprego de ténicaspaticulres como ada auto-obseia- ‘co descrta por Guidano (1991). Nesta, terapeuta ajuda o cliente a petcorrer de novo faxes de suas vida, concerrando-se nos minimos deta Thes técnica do zoom) ou retardando os events com oii des ana lisa meho (tcnica da mova) Desa manera, o centeexperimenta tum novo mode de uiizar a prépria meméeae obtém uma nova consc- encia do proceso de constr da prépria coerénca (arava interna Também ese interest plricentico pelos modelos naratvos testeranha as canvergéncias paras que se erica entre os modelos terapéuticos nesse periodo, tanto que alguns autores (Broderick & Schade, 1991) riam hipoteses sobre uma gradual homogeneizaco das tives excols em um Unico modelo de “terapia integra ‘A propésto,gostariamos de citar uma tomada de posigio de Laura Fruggeri (1992), docente da Escola de Mili, uma terapeuta sigémica com foes peopensbes pea consrucionismo: 6 "Noenfaque sstémico, 0 construcionismo socal produziu uma revs concitualemetodoliga. Motos rape, po de uma thse estratural xray e pragma, enconanse agora em melo 2 uma fase de wansga.Proctam near modelo ants © novo, vets cerezas com novaspremiss. © novo praigna centica formula algumas prgueas gue nao concemem somente 3 ris 'eapbutis, Ao conti, dsaam a propria nogao da picmterapa¢ «ident doterapeuta., deat, um pensarento que questions ‘os undaments em que se sein a pice, ea coma fende 0 Getic, seja como ene sel p41) {Em certo sentido, os canted desta citacoanteipam os argu- rmentos das dua seeges seguntes, que corsttvem uma tenatva de sintese do naso modo de pensar e de agi © DITOEONAO DITO Se observamas em ago um terapeuta de grande experiéni, um *mestre", como as vezes 0 chamam, poems caer que elev e faz muito mais coisas que as preva em sua tora de refer, 0 que ve faz poe se tbuido inclusive a ours teoras a fazer ess consid agbes como observadores externas, valemo-nos de nossosconhecimen tos, preconcets eterias, s qua podem identifica, ene a acfo do torapouta# a tora espctcasaprendida no pasa, coneroes das {quai ele ndo tem consciénca. A esta dreasubmersa,seprada da cons clencia,chamaremos deo ‘no dio’. ‘Algo semeshante pode ocorre quando conduzimos um autom= vel. De vez em quando, absoridos em nosso pensamentos ou envoi dds em ma conversacio com um companheito de vagem, no temas consciéncia de estar conduzindoo veicuo; enquant iso, 0 “plo au {omtico” (ou nosso inconsciente) se acupa da conducio. igialmente, parte do que oterapeutavé e faz est fora da consciénciaimediat, Em tum segundo momento, iso pode ser reconsrido ou recuperado ~ 30 menos em parte ~ quando o terapeutareflete, au €estimulado por um colega-observado a role sobre aqulo que fe2, Quando ito aco, pode ser cil ver até que panto a intuigao e aexperiéncia, mais que o [ret eric, guiam as percepces, as escohase agbes do rape, ‘Cada terapeuta, independentemente de sua orientagio tec «a, atuaentdo de acordo com um pincpioepigenéico” que o leva a interaras mais variadas experiéncias eteocas. Nesta chave, 0 puso teérico nio 6 mais que um mito. E& um mito porque todos os opera- doves em nosso campo, desde a época de formagio universititia até ‘os estfmuls que recebem ds meios de comunicago em mass, esto ‘onstantemente expostos nunca de diferentes teorias. Ha um antecedente que podera eslarecer estas afirmagies. Recentemente, um colega neuropsiquiara infantil nos contou que, no decorter de uma visita efetuada ao Cento Milanese di Terapia della, Famiglia no inicio da dads de 70, hava obserado ports do espe Tho 0 trabalho da equipe de “Paradouo e Contraparadoxo. Ele tinha ficado muito impressionado,juntamente cum seus colegas, pela gran- de conwiegioe “rigor sstfmico" que os membros da equipe adotavam 20 dscutir consi hipteseseinervencies. Mas 0 que mais 0 in pressionou fo a dferenca entre dito e ono dito por pate da equipe ‘do grupo de Milo: tudo 0 que escutava era dito em uma linguagem ainda nova imanobas, pattem, rlaghes, causalidade circular stems, mas o modo como se consriam e conectavam as hipSteses parecia subentender uma série de conceitos e temas pscanaicos que, até ‘0 “no dito da dscussio em equipe, um “nao dito", em sua ‘opinizo, bem mais araente, mas que pasava totalmente inadverido para eles que, no prineipia de cu pes, haviam decide adorar 0 ‘modelo sstémico e serem “pursas" to 6, no misturarteorias df= rentes. , com efet,o grupo de entiotnha procurado prescingl por ‘completo no somente dos conceitos, mas também da inguagem psi- 1190 wo dese come oid hia do tig dean. Wn, seq ‘Sul dct epee oma a ele wana fhe ce acsearle ndatonert pecesoe e Gneuriododeemolinenunanrbrmesebee teres deat ‘isdeswabimeno x commen eer len un aap ‘sham a conectar-se entre si para formar hipéteses mais complexas, até chegar 3 assim chamada hipstese sistémica, baseada em uma visio itcula, que refetia (Segundo a primeira ciberétia, vigente naquele momento) a organizacao do sistema observa, Para a construgio do conteddo das hipéteses, empregavam-se os diversos conhecimentos, ddos membros da equpe, conlecimentos que podiam deriva da ps. cologia, da pscandise, da psicoterapa, da literatura, do cinema e das experincias de vida ‘Ness sentido, Paul Del (1985), provavelmenteo mais purta os erica do modelo ssémico, teve que admit, nos is da década ‘de 1980 e em seguida is cricas dos movimentos emits (ver captu- 10.2), queaincomensurabiidade