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1. Introdução
A SCIP, Society of Competitive Intelligence Professionals, define Inteligência
Competitiva (IC) como “um programa ético e sistemático de coleta, análise e
gerenciamento de informações externas que podem afetar os planos, decisões e
operações na empresa” (www.scip.org). Suas principais metas são [Combs e Moorhead
1993]: detectar ameaças competitivas, eliminar ou minimizar surpresas, acrescentar
vantagem competitiva minimizando o tempo de reação e encontrar novas oportunidades.
Seguindo essas definições, percebe-se que o processo de IC tem como intuito a
observação do contexto em que a organização está inserida. A partir do estudo
sistemático dos diversos atores que compõem um determinado meio é possível um
melhor entendimento de qual caminho seguir, dado o universo de bifurcações que
constituem o mercado.
2. Ontologia
O termo ontologia é proveniente da Filosofia. Na área da Informática, mais
precisamente em Inteligência Artificial, ela é utilizada como “a especificação explícita
de uma conceitualização” [Gruber 1999]. Essa conceitualização refere-se ao conjunto de
conceitos, relações, objetos e restrições que são definidos para um modelo semântico de
algum domínio de interesse. As ontologias expressam o formalismo dos conceitos e das
relações acerca de um domínio, de modo que possa viabilizar a inferência, pela
máquina, da semântica aos significados das informações.
Uma ontologia define os termos usados para descrever e representar uma área de
conhecimento [OWL 2004a]. Ela codifica o conhecimento do domínio e também o
conhecimento que se entende do domínio, tornando-o um conhecimento reutilizável. A
ontologia formaliza o conhecimento através da utilização de cinco componentes [Noy
2001]:
Conceitos que são a representação de algo, ou de qualquer coisa, acerca do
domínio em questão. As propriedades de um conceito são denominadas de
atributos. Por exemplo, um conceito poderia ser uma pessoa, tendo como
atributo a idade.
Relacionamentos que são as integrações entre os conceitos do domínio. Nessas
relações, podem-se definir as cardinalidades. Por exemplo, pode-se ter um
relacionamento entre pessoa e universidade, através da relação “estuda em”.
Propriedades das classes, e seus valores permitidos.
Axiomas que representam as sentenças que irão restringir a interpretação dos
conceitos e relações. Eles modelam sentenças que são sempre verdadeiras. Por
exemplo, define-se que a idade de uma pessoa corresponde ao ano atual
subtraindo a data de seu nascimento.
Instâncias que representam os elementos de uma ontologia, ou seja, são as
representações dos conceitos e relações que foram estabelecidas pela ontologia.
Assim, pode-se dizer que a ontologia visa (em alguns aspectos) desenvolver um
conjunto de regras que possibilitem a abstração do significado semântico das
informações disponibilizadas na Web. Resumidamente, a utilização de ontologias
VI Encontro de Estudantes de Informática do Estado do Tocantins – ENCOINFO 2004 – 4 e 5 de novembro de 2004
CEULP/ULBRA – Curso de Sistemas de Informação – Palmas – TO
oferece vantagens como: possibilitar o compartilhamento e a interoperabilidade do
conhecimento entre os domínios; estruturar o domínio de forma que se permita sua
compreensão com maior clareza e objetividade; permitir a reutilização de conceitos em
domínios.
3.1. Classes
O mais básico dos conceitos acerca de um domínio corresponde às classes, que são as
raízes das árvores de taxonomia. Cada objeto na linguagem OWL é um membro da
classe owl:Thing por padrão, a qual já é predefinida na OWL. Dessa forma, cada classe
definida pelo usuário é implicitamente uma subclasse de owl:Thing. É como se ela
fosse a classe raiz de todas as outras. Já as classes específicas de um domínio são
declaradas simplesmente através de nomeações às mesmas. Por exemplo, observam-se
três classes referentes a uma ontologia de domínio “Universidade” (a Figura 1 apresenta
um exemplo):
<owl:Class rdf:ID="Academico">
<rdfs:subClassOf rdf:resource="#DiscenteEgresso"/>
</owl:Class>
<owl:Class rdf:ID="Funcionario">
<rdfs:subClassOf>
<owl:Class rdf:about="#DiscenteEgresso"/>
</rdfs:subClassOf>
</owl:Class>
<owl:Class rdf:ID="ProfissionalLiberal">
<rdfs:subClassOf>
<owl:Class rdf:about="#DiscenteEgresso"/>
</rdfs:subClassOf>
</owl:Class>
Profissional liberal: aqueles que possuem sua própria empresa. Esse item tem a
propriedade “porte-empresa”, para identificar, em parte, a abrangência das
atividades realizadas.
Funcionário: relativo a classe de egressos que são funcionários de alguma
empresa ou instituição. Esse recurso apresenta duas propriedades, “cargo” e
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“tipo-iniciativa”, para identificar, por exemplo, se um aluno exerce um cargo de
gerência, ou de analista de sistemas, se trabalha numa instituição do Governo ou
numa empresa da iniciativa privada.
6. Considerações Finais
O trabalho apresentado nesse artigo discorreu sobre algumas etapas do desenvolvimento
de uma ontologia para a organização das informações coletadas pelo núcleo de IC de
uma IES. Para isso, observaram-se os seguintes pontos: o domínio, ou seja, o universo
que seria trabalhado; a sistematização das informações em grupos distintos; o
conhecimento que pode ser gerado a partir das informações coletadas. O trabalho
desenvolvido, por seu caráter multidisciplinar, buscou relacionar áreas distintas com o
intuito de alcançar melhores resultados no desenvolvimento da ontologia.
A utilização da linguagem OWL na construção da ontologia possibilitou uma
sistematização mais contextualizada do domínio. Com isso, os dados armazenados
podem ser entendidos como um conjunto de informações que possuem similaridades
num dado contexto e, assim, é possível abstrair, de uma forma mais dinâmica,
conhecimentos a partir das informações.
Referências
Combs, Richard E.; Moorhead, Jonh D. “The competitive intelligence handbook”.
Chigaco: Scarecrow Press, 1993.
Gomes, E. Braga, F. “Inteligência Competitiva: como transformar informação em um
negócio lucrativo”. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
Gruber, T. “What is an Ontology?”. Disponível em: <http://www-
ksl.stanford.edu/kst/what-is-an-ontology.html>. Acesso em: 04/12/2003.
Herring, J. “Tópicos fundamentais de inteligência: processo para identificação e
definição de necessidades de inteligência”. In: Prescott J.E., Miller, S.H. Inteligência
Competitiva na Prática. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
Noy, Natalya F., Mcguinness, Deborah L. Ontology Development 101: A Guide to
Creating Your First Ontology. Stanford University, Stanford, 2001. Disponível em:
<http://www.ksl.stanford.edu/people/dlm/papers/ontology101/ontology101-noy-
mcguinness.html>. Acesso em: 05/07/2004.
OWL Web Ontology Language Guide. 2003. Disponível em:
<http://www.w3.org/TR/2003/CR-owl-guide-20030818/>. Acesso em: 07/08/2004.
OWL Web Ontology Language Overview. 2004. Disponível em:
<http://www.w3.org/TR/owl-features/>. Acesso em: 08/08/2004.
OWL Web Ontology Language Use Cases and Requirements. 2004a. Disponível em:
<http://www.w3.org/TR/2004/REC-webont-req-20040210/#onto-def>. Acesso em:
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Protégé. 2000. Disponível em: <http://protege.stanford.edu>. Acesso em: 14/06/2004.