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EILOSOEIA A BIOETICA ABIOETICA O que é 0 Ser Humano? Esta pergunta com contornos metafisicos e cientificos nos leva a discussao sobre o que € o homem em seu sentido mais amplo possivel. Uma vez que tratamos das relacoes do homem em seu contrato social com os demais homens, vamos tentar entendé- -Jo. em sua mais intima forma: seu byos. Para isso um campo novo da investigasao filoséfica e cientifica sur- ge na década de 1970 com o nome de bioetica. O termo bioetica surgiu em 1971 com o livro Bioethics: bridge to the future de Van Rensselaer Potter, cuja preocupacao primeira era buscar uma saida para o progres- sivo desequilibrio criado pelo homem na natureza. Oito anos mais tar- de, Tom L. Beauchamp e James F. Childress publicaram juntos The principles of biomedical ethics, que restringiria a Bioetica ao meio Clinico. A diferenga apresentada nestas obras indica preocupacoes distintas resultante de duas fases historicas da Bioética, com questionamentos e reflexdes proprias. A primeira fase vai de 1960 até 1977, periodo ‘em que surge em diferentes regides dos Estados Unidos, entre o meio medico, a preocupacao com o impacto social causado pelos avangos cientificos e tecnologicos no tratamento de seus pacientes. A bioética surge também em funcao do progresso cientifico e tecnolégico que se fazia sentir no interior das ciéncias biomédicas. Sa0 exemplos desse progresso: novidades tecnologicas surgidas ao nivel dos cuidados intensivos com recém-nascidos; hemodialise em doentes com insuficiéncia renal; fertiliza¢ao in vitro; O apare- cimento desta disciplina foi incentivado por alguns acontecimentos histéricos graves, dos quais se destacam: as experiéncias realizadas com seres humanos no periodo nazi; o recurso a criangas deficientes na investigacao do virus da hepatite, nos EUA. Abordagem indisciplinar, a bioética nao interessa apenas ao médico e ao bidlogo, mas também ao jurista, a0 tedlogo e ao filésofo. A reflexao biostica assenta em trés principios: respeito pela pessoa humana; preocupacao de fazer o bem; principio de justica segundo 0 qual os homens sao todos iguais em dignidade. Estes trés principios surgem como meio de evitar trés perigos que podem atentar contra o ser humano: a sub- missao do ser humano a lei do mercado (ex: venda de 6rgaos); a auto-instituicdo do sujeito podendo reclamar 0 direito a satisfazer “desejos mortiferos"; 0 exercicio do poder médico e do poder do Estado legistando sem consi- deracao pelos direitos do Homem. No seio de toda a problematica bioética existem dois conceitos fundamentais - vida e pessoa. Estes con- ceitos assumem diferentes contornos do ponto de vista juridico, psicolégico, moral ou religioso. Apesar de existirem estes diferentes pontos de vista, é a partir dos conceitos de vida e pessoa, e do valor que thes é atri- buido, que se impée a reflexao critica e consciente das questées bioéticas.“Todo 0 individuo tem direito vida, Aliberdade e a seguranca pessoal” O didlogo bioético foi se tornando mais abrangente e seus participantes foram sentindo a necessidade de am- pliar 0 contexto dos debates para dar as humanidades a oportunidade de manifestarem suas preocupagoes e suas posi¢des em relacao aos temas discutidos pela sociedade de entao. Foi justamente através do didlogo entre a ciéncia as humanidades que Potter apresentou a Bioética na forma de uma “ética geral”. Com esta mesma perspectiva, em 1971, o ginecologista e obstetra André Hellegers fundou, na Universidade de Georgetown, o Kennedy Institute. Aintencao de Potter era desenvolver uma ética das relacdes vitais, dos seres humanos entre si e dos seres huma- Nos com o ecossistema, O compromisso com a preservagao da vida no planeta se tornou, desta forma, o cere de seu Projeto que possuia como caracteristica principal o didlago da ciéncia com as humanidades. De acordo com Potter, existem duas culturas que, aparentemente, nao sao capazes de se comunicar: a da ciéncia e a das humanidades. Esta deficiéncia transforma-se numa prisdo e pée em risco o futuro da humanidade, que