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Estados Unidos por volta de 1860 (15)? Por que no dizer que ela
ainda mais difundida na sociedade, e menos concentrada, fazendo, por-
tanto, parte do universo cotidiano de um nmero muito maior de pessoas
(16)? Por que no explicar que o prprio conceito de escravo (doulos)
se ope de maneira mais perfeita no a livre (eletheros) mas sim a
cidado (polits), e que ele se aplicava tambm submisso de uma
comunidade estrangeira, para explicitar a organicidade da relao escra-
vido-democracia-imperialismo (17)? Por que no lembrar que o mundo
antigo sequer concebia que uma sociedade civilizada pudesse prescindir
do trabalho escravo (18)? E que esta atitude no foi substancialmente
modificada pelos cnicos, esticos e nem pelos cristos (19)? Ou ainda,
que como o brbaro em Herdoto, o escravo aparece na nossa documen-
tao como a encarnao da incompletude e da desordem (20)? E que,
last but not least, a comunidade poltica era vista como a nica garantia
do poder do senhor sobre o dependente (21)?
Em outros momentos a anlise de H. Jaguaribe deixa transparecer
sua falta de informao sobre os problemas em questo. Quando fala
da evoluo democrtica de Atenas, comete uma srie de equvocos graves .
Explicando um ponto to central quanto a crise social e as reformas de
Slon, diz (p. 33): "O desenvolvimento econmcio de Atenas, com a
expanso de olivais e vinhedos, em detrimento da agricultura de subsis-
tncia, o incremento da produo de manufaturas e a expanso do co-
mrcio, no quadro de uma economia que se tornava capitalista, gerou
forte elevao das necessidades de capital, uma de cujas conseqncias
foi o excessivo endividamento dos pequenos e mdios produtores. As
tenses sociais da resultantes, com a execuo de propriedades e a reduo
escravido dos devedores insolvenets, puseram seriamente em risco a paz
civil . Foi ento Slon constitudo em arconte nico (594 a C . ) para
remediar a situao" . um absurdo completo: alm da noo mais que
ultrapassada de "economia que se tornava capitalista", que Ed. Will j
criticava h quase trinta anos atrs (22), ele oferece uma viso anacr-
nica (antedatada) da expanso comercial e martima . A origem da crise
est, ao contrrio, no crescimento demogrfico e na prtica da partilha
ibid., pp . 95-98.
Memorabilia, III, vii, 5-9, alm de muitas outras passagens Eutyphron
4a; Gorgias, 474a; Alcibiades, I, 100d; Alcibiades, I 131a, todas manifestando o
mesmo desprezo pela massa ("hoi polloi") .
Wood, E. e N., Class ideology..., p. 155.
Poltico, 300e; Wood, E. e N., Class ideology..., p. 182.
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