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COMPLEMENTARES
RESUMO
ABSTRACT
This article aims to difference the main aspects of Knowledge Management (KM) and
Competitive Intelligence (CI). Definitions, functions and objectives are presented based at
different authors and point of view. Difficulties to implement these systems are presented
too. The close relationship between Knowledge Management and Competitive Intelligence
is detached as well the advantages of using the two systems at the same time.
Key words: Knowledge Management, Competitive Intelligence, Complementaries Systems
1. INTRODUÇÃO
A maioria das empresas, principalmente as de menor porte, ainda não tem acesso ao pro-
cesso de tratamento da informação e de sua transformação em conhecimento e vantagem
competitiva. Uma pequena e restrita parcela de empresas tem acesso, mesmo que parcial, a
informações tecnológicas disponíveis nas diversas fontes (incluindo as instituições de ensi-
no). Na raiz deste problema está a falta da cultura da informação devida a diversas circuns-
tâncias, dificuldades e questões que envolvem as organizações.
As poucas empresas que têm trabalhado na perspectiva de utilização da informação e do
conhecimento vêm buscando implementar métodos, técnicas e ferramentas para a Gestão
da Informação e, em um estágio mais avançado, para a Gestão do Conhecimento e para a
Inteligência Competitiva.
O objetivo deste artigo é fazer uma diferenciação adequada entre esses termos de forma a
facilitar a sua compreensão e implantação nas organizações.
2. A GESTÃO DO CONHECIMENTO
Para MURRAY (1996) a Gestão do Conhecimento é “uma estratégia que transforma bens
intelectuais da organização - informações registradas e o talento dos seus membros - em
maior produtividade, novos valores e aumento de competitividade”. Neste enfoque a GC
1
Doutor em Engenharia de Produção; Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção do CEFET-PR (unidade de
Ponta Grossa), helio@cefetpr.br
tem a função de apoiar e orientar, a partir de um planejamento estratégico que inclui a in-
formação e o conhecimento, a melhor forma de capitalizar o conhecimento organizacional.
A Gestão do Conhecimento (GC) pode ser entendida, ainda, como “a arte de gerar valor a
partir de bens intangíveis da organização” (SVEIBY, 1998). Ou seja, sua função é gerar
riqueza e valor a partir do gerenciamento de elementos que estão fora do contexto habitual
de terra, capital e mão de obra, visão esta compartilhada por DRUCKER (1993).
O GAERTNER GROUP (1998), por sua vez, define o seguinte: “A administração do co-
nhecimento colhe e partilha bens intelectuais visando obter resultados ótimos em termos da
produtividade e capacidade de inovação das empresas. É um processo que envolve gerar,
coletar, assimilar e aproveitar o conhecimento, de modo a gerar uma empresa mais inteli-
gente e competitiva”. Este enfoque valoriza o compartilhamento, fundamental para a in-
formação ser assimilada como conhecimento.
Yogesh MALHOTRA (1998a), também propôs a sua definição para Gestão do Conheci-
mento: “Uma visão, baseada no conhecimento dos processos de negócio da organização,
para alavancar a capacidade de processamento de informações avançadas e tecnologias de
comunicação, via translação da informação em ação por meio da criatividade e inovação
dos seres humanos, para afetar a competência da organização e sua sobrevivência [sem
grifo no original] em um crescente de imprevisibilidade”.Esse autor, em sua definição,
reúne os elementos básicos para o processo: a informação, o processamento da informação
(via Tecnologia da Informação), a comunicação e a presença imprescindível do ser huma-
no. Frisa, ainda, a questão da “ação”, ou seja, a agregação de valor à informação para utili-
zação na elaboração de estratégias, tomada de decisão, aprendizagem, “desaprendizagem”
e/ou adaptação (MALHOTRA, 1998b).
Para José Cláudio C. Terra (2005) Gestão do Conhecimento significa “organizar as princi-
pais políticas, processos e ferramentais gerenciais e tecnológicos à luz de uma melhor
compreensão dos processos de geração, identificação, validação, disseminação, comparti-
lhamento e uso dos conhecimentos estratégicos para gerar resultados (econômicos) para a
empresa e benefícios para os colaboradores”. O destaque, nessa definição, está na sistema-
tização proposta e na aplicação da GC para gerar resultados, ou seja, sua estreita correlação
com a geração de inovações.