entre a teocia dos stemas a pico ‘a indvidal era apenas apaente. De fat, ele exreve: Em primo aga, dia que a pico india sempre foie sempre ser inseparvel da pati da trap de faa, Pa ment tos seers de erepa de ami fazer amplo uso, anda {que ireqentemete inplict, da psicloga individual [1 Em se fndo la gande arte de meu taba eco anterior se base mum exer rigs para destinchar elementos experience pcalgias de uma expleagaosstémia “pura. Retenpetna rent, meu modo de ver grande parte do meu tabulho dep ‘a0 da tora sitmica 56 f1 pase porque muitos eapes farifareshaviam misurado sclogaindil que insitnamente Deuebiam como neces) com opensamenta ssémic. (11), £ obvio que as consderacbes de Dell paem ser asiociadas ‘cam o que definimas como 0 “nda dito” do terapeutasistemico,Po= dder-seia falar de uma espécie de “ocupacio’, por elementos proce dentes de diversos modelos (como o psicoinamico, o cognitivo, 0 estatéyco, 0 esrutural etc), dos conteddos clnicos de um modelo (istémico) que, em seu esforyo por ser “puro", sempre colacau em relevo 0 aspecto formal. Em outaspalawas,o formalism da modelo dexava ive o terapeuta para econ inspirag, para a formulacso de sus hipoteses, em concetoseexperiéncias provenienes de outs, ‘modelos de terapa familiar e individual Em substncia, os contedidos ficado camo paciente. De todo medo, os encontos do terapeuta com um 36 cllenteeram defnidos como canversages de terapa faiia, permanecenda fis defn iplégca nica, para evar quese tans fers o tuo de “paciente” da fara para o inv. As indicacbes para aterapia individual praticamente se dur ama duas:a primeira quando o cliente no deseava vir com sua fam Ta afirmava iso como condigio sine qua non para a terapa; © 3 segunda quando cliente ndo podia vazer a fama ou seu cOnjuge, (ou porque se negavam a sso, ou por ndo poderem partiipar das ses » ‘sdes por razdes logisticas ou econdmicas, Todavia, isso ocortia muito raramente;sendo nosso Cento especilizado em terapia da familia © do casa, os responsive pla indicacio motvavam os clientes avrem como famtia€ come casa. (Dferente do discuso dos alunos em for- macio que, no seu contexo de trabalho, desde o inicio deviam acetar compromissos, em especial aquees que tabalham em senicos que hhabitualmente, admiam as intervencoes sobre o individuo mais do ‘que sobre a famfia) ‘© Cenirotrabathou com as falas durante mais de vnte anos, insprando-se na epstemologia ciberética de Bateson, segundo a qual '8s mudangasobtidas no stema das relages familiares deviam necess- riamente envolver todos os seus membros, inclusive ao asim chariado paciente designado, mesmo quando este se tvessenegado a partcipar da terapia. Durante muitos anos, esa comvcgio levou a considera a terapa de familia fe de casa como a terapia referencia, sendo uma de prc ates qu am descr do ao det com 9 Psterormente, o Cento chegoua ser mas level nas relages com os clientes. Comegouse a aeitar a familia mesmo na auséncia de tum ou mais de seus integrates ¢, a0 contro, tia entre as inter- \venges mais importants, a convacagio separada de um ou mais mem ‘bros da fia, de acordo com a hipétese do momento, No final dos anos 8, mesmo continuando a tabalhar com familias e casas, comega- ‘moe 2 nae intressar de manela stomstia pela terapia individual, ‘movidos pela mesma curcsded que, vinte anos antes, haviacaacter: ‘ado 2 excitante e profcuaincusso da equip original de Miso n0 cet ow epoaco prado a iat deep ii © ‘Como agora, em sua pesquisa sobre aterapia familia, a equipe se valia do novo modelo experimentado com éxito pelo grupo MRI Je Palo Ao, assim pudemos ocupar-nos do individu, utiliza o modelo ‘mais complexo, recentemente posto & prow, que coneeta indvuo © Natures, como mete mabe api i Bosca com "irs contin eraps nian poe tnt pads omic de ey 1 197, egementnf, de er em gua dha © eet sus do tei sts tna onc em ee, selagGes, mundo interno ¢ mundo externo, comportamentes, significa dose modes “Em 1990, niciamos uma pesquisa sobre um tipo particular de terapa sstémica individual, com duraciovariével ene uma a vinte es- ses. Evaro cutiosos por averiguar sea terapa de familia (ou de casa, por um lado, ea terapia individual, por outro, teriam efeitos dle rentes (no tocante& qualidade, quantidade e duragio) sobre o cente individual - ou “paciente designado, segundo 0 velho vocabulirio da terapa familiar -, bem coma explora 0 importante problema das indi- caghese containdicagbes de uma e outa terapa ‘Com elagio 20 tipo de lente a que se pode aconslhar tual mente a terapiasstémica individual, por arte de erapeutassstémicos ‘orentados para alana ou casa, podlemos indicar os seguintes cass: 1. Adolescentes ou adultos jovens que, a0 final de uma terapia de familia ou de casa, onde resaheram mas ou menos os confitos intafamilaes, responses pelo mal-esar individual ou coletvo, pare ‘em poder beneiciarse com um tralamento individual para enfentar 2 difcaldades da vida extra 3 familia, eos demas relatos 8 proje ‘Ho do seu futuro (ver aso de Brune K, capitulo 5)" 2, Adolescents ov adultos que, desde o inicio, se negam aacei- tar uma terapia familiar ver eso de Giorgi F, capulo 4). Ao contro, as criangas so tratadas dentro da terapia familiar ou, 3 vezes, com uma intonwncha sale 0 cael de genitores, para evar a patolosizacio. 