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Arquitectura Paisagista I

Aulas 4, 5 e 6

francisco.peixoto@vbt.co.ao
Arquitectura Paisagista

«A Arquitectura Paisagista visa Ordenar o


Espaço Exterior em Relação ao Homem».

Qual é o objecto da
ARQUITECTURA PAISAGISTA?

francisco.peixoto@vbt.co.ao
Arquitectura Paisagista

Objecto de intervenção é a PAISAGEM,


entendida como uma realidade ecológica,
corporizada fisicamente num espaço que se
poderia chamar natural, a PAISAGEM NATURAL,
e no qual se introduziram elementos
construídos, a PAISAGEM CULTURAL.

Existe ainda PAISAGEM NATURAL?


francisco.peixoto@vbt.co.ao
Arquitectura Paisagista
PAISAGEM
Formação ecológica
• percepção sensorial do ecossistema subjacente

Formação estética
• porção de espaço que se abrange com um lance de vista

Formação em arquitectura
• referencia ao espaço não edificado em contraposição ao
edificado

francisco.peixoto@vbt.co.ao
Arquitectura Paisagista

A paisagem deve ser entendida como um fenómeno


arquitectónico, no qual o homem intervêm, num
substrato físico, a par com os outros seres vivos.

«Paisagem é a figuração da biosfera e


resulta da acção completa do homem, e de
todos os seres veres, em equilíbrio com os
factores físicos do ambiente»
Francisco Caldeira Cabral

francisco.peixoto@vbt.co.ao
Arquitectura Paisagista

Definição de paisagem (jurídica):

Unidade geográfica, ecológica e estética


resultante da acção do homem e da reacção da
natureza, sendo primitiva quando a acção
daquele é mínima e cultural quando a acção do
homem é determinante, sem deixar de se
verificar o equilíbrio biológico, e a estabilidade
física e a dinâmica ecológica.
Decreto-Lei nº 11/87 de 7 de Abril, art 5º, alínea c)

francisco.peixoto@vbt.co.ao
Arquitectura Paisagista

Campo de intervenção do Arquitecto


Paisagista – todo o espaço exterior construído:
• Morfologia da cidade, e distribuição de espaços verdes.
• Jardins, Praças, Parques, Corredores.
• Ordenamento do Território: actividades rurais e
urbanas.
• Integração paisagística de espaços canal e de áreas
degradadas.
• Etc. etc. etc.
francisco.peixoto@vbt.co.ao
Arquitectura Paisagista
ESCALAS DE INTERVENÇÃO
Desde o pequeno espaço à grande paisagem.

SITIO 1/10 ; 1/20


LUGAR 1/200 à 1/2000
CONCELHO ou MUNICÍPIO 1/2000 à 1/25000
REGIÃO ou PROVÍNCIA 1/50000 à 1/100000
PAÍS 1/4000000
Arquitectura Paisagista
ESCALAS DE INTERVENÇÃO
Desde o pequeno espaço à grande paisagem.

• A dimensão física da área de intervenção


determina a diversidade e a complexidade dos
inputs e das interrelacções existentes entre eles.
• A incapacidade de visualização global
impossibilita a percepção directa e indutiva do
objecto
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO

O estudo da evolução dos processos que


deram origem a construção da paisagem, é
uma lição incontornável para quem nela
intervêm: arquitectos e arquitectos
paisagistas.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO

A RI retirou o emprego do âmbito domestico


(artesanato industrial), concentrando-o em
novas cidades ou na periferia das existentes.

O crescimento urbano deu-se de forma


acelerada e anárquica, ao sabor do laissez faire
defendido pelo liberalismo económico de
Adam Smith e originando condições de
salubridade deploráveis, sobretudo nos bairros
operários.. .
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XVIII
A consciência dos problemas sociais
decorrentes da RI tinha iniciado com os
utopistas do séc XVIII

Meslier (Mon Testament) – sintetiza as ideias


do iluminismo em 1733.
Babeuf propões a reforma do direito de
propriedade em 1754.
Malthus, em 1798, o progresso encerra
possiblidades limitadas: “A população cresce
em progressão geométrica, enquanto que a
produção de alimentos cresce em progressão
aritmética”
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XVIII
Os modelos urbanos propostos pelo socialismo utópico continham uma
forte sensibilidade higienista, nascida do recente desenvolvimento da
investigação no âmbito físico e geológico:
1. Invenção do microscópico
2. Descoberta da célula e implantação da taxonomia (Lineu)
3. Teoria da Terra (James Hutton 1785)
4. Fotossíntese (Pristley 1774) – atmosfera urbana

EXPECTATIVA VERDE
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XIX
Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

PULMÕES VERDES
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XIX
Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

PULMÕES VERDES
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XIX
Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

CIDADE JARDIM
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XX
Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

CIDADE LINEAR
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XIX

• DARWIN
• HUMBOLDT
• PASTEUR
• KOCK
• LISTER
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XX

A vegetação, o sol e o espaço que permite a entrada do sol são


considerados na CARTA DE ATENAS como os materiais primordiais
do urbanismo.