nao sera construido sé pela ciéncia ou, exclusivamente, pelas humanidades. £ somente através do didlogo entre ciéncia e humanidades que sera ossivel a construc3o de uma ponte para o futuro, A perspectiva de Potter foi desenvolvida a partir de uma tripla concep¢o evolucionista do ser humano, segundo a qual ohomem ¢ sujeito ativo e passivo de uma evolucao biologica, cultural e fisiolégica. £ no avanco da Biologia, na adaptacao cultural e ética que o homem encontra possibilidades novas para sobreviver. € desta forma que nasce um paradigma biopsicossocial, no qual os condicionamentos genéticos e ambientais condicionam, por sua vez, 2 ercepgao e a evolucdo dos valores como em um circuito cibernético. A nova ética proposta por Jonas Hans Jonas € outro tedrico contemporaneo que reflete sobre o tema da bioética e aponta para 0 choque causa- do pelas bombas atmicas de Hiroshima e Nagasaki como 0 marco inicial do abuso do dominio do homem sobre a natureza causando sua destrui¢4o. Diz textualmente: “Ela pos em marcha 0 pensamento em direc3o a um novo tipo de questionamento, amadurecido pelo perigo que Fepresenta para nds proprios 0 nosso poder, o poder do homem sobre a natureza” Porém, mais do que a consciéncia de um apocalipse brusco, ele Percebeu o sentimento de um possivel apocalipse gradual decorren- te do perigo crescente dos riscos do progresso tecnico global e seu so inadequado. Até entao, 0 alcance das prescricoes eticas reduzia- -Se a0 Ambito da relag3o com o proximo no momento presente. Era uma ética antropocéntrica e voltada para a contemporaneidade. A moderna intervengao tecnologica mudou drasticamente essa placida realidade, colocando a natureza para uso humano e passivel de ser alterada radicalmente. Assim, para Jonas, o homem passou a manter com a natureza uma relagao de responsabilidade, pois ela se encon- tra sob seu poder. Grave, tambem, além da intervengao na natureza extra-humana, é a manipula¢ao do patriménio genetico do ser humano que poder introduzir alteracées duradouras de imprevisiveis consequéncias futuras. Conclui dizendo que ¢ necessaria uma nova proposicao ética que contemple a na: tureza endo somente a pessoa humana. Esse novo poder da a¢4o humana impoe alteragoes na propria natureza da ética, Todas as éticas tradicionais obedeciam as seguintes premissas que se intercombinavam mutuamente: 1. Acondigéo humana, resultante da natureza do homem e das coisas, petmanecia fundamentalmente imutavel para sempre. 2. Baseado nesse pressuposto, podia-se determinar com clareza e sem dificuldade o bem humano. 3. Oalcance da aco humana e de sua consequente responsabilidade estava perfeitamente delimitado. Todo bem ou todo mal que sua capacidade inventiva pudesse proporcionar situava-se sempre dentro dos limites de agdo do ser humano, nao afetando a natureza das coisas extra-humanas. A natureza nao era objeto da responsabilidade humana, pois cuidava de si mesma. A etica tinha que ver com 0 aqui € 0 agora. Em substituicao aos antigos imperativos éticos, entre os quais 0 imperativo kantiano que se constitui no parametro exemplar. "Age de tal maneira que o principio de tua a¢ao transforme-se numa lei universal’, Jonas propde um novo imperativo: “Age de tal maneira que os efeitos de tua acdo sejam compativeis com a permanéncia de uma vida humana auténtica” ou formulado negativamente “no po- nhas em perigo a continuidade indefinida da humanidade na Terra’ O conceito de vida Entrevista sobre o inicio da vida 1. Por que a vida humana deve ser respeitada sempre? R.: Ao falar de vida humana, nao estamos apontando simplesmente para a constituigao de sua identidade genética, distinta de qualquer outro ser. O que toma a vida humana diferente da vida dos demais seres vivos ¢ 0 fato dela poder ser definida nao 86 por sua dimensio biolégica, mas tambem por sua dimensio espiritual. Essa dimensdo se concretiza naquilo que chamamos — dde pessoa, que tem um sentido que ultrapassa todas as esteras fisiologicas. Por wy Pes: Y jj Peso humana enendemos a vida desde sua origem. Ps, ded a sonvep- & 0, a vida humana possui