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a TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA ae y RECURSO N° ‘Tribal Dudicial der Comarce © dso -Acordam, ent eonferéncia, aa 5," Seceie da Tribunal da Relagao de Lisboa: I-Relatério 1. No process comum singular n.” ~* .Que-corre termos no Tribunal Judicial da Comarca Suiza 1 foi proferide despacho que indeferiu a reclamagao apreseniada pelo Sr. — 46a fixago ‘dos honorérios: devidos pela sua intervengio processual como defensor offcioso da arguida, Tnconformado com a decisiio, recurren 0 St. . formmplanido no terine da motivagto as seguinies conclusdes: *») Discord 6 recoreate da deciin do tribunal "s quo" emi nio ondense Secretaria que {ixasce 08 honotirios do reenstente pelos eenvigét peestaiios © supra tkescxitons 1 De scordo cou o Instituto de Acesso a0 Digcito, tat servigck sio remuneriveis, por iéso clove a Sectetaria fixar oa eespectivos hemotiinos: 6 Binjustn cineoncebivel que o ora recorrente nfu seja rectenpensada dos weivigos jucidicns ‘qoe prestou, 0 que geratis una verdadeir injustigg "ay estes termon, fl viola 6 Uijpostn no aces 29 da CRD? eo exit da Hal 4/2004 de 29 Julho, alverad e republicnda pela lei 42/2107 de 28-ce Agusta, vulgo Lel do Apoio Judicieio: Nests cirewastiacas, deve outa despaches recoctido ser rewopwlo por owe que detertnine « fixacio dos honondrios pretesntids, ¢-assim se fark Justign 2.0 Ministério Pablico respondeu a0 recurso, prgeande pela seu obo provimesto. Na vista a que se refere:o artigo 416., n.* 1, do Cédigo de Processe Penal,-a Exma, Procuradora-Geral Adjunta apés e seu visto, * TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA a ‘oram os uutos & conferéncia, pelo que compre conheser © decidir. 11~ Apreciando: No dia 15 de Maio de 2037, 0 Sr. « ditigiu wo process requerimento com o seguinte teor: 0 defensor prestou os seevigos conforme consti deites autos & arppis, relations revopagio de suspensiv de pena e quando langou 9 pedo de honorisios no siscema cle ‘Seerenatia do Trilmamal recusou-o, wlagand6 que 0 tipo servigh estava emrado (eff. doc. 1 ancxo.} ‘Acoritece, que so existe qualquer xazio pana que a secrets proces deste mod, por segundo indicagao da Ondem dos Adbvogados e certamente apresentata 20 Ministércs da Justiqa este jervigo dere ser remuneride conforms Uoc. 2, que se anena € se di aqui por reprochride Face a0 exposto requersse a V. Ea", que se digne onlenae a cecretasin que cunfirme » peices de bonoritivs supe referido, Lspera deferimento.” Consubstancia, tal requerimento — ¢ assim foi entendido pelo titunat reeartido, uumts rectamagio do acto da sceretaria referente & no confirmapio dos honorarios pedides respeitantes, segundo se depreende dos avios ~ mais cancretamente, do «lespacho que adi de tomada de declarapies (audigo) realizada nos termos do artigo 495.2, n.°2, do CPP. s¢ pronunciou sobre a dite reclamagao ¢ do corpo da motivacle de recurs cia Fim 17 de Maio de 2017 foi proferido 0 seguinte despacho: “Requerimentn de 15.05.2017; Amies de mais, cacharesa x Sees, na pessoa do Esamio, Sr, Bective de Di caonvarun 1 rejeige do pedido de honoririos em causa.” O Sr, Escrivio prestou nos autos a seguinte informagao. “17.95.2017, e# eumprimento do ondensde no dows déspacho que ameccde cumpre-me informar ‘Ds pedidos de pagamento das enmmpentagties devicls 208 prubisstanais foresee clos nggine de acesse ao diteita © wos tibtinais, ma aplicacdo CICA] Gisterna de Cost Pedidess de pagamento de Apoio fudiesteia), sin venticados;‘confirmados guivvamalaente peta svererari junto das qoais cures 0 provesso, confoeme disposte no att, 2R* da P. 11/208, de VOL, com as alforagics das poetarias n° 210/2008, de 29.02 « 54/2010, de 118, na redacgio dada pet P3IU/2N15, de 36.12, _Argjigio de pedido de hosiorisios teve por base a indicagio constaate do Manual de Ape Justin ~"Begguntag Fresjuentes”, no sexs ponto 4.1.1 ebem assim o pedide de esclaree ‘email, sobre a mesina questie, solicitady 20 Centro de formagio DGAY, em 2205201 do dis 25 do mesmo.me “juntos - Céad pig. 11 do Manual de Apouo Judictino Boe. ts resposte “Perguntas Frequentes", co TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA ~ Cépia do email como Doc?” Na sequénela, foi proferido 0 seguinte despacho, de que s¢ recorre! “Requeriinento de 15.05.2007 ‘Yer o Mostre Defensor do arguido volicitar seja ordenado 3 Seéeetaria que confieme 0 pedido Ale honorisios por si eequerido e teferente 2 diipgncia de tomads de deelaragex, realizda nos texmios oartigo 495° 6 CPP, a qual atibui a designacio de incidente. Sacede, port, que alémn das andes de facto ede direito jd weangadas pela secretara