3. Um cénjuge que pede uma terapia de cas, que € negada desde a primeira sesso peo outa cinjuge (ver 0 caso de Cala, capt- tulo 5 4. Um cBnjuge separado ou divorciado que, a0 final da prime ra sesso de consulta, pede uma terapia de casal ou de familia, oficial ‘mente para comprometero outro cOnjuge,alegando problema (verda- deiro ou ako dos fos, mas com o objetivo seceto de negara sepa regio. 5. Os casos jd mencionados, nos quais os familiares se negam abertamente 2 compatecet 3s sesses, alegando dficldades insupe- 12 Rede apa «min, oe Weer tame as 205 ens eis imps fans none do ce, ‘veis do tipo econdmico ou logistico (ver 0 caso de Giuliana 1, capt tal 6 No mbit de nossa pesquisa sobre a trai sistémica indi dua além dos casos anton cad de tpi invidul de"e ganda op" devo 3impossbiidade de uma trap dean ou de Casi, tami encontamos “ass de primeira op", nos quae do de nico propusemos uma rapa indidal. Ee limos compreen- dem casos adolescents e aes de toss idades, qu se apresen tam em noso Cento com sino varias, no primeitoenconto, meso eventusimente ra presenca de otros membros da faa, nos paregam encontrarse em uma lase mas ov menos avancada de blema’ ou problem-dtermined sytem; Anderson e ali, 1986) De acordo com estes concetos, podemos considera o proceso de diagrésio sobretudo como proceso de aribuiio linguistic; de fat, se a “ealidade” emerge da guage através do consenso, tam bam osconceitosdepatologia esanidade ws ategorizaciesdagnosicas 0 frutos do consenso de uma comunidade de profisionas. Outros, autores que poem a inguagem oa base de tudo chegam a conluses Similars; por exemplo, White e Epson, 1989, que se inspiam no con- ceito de dicurso dominate de Foucault (1970); Anderson e Gooshian, Hotiman, Andersen, que inflam na narrtva & 90 consruionismo social amb outros, como De Shazer (1991) e, em parte, os mes ‘mos (Boscolo etal, 1991), que nos inspramos na Leora dos jogos linguistics de Witgensten (1953). Voltando aquele particular jogo lingustico do dagnésic psi quit, iteressa-nes regia qu ele cond 3 reficacio(reifcaton) 2 consequent simpliicago de uma realidade complex; sobretudo, o ‘hd uma reticagéo que, as vezes, tem natdvelseletos pragmiticos, por- ‘que um diagnstco, especialmente nos casos graves, pode inoduzir tum conceto de atemporalidade, uma ve que, sendo pronuncado, ten de ase converter em um aributosubstancial da pessoa, que ndo pode lars dele de onde emo famoso provi: “uma vez exquiaténic, ‘esquizfrénico para sempre’. Em suma,o daghésico pode-se traduit ‘em um conceto ttazador, onde a pessoa se converte na doenca e a ‘doenga na pessoa. Prcisamente para evita esis perigos, nds e muitos ‘outros colegas de inspira tedrca diferente fazemos uso de uma ln uagem despatlogizant,evitandoaspalavase expresses que adem 2 doonca,e empregamos mais palawas e metfors que evocam a pre senca de recursos, de compettncia ede autonomia, Em meaclos dos anos de 1970, 0 grupo de Milo escreveu 0 antigo "Hipotetizacdo,crculridade, neuralidade: ts dretivas para 2 ‘condo da sesH0" (Selvin Palazzl eal, 1980), que logo se tomo, tahez, sua obra mais influete, Nee se sulin a mportinca da hip tese sistémica, com a qual io ordenados os dados observados. A plausible das hipoteses 6 avaliada através das pergunas do terapeut, a5 retroacies do cliente permitem deservotver sempre now pats, se modo de pensar eatuar et stuado no extrem oposto da forml ‘a0 de um diagsico taicional que, por ss, 6 esten; a hipétese Permit focaraatencio no tempo e em um contexo espectcn. © dagnstcn¢ uma descricio que pretend sr abet. © psquata aceitano cago. 1 Sets insrumenton deiner. vencio seo diferentes de acorda cm odagnsico eftuad, Com as hipststs,oterapeuta intr dierenteselemen tos antes de tudo, desde © momento que ¢ uma conjctra, nia & ums retfiacdo. De fto, sea hiptese cicada, pasa a serum liagndsico. E, enquanteconectr, também elimina aindefingso temporal: “Neste memento ey tomo os dadose 08 reno desta fom. |] 0 que nds azemos €ntodrt um snl de inter io solr todas as deiaicbes de patloya que nos chegar, © 3 Sim pasamosdodgnéstico a hipese. Boscolo e Cecchin, 1988, p. 20-21) ‘tm need oma te te ann ced ‘Visto sob esta Gtica, 0 diagndstico nao & um conceito que se ‘deve aceitar de modo acco, nem tampouco uma ideiaaser combi ‘da, como pretendiaaantipsquatra (ver Jers, 1975). Toma-se uma das possves pontuactes da realidade. Nés consideramos as tomadas de posit mals decishas em favor da no-patologa como possbilidades a Serer consideradas entre outa possibidades. Com 0 tempo, nossa atitude com relago a ese tema pasou a sera de io mals propor se Seta, ou no, paolo. Ficamas mas vontade em adotar uma gia que Supere todas as dcotomias:psiquico/somitico, normal / pati ‘2, emotive /cogntvo, biolégico /relacional et. ‘A superacdo das dcctomias 6 itil na rave. Como teapeutas ‘que atuam em diferentes contexts, estamos conscientes da necesida- de de nos comunicarmos com utes profsionals que acedtam nos rétulos diagnéstcos ese valem deles de manera continua, sem sermos _desqualicados por esses proisionas, como acontecera se simplesmente ignordsemos seus diagnéstcos. De fato,coerente com a posiio que ‘scolheros de nos colocaracima das icotomias, no nos oporemos aos iagnsticos clsicosfeto por colegas ou apresentado pelos clientes. Respeitaremes os vos pontos de vista dagnsticos, no somente po {que no hi ponto de vista no campo dos problemas de conduta que thao statu de verdade incontestivel, mas também porque um