todas as potencialidades para se desenvelver no ser humano que estamos acostumados a ver em nés ¢ nos outros que convivem conosco no dia a dia. Aquele ser que acabou de ser gerado nao é uma vida em potencial, mas uma vida humana com potencialidades, tanto fisioldgicas quanto espirituats. E verdade que somos seres bioldgicos, mas nao seriamos humanos se nao possuissemos uma dimensio reflexiva, social. cultural, poli- tica e espiritual. Afinal, a vida humana nao pode ser reduzida a um conjunto de células, pois © que somos hoje se deve ao que ocorreu no dia em que foros a concebidos 2.0 que ¢ um embriao humano? R.: Trata-se do individuo que se forma apés a concepedo, ou seja, no momento da fusdo entre as eélulas reprodutivas ‘masculina (espermatozoide) ¢ feminina (6vulo). © embrido passa por alguns estagios de desenvolvimento, O primeiro deles chamamos de zigoto, célula que se forma depois da fusio entre 0 espermatozoide ¢ 0 dvulo. A seguir, inicia-se uma Tenta viagem da Trompa de Falloppio para o itero, Neste momento, comega a ocorrer no 7igoto uma divisio celular, fazendo surgir, depois das 30 horas da fecundagao, dois blastémeros (duas células). Entre 40 e 50 horas. ja sao quatro blastémeros ¢ por volta das 60 horas ja sdo oito. Durante a viagem até 0 itero, 0 ovo (célula resultante da fusdo entre espermatozoide ¢ ovulo) passa de 12 para 32 células, estagio chamado de mérula (massa esférica cheta de células parecida com uma amora) € no quinto dia, agora no estagio de blastocisto, se fixa na parede do utero (proceso conhecido por nidagdo), onde passa a se desenvolver até ‘© nascimento, 3.0 que é um feto humano? R.: £0 ultimo estagio de desenvolvimento embrionario e ¢ alcangado na oitava semana de gestagao até a ocasiéo do nascimento, 4.0 embrido ou feto humano pode ser sacrificado para beneficiar um outro ser humano? R.: Nao. Pors nao ha como afirmar, de modo absoluto, que “ha mais vida humana” em um adulto ou em todo aquele j4 na ido, do que em um embriio ou feto. A dignidade que @ vida humana possui em seu estagio adulto é a mesma em seu periodo de vida intra-uterina. Sendo assim, uma vida nao pode ser utilizada como um mero instrumento de reposigao para beneficiar outra, Destruir a vida de um embrido ou feto € destrurr a vida de um semethante. Nao podemos afirmar que o embrido ou © feto ndo é um de nés. E preciso nao contundhr 0 valor da vida com o valor que cada um da a sua propria vida. Embora muitos Jo valonzem a vida humana, 0 fato € que seu valor independe do modo de vida que cada individuo escolheu para si. 5, Fala-se em “interromper a gravide2”. E 0 mesmo que aborto? R.A palavra aborto vem do latum (aborior) ¢ significa morrer antes do nascimento, O aborto pode ser esponti provocado, No primeiro caso nao é desejada pela mae a interrupgao da gravidez. Este tipo de aborto pode ser causado por uma serie de disturbios proprios do organismo da mae ou do desenvolvimento do embrido, Ja no segundo caso, o do aborto provocad, ocorre quando ha um desejo da mae de nao levar adiante a gravidez. Neste caso, ela recorre a alguma técnica 2 aspiragdo, embriotomia ete.) ou farmacologica (pilula do dia seguinte, pilula RU86 ete.) para interromper a evolu: ‘¢i0 embnionaria, Desta forma, podemos dizer que a nterrupgao da gravidez sempre decorre de um aborto, espontineo ou nio 1e0 ou 6. Que so células-tronco? Para que servem? R: Células-tronco sio células mditerenciadas, ou seja, aquelas que por estarem presentes no embrido desde a sua primeirissima se, até seu estgio de morula, ainda nio receberam uma fungdo especifica para ser desempenhada no organismo. Estas células so ‘como um “tronco”, do qual vio serido onginadas todas ay eélulas especializadas (hemicias, leuedeitos, neurdnios etc.) €, portanto, diterenciadas. Neste sentido, toda linhagem celular ¢ tecwdos sio onginados pelas celulas-tronco, Elas séo as responsaves pelo de- senvolvimento de todo o organising. Atualmente, alguns crentistas desejam utilizar as células-troneo para salvar vidas, O problema moral esti no fato de que para isto ocorTer sera necessino interromper a gravide7 ¢ eliminar 0 embriie. 