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Cacilda Gongalves Velasco BRINCAR o despertar psicomotor '@ SPRINT Direitos exclusivos para a lingua portuguesa Copyright © 1996 by EDITORA SPRINT LTDA. Rua Adolfo Mota, 69 CEP 20540-100 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 264-8080 — Fax: (021) 284-9340 ISBN 85-7332-010-9 Reservados todos os direitos. Proibida a reprodugo desta obra, ou de suas partes, sem © consentimento expresso da Editora. Editoragao: Editora SPRINT CIP-Brasil. Catalogacao na fonte BRINCAR, 0 despertar psicomotor - Velasco, Cacilda Gongalves - Sprint Editora - Rio de Janeiro - RJ - 1996 ISBN 85-7332-010-9 1. Psicomotricidade 2. Educagao Fisica 3. Educagio 4, Recreagaio I Titulo Depésito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto n° 1825 de 20 de dezembro de 1967 Impresso no Brasil Printed in Brazil APRESENTACAO Comvivendo, trabalhando ¢ relacionando com a Cacilda hé alguns anos, notamos eramente a sua dedicacao, confianca, idealismo e, principalmente, amor existente em ss trabalho, em especial a Psicomotricidade e ao Brincar. Acreditando no desenvolvimento da crianga através destes, 6 que nasceu o esbalho na Recreagao Infantil e Brinquedoteca em sua vida, que apesar de entrentar ses barreiras, pois infelizmente estamos numa sociedade que nao valoriza 0 tao mportante momento que 6 0 BRINCAR, jamais desanimou e quis desistir Notamos, hoje, de um lado, criangas com muitos atazeres (escola, cursos, ssportes) e do outro, criangas que trabalham desde cedo auxiliando no custeio da ‘emia, mas 6 o BRINCAR... onde se encontra? Gom certeza escondidinho dentro de aca uni de nés, criangas, educadores, pais, tilios, avés... F s6 acreditar e deixar aflorar em cada ser este momento (0 rico, cada um a sta maneira, do seu jeito, assim quem sabe... poderemos ver uma sociedade mais alegre, cada um com sua liberdade de espresso, criagdo, podendo modificar, transformar, lutar pelos seus ideais, como sambem reconhecer dar importancia ao préximo e a sua capacidade. Cacilda 6 uma dessas pessoas: idealista, confiante, que luta e acredita, fazendo Se BRINCAR 0 momento de grandes conquistas! Este livro nasceu a partir de todo trabalho que ela realiza e acredita, nao se s=snge apenas a Psicomotricidade mas também a relagao de prazer, espontaneidade = maatividade de cada ser humano. 0 trabalho apresentado por Cacilda neste livro pode causar uma cera ‘mepeelacdo, despertando no leilor a crianga que existe em cada um, sejam pais ou sspecialistas da area de Educacao. Fla tenta provar que 0 BRINCAR 6 0 verdadeiro *Despertar Psicomotor". Cassia Akemi Yamada BRINQUEDISTA, PROFESSORA E PEDAGOGA CURRI CULO RESUMLDO Protessora - Pedagoga - Psicomotricista. Esp la em Psicomotricidade. Especializagao em Psicomotricidade no Brasil, Argentina, Portugal e Espanha. Vérios cursos, palestras e conferéncias ministrados em varias cidades brasileiras. Participacao em conferéncias, seminarios, simpésios e congressos nas areas da =aacacdo, esporte e satide. Temas Livres apresentados em diversos eventos sobre satide. Varios artigos publicados em diversos Orgaos de Imprensa do pais. Responsavel pela FLECHINHA - NATACAO E CURSOS e FLECHINHA - SRINQUEDOTECA. Aluagao no trabalho de Terapias Psicomotoras na Agua e Natagao Adaptada, iuncamentando a aplicagao da Psicomotricidade na Agua a nivel preventivo, habilitat6rio, sr2peutico e reabilitatério, ha mais de 10 anos. Coordenadora do Curso de Especializagao em Psicomotricidade da FMU - suidades Metropolitanas Unidas - SP e docente das disciplinas: Fundamentos Psromotores, Educagao Psicomotora e Técnicas de Reeducagao Psicomotora. Autora dos Livros: - “Habilitagdes ¢ Reabilitagdes Psicomotoras na Agua” e “Watacdo Segundo a Psicomotricidade”. CACILDA GONGALVES VELASCO. AGRADECI MENT OS A DEUS PELA VIDA QUE ME DEL... A MEUS PAIS POR TE-LA SIGNIFICADO... A MEU ESPOSO POR TE-LA ILUMINADO.... EA MEUS FILHOS POR TEREM-NA COLORIDO... BRINCAR o despertar psicomotor Cacilda Gongalves Velasco INDICE FUNDAMENTOS PSICOMOTORES. 19 © EQUIPAMENTO “CORPO” .. O SWJEITO .......... © LUGAR DO BRINCAR 0 TEMPO NO BRINCAR.. 26 BRINCAR & DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOI es ~ Equilibrio - Coordenacao Dinamica Global = Respiragao Consciente .. - Coordenagao Motora Fina .. - Esquema Corporal - Controle Psi - Lateralidade .. - Orientagao Corporal - Orientagao Espacial - Orientagao Temporal .. motor BRINCAR .. HISTORICO CONDICOES . EVOLUGAO OBLETIVOS SEGURANGA DIREITO .... BRINQUEDOS HISTORICO FVOLUCAO DEFINICOES . IMPORTANCIA VALOR TIPOS os BRINQUEDOS & DESENVOLVIMENTO INFANTIL CLASSIFICAGAO ... SUCATA - O material mi UM BRINQUEDO CHAMADO AGUA GRIANGA & AGUA... BRINCADEIRAS ... BRINCADEIRA OU BRINQUEDO ? . BRINCADEIRAS POPULARES EVOLUGAO JOGOS . CLASSIFICAGAO BRINQUEDISTAS . O ADULTO NO BRINCAR INFANTIL RECREADOR TERAPEUTICO ...... ACRIANGA ESPECIAL .. BRINQUEDOTECAS 93 DEFINIGAO ORIGEM ESTRUTURA TPOS.... BIBLIOGRAFIA Wises Raves Olhar criangas brincando 6 uma oportunidade previlegiada para tentar compreender 0 fendmeno do sensivel e do inteligivel. A crianga brincando nao é sensivel, om to pouico intoligivel - 6 motricidade. A cultura humana 6, de certa forma, @ extensdo cada vez mais ampla do corpo humano. O corpo nao seria humano, se nao fosse a cultura Esse corpo motor e psicomotor 6 que serve como equipamento para essa atividade VITAL ao homem: Brine ar. Neste universo gigantesco de milhdes de pegas, somos seres que querem Sempreender 0 que nao é para ser compreendido e como todo ser humano (e por isso Semos humanos) brincamos. A natureza brinca e brincamos com os seus brinquedos. Brincamos de colocar = ordem o que nao é ordenavel. Brincamos de classificar 0 que nao 6 classificavel. Deus, como crianga, nos oferece brinquedos que nao conseguimos catalogar, §8S s40 diferentes, tinicos, absolutos, originais e nao encontramos semelhantes entre: ® vores, 0s bichos, a chuva, 0 vento, 0s rios, a terra e a gente. E interessante 0 que disse 0 tedlogo e mistico alemao do século XVI, Jacob Sebem, que o primeiro = comecou a trabalhiar, O desejo de brincar nao teria sido criado por Deus? Deus levou a sua semelhanga a espécie humana - uma espécie crianga. Brincar ‘jee nos, nao 6 ludicidade, 6 necessidade. 0 homem tem que se conservar crianga, pois © atingir a maturidade acaba a sua “viagem”, neste planeta. As brincadeiras e os jogos constituem as nossas fungdes, 0 nosso viver; 0 papéis ‘@& representamos, realizando tarefas bem ou mal, tendo parceria ou nao. Em todo esse brincar, a nossa participacao 6 com 0 corpo e a alma. Essas “entidades” nao sobrevivem separadas. 0 corpo 6 0 fisico que vemos, a alma Seaesso do corpo. Um depende do outro, como constantemente se confundem. Impossivel -Ssparacao do sensivel e inteligivel, do corpo e da mente, do fisico e do espirito. Nao sao mais ou menos importante o papel da mente e do corpo. O cérebro pode ‘Spresentar ages por imagens, a mao pode bater e arremessar. Pensar nao 6 mais ‘Wweriante que acariciar. 0 cérebro representa o que a mao pega e a mao o que 0 erebro deseja. Sensivel e inteligivel habilam um humano corporal. No jogo da vida ganhamos = perdemios algo em cada acao, por minimo que seja. E a partir desse momento que ‘= ianca forma consciéncia de si como individuo, que percebe o valor da morte. ‘Somos seres motores em corpos locomotores. Pela capacidade existimos e pela ‘Weticdade nos humanizamos. A motricidade nao 6 um movimento qualquer, é expressao_ ‘eamena. Somos locomotores diferentes dos vegetais, que onde nascem permanecem. Nossa historia 6 de dominio do intelecto sobre o corpo, do senhor sobre o escravo, ‘@ patrao sobre 0 trabalhador, do trabalho intelectual ao corporal, portanto da alma ‘sabre 0 corpo. ‘al humanio Toi expulso do paraiso quando deixou de brincar 7 Estar redigindo sobre 0 “brincar” 6 algo que transcende, que pessoalmente nos ‘2 4 reilexao das sutilizas do ser humano, no seu despertar psicomotor. Nesta obra citamos opiniées e pensamentos de diversos autores intorossados no == crianca e conclusdes’ observadas em experiéncias praticas com criancas, nesta essa “Viagem”. Alualmente, na sociedade moderna, nao sabemos se 0 espago é de convivéncia ™ Ge individualismo. Se comparadas ao campo, as cidades oferecem mais essbilidades de trabalho, educaco, satide, cultura, esporte, lazer, informacao, samunicacao, etc. Nas cidades os valores sao diferentes dos do campo. As cidades parecem um ‘Pesaico: um ntmero incontavel de individuos que correm e se acotovelam em todos ‘= =spagos. No entanto cada um faz, pensa, fala e age a sua maneira, diferente dos ‘Mares. Poucos se langam crialivamente a construir um espago humano, solidario, um ‘=speco para convivéncia. Entao, onde ficam as criangas? Esse ser que se faz sujeito conforme o olhar e ‘Pfeque do adulto: A realidade infantil é constituida a partir da magia. O jogo, as brincadeiras e 0 ‘S=s-conla para as criangas sao como os sonhos para os adultos. Isso que a crianga ‘Spmea € coisa séria, ¢ como a crianga constréi a si mesma, a sua identidade e 0 mundo ‘we 2 rodeia. Ela precisa de espago e tempo para esse “crescer”. O EQUIPAMENT O “CORPO” 0 corpo, essa estrutura organica neuro-isiolégica pode ser considerada como 0 sesso “equipamento’ existencial. 0 desenvolvimento psicomotor se processa de acordo com a maturagao do ‘sstema nervoso, capacitando o organismo a responder aos estimulos de uma ‘penetra mais ordenada e permitindo maior elaboragiio dos alos motores voluntarios. ‘* maluragao do sistema nervoso, para 0 desenvolvimento refere-se ao processo de miefinizacio. eB "A crianga é a opiniao de Deus que o mundo precisa continuar" 2 Para entendermos o desenvolvimento neuro-fisiol6gico usaremos de uma linguagem bem simples: -a partir de um estimulo externo (na agao do outro ou do ambiente) ou interno (nas suas necessidades fisiolégicas) 0 bebé percebe (em nivel cortical); percebendo , cle vai elaborar a sensagao, programiar a resposta e executar a aGao. Dessa forma, a sequéncia de movimentos necessérios para que uma crianga de 6 meses, ao ver um brinquedo, tente pegé-lo é a seguinte: - ela observa 0 brinquedo visualmente, a zona do cérebro responsavel pelo movimento dé a ordem e seu esquema corporal realiza a agao no espago que a rodeia. Ela precisa ver 0 objeto, ter 0 impulso e se deslocar_em diregao a ele, seguré-lo e traze- lo para si. Existe, pois, uma sequéncia no tempo e no espago e, nesse momento, o cérebro em acao funciona as custas das conexées existentes entre as areas visuais, lateis, cinestésicas, motoras, equilibratérias ¢ intensionais. Dessa maneira é facil compreender, cientificamente, como 0 meio externo’ interfere na maturagao das estruturas nervosas do bebé. Mas, queremos nos aprofundar nestas colocagées. Segundo alguns autores, em especial Esteban Levin, ha um sistema de relaca entre mae/bebé fundamental para a formacao do eu, do sujeito, no equipamento corpo. OSUJEITO Ao contrario de outros animais, 0 bebé humano depende do “outro” na su sobrevivencia, ele apresenta certa prematuridade biol6gica. Para que 0 equipamento sustente 0 “sujeilo” ele depende totalmente relagao mae/bebé. A evolucao das estruturas e a maturacao situa-se na qualida’ dessa relagao , que relaciona-se diretamente ao mecanismo de regulagao prazer desprazer. Esse equipamento sofre 0 efeilo da linguagem da mae, que 0 signific Ela atribui um sentido aos mecanismos reflexos do bebé. Dessa maneira en\ estimulos ao equipamento, que mielinizaré as estruturas nervosas, possibilitan' assim as reagdes secundarias. @ ‘As criang.as necessitam de tipos diferentes de caricias em idades diferentes’, : 22 Ha uma especial importancia dos reflexos arcaicos no desenvolvimento ‘ptentil Estes surgem ainda no titero materno @ sao chamados de “corticalizavel ees do aulomatismo passam a integrarom-se aos esquemas de ages intencionais wm aulomalicas. Ja 0S reflexos neuro-vegelativos (relalivos a respiragéo © a circulagao seeguinea) cedem, apds um breve perfodo de exercicio, pasando a integrar 0 Secionamento cortical. Quanto aos reflexos musculares profundos, estes ceetinuarao por toda @ vida, mantondo 0 seu caraler automatico, ligados a atividade Subcoriical. Bem, vollemos ao surgimento do “sujeito”, nesse equipamento. Para que 0 sujeilo exista nesse corpo organico, 6 preciso que ele tenha seeenhecimento no olhar do Outro. Esse Outro é aquele que da sentido, significado as ‘Semetes desse equipamento. Um Outro 6 alguém que deseja, deseja algo daquele a quem atribui setido. 