maior ximero de pontos de vst faz us 3 complexidde da teorise ling ‘gens dos componentes de um dado sistema terapeutico. Naturalmente, Sh trac pfissonakenvnvidosrexpstasem os pontos de visa dos ‘outros, a stuacio sera ideale seguramente aumentaia 2 eficicia tera péutica de um sevico psiquiticn. Para este objetivo, parece-nas convenient que o terapeuta, de rode especial aquele que traalha nos ervigs pablicos,conhega os sistemas es categoriasdiagodsicas mais em voga, em particular o DSM, ‘que se converteu no manual de referécia.O conhecimento de mais ‘de um sstema diagntico no somente permis dalogar com colegas de orentacio diferente, mas impedirs que se adotee retfique em de- nitivo um determinado sistema diagnéstico, tomando-se pisioneiro del. ‘As vezes nos perguntam, em reunes ou seminiis, se aredi- ‘amos na patologia, Em nossas resposas, alm de sublinhar 0 que ji tlisemos sabre asuperacio das dicatomiss, tambim se procuraenaizar ‘conceit de “patologizacio® como um processo que se estabelece com ‘0 tempo, através da comunicagio entre profisionais, membros da fami- lia, parce, servigs et, e que chega a adquitiro valor eos efeitos de lum dscurso dominante, Foucault, 196) no context especico em que © cliente ests conectado. Ese discuso, as vezes, termina por ser totalizador, e chega quase ater vida pps, assim favorecendo mal a persistincia do problema do que sua resolucto, Se tvésemos que resumir nssos pontos de visa sobre o lag ‘istic, podemos dizer que se tata de um procesaeximativo em evo lug, conectalo de maneira recursva, como eft terapéutico da in vestigagio do terapeuta sobre uma ou mais pessoas, consderadas seu conteto relacional e emativo, © diagndstica se identifica com 2s hipoteses que séo formuladas na medida que o proceso terapeutico van Esteve Ronald Laing(1969), antecipandosetrita anos descr {Ges feitas pelos terapeutasfnclusve ns mesmos) que se inspira no ‘onstucionsmo e na naratva: (© ehagnisticocomegs no momentoem ques enza em cn lato com o cere eno fralza nunca A mane comms diceme a stuagio modi a stuaio. quanto comunicamos de alg modo {com um gest, um pero demi, um acess de tose, um sos, uma inflex d ve) 0 que veros eu acredtames ver, mesmo suago ma rg i logo uma madanca.1-O que se vé quando se ‘examina uma siuacs, min se quando est eto dso tos. Noespagp de um ano |] asta ted experimentado uma se de vansfoacbes [1 Ai come ahisiva se modes com op Sar do tempo, do mesmo modo aguilo que se este algumas mod fags Em um momento parc, tendese a der a stuacio de modo pcr. Uma defini particular da stacio pode era hist frets. As psoas record cosas dierents ea ela ‘nam de moos diferentes. Nos deta €em s! mesma uma imervengdo que a0 stoi ur novo ft restora 2 ua, 3 qual exige ser rinamente deta pp. 46-7) Esta idea de recursiidae entre dagnésticne trap, vista ata 6 de uma perspectva diaconica, ea mudanga da histria do cente (7 tna tase a esr a coc do arg ses ml de ses (Scn Paula 8a, nga eas pus de oe et Ips comin em an ene n ‘no transcurso do processo terapéutico nos encontram plenamente de dz, sins dz ans equa spr 6s un pos ‘Go central po proceso avalatvo etraptutcn, fia "despatologzacio" {ue se eaia através da lnguager usada com o cliente, bem como do Comportamento do terapeua, ¢ a criagSo de um contexto no qual pre ‘alece uma visio postva, de possvelevolugo e superacio das diicul dads ~& OBIETWOS (0s bjt da teapiareftem obviate 3 er, 2s exper éncis os precincts do teapeuta. Todi, defines, devemos ‘evo em cose ats de tudo og abjetos do cen xt poe procua somente si de macro ds smtamas, Outs ve $s, pade buscar spss dvds exten que oatormentar hi ius tempo, Ou eno tr 3 ensacio de que oSntoma representa a ponta de um cee algo qe no a Be’, caja ratueza descr thee. Esa esas poke aparece quando, uma ver resid opro- Bhemo apeseniad, peste cu eacerta Um exo de ase e imegancadfsa, © cen pe aa deca mda uma stuacso ‘local fair oy de tablho, buscando Ws erapa sess pra tray oto nin, posed que dremel = erapia Ao pra si mas para avr a angst de um parent reocpa por Un sopose peieme seu. imports que 0 wapeita prs tengo Constante eae com cad os objets doce sua ewuio com o tempo Tad muito dud 3 conics de que 0 bjt porto docente a einai do seu eado de mal-earesoimento, Como ff cisenou Freud aa umn den vive do mehor modo pose 0 rove que se tet de meso consone evar aansedade een te qu, 3 men que eolra ean tapi, pe tam ev (6 aan, co avs os andra ae nen posi de ot ‘mgr pn asc pres Sbo gece tne ee apotcos prinrs or emp, ee (foes ees eee secaeeasr Sa eso orn pele prec posta ro ema n lui 0s objetivos, como nos casos em que, desaparecidos os sintomas, 0 cliente sente a necesdade de prossepue coma traps, As vicissitudes tds abjetvos do cliente devem ser relacionadas com os objetives do terapeuta, For exemplo: um terapeuta estatégico breve ou compor- tamental tem como alo exclusivo ajudaro client primeira a estabee- ‘er por si mesmo os objtvos da terapia,e depois Inarse dos seus problemas no tempo mats breve posse; um terapeutapscodnimico ‘reve tem o objetivo de audaro lente a resolver confitos particulars (interven focal: Balint etal, 1972; Malan, 1976) e temsticas emer. sents no decurso da terapia, que io consderados fone do seu sii mento, Nestes casos, 0 objetivo é a reslucio da cre dos problemas apresentados, prvlegiando a andlise da realidade atual em relacio& do passedo distant, 'Nos