7. Distinguem-se células-tronco embriondrias das células-tronco adultas. Em que consiste a diferenca’ R.: As células-tronco embrionanias (aquelas que se encontram no organismo desde a primeira fase do desenvolvimento do embrido) sio consideradas totipotentes, porque juntas ou separadas tém um potenetal para produzirem todo 0 desenvol- vimento do organismo. Todavia, nas fases que sucederdo a formagio da morula, as células vao se diferenciando e passam a ter potencialidades bem distintas, assumindo fungdes especializadas no organismo. Deste modo, elas perdem sua condicéo de toupoténcia e passam a ser plunpotentes, As celulas-tronco plunpotentes so as responsavets pela formagao dos tecides presentes no organismo adulto, mas isoladas jamais podem dar origem ao organismo todo, 0 que so ocorre nia qualidade de toupoténcia. O periodo de pluripoténcia é limitado, Pois do oitavo ao décimo quarto dia, vao se formando trés camadas celu- lares (endoderma, ectoderma e mesoderma). Destas camadas so originados os tecidos, os 6rgaos internos, 0s Grgaos extemnos as células reprodutivas, Nesta fase, as células-tronco passam a ser multipotentes. ou Seja, sua fungio dentro da formagao do ‘organismo ja esta determinada. As chamadas células-tronco adultas so multipotentes, podendo dar origem ao tecido celular ‘onde residem. Em algumas regides do organismo (medula 6ssea, placenta e sangue do cordao umbilical, por exemplo) ¢ pos- sivel encontrar eélulas-tronco especializadas com um bom potencial de adaptabilidade. Com a aphicagao da técnica adequada, ‘estas células podem servir na regeneracio de tecidos celulares distintos, Este procedimento é eticamente aceitavel, porque nele nio se faz necessério a interrupgdo da gravidez e a morte do embrido, 8, Em termos de utilidade para a biomedicina e o bem estar das pessoas, ha diferencas significativas entre clas? R.: As células-tronco embrionarias, por serem totipotentes, tém uma capacidade ilimitada de se tornarem qualquer tecido. Por outro lado, clas podem apresentar sérios problemas de compatibilidade. J4 as células-tronco adultas esto presentes no ‘organism em pequena quantidade e nem sempre se proliferam in vitro, porém nao apresentam as complicagées decorrentes da rejeigio, pelo fato de serem retiradas de um mdividuo para serem utilizadas nele proprio, Alem disso, nao ha diferengas sugnificativas entre clas para uso terapéutico, A tinica diferenga se di no terntorio da ética. vel a manipulacio das células-tronco embrionérias, enquanto se accita o uso das 9. Por que se diz que é inacé células-tronco adultas? Re: Todo 0 problema moral em tomo do uso das células-tronco embrionarias (Lotipotentes) esti no fato de que para sua “obtengio € necessiirio que se interrompa o desenvolvimento do embnao, causando, assim, um aborto. J4 as celulas-tronco adultas podem ser retiradas do ser humano sem a necessidade de destruir 0 embriio, 10. Quais as consequéncias do uso de embrides humanos para o futuro da humanidade? : RE uma faldeia acredstar que sem o uso de embndes nio sera possivel avangar na descoberta da cura de doengas. E preciso ‘observar que conseguimos aleangar, até este ponto da evolugdo cientitica ¢ tecnoldgica, a solucdo para diversos males, sem nunca fer necessitado uulizar embndes, AtE hoje nao se sabe, ao certo, © que decorre da utlizacio de células-tronco embrionanias em um ser humano, Pesquisas realizadas em animais aprescntaram, apos © tratamento com celulas-tronco embrionarias, 0 aparecimento de tumores © a formagdo de verdadeiras aberragdes. Q uso de embrises pode trazer. contraniamente do que tem sido afirmado le- ‘ianamente na midi, uma série de preyuizos no campo da saude e da moral. Os defensores do uso de embnies partem sempre de /remussay relauvistas ¢ uuitaristas, A vida comega na fecundagdo. Isso é evidente ¢ nao ¢ relatvo. Interromper 0 desenvolvimento de um embriio ¢ nterromper uma vida em formagio. Isso ¢ evidente e nd ¢ relatvo, Usar embndes para fins aparentemente be- neficentes ¢ uma violagdo da diynidade humana. Afinal ninguém, de bom senso, mata um bebe para the tirar 0 figado ou coragao ‘como propésito de salvar outra vida. Quem possui este bom senso sabe também que o bebé esta em desenvolvimento, tanto quanto tum embrido ¢ € to vivo quanto um embrido. Isso é evidente e no é relanvo. 