0 outro, no inicio da vida, 6 um lugar ocupado por alguém que se Ge e se faz mae. Para Levin 0 toque do Outro 6 que deixa a marca, e essa marca 6 que provoca = tata. Dai 0 “a-a- a" do bebé s6 6 agua, porque a mae assim the atribuiu um Senaicado. A mée ao dar sentido particular a algo que seria apenas do funcionamento sr=2nico, estimula 0 processo de mielinizagéo das estruturas corticais que dao sempeléncia ao equipamento. Mas importante, acima de tudo, é saber o que é ser mae para uma mulher, ges anles de existirmos enquanto organismo, fomos imaginados, estivemos em idéia = eesejo num Outro, Aquele que n&o passou por isso provavelmente tera @ relagao sema descrita muito abalada em sua autenticidade. E importante termos sido sesejados, para que tenhamos uma boa receptividade enquanto sujeito. 0 que nao %F maginado, “aconteceu”, provavelmente sofrera as consequéncias do desprazer, “nfo no equipamento (na estrutura organica - no corpo) quanto no psiquico (na estrulura psiquica - no eu). B As criangas em certas idades nao sao mais que o retrato das maes, A unica diferen¢a @ que o tamanho € menor’. 23 Gomo vimos, 0 regulamento do prazer/desprazer interiere na maturagao neurolég n¢a (através da relagdo mae/bebs). No bebé o desprazor tem relagao com a realidade organica. 0 prazer ocorre na realidade psiquica - ge’ \ Cae. Neste desenho estd retratade toda wna rela¢de afetiva importante e significativa, O LUGAR DO BRINCAR Na auséncia do praver, como @ crianga evoca a sua presenca? Brincando... O brincar, da mesma forma como os distiirbios psicomotores, esta no lugar entre ‘Sprwer real e sua evocagao. Enquanto o adulto realiza tarefas’ que the promovem ‘er (ler, pintar, escrever, etc.), a crianga brinca. A infancia tem urgoncia na vida da crianga. Se © sett maior projoto - 0 ser adulto. Ha trés momentos na infanci essa fase que o lugar do bri que diferenciam 0 brincar infantit: ~ 0 primeiro & aquole onde ¢ fundamental a fungao materna, para, como j Sens, 0 desenvolvimento o a maturacao das estruturas cortical ~o segundo 6 0 momento da vivéncia edipica, em que o pai assume-se como tal » = eranca vive no sistema simbélico dos pais; « -o lerceiro, quando a crianga inicia 0 processo de aprendizagem da linguagem == onde ola insere-se no simbolismo do mundo que a cerca. f nes Se crianca o registro do simbdlico, do real e do imaginario. Como dissemos anteriormente, a existéncia do Sujeilo esta relacionada, “Semenle, ao. desejo dos pais. No desejo no discurso dos pais, a crianga id 6, de momento que anlecipada, menino, menina, advogado, professora, etc. aS) Ha um projeto e ele faz parte do inconsciente dos pais. Mas. $6 a partir do desejo do Outro quea crianga constituir’ o seu proprio, alé ento s6 realiza uma antecipagao do futuro Levin nos coloca que a crianga brinca num futuro anterior. Ela imaginariza o real, imaginariza 0 que nao sabe e que faz parte do seu desejo inconsciente. Isso 6 0 fundamento do jogo do faz-de-conta: ela alua e representa papéis numa etaboracao: do que vira a ser 0 set desejo. OTEMPO NO BRINCAR 0 brincar da crianga conjuga-se em tres tempos: passado, presente ¢ futuro. Quando ela utiliza do imaginario no real ola poderd estar antecipando 0 futuro, ou presentilicando 0 passado ott até mesmo modilicando 0 presente. A criagao na: ropresentatividade da crianga enquanto brinca transforma 0 tempo, dai a infancia ter urgencia Quando brinca a crianga pode elaborar uma siltagao desprazerosa que fa acontecou mas ao mesmo tempo evoca tum projeto, uma forma de resolugao, algo que sesitua no futuro. Nesse momento esta presente uma situagao passada ¢ outra que esta por vir - ambes: representadas em uma altiacao que se faz no presente, Acrianga brinca de vir a ser (ou até de ser). 0 tempo representa os _papéis de: desejo da crianga ou de seus pais. Nesse campo de representacées 0 futuro tornes presente e 0 presente pode vir a ser futuro. um jogo de ensaios, de faz-de-conta, qu sai do imaginario, passa pelo simbélico ¢ expr Para | reud 0 prazer da atividade ltidica reside em um desprazer causado por tn siltagao que a crianga nao pode ainda dar conta. J4 para Bergés, 0 prazer que unva criat sente na alividade lidica provém de uma auséncia de prazer vivenciada em una determine siluagao, onde o brincar aparece como uma evocagao sua enquanto projoto.. Justifica-se com 0 colocado acima como deveria ser a postura “lerapéutic adequada do adulto, enquanto tentando lidar com problemas infantis - ele deve brinee ~ brincar de verdade quando entrar no jogo da linguagem, no terreno representagdes, gulado pelo que a crianga propde, pois isso a crianga sabe fazer. é "As crian¢as dizem o que fazem, os velhos o que fizeram 2@ 05 tolos o que querem fazer.” 26 BRINCAR & DESENVOLVIMENTO PSLCOMOTOR | Jentaremos agora colocar o papel significativo que 0 brincar tem no olvimento infantil Alom de representar, desde a idealizagao da concepgao humana, do desejo, da ] ra de base, elo colabora no surgimento de todas as nossas expressies Joras de maneira harmoniosa e prazeirosa. 0 desenvolvimento psicomotor abedece a estruturagao de trés condutas, a CONDUTAS MOTORAS DE BASE: = eqquilibrio = coordenagao dinamica geral = respiragao consciente = coordenagao motora fina CONDUTAS NEURO - MOTORAS: - esquema corporal = controle psicomotor - laleralidade CONDUTAS PERCEPTIVO - MOTORAS: - ori ntagdo corporal = orientagao espacial = orientacao temporal @ "Brincar & poder fic arse esaber fazer. a7 Equilibrio Esta conduta motora comega a ser elaborada na medida em que a crianga muda sua posigao corporal da horizontal para a vertical, isto 6, da quadrupedia para a postura bipede do andar. Para que ele se estruture é necessario que 0 lonus muscular (afetivo ¢ mental) da crianga_estejam adequados. Nas brincadeiras mais informais ha a estimulagao para ‘0 equilibrio © normalmente acompanhada da atengao e concentracao que a proposta liidica exige. Fle podera ser estatico ou dinémico, mas gostariamos de salientar que até pela, justificativa dada pela ia, nao ha a menor possibilidade de estarmos em equilibria estatico, no sentido da auséncia de movimentos, pois contomos inerentes 0 pulsar respiratorio e circulatorio. 0 que devemos entender como equilibrio estatico seria sem deslocamento no espago. ion No ‘pular cordas ‘esta conduta motora de base (0 equilibrio) se faz presente, e "Se acrian¢a néo obter as caricias positivas, arrumard uma forma de receber as negativas" 28 Coordena¢ao Dinamica Global A maturagao motora @ neurologica da crianca é que concretiza esta conduta motora de base. Para venicd- la havera um refinamento das sonsagdes © percepgies: visual, auditiva, cinestésica, {atil © principalmente proprio- ceptiva. Comprovadamente ela ocorre devido a grande solicitagao motora e muscular que as atividades fy J J infantis requerem 40 utile arse do escorregader a crianca necessifard da coordenagde de movimentos e da localza¢ao do seu corpo ne Tempo eno espace. | Respirag¢ao Consciente Esta & uma das condutas mais importantes. Mas podemos perceber no ser Semano a evolugao “inadequada’ dessa fungao, no decorrer da vida. Enquanto crianca ha toda uma pulsdo vital, que nos energiza motoramente, dai a agitagao da crianga. H4 quem diga: “crianga nao cansa | & realmente nao, pois ela oxigeniza seu organismo adequadamente (salvo as |e eessdes ovorridas devido a problemas como Finite, asma ¢ outras do aparetho respiratorio). J4 quando adulto, as posturas corporais inadequadas e as tensdes emocionais mes fazom modi do proceso respiratério, gorando assim um Ssgaste energético ¢ um nao atendimento de certas necessidades organicas. Dai mia das ra76es de nao termos 0 mesmo “pique” das criangas. 29 Nas ilustragdes 9 © 10 podomos veriticar como a crianga 6 capaz de pass. para o papel todo o sot ritmo biolégico natural,segundo Bernard Aucoutur Orisco que vai e vem é a representa¢de do ritmo biologico da respira¢ao € 00 balimento cardiaco. @ Brincar €@ a maior forma de pesquisa.” 30 Coordena¢ao Motora Fina E a boa utilizagao das nossas extremidades. Segundo a Psicomotricidade 0 desenvolvimento ocorre no sentido céfalo-caudal, speemo-distal, obedecendo mais vinte axiomas importantes, mas que aqui nao se faz secessario especilicar. Essa conduta abrange trés aspectos: a coordenagao viso-motora, a motora-tina © = masculo-facial, que podem ser entendidas mothor através do esquema que seaizamos no grafico 1 4s alividades Kidicas estimulam a crianga na coordenacao viso- motora nia mectida = qe ao visualizar objetos ou pessoas realizam as agdes de interagao, Por exemplo, me crianga consegue manter uma bola parada?... Ela logo pega-te- Setendo, numa relagao de jogo e brincadeira. Ja @ coordenacao motora-fina comega a ser elaborada quando @ crianga Sierage com objetos pequenos, jogos de encaixe, sobreposigao, quebra-cabega, etc. Sess alividades exigem dela movinentos de preensao ¢ pinga que sao a base par swerdenacao. F um treino que ela estara fazendo para a escrita. A coordenacao nuisculo-facial 6 aquela que a todo momento a crianga esta e@ivando, na medida em que (por ser crianga é pura e aul@ncia) demonstra com suas mepressdes faciais 0 que the agrada ou desagrada. Sous sentimentos ¢ emogdes sao ‘SSehuvidos através da comunicagao corporal, com os abjelos © as pessoas MUSCULATURA] DEPENDE DE Penola) ALICERCE ape UTILIZADA | MATURAGAO DA Mo | Fangando ou , PLRCEPCAO WSOMOTORA, a NEUROLOGICA | FOCALMOTORA VISUAL wororasiva [who | nturoidaica | nrtiapos ESGRITA NEUROLOGICA E COMUNICAGAO. GESTUAL-FACIAL wESCLLO-FACIAL ROSIO LINGLAGEM. EMOCIONAL Tinanonto | Dosemovinonts | Resta Tse Gravee) B 'Brincar é sanidade - fisica e mental” 31 Esquema Corporal Com colocamos anteriormente, através do “outro” a crianga se far sujoito.0 sujcito agindo através do equipamento corpo tent em acao 3 sistemas responsaveis pelo desenvolvimento do esquema corporal, que sao: inleroceplive (0 que nos chega), proprioceptive (0 que vem de nds) @ exteroceptive ( 0 que sai de nds), Dessa maneira podemos justificar a importancia do brincar no desenvolvimento dessa conduta neuto-motora. ( na interagao informal de grandes relagdes como meio, Com os objetos e as pessoas, que a crianga reconhece as partes de seu corpo. [sso processo ocorre pelo fato da crianga necessitar que o outro signifique alo ¢ alé 0 seu corpo. A mae, como ja dissemos, signitica ao bebs 0 seu Seu “eu”. A partir de entao desenvalve- 0 sel corpo. 6 @ imagem corporal da a crianga 0 se 0 esquemia corporal Psico MOTOR x Z IMAGIM ZY CORPORAT G ENA, ¥ CORPORAL PSICOMOTRICIDADL Gréfico-2 ESQUIMA CORPORAL IMAGIM CORPORAL ORGANICO PsiQuico coRPO SLILNIO Wk SER SE CONSTROL | St_CONSTITUL SEDESEVOIVE SE ESIRUIURA PRE-COYSCIENIL INCONSCIENTE dices \4 Iransposigao grafica, 0 esquema corporal aparece segundo toda wma neurol6gica © emocional, a partir das garatujas, 50s de cima para bairo, do drreita para a esquerda se transformarao em tronce e membros e as formas redondas em Toso. Tentonde decodificar 0 desenho infantil, chegaremos a wverpretagde, em nives de real aco, de pé (movimento), mao (escrita), boca (fala), cabeca (cogniz do), etc. = Controle Psicomotor Fsta condita neuro-motora dependerd de intimeras funcdes. que estaa, intimamonte relacionadas. Para que ocorra 0 controle psicomotor havera necessidade que haja, alén ¢ maluracao organica e nourolégica, a integracao motora da crianga em rolacao ao nie! ambiente, Os estinulos representam grande imporlancia nas respostas motoras psicomotoras. Nesta condita poderao oc (bloqueios generatizaclos, na maioria das vezes de origem emocional) e sincinesi (oxtremamiente comuns até os 7 anos, que dependem de uma conscientizagao para’ I$ Posturas motoras repetitivas ou tensionadas), duas manifostagios. dit corregaio des No cena infantil precésamos ser cuidadeses ao avaliarmos 0 controle psicometor uma crianco, pos ela & a expressae viva do processe ‘estimuloresposta.” B ‘Osortiso é 0 idioma do amor universal, 3u eralidade ‘Quando lidamos com psicomotricidade somos “vacinados" contra os crimes que oni relagao a latoralidad, Atualmonte, om nosso sistoma educacional, a sittagao esta mais osclareceddora, pois se-nyenile enconiranos pais ¢ professores respetando a cominancia lateral naka des crianas, Grotescamiente pocerianios dizer que somos un equipamento com 6 kados: o de cima, Sei, 0 da frente, o de tras, 0 da esquerda e 0 da direita. Mas como os 4 primviros aan) de im Certo referencial espacial, vans determinar os Hossos lados er relagao eteristica humana da simotria bilateral. 4 no nosso cérebro a encontramios com. 0 ‘rio Direito ¢ 0 Hemistério Esquerdo. Atualmonte a ciéncia tem se preocupado em airavés de documientarios, as tungdes de cada um desses hemistérios cerebrais © que & importante colocarmos 6 que o brincar oferece a possibilidade de Smrenlaczio global do corpo da crianga, Com isso, ola miais livre ¢ espontaneamiente fara spo latoral de aluagao. A definigao ocorre por volta dos 6 a7 anos, 0 que ica que ela dedxe de liizar 0 outro lado, que A opco nao possa ter sido percebida antes lade, elc : f x Sabemos que a crianga 6 um » absolito de agao e sensacao, 0 ile @ Salientarmos que nao somos 4 ninguém, neni nossos proprios corporais sao id@nticos. Auravés de pesquiisas, os desenvol etislas nos colocam que alé os 3 anos nie omindncia lateral inal; entre os 4 2s surge a conscientizagao do e’xo corporal, squentemente dos 2 lados; ja aos 7 anos a 4 projela essa laleralidade no espago; com 8 projeta no outro e acta dos 9 anos, caso esse: sso no ocorra, provavelmente LereMi0s UI 476 mesmo na transpesig. a0 erbio de lateralidade a ser tratado. 9rdtica percebemos as nossas aferencas laterats, &S Ey oh i) 35 Orienta¢ ao Corporal £ uma conduta perceptivo-motora, surge por volta dos 5 anos @ acontece pe maluracao organica e neurologica. A crianga primeiro sente, depois usa o s6 depos controla seu equipamento (corpo) 0 mundo exterior & a via de acesso para a identificagéo e interpretacao ¢ impressdes sensoriais. Fst40 envolvidos a memoria, a concentracao, 0 tonus e dissociagao de movimentos na aprendizagem progressiva do dominio corporal, A crianga $6 sabe do seu tamanhe através das vivencias corporais que realiza com: ‘meio ambiente, objetos e pessoas. @ "E brincando que a crian¢a pode ser chefe, pai, professor e general.” 36 ‘Orienta¢ ao Espacial F através do movimento que imprime ao objeto e ao proprio corpo que a erianga “Sscobre 0 espaco. | la 0 projela e se projeta nessa closcoberta, Estar dentro/fora, em cinma/ -sebeixo, cle ui lado ou de outro vai favor com que ela dimensione e descubra o espago que peer. Para a cnan¢a 2 mundo @ enorme e 0 expa¢e € tridimensional, Orienta¢ao Temporal Polo ritmo das acdes e dos acontecimentos, num contexto de rotinas, & que a seeece acquire a nogao temporal a para Conviver Como antes 6 0 depois. com pesado, presente e futuro. Conforme comentamos anteriormente, quando brinca, a crianga o faz num ‘Seer anterior, pois antecipa os papéis pessoais ¢ os aconte see desejo (de maneira inconsciente, ainda). Fa sua manei ie ac40. [sla envolvido na orientacao temporal 0 “prazer” e 0 “desprazer”. sso nao sO na SSenca, mas tambon no adulto, Tudo aquilo que nos dé prazer parece ser breve perto Se curacao do despracer. imentos que esto em ‘a de se lazer “sujeilo” 37 Nas. tividades infantis 6 comum veriticarmos o quanto a crianga no quer parae de fazer algo que Ihe 6 agradavel, Para ela o tempo nao existe naquele momento o se 0 percebe detecta que cle 6 extremamente curto. J nao acontece 0 mesmo quande em alividades desagradaveis “demora” (do tempo). nessa ocasiao ola fica extremamente aborrecida pela ( AA a i Pe © Tempo para a criangando é 0 mesmo que para 0 adulfo, porisse a infancia Teme ‘wgéncia’, dat ela brincar de ser addulto -10 € futuro anterior 38 BRINCAR HISTORILCO Desde os primérdios da civilizacao 0 brincar 6 uma atividade das oriancas = dos adultos Na anliguidade as criangas participavam das festividades, lazer ¢ jogos dos sctullos, mas tinham, ao mesmo tempo, um ambiente separado para os jogos. Estes scorriam om pragas piiblicas, espacos livres, sem supervisao do adulto, em grupos & criangas de diferentes idades ¢ sexos. Naquela 6poca a brincadeira era considerada um elemento da cultura, do sso. do folclore ¢ do carnaval, Fla era (e na verdade continua sendo) uma spresentagao da vida, modelo em miniatura da histéria e destino da humanidade A brincadeira era o fendmeno social do qual todos participavam e foi s8 bem mais tarde que ela perdeu seus vinculos comunitarios, tornando-se meividual. Com o progresso social da civilizagao verificamos 0 surgimento da sociedade Secustrial moderna ¢ 0 surgimento da sociedade burguesa, que desencadearam dois Setores importantes: - a segrogacao das criancas om um grupo separado da vida es adultos @ a institucionalizacao das criancas, ulilizando-se das atividades Iidicas somo um instrumento de aprendizagem. O brincar transformou-se no trabalho infantil. A infancia tornou-se “educével”, senddo que 0 objetivo basico dos pedagogos dentro das instituigdes e da familia era = & criar um novo homem, Mas, no decorrer dos tempos, pudemos comprovar a necessidade da sectalizagao. Ela 6 @o fundamental no desenvolvimento infantil quanto a nutrigao, cuidados @ atondimento as nocessidades vitais. A crianga que convive em uma comunidade ou instituigao vai, srecressivamente, alravés das trocas com os outros, interiorizando os valores e ‘seeais daquele grupo. Como a crianga vira incorporar esses elementos na sua sersonalidade dependera do carater dessas interagdes socials, assim como da ‘satureza e variedade de trocas sociais disponivois a ola. é "Brinc ar 6 a mae das artes,” ul CONDIGOES fundamental que a crianga tenha tempo para brincar, dentro do seu die a-tlia. Que os afazeres a ela atribuidos the permitani tm perfodo livre de obrigagGes, pos se ela “tem que...” nao 6 brincar. ESPAGO -0 esjyaco & importante, mas a crianga descobre 0 prazer do brincar nos proprios botées de sua camisa. Isso nao significa que 0 adulto nao deva oferecer espacos reservados para as atividades infantis, muito pelo cor ‘rio, a cada dia devemios estar mais preocupados onde a crianga brinca A crianga deve ter oportunidade de brincar na escola, em casa, na rua, et parques e Areas livres. Multas vezes ela nao escolhe o lugar, pois o importante ¢ @ momento. ACOMPANHANTES -Com quem a crianga brinca? Consigo mesma, com outras criangas, da mesmia ou de idade diferente, com adultos. enfim... a companhia é a representagao do Outro na vida da crianga. E em capitulo anterior Ccomprovamos a imporlancia que 0 Outro tem na formagao da imagem corporal ¢ n@ personalidade de cada uma, portanto Ele 6 muito significative no brincar. BRINQUEDOS - Eles podem existir concreta e/ou abstratamente, pois el representam o instrumento do brincar. Nao importa 0 tipo, o material, a fungaeo, a cor, a forma, o tamanho nem a origem crianca é capaz de descobri-lo no proprio corpo. Fle é um meio, uma estratégia, um caminho da crianga entrar no mundo magico imaginacao, de sinbolizar sentimentos ou de representar a realidade. ACAO -Ela 6 0 proprio brincar. Acontece fisica ou mentalmente na atividade Itidlc 0 importante que ela ¢ a pulsao maior do prazer e o simples alo de divertir a crianga a f importante. CARATER -Ele pode ser formal ou informal, isto 6, o brincar sempre tera um fun’ de aprendizagem, independente dos objetivos de cada brincadeira. B ‘Obebé adorabrincar de jogar conversa fora’. falando beste’ ebrincando com sua capacidade de perceber sons e gestos.” 2 EVOLUGAO Com 0 progresso das grandes cidades e a muclanca de habitos que a evolugao dat enilzacXo nos impos, 0 brincar sotren varias: mudangas no decorrer dos séculos. Nas cidadles houne a redugao do espago fsico o a falta le seguranga para as criangas Seincarom. O ritmo da vida moderna fez diminuir 0 tempo reservado para as atividades Scicas. A tecnologia reduzin 0 estinulo a brincadeira ( como por exemplo a IV) ¢ a ‘exlustrializacio modificou a relagao da crianca com o brinquedo. “abe a cada adulto estar preocupado con 0 resgate do espago, do tempo e da ‘seturalidade do brincar infantil, Se isso nao for pensacdo, a nossa crianga sera cata vez mais, -cullo, precocemente responsavel e possivelmente infoliz, Preservar e valorizao brincar espontneo é una maneira de fazermos a nossa historia a nossa cultura, O brincar nunca deixaré de ter 0 seu papel importante na aprendizagem © na lerapia, dai a necessidade de MOS suas transformagdes negalivas © estimularmos a permandticia ¢ exist@ncia (auténtica e espontanea) ca atividade Iidica inant OBJETLVOS Direta ou indirelamente j demos varios objetivos para 0 ato de b 0 que hd de importante na expressao mais auténtica do brincar 6 0 crescimento Sumano saudavel. : A crianga que brinca, portanto vive a sua infancia, tornar-se-4 um adulto muito mais equilibrado fisica 6 emocionalmente, suportara muito melhor as pressdes das sesponsabilidades adultas ¢ tera maior criatividade para solucionar os problemas que be surgirem. Na crianga em que 6 privaca essa atividade, por condigdes de satido, financeiras ‘ew sociais, ficam “marcas” profundas dessa falta de vivéncia lidica. Talvez poderiamos zor que muitos dos problemas apresentados em consullorios médicos ou psicol6gicos /_surgiram pela privagao desse “trabalho” infantil, Cul ¥ ) B Tv @ ababd eletrénica - é receber passivamente informagees e emocées sobre as quais nao se pode fazer nada," u3 eu Lenipo (livre) na realizacao de brincadeiras faz da crianga um ser 10 ligBes de vida que nenhum: alidado nocossari Utilizar do s criativo, responsavel o trabalhador. As tarefas do brincar professor 6 capaz de ensinar, Ussas ligbos, quando ta qui Tuturamente pelas necossidacles pessoais do cada adulto frente a diferentes sititagie A crianga que brinca sera capar der ser 0 inventor, 0 cientista, 0 socidlogo © & filésofo que esta nos fallando para os problemas do mundo e, quem sabe, 0 grand salvador da petri SEGURANCA Acrianga 6 curiosa e imaginativa, esta sempre experimentando 0 mundo precisa explorar todas as suas possibilidades. Sua imaginagao e fantasia lovan-1 muitas vezes, a transformar um brinquedo em arma perigosa, som porceber 0 risco que esta se expondo, Dai a atengao especial do adulto, Quanto menor a crianga, maior a exigéncia de que suas brincadeiras se) supervisionadas e a qualidade dos brinquedos rigorosamente observada. Portas alia’ matorial quebravel, pecinhias mitidas, cordies_perigosos, tintas t6xicas podem estar ¢ brinquedos que escondent riscos, mas que devem ser previstos o eliminados. DIRELTO Conforme a confordncia apresentada na abertura do Il Congresso Brasileiro Brinquedotecas por Vital Dodonet, Vice-Presidente Mundial da OMEP (Organiza Mundial para a Educagio Pré.Escolar), nao ha como so gastar tinta escravenlo sol esse direilo. Como 0 direito de respirar, 6 140 natural, fo espontaneo, tao intrinseco a vida, nao precisa ser objeto de dectaragdes, convengdes ou lis. As pessoas simplesmente respire endo ha porque colocar sso numa li. Analogamente, o brincar é tao esponténco, tao nal {ao proprio da crianga que nao haveria como entender sua vida sem brinquedo. B -Ohomem so é realmente homem, quando brinca," ud Brincar 6 uma alividade nao apenas natural mas sobretudo sécio-cullural, cujo ema comega a ser objeto de interesse dos que fazem politica. A questao esta mais ‘Sedamentalmente na eletivagao desse direito. Ele nao esta sendo cumprido. Muitas Senicas nao brincam, outras brincam muito pouco. Ha duas questdes muito importantes: 0 /empo eo espaco do brincar. As criangas = cada dia tem menos tempo para o brincar, pois os pais as matriculam no maior mero possivel de atividades. Como consequércia elas sao vilimas de stresse bent eeto. £ as cidades estao engolindo 0 espago do brincar e do brinquedo. “Os Jardins ® lnfincia sao cada vez menos jardins @ cada vez mais escolas’. Concluindo, a autoridade acinia nos coloca que 0 direito da crianga brincar 6 eonhecido por unia Gonvengao Internacional; é afirmado pela Constituigao Brasileira, @ 0 inclui entre os direitos que devem ser assegurados com absoluta prioridade; eile lacilamente pelos adultos e 0 que falta - legislagao que obrigue a criagao de espagos e equipamentos proprios para o brincar; - uma politica econdmica que estabelega distribuigao de renda mais equilativa, tornando possivel a todas as familias reservarem a suas criangas 0 tempo da ludicidade; - passar aos pais informagdes e conhecimentos sobre a importancia do brinquedo para a crianca e 0 seu significado para 0 desenvolvimento afetivo, social, cognilivo e fisico de seus filhos. B As crionges brincem ‘de ser’. Brincam para esperar o ser adulto,” us BRINQUEDOS Pode sor uma pipa colorida no azul do céu; uma boneca de pano nos bragos de uma menina ou um caminhaozinho carregado de sonhos na estrada iluminada de fantasias do menino... Fm todos os tempos, para todas os povos, os brinquedos evocam as mais sublimes lembrangas. Sao objetos magicos, que vao passando de geracao a ge com um incrivel poder de encantar criangas @ adultos, Brinquodo 6 tudo 0 quo a crianga utiliza como passaporto para 6 reino magico da brincadeira. Pode ser uma folha caida da érvore, pedrinhas achadas no chao, um pedago de barbante, sementinhas que 0 Vento esparrama pelos campos, papéis usados, um pano qualquer, falas velhas, tampinhas de garrafas, etc. ao, HIST ORICO Estudos arqueolégicos em tumbas funerérias rovelaram a exist@ncia de miniaturas de barcos de madeira e bonecos representando artitices de algumas profissdes, pessivelmente utilizados como brinquedos, 2.000 a.C. No antigo Egito, um milénio antes de Cristo, também foram encontrados vostigios & objetos considerados brinquedos. Criangas da antiguidade, na Grécia, ja brincavam com chocalhos de argila recheados & pedrinhas. Em Roma divertian-se com carrinhos de duas rodas imitanclo os guerreiros, -avalinhios construidos de madeira ¢ pequenas réplicas de animais e soldados. Denire todos os brinquedos conhecidos, supdo-se que o primeiro a encantar 2 crianga tenha sido 0 chocalho, que acompanha a humanidade desde 0 bergo. Segundo alguns historiadores, os pais davam chocathos aos filhios com a tungao de espantar os maus espiyilos. 0 bilboqué também parece ter sido oferecido as criangas pelos adultos como um msirumento de magia o, alé hoje, desafia a destreza de garotos em algumas rogides do Brasil e “O brinquedo é uma linguagem universal que todas as criang¢as do mundo podem compreender.” uq As cirandas, cantadas ¢ recantaclas com 0s mais diversos sotaquies, foram dangas de adoragao a uma Arvore. Aé a bola ¢ as bonecas chegaram as maos das criangas, inicialmento, como elementos de cullo ¢ magia. Cutros, ainda que nao contivessem valor mistica, estavam incorporados ao Colidiano com fungdes especiticas. F 0 caso das pipas (cuja origem seria um artefalo usado 200 anos antes de Cristo, pelo general chinés Hansim para enviar noticia de uma praga sitiada) e dos caminhSezinhos, trenzinhos, moveizinhos, e tantos utensilios domésticos que passaran a categoria de brinquedos em miniatura, A grande diversao das criangas indigenas do Brasil colonial era justamente corer as florestas com arcos, flechas e tacapes imitando os instrumentos que seus pais usavan para cacar animiais, pescar e abater aves de verdade. Tratavase de “visivel alivicade ulilitaria, animada pelo pai, formando 0 futuro cagador e pescador”. Muitos brinquedos surgiram dessa criativa cumplicidade. De um lado 0 espirito infantil, buscando/desenvolvendo, a seu modo, formas de expressiio, exploragao, manipulagao, socializacao, diversao, projegao, verbalizagao, locomogao e prazer. De outro, a habilidade artesanal, transformando madeiras, motais ou argita en objetos aos quais as criangas derani a fungao liidica. EVOLUGAO Os primeiros brinquedos que as criangas ganharam surgiram no proprio ambiente faniiiar. Eram bonecas de pala, argila, ou pano, cavalinhos de madeira, bolas rudimentares @ carrinhos de lata confeccionados artesanalmente. No sécuilo XVIII apareceram as oficinas especializadas. Sua producao, de inicio, era praticamente artesanal, mas pouco a pouco o trabalho manual foi e "Nao sabemos responder com preciso porque alguns brinquedos nos fascinam e até nos remetem a esfera ou lembrancas remotas, sensa¢des e emocées engavetadas em algum canto da nossa memoria, Imagens ancestrais, arquetipicas, que transformam brinquedos em quase-mitos.. brinquedos - lembrangas, eternos, sempre atuais.” 50 edendo lugar as maquinas. As matérias-primas naturals foram substituidas pelos Sintélicos © os produtos sendo feilos em série para alender a demanda de consumo. Depois de submotidos as linhas de montagom, os brinquedos comegaram a se ornar Gada vez mais sofisticados, dotados de luzes, sonorizadores r especiais © até micro-processadores. ; {ssa escalada, combinada com 0 processo de urbanizagao e a poderosa influéncia da televisao, alterou a relagao entre os. jangas. 0 prazer de se construir os. proprios brinquedos, exercitando a brinquedos @ as ci itividade, a miaginagao, perdorese diante da presteza da indristria. Ae pipas ja sao produzidas em série, prejtudicando Jementos originais, como o ritual de amarrar as varelas cruzadas. A uma crescente — industrializagao ontrapdenrse, entretanto, a atividade dos ariesbes. Sao homens e@ mulheres, de todas as iades, diplomados em faculdades, ou que mal trequentaran salas do aula, cuija altiagao resgata 0 modo de produgao dos brinquedos na sua forma mais original ¢ valoriza os aspectos culturais, Dé aos, utlilizando elementos simples, materiais reciclados e sucalas, saem pipas, cata-ventos, arrinhos, bonecas, marionetes, pernas de pati ¢ tantos outros que constituem miportante acervo da cultura popular. Movidos, sobrotuclo, polo prazer de semear a alegria, os brinquedos fazem brotar felicidade em toda parte. Por onde passam eles doixam sua marca. Bonecas & bichinhos cada ver mais fofinhos, pipas para voos arrojados, cataventos, carrinhos, marloneles-fantasmas @ outros objelos, sem ter prop promoven o livre brincar, de preferdncia sem regras, sem imposigies. Podlom ser brinquedos simples, ou até rudimentares diante de alguns padrdes estélicos impostos pela sociedade, mas sao eles, com sua originalidade e criatividade que evocam as melhores lembrangas da infancia de cada um, resgatam o auténtico sSniticado do brincar, preservam valores e tradigdes da cultura de um povo. ente a forma de brinquedos é “O brinquede é tao importante para acrian¢a como o almento, pos énarelacdo com ele que ela elabora asua imagem corporal” SI DEFINICOES Camara-Cast de brinear. Pela nenhum objet cudo - “6 0 objeto com 0 qual se brinca ¢ também a propria agao 10 pode-se dizer que o pegepoga no quall dio se utiliza bri Acou M. Aradjo - "6 0 objeto com 0 qual a crianga se diverte sem que haja uma dlisputa. Quando o civertinento envolve competigao entre dias ou mais criangas, como bolinha de gude, ten-se a brincadeira”. Pierre Calmantes procura estabelecer una definigao entre brinquedo e jogo: “Lima bola, por exemplo, se brincarmos sozinho com ela, teremos 140 somente un brinquedo, se porém, a langarmos a ias pessoas, leromos constituido um jogo” Mario M. R. Maillard, segundo a mesma inna de pensamento aprotunda a definicao: “Pode-se (le modo geral, distinguir 0 jogo - que requer varios participantes, todos submetidos aleis bom dotorminadas- do brinquedo, objeto individual a partir do quel a imaginagao infantil ria regras essencialmente momentaneas, variaveis ¢ vantajosas” Juliette Raabe. “Nada permite atirmar categoricamente que determinado tipo de comportamento 6 jogo ou que determinado tipo de objeto 6 brinquedo. Qualquer julgamento neste campo esta impregnado de subjetividade. 0 mesmo objeto - um martelo ou um serrote por exemplo - pode ser ferramenta nas maos de um carpinteiro ou distracao para os adultos que os utilizarem com fins meramente recreativos” Henri D’Mlemagne - “0 brinquedo corresponde a uma das necessidades da vida social. Onde estiver a crianga la estara 0 brinquedo, que 6 0 primeiro instrumento da alividade humana”. Laurence Frankconsideroti“o brinquedo a mais refinada forma de educacao, capaz de deserwoher iniciativa, imaginacao e interesse, aléni de ser o mais completo dos processos educativos, j4 que influencia 0 intelecto, a parte emocional e o corpo da crianga B ‘Brinque para que voc é possa Ser sério.’ 52 IMPORTANCIA brinquedo 6 a ferramenta do brincar infantil Tuco aquilo que estimula a crianga a descobrir, inventar, analisar comparay Sterenciar, classificar, otc. 6 sem clivida muito importante na sua formagao geral © conhecimento infantil - e isso o brinquedo 6 apaz de fazer... © muito bem, espontaneamente, sem compromisso o obrigatoriedade, He 6 sem diivida tim elemento do interesse infantil, portanto promove a atongao © concentracao da crianca, induvindo-a a criatividade @ ao conhecimento de novas stuagbes, palavras ¢ habilidades. VALOR Como tudo na vida, o brinquedo tem seu valor que ¢ diferente entre a crianga © 0 adullo, Para alguns adultos 0 prego 6 0 que importa, ja para as criangas isso nao passa de um detalhe, que muitas vezes deixa de ser considerado. A maneira que a crianga tem de conhecer e explorar é destruindo © construido, assim ela aprende como 6 feilo ¢ investe-se a criar. Muilas vezes isso Semonstra ao adulto que a crianca nao dé o minimo valor a determinados Seinquedos. 0 valor que a crianga da ao brinquedo & comandado pela sua sensibilidade, emocao e afolo. F comum nao valorizarmos uma tampinha encontrada na gavola de uma Fanca ¢ resolvermos jogdla fora. Como isso pode magoéla.... $6 ela pode dizer 0 que aquela tampinha representava. 0 adulto nao tem o direito de invadir a privacidade intaniil Ao mesmio tempo muito do que a crianga v6 0 adulto fazer com 0 brinquedo serve s& modelo de conduta para ela. Se ele demonstrar interesse, cuidado e aleto pelos Seinquedos, provavelmente a crianga o trataré da mesma manei ® cuidados © 0 7élo para com seu objeto de prazer, com certeza ela os guardara manter’ sempre em ordem para vollar a utilizé-los. . Se the for orientados é “A criang¢a compreende antes de falar, i antes de escrever e desenha antes de ser alfabetizada,” 83 TIPOS Nomenclaturas @ classificagdes & parte, ha os brinquedos de valor intrinsece onaclos por artesdes, pelas proprias criancas, ou indtistrias, com a fun NCA especitica de ser brinquedo: boneca, bola, pido, bolinha de gude, perna de pau, calavento, pipa, carrinthos. Ha os que se transforma em brinquedos py nia confecgao especitica: corda, balanga, gangorra. E aqueles que independem de qualquer objeto, existindo em fungao da espontaneidade: esconde-esconde, pegapega, mao-da-rua, tudo-que-seurre-mandar. também chamados de brincadeiras. 40 eles que compoem para criangas (adolescentes, adultos @ velhos) 0 infinite universo lidico. contec agao criativa, independente de BRINQUEDOS & DESENVOLVIMENTOINFANTIL Com toda @ importancia que mostramos do brincar no desenvolviment psicomotor, nao poderiamos deixar de mencionar a importancia da escolha brinquedos em relacao a cada faixa etaria. Quando falames de deserwoh mento infantil lembramos, com certeza, de Piaget. Os est descrilos por esse importante estudioso nos mostra as leis: que regem o desenvolvimento hunian Em fungao disso devemios respeitar 0s interesses ¢ apliddes das criangas em relagao a fase que-se encontram, quando Ihe damos brinquedos ou the propomos atividadles kiicas, Experiéncias sdo retratadas no desenho infantil; em cada idade, wn tipo de represent: Su No poriodo sensério-motor, de 0 a 24 meses, a crianga passa dos comportamentos reflexos aos automatizados © chega aos voluntarios, num constante crescimento fisico & mental. E um periodo de grande exploragao do espago dle enormes descobertas. Nesse estagio os brinquedos devem promover a facilitagao dessa evolucdo motora, como os de encaixe, cayalinhos, velocipedes, etc. No periodo de operacdes conoretas, encontramos por volla dos 2 aos 4 anos. ¢ estagio pré-operacional, pré-conceittal, onde us melhores brinquedos sao representados pelos de empilhagem, encaixe, modelagem ¢ construcao. Lego Dos 3 aos 5 anos a crianca atravessa uum periodo de grande criatividade, ela dramatiza 0 seu dia-a-dia e coloca sua fantasia em quase todas as siluagdes reais. Nessa fase 0s carrinhos, bonecas, ulensilios s&o os personagens do brincar. 55 Ja no periodo pré-operacional, intuitive, dos 4 aos 7 anos, iniciasse uni actimulo de conhecimentos. JA ha maior atongzo ¢ concentragao em suas atividades. que so mais sociais, pois a crianga comoga @ perceber ¢ aceitar rogras o brinca mais em grupo, Aqui os brinquedos so assess6rios da criagéo, como os de is de desenho e modelagem, jogos & construgao, com pegas pequenas, materi ferramentas. No periodo das operagdes concretas, de 7 a 12 anos, @ crianga passa de concreto para 0 raciocinio abstrato ¢ ja domina completamente sua motricidade. Os brinquedos sao representados pelos jogos de raciocinio, memdria, compeligao. destreza e teatro. — 56 No periodo das operag formais, dos 12 anos pm diante, os interesses sao ndividualizados, portanto os brinquedos deverao ser escolhidos em fungao das habili lades, esportes para as criangas “moloras” e jogos estralégicos para as intelectuais”. HA Video Game CLASSI FICAGCAO As classiticagées de brinquedos sio tao numerosas que seria impossivel itarmos todas elas, Algumas classilicagées chegam a ignorar totalmente a funcao do jogo & classificam o brinquedo pelo brinquedo, como objeto de colegio”. Acreditamos muito (itil e pratica a classilicagao de André Michelet educador rancés) que nos olerece uma ctassiticag: 0 psicologica (por alegorias de valores com fungdes educativas) e uma classil agao por familias de brinquedos Na Classilicacao psicolégica os brinquedos sao selecionados para o desenvolvimento corporal, intelectual, afetivo, criativo e social Na classificagao por familias, 0s brinquedos sao selecionados para: S7 58 - a primeira idade e atividades sensério-motoras ? ®- ~e V Boneca - Ursinho - Bolo ~ alividades fisicas Barco = reproduzirem o mundo Wécnico +0 desenvolvimento aletivo - alividades criativas Fontoche = relagbes sociais B 'O faz de conta é 0 ensaio do ser. 60 SUCATA O material magico Na Sociedade consumista em que nos encontramos, podemos verificar que a importancia do material utilizado para @ fabricagao de brinquedos precisa ser ropensada. Nao s6 pelo fator financoiro, mas também pola seguranga e satide de nossas riangas, Aualmonte se fala e se tenta fazer algo pela ecologia e 0 meio ambiente. Paroce haver, no pensamento de algumas pessoas conscientes, uma preocupagdo f muito importante a participagao da crianga nessa situagao, pois ela. senido um futuro cidadao, deve comecar a cuidar da qualidade do mundo que a erca. om 0 “lixo’ Independente disso, a matoriais como se fossem verdadoiras i6ias preciasas. Muitas vezes os adultos alé as niagoam, quando nao dao os mesinos valores a lais obietos Aproveitando essa capacidade infantil, podemos mostrar a crianga um pracesso Je transformagao - 0 trabalho de reaproveitamento co lixo natural ou industrializado, promovendo sua criatividade na fabricagao de objetos Iidicos, ulilizaveis en dliterentes; brincadoiras. . Com isso estaremos contribuindo para a lormagao dossa crianga, colocando-a frente ao trabalho artesanal, incentivando sua imaginacao, estimulando seus sentidos, rianga 6 por natureza detalhista, valoriza pedacinhos de aprimorando suas habilidades. Dado a sittiagdo natural da expot a suicata como material Kidico ou de valores sociais, em relacao ao brinquedo. Pois com a sucata ninguém tem do de quebrar > brinquedo, faz-se outro, até mesmo melhor e mais interessante. Rolhas, palilos, copos descartaveis, pedacos de papéts, ete., Sao, muitas vores, jegadlos ¢ desprezados como lixo, mas podem se transformar em obras de arte (adulla ou infantil). Sao materiais que recebem uma magia muito especial, quando passam a fazer parte do mundo infantil. (cdo infantil, no destruir e construir, a utilizacao ‘ago proporciona a crianga uma mudanca de é ‘Era uma vez acaneta de meu avé sem tinta, sem tampa, que eu, uma bomba,transforma logo no corpo da boneca Zamba...” él UM BRINQUEDO CHAMADO AGUA Ha uma casa de guia no interior de uma mulher gestante, O habitante 6 um ser especial que se desenvolve a cada instante, massageado por unt liquido nutrtivo, Le ouve v6, fom paladar e sente dor Ao trascor esse ser “erianica” perde grande parte de sua relagao com a Agta, atid 0 seu habilal a partir de enldo passa a sor outro, Mas 1 [a ler sido o moio de sua primeira morada, a Agua é um elemento Césmico, uni brinquede fas 10 podemios esquecer que alin de: jante © LM meio prazeiroso de estar, As vivenncias no meio liquido s4o enormes descobertas cinestésicas, A agua lem densidade, lurbuléncia, pressao, tricgao e brinca conosco o tempo todo: ~ quando tentanios pegitla, ela escorre entre os dedos, nos acariciando e brincando dle escapar: = quando nela mergulhamos nosso corpo, ela nos envolve ¢ logo nos pressiona para Oar, como se nos jogandlo para cinta; = quando imerginos podemos ver um outro mundo, uma visdo toda distorcida, engragada ¢ chia de curiosidades: 05 sons sao nela diluidos, modificados ¢ 11 estrantianiente gostosa nos invade; sensagae quando lontanios moldéa ola até suporta a forma que the imponos, mas assitn que the firamios o molde volta a sor un liquido magico; & ~ quiatio sollamios nosso corpo, ela tos carrega, envolve, embala num carinho especial Irés quartos do globo torrestre sao agua. 116s quartos do corpo hauntanio sao liquid Um homen: morrera mais rapido se the falar agua que alimentagao, pois ela 6 tun dos: olementos essenciais para sta subsistoncia Apesar de todo 0 progresso do século XX, ainda nao foi possivel ao homem criar e °O bebé é um intronauta -na barriga da mae somos animais invertebrados 62 em substituto para a agua. As oxperiéncias que a agua nos oferece nao tem medida. £ um ambiente Silerente que traz consigo novas formas de conhecimento ¢ relacionamento com o espago © com os outros. Na gua ficam alterados todos os limites corporais @ motores. Necessitanios nos adaplar polissensorialmente, reequilibrarmos nossa postura ¢ nos reorganizarmios no espago eno tempo. Em terra (solo/ar) encontramo-nos em posigao vertical para deslocamentos, ja fa Agua teremos que adotar uma nova posicao. a horizontal, para nos dosto rapidamente, mais Nola nossa respiragao sera allerada, sendo necessario reaprendermios a inspirar e expirar, De todas as formas de exercicios, para manter 0 bem estar fisico, os mais aconsolliiveis, proprios para qualquer idade © qualquer {ipo fisico, so os exercicios dentro da agua. Cientistas, sempre ansiosos eni contribuir para com o saber e 0 bem da humanidade, observam na agao da 4gua sobre corpos doentes, timo auxiliar de cura e, assim, desenvolveram a hidroterapia. F sabido que, imediatamente sobre a superlicie da agua, 0 ar 6 mais puro, pois @ unidade absorve as impurezas tlutuantes no ar. A agao dos raios solares 6 mais eficiente quando em combinacao com a gua. O corpo imerso na Agua recebe a acao salutar do movinento da propria agua, que age como verdadeiro massagista. F quando nela estamos ent lugares olerecidos pela propria natureza, ainda tomos o siléncio ¢ a boleza do panorama de rios, lagos ¢ mares Arrelagdo com a agua 6 lao envolvente que verdadeiros rituais transtormam esse Sringuedo no Maior do planeta | Agua - 0 maior brinquedo da terra 63 CRIANGCA & AGUA onto da crianga na Agua 6 0 da adaplacao, ras propriedades dese meio liquide, enchendo © esvaviandlo recipientes, balendo as maos, os pbs, espirrando agua, molhando as mesma e aos colegas, lavando brinquedos, ulilizando as atividades que ja the sae familiares, que ja fazem parte do seu di Tim contato com im volume maior de Agu, por exemplo numa piscina a crianga sente a densidade, a forga 6 0 movimento que a Agua imprime sobre corpo. [a tenta equilibrar-se eo adullo que estiver ao seu lado deverd dar-l contianga para explorar esse novo meio ambiente, ulilizando miisicas ¢ brincadeir familiares que, aos poucos, deixar-the-&o @ vontade. Numi segundo momento a crianga podera experimentar a posigao horizon do corpo, [la que ent terra tem que se adaplar @ se equilibrar na posigao vertic (bipede), tera que adotar uma fova posigav para futuar e se deslocar na ague Iniciara pola cabega, que em terra aponta para o alto ¢ olha para a frente e 1 Agua, aponta para a Irente e otha para baixo, na posicao ventral ( quando ini se a adaplacao polissensorial) e na posicao dorsal, onde a cabega aponta para tr ¢ olha para cima (quando Irabalha-se as sensagdes labirinticas © cinestésic posteriores ao corpo). Qs destocamentos que estavam sendo estimulados, primeiramente na posi¢ vorlical (pedalar ou caminhar), passant a ser estimulados na posigao horizontal, co auxitio do adulto ¢/ou de materiais que oferegam mais firmeza que a agua e que 08 poucos vao sendo retirados alé que a crianga mantenha seu corpo esse posigao, sem tensdes, Ja estanco livre de auxitios, & hora de explorar os movimentos e as posicdes que facilitan a futuacao e 0 deslocamento. { 0 momento de vencer a resisionae da agua e mergulhar mais fundo, controlar a respiragao, inspirande tora © expirando dentro d’agua. Coin 0 dominio da agua a crianga ja economiza energia, apresenta postiras mais relaxadas © movimentos mais amplos ¢ coordenados. Com confianga ela pode Bra dgua é o ber¢o do nosso desenvolvimento.’ ou 14 Volla 0s outros, que estiveram presentes desde 0 pr Surge entao 0 grupo, dai a ao a aprendizagom percebor a ua a ab sewializa orvia Lanto que nao era possivel noté-t Ao, nascendo assim as brincadoiras - e por que n A presence do adulle traz seguranca 4 crianga, quando na dgua. 65 BRINCADEIRAS Vier 6 uma grande brincadeira represontamos papsis, ganiamos e perdemes, mes forma ‘com. que pavticipanios dela 6 diferente da visao que tima erianga tem desse reino Fabuiloso, Para a crianga a brincadeira gira om torno da espontaneidade e da iniaginagaio. Nao depende de regras, de formas rigidamente estruturaclas. Para sungir basta uma bola, um espago para correr ot umn risco 10 cha Criadas « recriadas @ todo momento, dean estampadas rio rosto de cada crianga um sortiso quo desperta nos adios aque desejo iroquente de vollara ser crianca...e-brincar, mas claqqiole jot. A.crianca constréi sua personalidade brincando. A brincadeira 6 uma paroela importante: cla sta Vida, Para o aduito as experidncias tanio extemas como intenas podem ser férteks, mas para a crianga essa riqueza enconirse princalmonte na brincadeira e na fantasia. ‘Na altiaco com brinquedos, a crianca cria normas e fungdes que apenas tem significado agua relago especiica. Para a crianga 0 brinquedo o a brincadeira representa uma paste do mundo que ela conhocn, so os personagens dle sti historia alta, que irdo tomar novos papois mais tarde em sta vide. No universo Itidico tudo pode divertir e ser divertido, transformar-se em brinquedo ou brincadbira. Tudo pode signiticar a busca islada de novas descobertas ota troca de experiéncias no cotnivio com outras, criancas. BRINCADEIRA OU BRINQUEDO ? Nas alividades infantis, as criangas agem sozinhas ou em grupos, criando, scriando, correndo, pulando, utilizando ou nao de “brinquedos”, mas levando a sua vida numa brincadeira. Muilas autores se dividem quando classificam essas alividades em brinquedo ou em brincadei PIO Alsi da forma, 0 pido precisa de equilibrio e perfeita harmonia entre as trés partes que 0 compdom, chamadas de cabega, barriga e ferro (em alguns estados: castelo, costela ¢ bico), Bp & ‘Abandone a logica do adulto e pense como crian¢a.” 64 Anliganionto os pides eram fellos por artesdes, mas alualmente est industrializados. A madeira tem que ter textura e cor para deixar 0 brinquedo atracnie, ser macia para facilitar 0 torneamento, mas rigida o suficiente para resistir ao golp pontiagudo de outros pides - numa brincadeira, CARRINHOS Desde versdes miniaturas das bigas estiveram sempre presentes na vida infantil da humanidade. Os modolos variam conforme a epoca. Os materials também podem ser os 1 diversos, da madeira e da lata a sucala. 0 dotalhe de cada um 6 da responsabitidacle de seu artesao. Muitos reprodut fielmente um carro original, em cada pega, em cada elemento. Quem nao gosta dessa brincadeit usadas na antiguidade, os cartinl a et vl Cominnao CAIAVENIOS Senipre ao vento propor que adultos & O material necessério é simples: um pedago de papel quadrado, de preter dnc bem colorido, uma vareta com um pedago de arame fixado na ponta, dois retallios de papelao grosso, do tamanho de uma mooda - pronto... eis una brincadeira. Esses brinquedos populares se transformaram em brincadeiras, que alualmer precisamos resgatar. A simplicidade ¢ os momentos de alegria e prazer que o' proporcionan as criangas so altamente enriquecedores na sua formagao, a nivel social mental @ fisico. nando alogria, 0 cata-vento 6 um desses bringued ‘iangas podem fazer em casa, & qualquer momento g "Na crian¢a encontramos a intui¢ do, a criatividade, 08 impulsos espontaneos e a alegria.” 70 Alotra da iniisica que animava a garolada potiguar, enquanto Joao Bicude matreiramente arrumava a sua vida, 6 mais simples ent relagao a que se conhiece no restante do pais: - Boca de forno! - Forno! - Tirando bolo! - Bolo! - Onde eu mandar? - Vou. ~ Remandinha, remandinhal ~ Quem for naquele posto, bater © chegar aqui por {itimo, apanha tum bolo! Cantavam entre uma corrida e ultra: Boca de forno - crianga entregando a prenda. Outra brincadeira de grande popularidade em que as mtisicas retratam os valores de cada regido 6 cobra-coga, ott cabra-coga, Aquola que de olhios vendados com un tengo, tem que caplurar alguém ao seu alcance, movimentando-se as escuras, Costumase porguntar a cabra-cega de onide ela vem 0 que carrega. As origenss as quais as nutisicas se roferem podem ser um estado, uma cidade, um quartel, ania vila ou 0 sertao, As prendas: ouro, prata, cravo, canola, tuba, molado, far dependendo de cada lugar. ha, roquoiizo, Com letra (ini fundamental na exter a Ol Vi iS versoes, a miisica desempenha um papel 10 do Universo Itidico porque multiplica infinitamente. as possibilidades do brincar. Além de existir nas cirandas, brincadeiras entre meninas, batendo as palnias das maos, em que o nimero de participantes, 0 ritmo, ou a sequéncia dependem exclusivamente de acompantiamento musical sao encontraveis nas 72 Pular_corda 6 mais animado quando s mi versinhos para = "Aga - AA ~ Galinha quer botar = Tiga - tgs ~ Mamie me dow uma surra - Hui parar no Tete = Por quid, por qui - Por causa de voce = Sendo, senao To dou um beliscao”. Pular-Corda 8 “Tempo de infancia - que bom se pudéssemos segurar o tempo de modo que pudéssemos guardd-lo para sempre.” 73 bola na parede e pegar de volta, em siléncio, nao é 0 mesmo que fazer esses movinentos cantando: - Ordem, - Seu lugar om rit - Sem falar - Deum pé - Ao outro. ~ Do uma mao - A outra - Bale palma = Pirueta - Maos cruzadas = Queda, mM Até 0 tradicional lengo atrds, também conhecido como roda de tengo, ganha um novo atrativo se a crianga, que vai jogar o lengo, canta para a roda responder: - Corre cotia - Na casa da tia - Corre cipd - Na casa da v6 - Lencinho branco = Cait no chao - Moga bonita = Do meu coragao = Posso jogar? - Pode. Mas nao 6 por falta de mtisica que a crianga deixara de brincar. Ela tem espontaneidade e criatividade suficiente para interagir em muitas outras brincadeiras: pega-poga, currupio, mao-na-mula, esconde-esconde. ‘A imaginagao oa... e nas maos das mais habeis no manejo de ferramentas criangas juntam madeira e se divertem construindo perna de pau, carrinho de rolema. Se a habilidade nao chega a tanto, madeira bruta bem escolhida oferece os apetrechos necessarios para se jogar taco. Com duas latas iguais unidas por um cordao criase 0 6 de lata. Cinco pedrinhas de tamanho proporcional formam um jogo, qualquer caco de telha, carvao ou giz servem para riscar uma amarelinha no chao, tabuas lisas sobre um monte de tijolos funcionam como gangorras, um simples bolo com um barbante airavessado por seus furos j4 6 brinquedo, 0 currupio. Se nao hover bolao, s6 com 0 barbante brinca-se de cama-de-gato... 15 Amoreinha Onde existir uma crianga, sempre havera alge bola, uma boneca, um carrinho, ou um pi 0 direito de brincar, de ter ¢ compartithar brinquedos, esta na essénicia do see crianga. a7 parte das tradigdes, cla cultura ¢ lalvez soja 0 mais importante legado de humanidade na brincadeira, Jamvais fallara ewe a “AS crian¢as bricam porque tem excesso de energia.” 76 EVOLUGAO Abrincadeira surge na vida da crianga jé no titero da mae. Os movimentos rellexos arcaicos podria sor considerados como respostas ostinuladas por sensagdes prazcirosas, Quando bebe a crianga se diverte como proprio corpo. A caracteristica ca atividade kidica no primeiro ano de vida 6 0 “exercicio”, descompromissado, de seu corpo em relagao 20 mundo de pessoas ¢ de objelos que a rodeia. partir do segundo ano, o brincar 6a maneira da crianga evocar a sta realidad, El simboliza o mundo, atribuindo fungdes aos brinquedos, representando papsis, conversando como amigo imaginatio, mitanco os animais, enim viaiando na fantasia 44 por volta dos 4 anos o simbolismo infantil comega a se aproximar da realidade, uando a crianga imita 0 aduilto 01 até mesmo a si prérpia, através dos brinquedos. Da banho na boneca, cuiida dela como 6 cuidada pela mano... relaciona-se com a bola como num jogo de futebol que o papai assiste, etc Boneca Quando a crianga ja insere-se no mundo social e desenvolve seu aspecto cognitivo, elabora jogos «le construgao, passando da fantasia para a realidade. Nesse momento ela passa clo individualismio ¢ do egocentrismo para o Companheirismo e cooperativisto Entre os 7 @ os 11/12 anos ha um enriquecimento de sua socializacao @ 0 seu jogo passa a lor regras 0 ola a respeité-tas, Nossa evolicao da brincadeira poclemos veriticar que a ct ca passa dle uma sittacao de livre escolhia para a priorizaedo dos interesses de um grupo. Dai iniciao seu prepare para ser adullo © cidadao numa sociedade. B ‘Acrian¢a aprende aquilo que vive.” 7 JOGOS Brincando, a crianga desenvolve suas capacidades fisicas, verbats o intolectiais Quando a crianga nao brinca ela deixa de estimutar, ¢ alé mesmo desenvolver suas capacidades inatas e pode vir a ser um adullo. inseguro, medroso © agressivo. J quando brinca a vontade, tem maiores possibilidades de se tornar um adullo equilibradio consciente @ afetuoso, Os papéis masculino e feminino na brincadeira foram explicados por Freud, ne medida em que as criangas in Ihe sao passadlos como modelos. 68 seus pais & os padrdes de comportamentos que Portanto brincar, brinquedo, brincadeira e jogo se confundem no processe de aprendizagem humana. Entre os animais 0 jogo acontece em trés situagdes: - de motricidade - onde os filhotes interagem na busca de equilibrio © lortalecimento de sua musculalura - de comportamento - sextiais, quando os animais procuram alrair seus parc = ontre animais jovens ¢ adultos, quando tentam a integracao ne grupo. Devemos saliontar que existe uma grande diferenca entre essa atividade tos animais e nos homens. Em ambos os s ha a liberagéo de energia vital, mas enquianto entre os animais 0 jogo destina-se a atingir um determinado fim, nos homens 0 jogo 6 onriquecido polo simbolismo e a regra, caracteristica importante de aniniais superiores. 0 valor do jogo reside nas trés fngdes que ele sucializacao e aprendizagem. 0 jogo e a brincadeira na infancia estruturam-se no movimento. Este tem come fungdes: a exploragao @ retagao do corpo ¢ dos objetos, os sentimentos e as emogoes. Accrianca, dessa maneira, estabelece conceilos, interage com os objetos © as pessoas favorecendo @ conunicacao e a intoligéncia, dai o pensamento ¢ a aprendizagem viren como resultado importante desse brincar, : wvolvimento 2 ogar é aprender, estar junto, conhecer o meio ambiente, cooperar,” 18 Coma potigao de experiéncias, polo simples prazer, a erianga se educa, Esse proceso se inicia com a imitacao, decorrente do exercicio de repetigao (¢ 0 jogo se rege pola loi da repeticao), Da imitacao que desaparece para dar lugar ao simbolico (0 fazle-conta), cede-se lugar as regras. Estas irao indicar a crianga que as coisas nao estao prontas ¢ acabadas. Ha obsticulos a serem superados ¢ 0 tempo de cada um é diferente ¢ deve ser respeitadto, Dessa manera 0 jogo constitul uma forma de preparacao para a vida adult CLASSI FICAGAO Ha muitas maneiras de classificar 0s Uma dolas 6 0 sistema FSAR, um instrumento de classi e analise do material de brincadeiras. Apoia-se teoricamente nos estudos de Piaget ¢ identifica Tamiiias (le jogos por condutas cognitivas o alotivas, habilidades funcionais e de linguagem e atividades sociais, Gostariamos somente de ilustrar colocar aqui 0 contetido da classilicagao de jogos. por familias: Iradicional Seu valor & cultural, acdia a antigas brit gistra a historia de um povo. Adapta fatos do nosso dia- ‘adeiras, presenvando as informagées folcloricas (ex.: cabra-coga). Lxercicio Onde o sistema sensitivo 6 allamente requisitado, a nivel tatil, visual, cinestisico, olfativo e gustativo. Mas nao deixa de entrar em aco toda a motricidade infantil. (ex caixa de miisica). loi Simbélico Nesse jogo a crianga deixa aflorar sua imaginagao, assumindo papeis, representando personagens ¢ reinventando historias (ex.: fantoches). oO Personagens ve desenhos infant ua Televaao B Os jogos da crian¢.a sao sua mais séria oc upac.ao.” 80 Construgao Aqui temos os de acoplagem, ordenagao © montagom. Nesse tipo de jogo a crianga desenvolve nao sé sua habilidade manual, mas também sua imagina inteligancia (ex.: Lego). aan oso Educative Aqui, normaimente, 0 tema nao ¢ livre. Sao estabelecidos contetidos para induzir aquisicao de conceilos como formas, tamanhos, cores, eto. (ex.: quebra-cabega), Regras Que podem ser simples ¢ complexas. Traduzem para a crianga 0s limites pessoais © sociais da vida humana, (ex. xadrez, volei, etc.) \ a4) { Tabela de Basquete 8 A forma de brincadeira infantil pode mudar durante 0 seu desenrotar: quai a crianga brinca (0 tempo), onde ela brinca (0 espaco), com quem ela brinca (os parcoiros), o8 objetos do brincar (bonecos, bolas, 6 sempro 0 praver. Historicamente 0 contetido social da brincadeira pode: mucar, mas nascar criangas om qualquer canto do planola, elas agirao igual: brincando de mano-flhinlia de bola, de futebol, de queimada, de construir casas, castelos, pontes. Lnfim, dentro de cada faixa elaria, 0 jogo da crianga responce sempre as mesmas caracteristices Inidicas. Icalas ole), mas a essincia sera é "A arte de trabalhar bem uma raga civilizada acrescentaria a arte de jogar bem,’ 82 BRINQUEDISTAS E-ha situagGes em que a presenga do adulto impde limites na atividade infant Nossas circunsténcias 6 necessario que tudo seja realizado com muito aloto, sem agressdes, comparacoes, inibicdes ¢ humilhacoes 0 brinquedista 6 aquele adullo que tem muito amor para dar, esta sempre bem: humorado, nao se deixa alingir pelo cansago, 6 comumicativo e paciencioso com a inquietude infantil, respeita o tempo de cada crianga, permite e valoriza as stias iniciativas. muito importante que o brinquedista entenda que a crianga esta, alrav aprendendo e aprendendo muito, Portanto muitas vezes ela precisa ser estinuada @ percober © observar onde estio as solugdes dos problemas surgidos. Algumas condutas que tomam a participagéo do adulto positiva junto as atividades: Nidicas infantis sao: - olerecer @ crianga brinquedos que correspondaml as necessidades de sea nivel de desenvolvimento fisico ¢ mental; - estimular a livre iniciativa da crianga, mas estando disponivel a ela se necessitar; motivar a crianga a participagao espontanea, encorajando-a e elogiande- a, som intantilizécla; - induvir sutiimente, sem conduzir a atividade Midica, identificando & momento que deverao surgir novas propost reduzir ou aumentar as diliculdades ne ~ nao chegar no limite da crian medida do interesse dela; - olerecer oportunidades para a c surgidos, respeitando o tempo dela; e janca lentar resolver os problemas ~ aiuuclar a erianca quando ne que dovera ter na brincade silar, mas sem livré-la da responsabilidade e °S© aprendemos nos divertindo,” 86 Sobre o trabalho dos brinquedistas Lazarine Bergeret diz: “Esta profissio, a qual néo se choga através de um diploma mas por comiceao, requer um sélido olimismo” Oadulto deve ser presente, a nivelemocional, intelectual, motor, afetivo e social, 87 RECREADORTERAPEUTLCO € aprofissdo que existe, na fungao de brinquedista, para aqueles que ja nasceram ou foram acometidos por problemas fisicos ou mentais. Para os que vivem em comunidade e nao estéo em tratamento, 0 tempo livre torna-se outro grande problema, pois, provavelmente, essas pessoas nunca tenhane oportunidad de aprender nenhum tipo de atividade onde sintan-se capazes ao lazer Para as criangas especiais, as oportunidades de auito-expressao, de crescimenta conhecimento e experidncias sociais sAo quase nulas, ainda mais se, em virlude das suas deficiénoias ou diferengas, nao tem oportunidad de se engajarem em programas de recreagao ou atividade de lazer com as criangas comuns. Para auxiliar esses individuos e principalmente as criangas nessas condigées & que existe 0 profissional de Recreagao Terapéutica, 0 qual trabalha todos os aspectos desses problemas através de atividades de lazer. Sobre o lazer 6 interessante colocarmos a definigéo especial dada por Antonie Bramante: “0 lazer se Iraduuz por uma dimensito privilegiada da expresso humana materializada através de uma exporiénoia pessoal critica, de prazer, que nae se repele no tempo. Fla 6 determinada, predominante- meme por uma grande motivacao intrinsica e realizada dentro de um contexto marcado pola porcepcae: do liberdade. F folta por amor, iranscende a existoncia e se aprimora a um ate de fé. Sua vivéncia osté relacionada, diretamonte, as oportunidades de acesse aos bens culturais, os quais sto determinados via de regra, por fatores sécio- econdmicos @ inlluenciados pelo meio ambiente. Com 0 auxilio do Recreador Terapéutice alguns podom aprender ¢ rocrear, escolhendo 0 que fazer durante o tempo livre; outros podem participar de programas que levem em consideragao stuas deticidneias ou limitagdes em particular © outros podem aprender sobre como usar as alividades de lazer como moio de aulo- exprossio ¢ salistacao. m0 se "Os rudimentos do conhecimento So transmitidos durante a brincadeira.” 88 0 Re sentido do brincar. Meso nos paises onde osta alividade 6 hoje reconhecidamente prioritaria como , a Recreagao lerapdutica & muito nova Fmbora muito usada durante a primeira grande guerra, foi durante e principalmente no final da segunda grande guerra, que ela teve 0 seu maior impacto, pois foi bastante ulilizacla com os dolicientes fisicos @ com os que possuiam distirbios ais. 0 objetivo era de acelerar 0 processo de convalescenca, aiudando no ndividuio ao convivio na comunidade creador lerapéutico da sentido ao lazer para as criangas especiais, 0 protis emvoc tr para a qual ele iria retornar. Uma das mais usadas dofinigdes sobre 0 servigo de Recreagao Terapoutica, nas universidades norte americanas 6: * de atividade recreativa com 0 objetivo de intervir ¢/ou moditicar as aspoctos bié-psico- sociais clos intividuos, a tin de promover 0 seu desenohimento”. Infeliznie no Brasil, a Recreagao 6 apenas uma disciplina no curriculo dos cursos de graduacao em Fducagao Fisica, nao existindo portanto, nenhum curso que objotive a formacao completa do profissional, seja na érea educacional, administrativa, industrial ou terapoutica. Em nosso pais esta atividade 6 desompenhada por pedagogos, protessore: psiodlogos, fonauididlogos, fisioterapsutas e outros, dependendo, em grande parte, de facilidades © do pessoal disponivel para prestagio dos servicos. As condutas do Recreador Terapéutico, alm daquelas que ja citamos para o brinquodista se. {undamentan na importancia desse protissional ter conhecimento o6rico & cientitico das doficiéncias o dificuldades dos que necessitam de seus culidados, Nesta obra nos inleressa deixar uma mensagent a respeito desse adullo: - ele deve Sor presente e nao somente estar junto, deve perniitir a iberdade o nao limitéta. Fe pro essenicialmonte participar do brincar, pois nestes casos especiais 0 prazer da auto-realiza 6 quase mais importante que o cuidado especial que essas pessoas requerem. Possoas com todas as qualidades acima so muito especiais. solidarizam com as criangas ¢ que, por amor a elas, folizes. Sao aqueles que aprenderam a ligao maior - ser gente. mento propriamente dito & no ajuste deste recreacao Terapéutica 6 um processo quo.se ullza Jo as que se querem proporcionar-thes horas @ ‘A prosperidade futura de uma pessoa é prevista em jogos infantis,” 89 A CRIANCA ESPECIAL 0 que é sor especial? F ser diferente dos demais. E ter mais ou menos capacidades e habilidades que os demais. Portanto poderianis falar que somos todos nds, pois todos somos especiais, todos precisamos de alengao, $6 que alguns precisam de um pouico mais porque apresontany dificuldades maiores e portanto necessitam de atencimentos especiais, Reforgando 0 que escreven a professara Nvise H. da S. Cunha, as criangas se desenvolvem alravés de stia interagio com 0 ambiente que as envolve, mas a profundidade dessa intoracao vai depender de stia capacidade para interagir. A crianga que nao apresenia signiticativas Citicu'dades ¢ capaz de receder vem os estimulos do meio em que vivo, mas a crianga portadora de uma deficiéncia nao consegue adequar esses estinulos para o seu desenvolvimento, Por essa razao precisa de ajuda, até para brincar. A crianga portadora de deticiéncia: visual, auditiva, motora, tsi Comportamental ou mental, 6 aquela que se desvia da média das criangas norms, por essa razo necessita de maiores cuidados ¢ mais estimulos para deservoher suas polencialidades. Ainiancia, como ja dissemos, possui a urgéncia, ela nao pode esperar a deticiéncia sar, esta pode existir e conviver com aquetla, Ha sérios compromietimentos psicomotores envolvidos em cada tipo de deficiéncia E preciso conhecermios bem os fundamentos tedricos para podermos estinular 0 necessario, ser sempre preservado, apesar da doliciéncia. , emocional pas sem eliminarmos 0 prazer. Este devet NNT - @ "Todo bebé normat brinca com as possibiidades motoras,se diverte e comeca ase conhecer, o bebé deficiente precéa de ajuda paraiso,” 90 Acrianga com deficiéncia mental tem dificuldade de abstragao_assi concentragao. Podemos incentivé-la a participar do brincar apresentando-the wm brinquedo e a. Um fator que contribui para que a crianga des novo, 0 temor pelo fracasso, face as diticuldades que podem surgi também responsavel pela vontade de ficar sempre brincado como 0 mesmo jogo, aquele com qual ja aprendeu a brinear. £ importante sabermos que a idade mental pode condicionar as possibilidades a nivel cognitive, mas a idade cronolégica © as experiéncias vividas ajudarao a influenciarar 0 interesse ¢ poderdo determinar a motivagao. 0 tempo também fica alterado nos processos de aprendizagem com esas criangas. 0 brincar nao pode se transformar numa tarefa a mais para set Jo como ele fur nostra ista antecipadamente é 0 medo do Este temor 6 vencida, alinal, se nao ha alegria e prazer, nao existe brincadei Apesar da deficiéncia fisica, muilas criancas podem ter uma inteligénci absolutamente normal ou podem apresentar também deficiéncia mental Os comprometimentos atingem diversas areas. Para olas, alm do cuidado do adullo, os brinquedos deverao ser solecionados ¢ alé posstir algumas adaptagies que lornem possivel a sua ulilizacao, especialmente quelas que nao tem boa coordenagao motora. Por exemplo: uma crianga deficiente fisica lalvez nfo possa dar corda para ver um ursinho que toca tambor, mas poderemos providenciar uma adaplagao através da qual ola possa simplesmente apertar uma tecla e conseguir o mesmo resultado. 0 manuseio cle brinquedos pode ajudar a crianga a melhorar 0 seu desempenho motor, se ela obliver satistagao com eles, Para isso, leremos que simplificé-tos até o finite que possam atender 0 potencial da erianga. 0 aspecto que atrai as criangas para os objetos 6 0 seu campo vista. Eas os veom e logo querem pegé-lo ¢ explorélo. Mas as que possuiem uma doficiéncia visual do tem este tipo de motivagao: nao vendo os objolos nao 6 e mulada a manuseéctos Mesmio quando um brinquedo 6 colocado em suas maos, tom mais dificuldade em. usé lo @ explora. e "Cada crian¢a nos chega como uma mensagem de que Deus ainda nao se esqueceu dos homens.” WN Podlemos motivar ¢ estimular a crianga cega a interagir com um objeto fazenide- @ percober 0 que podora realizar com ole. Os brinquedos tém para a crianga cega a fungao primordial do tiré-la de seu isolamento e dardhe oportunidade de aumentar sea conhecimento sobre o mundo que ela nao pode ver. Ja nas criangas portadoras de deficiéncia auditiva aprender a se comunicar & uma fonte de prazer, que ela consegue participando da brincadeira. Seria interessante falarmos um pouco das criangas superdotadas. Flas também so especiais, na medida em que se destacam a nivel cognitivo e portanto se diferenician: das demais. Isso provoca nessas criancas a isolamento ou a hiperatividade. £ nocessario entendermos o sotrimento desse “sujeito” , promovendo atividades: © siltiagdes em que ola possa participar, sem que sua diterenga a discrimine no grupo B "se eunao gosto nao & brincar, é terapia, trabalho ou estudo.,. 92 BRINQUEDOTECAS DEFINIGAO Brinquedoteca 6 0 nome dado a um local muito especial Nao 6 lar, mas também educa Nao 6 Nao 6 clinica, mas também trata... Alinal, 0 que 6? - Para nds ela funciona no sistema de um “clubinho”, onde a crianga vai quando quer e fica pelo tempo que quizer, mas adora la estar, pois aquele 6 0 lugar do brine: pola, mas também ensina. Um espage magico @ “Brincar-conseguir o equilbrio entre eo conhecido e 0 maginado, entre a lberdade e o prazer Sem Cair na alena¢.ao ouno vicio,” 9S ORLGEM De origem européia e criada inicialmente para o empréstimo de brinquedos, a Brinquedoteca evolui conforme as necessidades de cada pais ao longo do sua expansao passou a oferecer uma multiplicidade de servigos No Brasil ainda é muito pouco difundido a idéia na sua essénecia. Ha varios locais destinados @ recreagao infantil, mas poucos sao somente para brincar. ESTRUTURA 0 ambiente deve sor agradavel, colorido, alegre ... magico! As cores ¢ cada detalhe deve ser um convite a participa’ brincadeira. Nesse local 0 ar deve estar impregnado de prazer, a disposigao dos ulonsilios deve ser harmonica, a simplicidade deve ser a do mundo infantil, as pessoas devem ser alegres, cada detalhe deve traduvir carinho e a fantasia a iluminar 0 ambiente. Deve possuir muitos brinquedos, de todos os tipos idades. Hes devem ser distribuidos ¢ arrumados em locais especiais dependendo da utilizacao liidica de cada um. Sua conservacao e limpesa fara parle da orientagao das brinquedistas, junto as ¢ Uma brinquedoteca é sempre resultado do sonho e da emogao de une adullo, portanto ela deve promover 0 encantamento na crianga, Mas esta deve sentir-se livre para explorar todos os “cantinhos”, Isses chamados cantinhos devem ser destinados as mais variadas atividades infantis. Sao eles os de parques; de jardins; de atividades corporais. niusicais ¢ teatrais; do oficinas para pintura, modelagom, colagem, desenho: © para todas as jancas que la Irequentaren: da sucata; do faz-de-conla; de historias e do que a imaginagao daquele que a montar criar. 2 ‘a crianga vive para brincar e é através do jogo que se manifesta plenamente e se desenvolve.” 96 23 cantinhos e 0s seus atratives. TIPOS Os diferentes tipos de brinquedotecas sugerem dilerentes formas de funcionamento, Fm algumas a crianga 86 vai brincar, em outras vai para escolher brinquedos para levar para casa, mas 6 sempre aconselhavel que a crianga se torne socia da brinquedoteca. Associar-se a brinquedoteca, além de possibilitar 0 empréstino de brinquedos, proporciona também a formagao de um vinculo maior, da crianga na participagao das idaclos que so olen entem-se com mais direitos ¢ colaboram com mais entusiasmo na manttengao de todo o ambiente. A existéncia do pagamento de mensalidade de sécio vai depender do tipo de brinquedotoca. Nas que se encontram instaladas centro de: uma instituigao, nao havera taxa, como também no caso do trabalho ser subsidiado, Mas se nao houver ajuda financeira Cortamonte tera que haver algun pagamento para cobrir as despesas de manutengao das instalagdes e dos brinquedos, al6m de gastos com a compra de novos materials. No Brasil podemos encontrar Brinquedotecas em escolas, comunidade ou bairros, para criangas portadoras de deliciéncias fisic mentais, em hospitais, em universidades, para testagem de brinquedos, circulantes, em clinicas psicologicas, em centros cullurais, junto a bibliotecas, temporarias, etc. ‘idas. Os q7 Além dos diferentes tipos de brinquedotecas acima, encontramos ainda aquelas sittiadas om prisdes, destinadas a criangas que visitam pais encarcerados, outras em ondomiinios de editicios e-em hotdis. A variedade nos tipos indica que sao as necessidades de cada agrupamento social quo estinula 0 aparecimento de una brinquedoteca Possoalmonto, nossa necessidade foi a de criar a primeira Brinquedoteca Aqué Lica do Brasil, com objetivos lidicos na exploragao do maior brinquedo do planeta - @ agua. 2 g0sto infant numa brnquedoteco eB "As crian¢as brincam para descarregar suas emo¢des de forma catdrtica, Ww BIBLIOGRAFIA Abramovich, Fanny “0 Estranho Mundo que se mostra as criangas” ‘Summus Editorial | 1da-Sao Patilo/SP-1983 - 6°. Edigao. Neencar, Fdigar cle “Papagaio - Pipa - A Revista Brasileira de Folclore Rio de Janoiro/Rd - 1971 - janoiro/abril n°. 29 - AnoX! Amanjas, Wilson “Vamos trangar nossos papagai Revista Brasileira de Folclore Rio de Janoiro/Rd - 1971 - setembro/dezembro Araujo, Alceu Maynard ‘¢o do Folclore de unva Comunidade” Secretaria da Educagao e Cultura do Municipio Divisdo do Arquivo Histrico - Sao Paulo/SP-1962 Barthes, Roland “Mitologiz Editora Bertrand Brasil SA, Rio de Janoiro/RJ -1989 - 8°. Edigao Benjamin, Walter “Reflexes: A Crianga, O Brinquedo, A Educ Summus Editorial Ltda - Sao Paulo/SP - 1984 Bomtempo, Edda “Brinquedo: Necessidade e | imitagdes” Brinquedos Artesanais ¢ Expressividade Cultural Sesc-Gelazer - Sao Paullo/SP - 1984 ol 02 Carvalho, L.L.A. e Marques, TF “Avaliagao_Interdisciplinas do Desenvolvimento” Revista Satide - Sexo & Fducagao Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitagao Rio de Janeiro/RJ - 1994 - n° 3 - Ano 3 - pgs. 19-20 Cascudo, Luis da Camara “Soleta” Livraria José Olympio Editora. 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Nica de cada uma ofereceu as noss. 07

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