Solo deixa de ser considerado um inerte e passa a ser reconhecido


como uma entidade viva, produtora de biomassa, dinâmica,
indispensável a produção de alimentos.

PLANEAMENTO TEVE DE INCORPORAR ESTE NOVO CONHECIMENTO


Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XX
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XX
Antecedentes do modernismo.

Tony Garnier projecta a cidade industrial destinada


exclusivamente a uma comunidade ligada a industria.

FUNÇÃO como única componente na concepção do


espaço – incompatibilidade e carências sociais.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XX
Antecedentes do modernismo.

É NESTE CONTEXTO QUE SURGE A NECESSIDADE DE


GRANDES INTERVENÇÕES PLANEADAS NA PAISAGEM.

A URBANIZAÇÃO PÚBLICA PASSA A SER UM PROCESSO


SUSCEPTIVEL DE COMPATIBILIZAR INTERESSSES
INDIVIDUAIS E COLECTIVOS.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
século XX
Antecedentes do modernismo.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO – a função sobre a forma

Avant-garde – significado social aos artistas

SUPERIOR MISSÃO DE TRANSFORMAR A SOCIEDADE


Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO – a função sobre a forma

ARQUITECTURA COMO ACTIVIDADE QUE RESOLVE PROBLEMAS


PROBLEMAS:
1) CRESCIMENTO DAS CIDADES
2) PROGRESSIVA ALTERAÇÃO DAS FUNÇÕES DO CAMPO

MODERNISMO e AP
CONTEXTO HISTÓRICO
Arquitectura Paisagista
Arquitectura Paisagista
2) PROGRESSIVA ALTERAÇÃO DAS FUNÇÕES DO CAMPO CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO e AP

Paisagem rural deixou de ser


entendida como local primordial de
1) CRESCIMENTO DAS CIDADES

trabalho e uma referência cultural,


passando a ser vista como local de
evasão dos rigores da vida urbana.
PROBLEMAS:
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO e AP

A preocupação da objectividade e da justificação cientifica das


intervenções, com raízes positivistas, conduziu a um frenesim
da quantificação e à redução dos valores simbólicos e
artísticos, por natureza inquantificáveis, que tinham regido a
percepção da paisagem no século XIX.

Francisco Caldeira Cabral


Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO e AP

HOMEOSTASIS (Walter Cannos, 1929)

-Consistência cientifica ao modelo de Estrutura Verde Urbana incitado por


Olmsted;

-Origina o conceito de Contínuo Natural, que passa a marcar todo o


planeamento de base ecológica do séc. XX.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO

HOMEOSTASIS
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO e AP

HOMEOSTASIS

•Que haja livre variação e troca, originados na


polaridade dos factores.

•Que a variação se verifique entre limites


relativamente, definidos para o que é essencial a
Variedade
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO e AP

CONTINUO NATURAL SURGE COMO O CONCEITO CAPAZ DE


ASSEGURAR A HOMEOSTASIS NA PAISAGEM

INTENÇÃO DE PRESERVAR AS ESTRUTURAS FUNDAMENTAIS


NA PAISAGEM QUE, EM MEIO URBANO, PENETRAM NO
TECIDO EFICADO DE MODO TENTACULAR E CONTINUO,
ASSUMINDO DIVERSAS FORMAS E FUNÇÕES.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO e AP

CONTÍNUO NATURAL

CONTINUIDADE – assegurada pela circulação da água e do ar,


do solo e da vegetação que, por sua vez, constituem habitats
que permite a circulação da fauna.

ELASTICIDADE – significa a capacidade de o sistema se


adaptar à variabilidade dos seus elementos, dos quais o mais
evidente é a água, tanto mais, quanto maior for a amplitude
dos valores registados.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
MODERNISMO e AP

CONTÍNUO NATURAL

MEANDRIZAÇÃO – aumentando as interfaces entre


diferentes elementos da paisagem, ou seja, aumentando o
efeito de orla entre meios diferentes, onde são maiores os
gradientes entre os parâmetros físicos e biológicos.

INTENSIFICAÇÃO – de modo a garantir uma optimização


daqueles mesmos parâmetros, compensando o
empobrecimento ecológico das áreas mais artificialidades.
.
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
CONTÍNUO NATURAL

PLANO DE BERLIM
Martin Wagner (1929)
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
CONTÍNUO NATURAL

Objectivo a conseguir através da criação de


novos espaços, quer da recuperação dos
existentes e da sua ligação através de
«corredores verdes», integrando percursos de
peões ou de veículos.

TERRITORIALIZAÇÃO DE CONCEITOS
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
CONTÍNUO NATURAL
Arquitectura Paisagista
CONTEXTO HISTÓRICO
CONTÍNUO NATURAL

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