judicial © as quaus se reputa de corespomlentes. com a lei, acresce nio se trata dligéncia en causa de ‘qualquer incidente processualtipilicado, vejxse, als, que 2 tal acto tio pouco € tellsarado com costes ocessuais, PIPEEE elo exponto,adcindo ace fundamen de facto © de dts enuncidod palo Kime Se Bicrivdo de Dine, « que acresce o-acima exposto, iadetiro © requesido pelo lhustee Defensos, Notfique” Est em causa a seguinte divergéncia: enquanto o recorrente éntende que pela Sua actividade nos autos, ocorrida ap6s trinsito ein jalgado da sentenga, no ambito da tomada de declaragdes realizada de hermonia cony 0 artigo 495°, 2°, do CPP, deve ser compenisado titulo de hénordrios, a serem pedidos como “incidente”, 0 despacho recorrido remete para a informagao do Sr. fiscriviin, segundo a qual pedido referente A intervencée nessa diligéucia nde merece acolhimento para efeitos de compensagio de honorérios, a ndo ser como sessGes etectuudas, Essa informagdo remete para ax orientagéies constantes do “Manual do Apoio Judicidrio ~ Perguntas Frequentes", ponto 4.1.1., ¢ bem assim para uma comunicagio remmetida por correio electronica proveniente do Centro de Formago da DGAJ. Dende logo os autos revelam alguns equivocos: escorrente Tangou 9 pedido de honordrios no sistema como “outras intervengdes de patronos oficiosus” © no como “incidente”: 0 seu recurso parte, porém, do pressuposto de que o pedide foi langadio como respeitante a “ineidente"; @ despacho recorrido também parte desse pressuposto. Finalmente, da informagio prestada pela secretaria resulta que, fosse o pedido de Pagamento langado como “outras intervenges de patronos oficiosns” ou como idente”, sempre nao seria confirmado, pelas raves apresentadas ¢ comuns-a essas, duas situag Quanclo o despacho recorrida manifesta a sua adestio aos “fundamentes de fetv ¢ ‘le diecito euuneiados pelo Fimo. Sr, Excavio de Deesito”, ndo se vishunibra a que Ruridamentos * TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA se refere, para além de se tratar, aparentemente, dé, uma ofientagie do Ministerio da Justiga - DGAJ, IGFEJ e DGPS. Ora, niio se questionando no process» a qualidade de defensor oficioso do recorrente, nem a sua intervengdo, apés 0 transito em julgado da sentenga, na diligéneia a que'se refere o artigo 495°, direito a ser compensado por essa intervengtio, sabido que o acess a0 direito & aos 22, do C.P.P., também n&o vemos come questionar ¢ seit ribunais por via, akim do mais, da protecglo juridica, constitui elemento essencial a administragie da justiga, o que 86 serd alcangdvel com a prestagfia de servigos de qualidade que, naturalmente, pressupSem a justae adcquada remuneragio. Argumenta o despacho recotrido; para que @ pedido de honoritios ndo fosse confirmado, com a circunstiinela dea difiggnela em causa ndo constituir qualquer incidente peocessual tipificado, nfo sendo come tal tributads vom custas processvais, A nosso ver, porta cireunstincia de no se tratar de wn incidente tributivel nko Ihe retira a efvcctiva natureza incidental ‘Nao $6 a jurisprudéncia e a doutrina mencionam, diversas vazes, 0 “ipavente” de revouacae da suspensio da pena de prisio (efr. acérd8o da Relagao de Guimaraes, de 19.11.2012, proceso 1S3/06AGEGMR.G2, fr woowulgsi.pt, Paula Pinto de Albuquerque, Comenrdrie: do Cédigo Penal, 2008, p, 203, nota 2, reforinde-se revogaedo da suspensio”), como a propria lei, no artigo $7.°, n.22, do Cédigo Penal, refere. esponsiis el ineidente de expressameate, a pendéncia de “incidense por tte de cumprimento dos dereres, das ress de conduta ou da plano de teinsercio”” Tratando-se de um incidente posterior ao tsinsito em julgado da sentenga, com intervengaio do recorrente no mbito do artigo 495.°, 0.°2, ko C.P-P., no identificames qualquer fundamento para que no seja considerado como tal, no quadro comespondente da tabela anexa i Portaria n 1386/2004, de. 10 de Noveribro (diploniis que havia sido revogado pela Portaria “ 10/2008, de 3 de Janeiro ¢ foi cepristinade, com algumas alteragdes, a Portaria n.* 21/2008, de 29 de Fevereiro} ¢ paigo em conformidade Conelui-se, assim, que 0 recurso merece provimento, TRIBUNAL DA RELAGAO DE LISBOA LL —Dispositive Nos termos € pelos findamentos expostos, acordam os jnizes do Tribunal a Relngdo de Lisboa em, no provimento do recurso, revogar 0 despacho rovortide determinar que scja suibstituido por outra em conformidade com o suprt exposto, ‘Som tibutagao. Lisboa, 4 de Julho'de 2017 (fo prseae- avd, intra par ico pgs cen os vers ern brea, kv elton ¢ igre eis palo elon, 0 prime iguaticin- wtig 4 !, 22, 699%)

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