Sei sulla pagina 1di 5
12.5 Retiradas nentos retirados do ativo imobilizado em de sua alienagio, liquidagdo ou baixa por perecimento, extingfo, desgaste, obsolescéncia ow exaustdo, deverdo ter seus valores contébeis baixados das respectivas contas do ativo imobilizado. © CPC 27 determina que o valor contébil de um item do imobi- izado deve ser baixado: (i) por ocasiao de sua aliena- 40; ou (i) quando no hé expectativa de beneficios econdmicos futuros com a sua utilizagdo ou alienaciio. O registro contdbil da retirada envolve um crédito & conta de custo ¢ um débito a respectiva conta de depre- ciagdo (ou outra) acumulada, cujas contrapartidas se- #40 langadas em uma conta de resultado do periodo que id registrar o valor liquido do bem baixado, o valor da alienagéo, se houver, e, como saldo, 0 ganho ou a perda. Portanto, quando da retirada de um bem do Ativo Imobilizado, torna-se necessério conhecer o custo origi nal, data da aquisicao e respectiva depreciagao acumt- ada, requerendo a manutengao de adequados registros € controles sobre os elementos do Ativo Imobilizado. 12.6 Depreciacao, exaustao e amortizacio 12.6.1 Conceito a) LEGISLAGAO SOCIETARIA Com excegio de terrenos e de alguns outros itens, os elementos que integram 0 Ativo Imobilizado tém um periodo limitado de vida iitil econémica, Dessa forma, © custo de tais ativos deve ser alocado de maneira sis temdtica aos exercicios beneficiados por seu uso no de- correr de sua vida til econémica. ‘Aesse respeito, o art. 183, § 2°, da Lei n* 6.404/76, alcangando também o intangivel, estabelece: “A diminuigo do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangivel seré registrada periodicamente nas contas de: a) depreciacao, quando corresponder & per- da do valor dos direitos que tém por objeto bens fisicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade or uso, agio da natureza ou obsolescéncia; b) amortizagao, quando corresponder & per- a do valor do capital aplicado na aquisicao de ireitos da propriedade industrial ou comercial € quaisquer outros com existéncia ou exercicio de duragio limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilizagio por prazo legal on contratualmente Ative Imobilizade 249 ©) exaustio, quando comesponder & per- da do valor, decorrente de sua exploracio, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploracéo.” Como se verifica, a depreciagio a ser contabilizada deve ser, conforme a Lei das Sociedades por Agdes, a que corresponder ao desgaste efetivo pelo uso ou per- da de sua utilidade, mesmo por agéo da natureza ou obsolescéncia, E isso fica ainda mais evidente no item I! do § 3°, introduzido por meio da Lei n® 11.941/09, que, em conjunto, estabelecem o seguinte: § 3° “A com: panhia deverd efetuar, periodicamente, andlise sobre a ecuperagéo dos valores registrados no imobilizado no intangtvel, a fim de que sejam: IL -revisados e ajustados os critérios utilizados para determinacao da vida ttil econdmica estimada e para cileulo da depreciacio, exausto e amortizacio.” No caso de existit um ativo incorpéreo reconhes do como parte do valor contabil de um item do imobi lizado por estar estreitamente vinculado a este, deve ser amortizado em fungdo do prazo de utilizago con- tratualmente definido ou de sua vida econémica, das duas a menor. b) LEGISLAGAO FISCAL A tendéncia de um ntimero significativo de empre- sas foi, sempre, simplesmente adotar as taxas admiti- das pela legislacdo fiscal. Essa prética nao poder ser mais adotada. Fssas taxas deverdo ser utilizadas apenas para fins de apuracéo de impostos, sendo os valores da depreciacio controlados em registros auxiliares. Os cxitérios bésicos de depreciacio, de acordo com a le- gislagao fiscal, esto consolidados no Regulamento do Imposto de Renda por meio de seus arts. 305 a 323. As taxas anuais de depreciacio normalmente admiticas pelo Fisco para uso normal dos bens em um tuo de ito horas didrias constam, todavia, de publicagdes parte, da Secretaria da Receita Federal, e so, sumari mente, como segue: Taxa | Anos de 7 _Anwal__| Vida Util Eaificios 4% 25 ‘Méquinas ¢ Equipamentos 10% Instalagoes 10% Mévels e Utensitios 10% Veiculos 20% Sistema de proc. dados 20% AA Instrugéo Normativa SRF nt 162, de 31-12-98, aprovou uma extensa relacio de bens, com os respec- 250. Manual de Contabilidade Societéria + Iudfcibus, Martins, Gelbcke e Santor tivos prazos normais de vida dtil e taxas anuais de de- preciacio admitidos, que foi ampliada pela Instrugdo Normativa SRF n° 130, de 10-11-99. O Fisco admite ainda que a empresa adote taxas diferentes de depreciagéo, quando suportadas por lau do pericial do Instituto Nacional de Tecnologia, ou de outza entidade oficial de pesquisa cientifica ou tecnols- gica (art. 310, § 2%, do RIR/99). Logicamente, para 0 isco ndo haverd problemas se a empresa adotar taxas ‘menores de depreciagio que as admitidas, ‘A mesma legislacdo (art. 312) aceita, ainda, & op- do da empresa, uma aceleracio na depreciacéo dos bens méveis, em fungéo do mimero de horas didrias de operagio, como segue: Um turne de & horas Dois turnos de 8 horas “Teds turnos de 8 horas Assim, se a empresa trabalha normalmente 8 horas disrias, a taxa admitida de depreciagio das maquinas é de 10% ao ano, Se trabalha em dois turnos (16 horas), pode usar a taxa de 15% a.a. e se trabalha em trés tur- nos (24 horas), a taxa admitida é de 20% a.a. ¢) CRITERIO CONTABIL A ADOTAR Vimos anteriormente os critérios basicos da Lei das Sociedades por Acées ¢ os da legislagao fiscal. Para fins contébels, porém, nao se deve simpiesmente aceitar e adotar as taxas de depreciacéo fixadas como méximas pela legislagio fiscal, ou seja, deve-se fazer uma ané- lise criteriosa dos bens da empresa que formam seu Imobilizado e estimar sua vida itil econbmica e seu valor residual, considerando suas caracteristicas técnt- cas, condigdes gerais de uso ¢ outros farores que po- dem influenciar em sua vida titil. Como consequéncia, quando determinado bem ou classe de bens tiver vida Util provavel diferente da permitida fiscalmente, deve- se adotar a vida titil estimada como base para registro da depreciagao na contabilidade, ¢ a diferenca entre tal depreciacdo ¢ a aceita fiscalmente deve ser lanca- da como ajuste no Livro de Apuragéo do Luero Real. O ajuste aleanga tanto a hipétese da depreciagdo regis trada na contabilidade ser maior que a admitida pelo Fisco (que implicaré em uma adicao & base tributavel referente A parcela considerada no dedutivel) quanto a da depreciacdo registrada na contabilidade ser menor ‘que a admitida para fins de apuracao de imposto. Nessa iiltima possibilidade, a entidade poderd excluir da base tributével a parcela considerada dedutivel que supera a depreciagdo reconhecida pela contabilidade, sendo esse controle feito em livros auxiliares, Pode aconte- cer, tendo como base essa tiltima situagdo, de um ativo imobilizado estar completamente depreciado para fins fiscais e ainda estar sendo depreciado na contabilidade societdria No caso de exploracéo de minas e jazidas, deve-se entender que os “bens aplicados nessa exploragio” so 6s utilizados de tal forma que nao terdo normalmen- te utilidade fora dese empreendimento, & 0 caso de esteiras ou outros sistemas de transporte de minério, de determinades