casos em que 0 terapeut,baseadlo em suas torase pre conceitos, acredita que aresolugio do problema apresentado no sa 0 problema principal mas, sim um epifendmena de alguma outa coisa ue 6 necessrio explrar(e modifican, os seus objetivos muda. Ele temtar criar com seu diente um contexto terapéutico de explracio e imvestigaio comam, no qual a globalidade da pessoa do lene ocupa- 1a posigio central Nestes casos, a teapia & costemeramente mais prolongada, os sntomas perdem importncia echegam a ser considera dos o resikado de confit interns ou relacionas, enquanto assume importancis fundamental a natureza da relago que o cents tem cons {0 mesmo, com seu mundo interno e o mundo externo, bem como a atureza da relago que se etabelece entre terapeuta ect. Pans dade, dependénca, sedacio, tentativas de controle da rela por pate do cliente, alm do interes por sua histra,chegam a dominar o cen tro da cena em lugar dos sintomas nici. Em nosso modo de trabalhar, 0 objetivo € criar um contesto relacional de deutero-aprendizado, iso é, de aprender a aprender (Bateson, 1972), em que o dente pode encontrar suas sluctes, suas vias de said dis dfculdadese softmentos, Para esse fim, explore 0 Context no qual viveue se manfestaram seus problemas, Prest-se pr ticular atengao a alguns aspects sigificativos os problemas ve apresen- taram no contest fami, de trabalho ou nas relagbes com patceirs? fm que etapa da sua vida? Em quis cicunstncias? Procuramos cone ‘ere aprotundar 0 sistema que se organizou em tomo do problema apresentad (Anderson et ai, 1986), to 6, os aconteciments, sgn ‘ead e agBes que inicialmente se organizaram em torno dele, © as rel (Bes comossemassftive lete em prme pe cess theo, epic ic ptston proba nko tata enpta) qe cetvem para» eeio «3 pes te dor robles Dads nasa long experince pesquisa tapes de tana, desjamos desc tego pica que preston sel {estes io omen aia cay sabe na ete ‘Sosese dar qve mits de oer nds conse Tamer cet seo, como eps ends, To eve mos eo ua ar to € gi 3 comers tra Cet, sss prc, poncho eerie, eages ene 0 seurmundo iene oer, cao lto que fio xo exec sot ok pensamentse emocies do tape, que por sin vexed de Sse pyc, ping tee sept events nas oct, ep esac uma ne teal isha J sebearopesalamerte dum rena epe Cc como um ead ease, nao, om rl bse ike ou raced pico, pata vor 9 singe de ret Petr str pcr ox ora ico, poder eparuno nose dato mit asta do cent, tseu undo inena, ese cpr as com see dom, aldo de Soa lira des med a encase rove TEsde ous maddos como oes, casa anypaamntl ou esksoran ete er sense ert eae sic) Samm Nore ao a ee tats do cee, pos opr este oer 3 pla Gaventnterapéaea A propio €equee exam orto de Chest intemperance tm tea, pore © teopeut prea demonstrexcesiva mpl plata da pe ‘svn lig teapeatea, ors or sts. Beate, em nosa exper, deparano- mo com desc sos de pesos que mos peda eras depo deter abardonado Gat, prqe los enon cn ep ome aes de eto re i etna ie eh {hs a rarbes prs inogioequement se rlacona om 3 ‘tec dotrapea Gece nto olen, no send 0 pedis do cliente, escuta muito a simesmo ou € muito preguigoso), sua orien- {ago por uma terapia de longa draco, send contro 3 expectativas do cliente ou, por fim, 3 escasa Smpata ou participagio frente in tancias deste titimo E obvio que muitos deses abandonos deveiam fazernosrefletisobre os eventuas eros e rigidez do terapeuta, desta: ‘ands a priridade da posico de interlocutor e a importinca dese adapta &s modalidades de compotamento e comunicagio do cen Outros casos de interupgsio precoce por decisio do cliente registram-se quando se prople © se inicia a terapia sem se ter apcofundado suficientemente nas razbes do pedo de ajuda, Como escreve Lyman Wynne (Wynne et ali, 1986), 35 vezes um cliente se diige a um profissional no com a ieia de incir uma terapa, mas para esclareceralgum aspecto da sua vida ou para obter um caselho Profissional; isto 6, fz-se um pedido que pode ser satsfeito antes por meio de uma consulta, do que através de uma terapia (Boscolo © Berirando, 1993, pp. 111-113), E interesante asinalar que muitos estudescatamnescos lev ds adante nos Esados Unidos concordam em afar que os clients, em geal no esperam ter mais de 5 ou 6 encontos com o proisinal {quem sedrigem. Com efit, nos EUA a daragso méda da maiora ds scoterapias nao supera as dez sees; alm dso, a maior parte dos ‘lentes espera que aterapa no dure mais de rs meses, e declara que ‘omior impacto postvose regs entre asextaeactavasesio Buda © Garman, 1988.0 pode refer atendncia da pscterapia, na ps rorama note-americano, ase cad vez mas breve por problemas ec micas e politico. Seem tal contexto as expectaas do pofsonal so de uma terapia de longo prazo, povlem ser provocadas interupes precoces por pate dos cintes,cujas expects diferem das expecta tnas do terapeuta. Na Europa, todavia, as expectativas dos clientes sobre a durago da terapia so diferentes, ainda que se estejam dfundindo as terapasbreves. Normalmente, a expecativa€ que a duracdo da erapia as vezes, até mesmo a froquéncia das esses seam superioees, como ‘ls este exemplo que extraimos de “Os tempos do tempo". Um homem de25 anos se aresento em noo ceta ue sano de dees. Ao Fal do prea encnto de ara, 0 ‘erapeat, um ds autres, aconslhou 20 cent uma teria ind 1% dual com uma frequéncia de uma sesso por semana. O cliente wet {tomas aes don meses deep omega a mane tis somes depress, cao