As principais funções da Gestão do Conhecimento nas organizações, segundo CASTRO
(1996) são:
Destaca-se um aspecto, ainda não comentado nas definições de outros autores (SVEIBY,
MURRAY, GAERTNER GROUP e MALHOTRA), que é a questão cultural, tradicional-
mente considerada geradora de obstáculos quando da implantação de novos processos ou
de mudança organizacional.
SKYRME (1997) identificou diversas atividades que são comuns em Gestão do Conheci-
mento:
O que fica evidente nessas atividades são as questões relativas ao trabalho em equipe, ao
compartilhamento e à colaboração que, juntas, configuram a importância que as questões
comportamentais têm no contexto da Gestão do Conhecimento.
As definições, as funções, os objetivos e as atividades são claras. Entretanto, algumas
questões levantadas por (DAVENPORT, 1996) devem ser respondidas:
• Como o conhecimento é criado por ou extraído dos funcionários?
• Como ele é distribuído e/ou acessado?
• Como ele é transferido ou depositado em novos cérebros e aplicado aos problemas e
decisões em negócios?
2
Equivalente ao “conhecimento tácito” de NONAKA e TAKEUCHI (1997).
3
O tema da mensuração do Capital Intelectual é tratada em EDVINSSON e MALONE (1998).
definidas para problemas pré-definidos. O enfoque está no forte papel das Tecnologias de
Informação (TI) para permitir um arquivamento adequado e uma ligação adequada entre os
vários indivíduos, grupos e níveis da organização.
2) Compartilhamento do Conhecimento, desenvolvendo o potencial organizacional para
futuras ações a partir da experiência passada (base de conhecimentos), nas diversas visões
dos problemas, nas soluções e ações correspondentes.
3) Compartilhamento da Sabedoria, desenvolvendo uma capacidade coletiva e auto-
adaptativa da organização de forma a antecipar surpresas e idealizar novas ações, conhe-
cimento e artefatos de informação baseada nos dados/informações existentes. Estímulo e
valorização da imaginação, inovação e criatividade, ou seja, o lado humano.
3. A INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
Quanto à Contra Inteligência, duas medidas básicas são recomendas pela Sociedade dos
Profissionais de Inteligência Competitiva (SCIP, 1999): definição precisa do que é segredo
comercial e o controle efetivo da sua disseminação. A partir disso, o controle deve ser am-
plo, incluindo até mesmo - e, muitas vezes, principalmente - os fornecedores na garantia da
manutenção dos segredos da organização.
Para a SCIP a Inteligência Competitiva é um “processo de monitorar o meio ambiente
competitivo com o objetivo de habilitar gerentes seniores, em empresas de todos os tama-
nhos, a tomar decisões informado sobre todas as coisas de marketing, P&D e investimentos
táticos para as estratégias de negócio de longo prazo” (SCIP, 1999). Três características
destacam-se nesse processo: a sua continuidade, a sua legalidade e a sua ética.
Para a Associação Brasileira dos Profissionais de Inteligência Competitiva (ABRAIC –
www.abraic.org.br) define a IC como “um processo sistemático e ético de coleta, análise e
disseminação de informações que visa descobrir as forças que regem os negócios, reduzir o
risco e conduzir o tomador de decisão a agir pró-ativamente, bem como proteger o conhe-
cimento sensível produzido”(ABRAIC, 2000). Essa definição destaca a pró-atividade, ou
seja, a IC deve permitir que a organização se adiante a eventos e não que faça relatórios
sobre o passado.
Ampliando o enfoque da Inteligência, Jerry MILLER (2002) destaca que a Inteligência
Competitiva “trata da análise das informações sobre o mercado e da geração de recomen-
dações para os que decidem dentro das empresas”. Essa definição coloca a IC em um nível
maior do que produto ou processo, mas a nível estratégico, passando a fazer parte do pen-
samento organizacional. Essa visão é compartilhada por outros autores, entre eles LESCA
et alli (1996), que não concebem uma inteligência que não seja estratégica e, portanto,
competitiva. Essa estratégia, por sua vez, tem que obedecer a rígidos padrões de ética e de
legalidade não podendo ser confundida com espionagem comercial ou industrial.
4. A COMPLEMENTARIEDADE ENTRE GC E IC
SGC
SIC
Fluxos de informação
e conhecimento
Fluxos de informação
e inteligência
Organização
Ambiente externo
Figura 1 - Relação entre um Sistema de Gestão do Conhecimento e um Sistema de Inteli-
gência Competitiva
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS