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UCG – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURIDICAS


DIREITO DO TRABALHO II
Turma C02 -
Prof. Carlos Augusto em substituição à Profª Rosa Maria
TEMA:
FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO
1 - Histórico
Até 1966, todo empregado que cumprisse 10 anos de trabalho em
uma empresa tornava-se estável, e apenas poderia ser demitido por
justa causa ou em troca do pagamento de uma indenização. Como essa
indenização acabava representando um valor muito elevado, para o qual
os empregadores não se preparavam, na prática muitos trabalhadores
eram demitidos pouco antes de completarem o decênio ou
simplesmente não era pagos e eram obrigados a reclamarem seu direito
na justiça.
Apontado como encargo que onerava as empresas e não favorecia
os empregados, a saída adotada foi a criação do FGTS, em alternativa à
estabilidade, como um fundo que os empregadores mantinham durante
o contrato e pelo qual os empregados poderiam optar.
A partir de 1988, com a extinção da estabilidade no emprego para
empregados de empresas privadas, todos os trabalhadores contratados
são obrigatoriamente filiados ao FGTS.
2 - FGTS - ASPECTOS GERAIS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, instituído pela
Lei 5.107/1966, é regido pela Lei 8.036/1990 e alterações posteriores.
Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, em conta
bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT
(comissões, gorjetas, gratificações, etc.) e a gratificação de Natal a que
se refere a Lei 4.090/1962, com as modificações da Lei 4.749/1965.

3 - FUNCIONAMENTO
3.1 – RESCISÃO CONTRATUAL
Os valores relativos ao Fundo de Garantia de Serviço - FGTS,
devidos pelos empregadores, não podem mais ser pagos diretamente
aos empregados nas rescisões contratuais.
Em conformidade com a Lei n° 9.491/97, os valores relativos aos
depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior,
que ainda não houver sido recolhido, bem como a importância igual a
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40% (mais 10% de adicional, a partir de 28.09.2001, data da vigência da


LC 110/2001) no caso de demissão sem justa causa ou indireta, ou 20%,
no caso de culpa recíproca ou força maior, do montante de todos os
depósitos realizadas na conta vinculada, devidamente atualizados e
acrescidos dos respectivos juros, devem ser depositados na conta
vinculada do trabalhador no FGTS.
3.2 - PARTE DO EMPREGADOR
Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho por parte do
empregador, ficará este obrigado a depositar, na conta vinculada do
trabalhador no FGTS, os valores relativos aos depósitos referentes ao
mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que não houver sido
recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
Na demissão sem justa causa, o empregador deverá depositar na
conta vinculada do trabalhador uma indenização de 40% (a partir de
28.09.2001, haverá um adicional de 10% sobre tais rescisões).
A indenização é calculada sobre o total dos depósitos, realizados
na conta do FGTS durante o contrato de trabalho, devidamente
corrigidos, inclusive sobre os depósitos sacados durante a vigência do
contrato.
Ficando isento dos 10% unicamente os empregadores domésticos
que optaram por recolher o FGTS do empregado, única possibilidade,
inclusive, em que o depósito do FGTS é facultativo.
Por ser categorizada como poupança, essa conta recebe no dia 10
de cada mês rendimentos e atualização monetária. A taxa de juros é de
3% ao ano.

4 - PRAZOS PARA RECOLHIMENTO DAS VERBAS


RESCISÓRIAS REFERENTE AO FGTS
O recolhimento do depósito deverá ser efetuado nos seguintes
prazos:
a) até o 1° dia útil subseqüente à data do efetivo desligamento do
trabalhador, quando o aviso prévio for cumprido;
b) até o 10° dia corrido, contando daquele imediatamente
posterior à data do efetivo desligamento do trabalhador, quando da
ausência de aviso prévio, indenização a este título ou dispensa do seu
cumprimento, ou a extinção normal ou rescisão antecipada do contrato
de trabalho por prazo determinado, incluindo o do trabalhador
temporário, ou na resilição do contrato firmado nos termos da Lei n°
9.601/1998.
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Os depósitos deverão ser efetuados, obrigatoriamente, na CEF ou,


nas localidades onde não existam unidades daquela empresa, nos
bancos conveniados.
5 - SOLICITAÇÃO DO SAQUE
Quando há rescisão de contrato, cabe ao empregador comunicar o
ocorrido à CAIXA por meio do canal eletrônico Conectividade Social. Em
até 5 dias úteis, munido da documentação exigida, o trabalhador poderá
sacar seu benefício. Nos demais casos, a solicitação de saque é feita
pelo trabalhador ou seu representante, que comparece a uma agência
da CAIXA portando os documentos devidos. O saque também é liberado
em até 5 dias úteis.

6 - REALIZAÇÃO DO SAQUE
O saque dos recursos do FGTS pode ser feito em qualquer agência
da CAIXA. Nos locais onde não houver agência da CAIXA, o saque será
efetuado no banco conveniado onde foi feita a solicitação do benefício.
Na ocasião, o trabalhador cujo contrato de trabalho foi rescindido deve
portar a documentação exigida.
7 - REGRAS PARA SAQUE
7.1 - Em caso de demissão sem justa causa:
Após realizada a homologação de demissão junto ao Ministério do
Trabalhado (ou sindicato), quando necessário. A homologação será
obrigatória no caso de contrato de trabalho que ultrapasse um ano de
duração.
7.2 - Com demissão por justa causa:
O trabalhador somente terá direto de saque passados 3 anos da
demissão e se o mesmo não tiver tido mais nenhum trabalho registrado.
Ou seja, deverá passar por um período de três anos fora do regime do
FGTS. Além disso, o trabalhador deverá procurar a Caixa Econômica
Federal a partir do mês de seu aniversário.
7.3 - Aquisição da casa própria:
Caso o trabalhador tenha mais de dois anos de contribuição,
pode usar o saldo como complemento para compra/quitação de casa
própria, caso o mesmo ainda não possua casa própriO saldo também
pode ser usado para aquisição de material para construção.
Esse item possui regras específicas, vale buscar informaçõeunto
a Caixa Econômica Federal
7.5 - Portadores de doenças terminais:
Trabalhadores que portem doenças como a SIDA (Aids no Brasil)
e Câncer podem entrar com ação para saque do fundo. Deverá o
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trabalhador comparecer à Caixa com biópsia médica e um atestado no


qual conste descrição e CID da doença, carimbo, assinatura e CRM do
médico responsável, além da CTPS.
Em casos de calamidades públicas como enchentes, também
pode ser sacado o FGTS, desde que autorizado por Lei.
O FGTS não é descontado do salário, é obrigação do empregador.

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