nomen, wo 3a cg ‘Some cin es hr porque amc at persone pt Sanaa" Edo de, and etna de uae ae {um ang que etna em ep a dso sees persona co en eprnos qie e Natralnete 0 toapeta de aod co a ai docs ojo qe a Th eta seo seman ana, Do cot ets Opt pr ura ean eet Am do ma obec ago sting chet conc com os do terspe pn to ambos encom em um nga Seo Yeap tres Sst rp do cet, ea i cots 0360 pop eo cinco; pov sens cane emai cot gn Sidon ran, props qu, asi ip eters ex sinc de abo 0 hte sonra 3 seo seman Com 0 Eps, oves ds ess rans em cay sine Uh {hao com um lg gee nas cngee n thelecom una ead arsaces dover rv gue tease cml sen es alg pes qu ano Com erp, Dees lear est ae sept. Ua tara dep, cet sro com ua sons i de pops eweposao ape, que eure 0 JOKE, Fea qc lane o que eine escho O chet leu dnt os {Sarena ints sem que apes 0 emer, Na seo “Sherer ppt hans pe grep neha mete a ene come " 'Nessas duas sessbies, o humor do cliente havia comecado a serine Em oti, Snow dn reese de a {Ura seao seara pos avs cone ene eho Pro ‘vant eon seeacnsa cm oft deo rapes her “todo sa aces der masses eva ena dee freer ers sts dose pret ea sib {Eo ar com oeapeun, De a perseis dae que quanto misses tha menses oxo Bera 193, pun Acredtamos que nossa predileio atul por um marco temporal bxeve-ongo na trap individual (breve em relacio a0 ntimero de ses- sGes, longi em relacio duracio total da trapa)obedece a uma série de fatores como: a orientacio para uma terapia mais exploradora e tecnolgca (de problem sok! longa experénca com 0 modelo de terapia familiar sstémica,baseada nas esdes com intervalo mensal; 0 intrese pela totalidade da pesioa, endo somente pelos problemas apr sentados eas relativas soluges; a nossa pesquisa sobre tempo mudan ‘2 (Boscolo e Bertrand, 1993) « nosa condigzo de europe un tanto ‘pragmatics, mas também especulativs, Aaa pensar e atuar dentro de um enquadiamento mas amplo que, em certo casos, nos permita acupatnos em cater priotrio 1a resolucio de problemas espectcos, e em outros, ajadaro cliente na superaio ds dticuldades do seu mundo inte e extema, que o mp dem de akangar um nel aise de autonomiae autoestima, Em ou tras pala, ands quando, em alguns cases, oss abjeiv posa cons trem fazer desaparecer um ou masssntomas em tempo breve, no supe fora cinco ou ss esses, mas equentementea natureza des robe mas apresentados, come nos ass de anorexia nica posterior doles. ‘céncia, bulimia, tanstormos borderline da persnalidade ou psicose, re ‘quer tempo mais longo e maior énfae no proceso de explora das ‘emoges dos sgficedos emergentes na sesso, mas que nas tnicas © ‘statis capazes de mudar comportamentos especTicos TEMPO E MUDANGA, © tempo define 0s enfoques [terapeuticos|,e a partir do enoque, no que tnge ao tempo, todo enfoque define as mesmo Ainda que cada enfogue terapéutico tenha a sua pripria nocio de tempo e, de modo frequente, uma posiio no muito defini em relagdo 20 papel do tempo na formacio e na reslugio dos demas hhumanos, renhuma tora consegue alcancar de modo adequado uma ‘isto geral do tempo em relagio 3 teria ea prticateraputia (Gibney, 1994, p 6). {Ua relago crcl ‘Arelago entre 0 tempo ea mudanca na terapia 6 um tema que civemético de insprago batesniana, sss expericias com as fa 2 tiveram o profundo efeito de mudar nossa visio e filosoia da terapia, tanto no que conceme aos objets, como 20 tempo requerde para alangélos. Podesos, asi, recaptular as iia eas experéncias que exerceram maior impacto sobre ns 1. Naterapi, polese ter como objetivo a solucio des prod ‘mas apresetads, se estes tim o carter de urgncia para o cliente, se surgtam durante uma crise que no parece gave e no foram proce dos por uma histvia de problemas piquivicos importants, enim se indo se apresentam distros graves da personalidad. Nesses casos, 4 ‘erapa poke serconcuida em poucas esses, com autlzaco de inter ‘vengies cetraasna solu dos problemas apresenados 'Nos cass cujossntomas parecem se a pnta de um iceberg e sua solu ndo €sufciente para responder as cfculdades do cliente, lento oterapeuta se ocupa da "peso", de suas premissase sua isi, [Neses casos, a terapia exige mais tempo e € caactetizada por uma explracio, unto ao cliente, de sua his e das perspecivas presetes ‘x fata. Como adiante descreveremos com mais detalhes, terapia individual que fazemos agora inspra-se neste imo tipo de experién ve as razbes que inluizam 0 grupo orginrio de Milo, pioneiro 90 ‘campo da erapia, a pasar stematcamente de intervals de uma sera ia ene assesses para interval de um més, Esta mudana temporal acanteceu de maneira casual, eos efeitos produzdos foram to post ‘os que, desde ento, os intralos mensais tomaram-se de rotina na terapia de esl ede fama, A expicacio dada poral grupo foi que 0 fencontro com o terapeuta podia ter 0 efito de perurbar 0 tema: familia € provocar mudancas em nivel individual que teriam reflexo, ata Vs de um redemoino de circuits civemaicos sobre todos os mem bros da fama. Enatrl que ese proceso era ex ceo tempo até {ue ositema familar aancase novo equio. vaiou se arbtari mente que esse tempo coresponderia 3 um itenalo de aproxinads- ‘mente um més. Daa idea de que, se teapedta thesse permaneci fem cena neseinenalo, marando um enconto para tempo mals Be se, teri inlrerio de modo neptvo, coloeando sa pesenga como instal ao proceso espontineo de mudanga em cut a € ua raz pea qual a terapia “a mianesa” ea