11. E ético congetar embrides? R. Nio. Povkersamos responder a esta pergunta com uma outra:é ético congelar uma pessoa de 20 anos de wade? A res, posta dests perzunta jt nos sents para usta compreensdo do embrdo como vida humana, que deve segue seu curso normal eet respeitada dee set invio, O embriio congclad representa, no universo do desejo de maternudade ou patermidade Semente uma possibildade. Quando este desejo se realiza, o embridio que restou Ja ndo tem mats valor, Iteralmente se fomnow Ussnecewarto, F evidente que os desejos de maternidade e patemidade devem ser respertados, mas a vida € um valor bem ator do que qualgucr desejo, seja ele qual for 12. Qual é0 resultado atual do uso de células-tronco adultas para a recuperagio de Orgios ¢ outras aplicagbes’ R_ No Brasil ja sio corprovados os bons resultados obtidos com o uso de células-tronco adultas no tecido cardiaco, Em aay regides do pals, pesquisadores fentam ampliar 0 campo de aplicago das células-tronco adultas, Também no exterior, ‘muitas so as pesqutsas € as publicagSes cientitieas que apresentam resultados consideraves. 13. Qual é situagio dos bebés anencéfalos? Tém morte cerebral? R.A cxpressio anencetalia (auséncia do encéfalo) ndo parece muito adequada. O mais apropriado ¢ o termo meroancn- sia (ausencta de uma parte do eneéfalo), Isto se justifica porque, sendo o encéfalo um termo muito complere, falar de Sha aueéncia total pode mndicar uma imprecisdo, A anencefalia, assim chamada comumente, & um mal congénito, sto &, ocoF- fio durante o desenvolvimento embriondio. As eausas podem ser variadas, como a auséneia de deido folteo no organismo tnutemo. Os aneneéfalos podem viver horas e até dias, Dependendo do grau de anencefalia, estes bebss poxtem ter alguns nov imentos, além de respirar. De modo geral, possuem alguma auvidade tronco-encefaliea e, ustamente por este mouve, iio podemos dizer que houve ai morte cerebral, No caso de morte cerebral, 0 ¢érebro nao dit mais eomandos para o resto do compo ¢ respiragaio ¢ mantida mec 14. A gravidez de um anencéfalo pie em risco a vida da mie? RE preciso, antes de tudo, consierar que qualquer gravidez envolve riscos. Desta negra ni escapa a gravides de anencéfalos, Em ourmas palavras. os rises para uma gravidez de anencéllo io os mesmos para uma gravidez comum. E preciso levar em conta tumibem que a proporgio de anencéfilos nascidos & bem menor do que a dos demats bebés. Vale dizer também que no se observa nonimero de mulheres que mortem durante a gravidez ou no part o fato de estarem todas gravidas de anencetalo 15.0 sofrimento de uma mae neste estado justfica 0 abortamento do bebé? A vida ¢ 0 sofrimento dele nao con R.- Apesar de soffumento ser muito grande para uma mulher grivida de um bebé anencéfalo, o abortamento ni se justiiea ‘Trata-se antes de tudo, de uma vida humana. O anencéfalo nao tera a mesma qualidade de vida que um bebé normal. mas sto nito sigmfiea que nao tenha a mesma dignidade, Muitos confundem dignidade com viabilidade, A dignidade nio esti vinculada a um. Grgio especifico, Pela auséncia de uma parte do encéfalo o bebé ni sera um ser humano como os demas, mas serum set humano e. stamiente por isso. tera de ser respeitado até o fim, A deficiéncia de um ser humano ni o toma menos digno, mesmo quando festa deficigncia & uma meroanencetalia. Os que defendem o aborto para diminuir 0 sofrimento do anencétalo sio os mesmos qu ccuriosamente, definem a anencefalia como morte cerebral. Bom, se hii morte cetebral ndo ha soffimento, Por outro lado, se ha sofrt- mento € porque esta vivo. A vida de um anencéfalo € curta¢ durante seu curso tudo sera feito para que no haja nenhum soframento, ‘que ocorre com qualquer outro tipo de paciente. O sofrimento € objeto do cuidado medico. A Medieina no existe para matar pessoas que sofrem, mas para Thes dar oalivio da dore, dentro de suas reais possibilidades, a cur. camente. 16. Quais as implicagdes psicologicas para a mae que interrompe a gravidez de um bebé anencéfalo? R.. Ao levar a gravidez de um anencefalo até o fim, a mulher sofre muito. Mas ¢ igualmente verdade que o sofrimento rio é menor quando se apela para o aborto, Em todos 0s casos 0 sofrimento € incalculdvel, pots no existe ynstrumento que possa medir e comparar um sofrimento com outro, No entanto, ao abortar um aneneéfalo os conffitos psicalogicos podem se traduzar em traumas e sentimentos de culpa que acompanhardo a mulher por toda a sua vida. 17. Como amparar a mie durante a gravidez de uma crianga anencéfala? R.. O ateto € essencial neste momento, Sera preciso deixar claro que a anencefatia nao é um castigo € nem culpa da n Alaumas mulheres aeteditam que tal fato ocorreu porque em determinada altura da gravidez houve, de sua parte, um sent- mento de reyeigio. Tats pensamentos devem ser eliminados. Q casal deve estar bem unido € numa constante troca de senti- ‘mento e atengao. O marido deve encorajar sua esposa a manter firme a esperanga e manttestar a ela set amor nos momentos de maior anguistia ¢ apreensio. O médico deve respeitar o momento dificil ¢ expor, com simphieidade ¢ abertura, todo os fatos que envolvem aquela eircunstaneia, Os familiares € os amigos, respeitande os sentimentos da mae, devem demonstrar matunidade nas posigSes, sem a intengdo de induzir posturas contra a vida, Neste momento vale falar sobre o sentido da vida e dizer que um bebé aneneétalo nio € uma corsa ou um monstro, mas um ser humano que apresentou falhas no curso do seu desenvolvimento ¢ 1ss0 0 levou a uma deticiéneia incorngivel. 18, Ha absoluta certeza nn palayra médica que diagnostica a ancncefi R.: Atualmente & possivel diagnosticar a anencefalia sem musto erro, mas € bom esclarecer que hi graus de anencefalia Come for mencionado anteriormente, 0 termo mais adequado & meroanencefalia, porque indica que parte do encétalo esta augente. ois o grau da anencetalia esti relacionado com a parte ausente eeewdor tab gadunieem Botts d4PUC Ro Pct Ane Maco Soares ue sofa edoutr em Teloga com p-doutorado em Boca Alem dso, icra Come de fica em Pesgusa CEP) doinsttuto Nona de CAnce INCA] memo da Como de Beta da Coferenca Nacional ds 850s Bra ChB) e mero de Equpe de Apo da Se Vida do Conseo Epica atoamwncano CELAM 01. Sobre Etica e Bioética, podemos AFIRMAR que: |. A bioética tem origem nas implicagdes eticas & nos desafios da pratica medico-biologica, de onde procura estabelecer co- nexdes com outros campos do saber, como a filosofa, a cién ia e tambem a religiao. | IL Comotesto-Biostica a ciéncia da sobrevivéncia’ Van Rensse- | laer Potter inaugura uma nova frente de discussdes no cam: po da etica trazendo a baila uma ética, pare a vida selvagem, uma etica urbana, uma etica de populacdes, uma etica do | consume, uma etica internacional, enfim, uma bioetica, Equipoléncia, nao maleficéncia, beneficéncia, heteronomia, socialidade, subsidiaridade sao conceitos fundamentais em bioetica. IV. © Principio da responsabilidade de Hans Jonas vai além do imperatwvo categorico kantiano na medida em que, efetiva: mente, eleva a ética a um patamar de ulterioridade. v. Diferentemente de Platao, a ética de Jonas nao esta preocu pada com a eternidade, mas com o tempo vindouro, incluin: do nao s6 0 genero humano, mas tambem a vida num sent do mais amplo, a) Somente Il, IV eV sao verdadeiras. | b) Somente |, eV sa0 verdadeiras, €) Somente | ile IV sa0 verdadeiras. 4d) Somente jII,IVeV sao verdaderras, 8) Todas as alternativas s0 verdadeiras. | 02, “A histona dos esforgos humanos para subjugar a natureza | tambem a historia da subjugagdo do homem pelo homem.” | (HORKHEIMER Max Eclipse da azio Flo de Jane dona abor do Bras 1970p. 116) Sobre a técnica e suas implicacdes, é correto afirmar: 1. Tecnocracia significa 0 poder dos técnicas e da técnica numa ‘organizagio social. Ora, numa civilizacao cientificista e tecni:

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