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INTERPRETAO ANALGICA
o que ocorre, por exemplo, no artigo 121, 2, I, do Cdigo Penal, que dispe ser qualificado
o homicdio quando cometido ''mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
motivo torpe" (grifas aditados). Percelx:-se que o legislador fornece uma frmula casustica
("mediante paga ou promeso.a") e, em seguida, apresenta uma frmula genrica ("ou por
outro motivo torpe")50
Deste modo, o significado que se busca extrado do prprio dispositivo, levando-se em conta
as expresses abertas e genricas utilizadas pelo legislador. Existe norma a ser aplicada ao
caso concreto. Depois de exemplo;, o legislador encerra de forma genrica, permitindo ao
aplicador encontrar :meras hipteses.
Diferenciando os dois tipos de interpretao, Rogrio Greco assevera que: "a interpretao
extensiva o gnero, no qual so eS?cies a interpretao extensiva em sentido estrito e a
interpretao analgica". Para identificar de que espcie se trata, conclui o autor que se deva
considerar a lei penal e verificar se a mesma traz as frmulas casustica e genricas
(interpretao analgica) ou no ~orne:e uo padro (interpretao extensiva em sentido
estrito), neste caso deixancb :i. cargo de intrprete a extenso do contedo da lei objeto de
inrerpretao5 1
49. Manual de direito penal brasileiro- Parte Geral. iol. 1. 8~ ed. So Paulo: RT, 2009, p. 170.
50. Tambm exemplifica a interpretao anal<'>ica a norma prevista no art. 306 do Cdigo de
Trnsito Brasileiro, que prescreve a conduta de ~onduo de veculo automotor sob efeito de
lcool (frmula casustica) "ou sob a influncia de que/quer outra substncia psicoativa que
determine dependncia" (frmula genrica). 51. Ob. cit., p. 44.