defnida pes cles ango sands como “hi and un therapy” eapia msde og Durante muitos aos as poucasterapas india condusias tmartinham ntenalo semanas ere as sess, js que se peava que um interao ma ong tera diminuio a possbiidade de compromsso ‘ou de desenvohimento da reac terapéutica, Na sesso faa, ese eign éminino, porque arelagio € pola porta, asa intense Aides di ete todos os membros do sitema trp, Com o tempo, todavia imple acuisdade de experimentar «s intervals longos também ras terapas inva stemcas, AQ, prrdemosanteipar que os fits dos longs intel fram nave Na mala dos 0s, prodaivse um eft conti ao tei, 0 sentido de que os pensamerios eas emogies do cente em relaio 20 terapeuta se eelram mais intersos 3 medida que transconi tempo 5 aproximavaa data do pia enon ‘Nossa experi € qe, nos cases em qu os problemas nl se ‘esohem nas primeira ese, ohente se comprometerd cade vez mals Com 0 terapeuta €- como tm revel out teapeutas que adoaram um marco de terapia de cto paz em parcua Mann) = Signet que ocentetnda a esqueero mero da sesso. ptante que oterapetao record pa evar que se cue a0 fn da feria sem que ji tenha sido eso o problema da separaco (er, 3 ropes, o caso de Suzana, capitulo 5 Mann (1973) desereiveu um interesante modelo de terapa rev, fechada em doze sess, denominads“psicerapia de tempo definido” (time-limited psychotherapy, baseada em um modelo Pcodndmico experimental le acedta que nese tipo de teap: {..J controlar a ansiedade da separagio pode ser o moxicky para dominar a outs aes nerds. Todas a formas de teapa breve, quer seus raticantso saa, 0 no, faz revive 0 har do tempo [1 Um modo de compreende a inapaciade de dar a erpo una inion fundamental reside no deseo de tro hore do tempo pr parte dos prépisterapeats. Man, in Ft 1980, p. 130 Ea exes de Man io conguents com aimreso que temas tid de nossa experiencia: ns sts em qur ost nip ‘lec ein ates cima cia ses, e-em ua fase final em que o tena pincpal etna separogin da terapa db teapet, com ods a ngs acid com 0. Abide ea renin ru doterapevta estat eso eleon crac para sah’ os demas da separa, Temos nota qe, nos css em {ut fzemos iso dem tec por ts do expo em um dess dees, sua pesca uma contigo moto posta para conc fase al com xo {Em parle pesquisa sobre ma tera reve dng, = mosque cond tapas inal fora dos vnc ete des Cro, es akira sung ma jeg ee lo de teapa breve Toga & facets transmis? Janos neces que o erapetta ce jas deste po: ems eee ‘Sip dea; em segundo lr ea iremtes marcos tempor, coma aqubau de eta spane exe Enfm com psqusadoes teats, qe recordar qe tena presente que nos erase ters So es pra dar Um sei qui qe farm, mvs pode também nos oar eg necesidaese emoges de nosos cients Sole io, eee Hoyt (1950 (0 maisimponante so dei a drag de um tratarento atender 5 necesiades dese paint individ, naquele momento tia | | Duras “pr-stabelcidas no devesam conver {orem um lito de Procto, pis alguns cents se adapta a ele Perfeament,enquantn pt tos tempo da erp esa in Timente truncal ow duo |. | Os teas também deveriam ‘neces pps pons Fortes Facts, mas no devera im ts por suas preferéncias ou predilegies em nome da “politica” ou do Festio™ p. 125) Por estarmos esencialmente de acordo com essas considera ‘es, sutentamos que 0 modelo teraptitico que propomos leve em cont as necessdades eemogSes mencionads pela maior dos lentes (senao por todos). Cabendo 20 ciente a responsabilidade de decidir ‘quando finalizar a terapia, 6 le quem decide escolher sua duracio den tuo do vincalo ds vnte sees, Para os que tim necessidade de um tempo mas longo, serio levadas em considerag, como ji fi dit, suas necesidades eos recursos do rape, (0 TeRAPEUTA (0 Self do terapeutanarelagio Ateoria lente alravs a qual vemos a realidad em torno de seem ns mesos. a inuenci o mada de consierar oppo sel ‘dentro da terapia: por exemplo, no decomer da experiéncia pcan <2 de Ligh Boscolo, citado no capitulo 1°, 0 se do terapeuta e suas ‘emacdes eram o principal objeto de interese,e eram submetidos a rmonitoragio cnstante através das anslises da contatanseréncia ou, 35 vezes, com a ajuda de um supenisox Depois, no perfodo da terapiaesatégjcnssémica da década {de 1970, a prioridade mudou stidamente, Nese periodo, a maxima tengo se concenrou na fami, no sobre o terapeutae suas emo- (es, Mesmo quand (aramente nos ocupavames de casos de terapia individual, «atengSo se concentrava nos problemas do cliente e nas interencies capazes de modi, ignorando completamente a ani lise do selfdoterapeuta. iberetica de segunda ordem e opensamen: to constutvsta (ver cap. 1", a0 colocarem em primeiro plano a autoreflexdo,diigram a atengio para o indviduo, seus preconceites, premisss © emogies.O interes se voltou nia Someate para a rele ‘es do individu com seu mundo extemo mas, sobretudo, para rel ‘Go do individuo consigo mesmo e com a seu mundo interno, fs vale Tanto para 0 cliente quanto para o terapeuta, de tal modo que 0 self « deste ditimo voltou a ocupar uma posigao de primeira plana (ver v capi- tulo 7, pp. 18-20) “Também por esta razio, fl important para nds © pensamento boatesoniano, Mais frequentemente, considera-se de Bateson (1951,1972,1979) as contrbuiges sobre o ecosistema e sobre as rela- (bes extemas,exquecendo seo fato de que ele no haviasubestimado nom individ, nem tampouco oinconsiente; antes, aceditava que © inconscientefosse a parte mais importante