equipamentos de extragao etc., que 36 tém valor & medida que a jazida é explorada, Se forem bens cuja vida til € inferior ao tempo previsto de exploragéo, deverdo ser transformados em despesa de depreciagdo nesse prazo menor. E se tive- rem vida util superior, podendo ser utilizados em ou- tos lugares apds 0 término da exploragao da atividade onde se encontram, s6 deverio ser baixados pela dife- renga entre 0 valor de custo ¢ o valor residual previsto para o fim dessa primeira atividade, de forma que uma parte do valor de aquisigéo seja contabilizada naquela outra utilidade posterior. No caso de benfeitorias em propriedade de tercei ros, a amortizacio deve ter por base a vida ttl esti mada, que pode coincidir com 0 prazo contratual de utilizagdo da propriedade, a néo ser que a bentfeitoria tenha vida titil menor que tal prazo. 12.6.2 Valor depreciével © valor deprecidvel (amortizAvel ou exaurivel) de um ativo imobilizado é determiinado pela diferenca entre 0 custo pelo qual esté reconhecido deduzido do valor residual. Esse valor depreciavel deve ser apro- priado ao resultado do per‘odo ou ao valor contabil de ‘outto ativo de forma sistemética ao longo da vida ttil estimada para o ativo, Repare-se que o conceito é simples em termos con- tabeis: a depreciacéo total é a parte do caixa investido na aquisicio ou construcdo do ativo que nao serd recu- petado pelo eaixa produzido pela sua eventual venda a0 final de seu uso. Logo, a depreciagdo ¢ o pedaco do caixa investido que precisa ser recuperado pelo cai- xa a ser produzido pelas receitas outras da empresa de venda de produtos, servigos, receitas financeiras, de aluguéis ete. Veja-se como é enganosa a ideia de que depreciagéo nfo tem nada a ver com caixa, Tem, obri- gatoriamente (a ndo ser no caso de depreciagao de va- lor reavaliado - uma das razdes pelas quais reavaliacéo no é admitida em muitos paises, como no caso dos norte-ameticanos) que ver com o caixa sim. Sé que ndo necessariamente com o caixa de cada periodo em que se apropria uma parte da depreciagio total. © valor residual e a vida itil de um ativo imobili- zado devem ser revisados no mfnimo uma vez por ano. Essa revisio deve ter uma periodicidade regular. A técnica contabil estipula que o valor residual do bem deve ser computado como dedugio de seu valor toral para determinar o valor-base de célculo da depre- ciagdo, conforme destacado. Todavia, na pratica, esse procedimento nao tem sido muito adotado, pois é bas- tante dificil estimar o valor residual, o que obrigatoria- mente muda a partir de 2010. Independentemente da difculdade, a entidade deve estimar esse valor tendo por base toda informacao disponivel no momento da estimago. Se posteriormente houver alteragGes nas premissas que fundamentaram a estimativa, a mudan- ga deve ser considerada como mudanga de estimativa contabil e seus efeitos serdo reconhecidos de forma prospectiva, conforme Pronunciamento ‘Técnico CPC 23 ~ Politicas Contébeis, Mudanga de Estimativa e Re- tificagao de Erro. 12.6.3 Estimativa de vida util econémica e taxa de depreciagao © § 3° do art. 183 da Lei n° 6.404/76 determina em um de seus itens que a companhia deverd efetuar, periodicamente, anélise sobre a recuperacio dos valo- res registrados no imobilizado e no intangivel, a fim de que sejam revisados e ajustados os critérios utilizados para determinacao da vida titil econdmica estimada e para célculo da depreciagto, exaustao ¢ amortizagio. Uma dificuldade associada ao céleulo da deprecia- 0 6 a determinagao do periodo de vida itil econémica do Ativo Imobilizado. A vida stil de urn item do imobi- lizado € definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade, que pode ser traduizida no: (i) periodo de tempo durante o qual a entidade espera uti- lizar 0 ativo; ou no Gi) niimero de unidades de produ- 0 ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilizagao do ativo, Além das causas fisicas decorrentes do desgaste natural pelo uso e pela aco de elementos da natureza, a vida étil & afetada por fatores funcionais, tais como a inadequacao e o obsoletismo, resultantes do surgimen- to de substitutos mais aperfeicoados. © Pronunciamento ‘Técnico CPC 27 - Ativo Imo- bilizado lista os seguintes fatores como elementos que devem ser considerados na determinagio da vida ttil de um ative: 4) uso esperado do ativo que é avaliado com ‘base na eapacidade ou produgio fisica espe- radas do ativo; ‘tivo Imobilizado 251 ii) desgaste fisico normal esperado, que de- pende de fatores operacionais tais como nimeto de turnos durante os quais 0 ativo serfiusado, o programa de reparos e manu- tengo € 0 cuidado e a manutencao do ativo enquanto estiver ocioso; obsolescéncia técnica ou comercial prove- niente de mudancas ou melhorias na pro- ducéo, ou de mudanca na demanda do mer: cado para o produto ou servigo derivado do ativo; iv) limites legais ou semelhantes no uso do ati- ‘vo, tais como as datas de término dos con- tratos de arrendamento mercantil relativos 20 ativo. 12.6.4 Métodos de depreciacao fem varios métodos para calcular a deprecia- do. 0 método empregado deve refletir o padrao de consumo pela entidade dos beneficios econdmicos fa- turos proporcionados pelo ativo imobilizado. Da mes ma forma que o valor residual ¢ a vida ttl do ativo, 0 método de depreciacio também deve ser revisado no mfnimo uma vez por ano. No caso de haver mudan- a considerdvel nos padres de uso do imobilizado, meétodo deve ser alterado para refletir essa mudanga nos padres de uso. Os métodos mais tradicionalmente utilizados sa a) METODO DAS QUOTAS CONSTANTES ‘A depreciagéo por esse método € calculada divi- dindo-se 0 valor deprecivel pelo tempo de vida titil do bem, ¢ é representada pela seguinte formu ‘40 = (Valor de custo menos valor residual) Esse método, impropriamente chamado de linear, devido a sua simplicidade, ¢ 0 utilizado pela grande ‘maioria das empresas. Pera ilustrat, vamos tomar o seguinte exemplo hi- potético: Custe do bem: § 6.000,00 Vida stil estimada: 5 anos (60 meses) Nao ha valor residual estimado Depreciagao: = 100/mes b) METODO DA SOMA DOS DIGITOS DOS ANOS Esse método (que também € linear) & caleulado como segue: 252 Manual de Contabilidade Sacietitia * ludicibus, Martins, Gelbcke © Santos a) Somam-se 0s algarismos que compéem 0 niimero de anos de vida ttil do bem. No exemplo anterior, terfamos: 14+2434445=15 b) A depreciagio de cada ano € uma frago em que o denominador é a soma dos algarismos, conforme obtido em (a), ¢ 0 numerador é, para o primeiro ano (n), para o segundo (n— D, para o terceiro (n= 2), ¢ assim por dian- te, em que n = mimero de anos de vida ttl. ‘Ano. Depreciagao Anual 1 '$5.000,00 666,67 2 $5.000,00 333,33 3 $5.000,00 £000,00 4 $ 5.000,00 666,67 5 $ 5.000,00 = 33333 5.000,00 Esse método proporciona quotas de depreciacéo ‘maiores no inicio e menores no fim da vida itil, Permite ‘maior uniformidade nos custos, jd que os bens, quan- do novos, necessitam de pouica manutengao e reparos. ‘Com o passar do tempo, os referidos encargos tendem ‘2 aumentar. Fsse crescimento das despesas de manu- tengio e reparos seria compensado pelas quotas decres- centes de depreciagao, resultando em custos globais mais uniformes, conforme demonstrado graficamente: SL DEREOAGAO ae

Potrebbero piacerti anche