da mente, e que oconscente ‘era pouco mais que um epifendmeno. ‘Como antopdlogo,havia-se ocupado amplamente do estudo sobre 0 mundo interno do incviduo (consciente einconsciente, da fore rmacio dos habitos, mtiforas, da produc atsticae dos estados pat logos, em especial do pensamento esqizorénico. Um ponto de pat- car eleva em seu pensamento€exatamente a inconscent, ainda que em uma acepgo muito eiferente da feudiana: ele no exaria cons- tituda de pubes, (entendidas como forasinsintvas), mas de habits, ‘habits, sbretudo, do conjuto de premisasinviduaisformadas tra ‘és de um proceso de deutero-aprendizagem. © conhecimento do self do terapevta se converte, entio, no conbecimento de suas premises, ainda que se trate, de modo ineitvel, de um conheciment nating, porque ninguém pode tomar plesamente consciente de suas prpri= 2s premissas, Poe muiasraz6e, as premisas sio como a plantas dos 6s; dado que nos apolar nai, fona-se imposshel enlae, Nowa vida € al, que seus components inconcentes esto continent presets er odes smtp formas. Por 'o, em nose relics tracamcs continuamente mensagens sbre (es materaisinconscentes,e también se na portant para ns trocar meamensaers, para er reocamente qual dem e 6 ce de consent lu cnc) €inerene ds moss mesa es. (Bateson, 1972 p. 1 ‘Mesmo alimentando 0 maximo respeito pela ciéncia, Bateson (1972, seni-seatraido pels expresses do inconscente: pela ate, pelos fitas, pelo sagaado. © inconsciente e sua linguagem metafrica foram enfatzados cntinuamenteem sua obra E um lugar comum entre 0s panos anglo-saxdes acreditar que sera mbox, de cero mado, seo qu incansciente e trae cm ‘Gente Tab ea que Feud airman “onde est aes fp, como se tl aerstimo da cansiénciae do conte conscente fee posed naturlment, lars vans a opi (-] € ‘uma opinido totalmente dora do qu sea rm homer ou a: (quer ou aga. (pp. 170-171) CO terapeuta que no deseeseringénuo no seu trabalho devetia adquirr maior conscincia de suas propis premisas, a enti, dos princpios que o guiam em suas atitudes: quanto desse agi €ditado por reconceites sociais e cultura; quais podem ser as pemissas do cliente ‘seus asunts inna, amiares,socaise cultura de que manera a relaco Leraptutca obedecea esa relacio enreepstemologias site ‘mas de premisas) diferentes. Tal consciéncia por parte do trapeuta co loca-a em candicio de manter uma perspecivaco-eoluia no tempo, ‘evtandoretticar asrelaies,considerado-as em seu contexto em oes tante evolugdo sob a presdo das madancas pessoas e soci ‘Nese proceso evolutivo, ¢ importante que o terapeuta coord re seu proprio tempo com o do cliente, abrindo espagos as diferentes expecttas,evitando ancorarse em uma visio particular de sua hist ria, Para que 80 posa acontecer,& de fundamental importncia 0 de- senvohimento da allancaterapéuticae a empata do terapeua, 80 €, a capacidade e a sensiilidade de se colocar em na posicio do outro Parafaseando Borges 1972). quando faz mencia a Shakespeat, thom teapeuta deve se esorcar para "ser igual a tls as homens Como 6 posivel adquirrconhecimenta desi mesmo na pritica terapbutica? Com os anos, enconiramos uma respesta na dialéica que cia. (157) Tambsm em relacio 2 visto de empatia da relacioterapéut a, vem em nossa ajuda @ pensamento de Bateson, que fundamenta Sus eis sobre seu conceto de comunicaczo. Como destacaros a0 flor do Se de terapeuts, a ela do indi consiyo mesmo, com ‘secs semelhantes e com 0 mundo que © rodei,anaisda por Bateson com os instumentos tics oerecidos pela teria gral dos sitemas, pels cbemiticae pela teria da comunicaio, ocupava uma posigio Central em seu modelo, mesa se deixada de ado por grande pate dos terapectas Gabretudo de fama) que se inspraram em seu pensamento, Exes haviam substtuido a psique e o indviduo rspecivamente pelo sistema e pea familia, No pensamento batesoniano orginal, 30 contré- Fi, tal dcotomia era superada pla ideia de que a comunicacio conecta ‘0s elementos do mundo intern ene se com os elementos do mundo poesia om obs ea cop ii dao apa icon? om sen tar a ptr saxo ea, 95] en pecstan Gen com Sees nanan een io poten ” ‘externa, Assim, @ mundo interno € visto em termos de comunicagio. inrapesoa eo extemo em emis de comune De parr ners om ders qu Bateson mos foe sore 8 Comuncacioinrapescal it & da atcha), da omuncago tte dus pesos sobeto, da omnia sbeacomurcgso ‘ue pode oer ete els io da meacomuncatin. Elo basa esecalnerte na camuniagio napa, 2 auateapa € prtcanete pose, pla aura do pont de vita exter como fel q pode sr fered pel terspea exatment om a exper Grscutral permit un cnhcmeto mas pon da propa cura. A comunato ene dss psoas, como ocr la bana train, depended sis pemisiscomunse dao que vera ton no lags | Quando se trata de um site de das pessoas, produ se uma nova especie de inte yagi [| Se ew se que a outa pessoa me Fev em conta ea sabe que 3 evo em canta, ete cone meno recprcotoma-se um aspect determinant de cada wna de sas cb ineragtes, No momento em que se frma ete conhe ‘iment, el €e frmamos um grupo bem determina, ea arc: tertcas do proceso dma que cians desenahe nesta nid mais wast, consol em eta media a ambos es ind (0 aqui, novamente ero sa eficca a premise cura oun, (Batson, 1951, pp. 235-258) Desa maneira,o dilogo permite a metacomunicago (ator es sencial de todo proceso terapéutico) que, segundo Bateson, dependers

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